quarta-feira, 18 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 18 DE JUNHO DE 2025 (João 17.17)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
18 DE JUNHO DE 2025
ORAÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DOS DISCÍPULOS

João 17.17 ”Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

 

”Santifica-os na tua verdade;”

Em sua oração sacerdotal Jesus ora ao pai intercedendo por seus discípulos que em breve não teriam mais a sua presença em carne. O primeiro pedido que Jesus fez por seus discípulos foi para que eles fossem guardados ou protegidos (17:11b–16). O segundo pedido é esse, para que fossem santificados (17:17–19).

Santificar significa “consagrar”, “separar” ou “reservar algo para propósitos sagrados”. Esse verbo é “constantemente usado na Septuaginta para expressar a dedicação e consagração de pessoas e coisas a Deus”. O mesmo termo foi usado para Jeremias com respeito ao trabalho que Deus lhe conferiu como profeta (Jeremias 1:5) e também a Arão e seus filhos com respeito ao trabalho deles como sacerdotes (Êxodo 29:1).

Em João 10:36, Jesus é aquele a quem o Pai “santificou e enviou ao mundo” – ou seja, Jesus foi separado pelo Pai para cumprir sua missão no mundo. