domingo, 21 de janeiro de 2024

Mateus 7.21

Mateus 7.21 “ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." 


“ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, “

Quando dizemos ’’Senhor, Senhor”, estamos dizendo bem, pois é isso que Ele é (João 13.13). Mas será que imaginamos que isso é suficiente para nos levar ao céu, que essa expressão de formalidade deveria ser recompensada ou que Ele sabe e exige que o coração esteja presente nas demonstrações essenciais? Os cumprimentos entre os homens são um a demonstração de civilidade, retribuída com outros cumprimentos, e nunca são expressos como se fossem serviços reais. E o que dizer destes em relação a Cristo? Pode haver uma aparente impertinência na oração “ Senhor, Senhor”, mas se as impressões interiores não forem acompanhadas pelas correspondentes expressões exteriores, nossas palavras serão como o metal que soa ou como o sino que tine. Isso não nos deve impedir de dizer “ Senhor, Senhor”, de orar, e de sermos sinceros nas nossas orações, de professar o nome de Cristo, com toda clareza; porém jamais devem os expressar algum a forma de piedade sem o poder de Deus. Alguém disse: “Chamar a Jesus Senhor é ortodoxia; chamá-lo Senhor, Senhor, é piedade; mas nem uma nem outra evocação pode satisfazer a Ele, a não ser que haja verdadeira devoção à sua causa. Chamar Cristo de Senhor sem deixá-lo ser Senhor na vida é mera lisonja. O primeiro ministro Gladstone, ao elevar Alfred Tennyson ao nível de poeta oficial da Inglaterra, confessou jamais ter lido uma só linha das suas poesias. Era uma ação oficial e formal, nada tendo a ver com apreciação de méritos. Assim, há os que professam servir a Cristo sem manterem relacionamento algum com Ele (v. 22). O citado Reino dos céus é uma resposta ao Salmo 15.1. “ Quem habitará no teu tabernáculo? ”E quem morará no teu santo monte?"


“..., mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." 

Que será necessário - para nossa felicidade - fazer a vontade de Cristo, que, na verdade, é a vontade do Pai celestial. A vontade de Deus, como Pai de Cristo, é a verdade que está no Evangelho, onde Ele é conhecido como Pai do nosso Senhor Jesus Cristo e, através dele, o nosso Pai. Esta é a vontade de Deus: que creiamos em Cristo, nos arrependam os dos nossos pecados, vivamos um a vida santa e amemos uns aos outros. Essa é a sua vontade: a nossa santificação. Se não obedecermos à vontade de Deus, estarem os zombando de Cristo ao chamá-lo de Senhor, da mesma forma como fizeram aqueles que o vestiram com um manto suntuoso e disseram: “Salve, Re dos Judeus”. Dizer e fazer são duas coisas que muitas vezes estão separadas nas palavras dos homens: existe aquele que diz: “Eu vou, senhor”, porém jamais dá sequer um passo na direção prometida (cap. 21.30). Mas Deus reuniu essas duas coisas no seu mandamento, e nenhum homem poderá separá-las se quiser entrar no Reino dos céus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

PEARLMAN, Myer. Mateus – O Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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