TEXTO ÁUREO
“Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (Atos 5.3).
TEXTO ÁUREO
“Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (Atos 5.3).
Atos 6:10 “E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.”
“E não podiam resistir à sabedoria,”
Os membros da sinagoga dos “libertos” que haviam se levantaram contra a pregação do diácono Estevão não puderam resistir a sua Sabedoria. Barnes diz que eles não foram capazes de “responder” a seus argumentos. Estevão provou por argumentos irrefutáveis que Jesus é o Cristo e se entregou com tanta pureza e inteireza à sua defesa que não tiveram como contestar o que dizia. Eles não conseguiam fundamentar os próprios argumentos nem responder aos argumentos de Estevão. Eles começaram a discutir, mas não tinham reconhecido o calibre do homem que estavam enfrentando, pois não podiam sobrepor-se à sua sabedoria.
A sabedoria de Estevão se refere adequadamente ao seu conhecimento das Escrituras; sua habilidade no que “os judeus” consideravam sabedoria e familiaridade com seus escritos sagrados. Estevão foi o primeiro mestre da nova comunidade a ser destacado por sua sabedoria. Possuía uma clara visão da verdade e a habilidade para revelar verdades não percebidas até então.
Estevão era um, enquanto seus oponentes eram muitos. Atiravam perguntas, argumentos e objeções ardilosas de todos os lados. É difícil defender a verdade sob tais circunstâncias! O sermão de Estêvão no capítulo 7 sugere como ele respondia a seus oponentes: dando o “capítulo e o versículo” do Antigo Testamento relativo a cada ponto destacado! Como poderiam argumentar contra as Escrituras?
“...e ao Espírito com que falava.”
Os judeus helênicos não puderam resistir ao Espírito com que falava Estevão. Alguns entendem que isso significa a “energia, poder” ou “ardor” de Estevão. Pois, ele “demonstrou” um espírito de zelo e sinceridade que eles não podiam suportar; o que serviu, mais do que o mero argumento poderia ter feito, para convencê-los de que ele estava certo.
Porém é mais provável que se refira ao Espírito Santo, pelo qual ele foi ajudado. Era o Espírito Santo quem dava a Estevão a sabedoria para falar tão eficazmente, de modo que não havia resposta para os seus argumentos (Lucas 12.12). O comentário Beacon diz que palavra Espírito deve ter a inicial maiúscula (ASV, RSV).
Isso então foi um cumprimento da promessa de Jesus, relatada por Lucas, de que ele daria aos seus seguidores "palavras e sabedoria", às quais os seus adversários não poderiam resistir ou se opor: “Porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem” (Lucas 21:15). A igreja primitiva provava sempre a veracidade desta promessa. Pois, seus membros conseguiam oferecer provas em prol da sua fé, que dificilmente eram derrubadas pelos argumentos.
Os judeus achavam que disputavam apenas com Estevão e que levariam a melhor nesse páreo. Mas eles estavam disputando com o Espírito de Deus que nele estava, e contra o Espírito Santo ninguém é páreo.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/08/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200111_03.pdf
BARNES, Albert. Notes on the Old & New Testaments. Baker Book House, 1983.
MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Atos 6:9 “E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.”
“E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia,”
O diácono Estevão muito contribuiu para o crescimento da Palavra de Deus em Jerusalém e para a multiplicação do número de discípulos (v.7). Através dele Deus fazia muitos sinais e prodígios entre o povo (v.8). Os sinais operados por Estevão atraíram as multidões. Não demorou para que opositores se apresentassem. Os que se levantaram contra Estevão eram da sinagoga chamado dos libertinos (ou libertos). Esta é a primeira menção da sinagoga em Atos. A sinagoga teve seu início durante o cativeiro babilônico, quando os judeus não podiam adorar no templo. No tempo dos apóstolos, havia sinagogas espalhadas por todo o Império Romano. Jerusalém tinha centenas delas. Alguns acreditam que eles formavam quatro sinagogas diferentes, com os Libertos formando a quinta. Outros pensam que duas, três ou quatro sinagogas estão em mente. Mas talvez seja mais plausível entender que Lucas se refere a apenas uma sinagoga (pois a palavra está no singular).
