TEXTO ÁUREO “Porque a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão. Assim, eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos. ” (Salmos 63.3,4)
“Porque a tua benignidade é melhor do que a vida; ” ou “melhor do
que as vidas”, como está no original hebraico. A vida é querida, mas o amor de
Deus é mais querido. Habitar com Deus é melhor do que a vida no que tem de
melhor. Viver em paz, em um palácio, com saúde, com honra, com riqueza, com
prazer, sim, mil vidas como esta não são iguais à vida eterna que há no sorriso
do Senhor. Nele verdadeiramente vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17.28).
A retirada da luz do semblante divino é como a sombra da morte para nós. Por
conseguinte, não podemos deixar de desejar a aparição graciosa do Senhor. Para
muitos, a vida é um bem duvidoso, mas a benignidade é um benefício
incontestável. A vida é passageira, mas a misericórdia é perpétua. A vida é
compartilhada pelos animais irracionais, mas a benignidade do Senhor é a porção
peculiar daqueles que nele creem.
“...os meus lábios te louvarão. “ Abertamente, de forma que a tua
glória venha a ser conhecida, falarei da tua bondade. Mesmo quando o coração
mais deseja do que desfruta, ainda assim devemos continuar engrandecendo o
Altíssimo, pois o seu amor é verdadeiramente precioso. Mesmo que, por ora,
suceda que não estejamos nos alegrando com o fato, não devemos fazer com que os
nossos louvores a Deus dependam da recepção pessoal e presente das bênçãos.
Seria mero egoísmo. Até os publicanos e pecadores têm uma palavra boa para aqueles
cujas mãos estejam enriquecendo-os de dádivas. O verdadeiro crente é aquele que
bendiz ao Senhor mesmo quando este lhe toma as bênçãos ou lhe esconde a face.
“Assim, eu te
bendirei enquanto viver; “ Como eu te bendigo agora, assim sempre te
bendirei. Ou antes, à medida que fores revelando a tua benignidade para mim, eu
por minha vez continuarei te exaltando. Enquanto vivermos, amaremos. Se não
virmos motivo de alegria em nossa situação, sempre acharemos razão para nos
alegrar no Senhor. Se nenhum dos outros povos bendiz Deus, o seu povo bendiz. A
natureza divina, por ser Deus infinitamente bom, é argumento suficiente para o
nosso louvor enquanto existirmos.
“...em teu nome levantarei as minhas mãos. “ Onde se acha o
preceito de orarmos a Deus com as mãos erguidas? Ordena o Apóstolo: “Erguendo
mãos santas, sem ira e sem animosidade” (1Timoteo 2,8). Ao ergueres as mãos
para Deus, venham à tua memória tuas obras. Porque ao ergueres as mãos a fim de
obteres o que queres, cuida de empregá-las em boas obras, para não teres
vergonha de as ergueres para Deus. As mãos foram levantadas para adorar,
igualmente na alegria, na gratidão, na labuta, na confiança. Em todos estes
sentidos, erguemos as mãos unicamente no nome de Jeová. As mãos não devem
abaixar quando Deus se aproxima em amor. O nome de Jesus fez os paralíticos
saltarem como cervos e os tristes aplaudirem com as mãos de alegria.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
19/2/2023
Fontes:
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das
escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume 2. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
SANTO AGOSTINHO. Comentário aos Salmos 1 a 50. Coleção: Patrística Ano de edição ou reimpressão: 1997. Editora: Paulus.