Essa sinagoga constituía-se de homens que tinham sido libertos da escravidão. Alguns eram de Cirene ou Alexandria, que localizavam-se no norte da África, ao sul do mar Mediterrâneo. Outros eram da Cilícia ou Ásia, que localizavam-se na Ásia Menor, ao norte do mar. Ninguém era da Palestina; todos eram judeus helenistas, assim como Estevão. Este provavelmente freqüentara essa sinagoga antes de tornar-se cristão.
Talvez Lucas tenha mencionado Cirene, Alexandria, Cilícia e Ásia porque pessoas procedentes desses lugares teriam, mais tarde, uma proeminência no Livro de Atos. O local mais significativo nomeado por Lucas é a Cilícia. A capital da Cilícia era Tarso e um jovem de Tarso, chamado Saulo, residia então em Jerusalém (Atos 7:58; 22:3). É provável que Saulo tenha freqüentado a sinagoga onde outros cilicianos vinham para adorar. Ele pode ter estado presente quando Estevão veio lhes falar de Jesus.
“... e disputavam com Estêvão.”
Qualquer que tenha sido a mensagem de Estêvão, ela despertou muita raiva sinagoga nos membros dessa sinagoga. Eles “Levantaram-se... e discutiam com Estêvão”. Estêvão, porém, não recuou; manteve os pés no chão e mesmo sendo um só disputou com eles. Existe uma diferença entre provocar contendas (1 Coríntios 1:11; Tito 3:9) e contender pelo que realmente importa.
Paulo escreveu a Tito que ele devia reter “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tito 1:9). Judas escreveu que devemos “batalhar, diligentemente, pela fé” (Judas 3). Pedro escreveu: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15). Alguns dizem que já passou o tempo de se discutir sobre religião. Já acabaram as discussões sem polidez, sem cordialidade e sem espírito cristão. Mas as discussões “com integridade e reverência” (Tito 2:7) nunca estarão fora de moda.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/08/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
STOTT, John. A Mensagem de Atos - Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 1994.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200111_03.pdf
Atos 6:8 “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”
“E Estêvão, cheio de fé e de poder,”
Lucas já havia introduzido Estêvão nesse capítulo como um dos sete diáconos que serviriam a igreja de Jerusalém. Esses diáconos deveriam ser homens "cheios do Espírito e de sabedoria" (Atos 6:3). Estevão assim o era: “E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava” (Atos 6:10), em especial também era “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (Atos 6:5) e aqui é apresentado como homem “cheio de fé e de poder”.
Por ser cheio do Espírito Santo, entendemos que Estevão recebeu a “Promessa do Pai”. Foi revestido de poder ou batizado com o Espírito Santo. Esse Espírito o encheu de dons para pregar a palavra de Deus. Podemos observar aqui que ele possuía “dons de poder”. Paulo em sua carta aos coríntios nos descreve os dons do Espírito Santo. Entre eles estão o dom da fé, os dons de curar e a operação de maravilhas. Os estudiosos têm identificado este grupo como “dons de poder”. Stanley Horton identifica os mesmos, também como Dons do Ministério a Igreja e ao Mundo. Assim, são dons que capacitam os membros do Corpo de Cristo a agir sobrenaturalmente.
Aqui em especial é frizado o “dom da fé”. A fé, como dom, tem um caráter distinto da fé salvadora (Efésios 2.8) e da fé que, como fruto do Espírito, pode ser interpretada como sinônimo de fidelidade (Gálatas 5.22). O dom da fé é concedido para as realizações de proezas em nome do Senhor. O hebraísta pentecostal, Gordon Chown, afirma que o dom da fé “é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões onde só um milagre glorioso poderia alterar a situação” (Marcos 7.24-30). Em outras palavras, é um convite a buscar a intervenção divina para operar o impossível!
“... fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”
Estêvão era um homem revestido com o poder de Deus para fazer milagres e muitos sinais entre o povo. Ele falava e fazia; pregava e demonstrava. Suas palavras eram irresistíveis, e suas obras, irrefutáveis. Até o momento, Lucas creditara prodígios e sinais apenas a Jesus (Atos 2.22) e aos apóstolos (Atos 2.43; 5.12); agora, pela primeira vez, diz que outros os realizam (Atos 6.8; 8.6).
Há uma idéia disseminada de que os milagres foram confinados aos primeiros apóstolos (cessacionismo). O ministério diaconal de Estêvão, no entanto, refuta esta teoria. Demonstrando que os dons do Espírito estão disponíveis a todos quanto crêem (Marcos 16.17-18). Outro diácono chamado Filipe também era usado para realizar sinas: “E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados” (Atos 8:6,7). E o que dizer do desconhecido judeu helênico Ananias que foi usado de maneira sobrenatural para curar Saulo: “ E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e imediatamente recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado” (Atos 9:17,18).
Estevão não tinha apenas uma vida irrepreensível, mas também obras irrefutáveis. Suas obras referendavam sua vida. Falava e fazia. Pregava aos ouvidos e aos olhos. Ninguém podia contestar sua vida nem negar os milagres que Deus operava por seu intermédio.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/08/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
Zibordi., Ciro Sanches,. Estevão O Primeiro Apologista do Evangelho. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.
Lopes, Hernandes Dias Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja. São Paulo: Hagnos, 2012.
RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
Provérbios 12:22 “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o seu deleite. ”
“Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, ”
O autor volta a explorar um de seus temas principais, o abuso da linguagem. Cerca de cem versículos no livro de Provérbios abordam esse assunto, que é também um dos grandes tem as do livro de Salmos.
Devemos odiar a mentira, e a manter a máxima distância dela, porque ela é uma abominação para o Senhor, e torna abomináveis aos seus olhos os que se permitem mentir, não somente porque isto é uma transgressão à sua lei, mas porque é algo destrutivo à sociedade humana.
Os lábios mentirosos são com o os ídolos e a vil profanação por serem demonstrações da corrupção humana, tal como eram os ídolos, acerca dos quais a mesma palavra — abominação — é usada algumas vezes. A palavra hebraica towebah significa, ocasionalmente, alguma coisa especialmente desgostosa, abominável, especialmente artifícios idólatras, como ídolos e imagens. Essa palavra é usada por vinte vezes no livro de Provérbios.
A boca perversa do ímpio tem por intuito destruir o próximo: “O hipócrita com a boca destrói o seu próximo...” (Provérbios 11.9). O ímpio é um destruidor, e entre as suas armas estão as calúnias, os ludíbrios e as falsidades. Ele é um hipócrita. No hebraico tem os a palavra haneph, cuja idéia básica é “inclinar-se para longe do que é reto”, ou seja, “profano, “impuro”.
“...mas os que agem fielmente são o seu deleite. ”
A antítese disso é agir fielmente, ser divulgador da verdade. Devemos então nos empenhar com a verdade, não somente com nossas palavras, mas com os nossos atos, porque aqueles que agem fielmente e sinceramente em todas as suas atitudes são o deleite do Senhor e Ele se alegra com eles.
O Senhor deleita-se no homem que fala e vive a verdade, em cuja vida se evidencia a retidão, e em cuja fala a verdade é sempre exibida: “Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo...” (Salmo 15.2-3).
“A veracidade é recomendada porquanto promove a justiça” (Provérbios 12.17,19; 14.5,25). Este versículo tem sido cristianizado para falar da veracidade no evangelho de Cristo, que opera aquele bem universal.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/07/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.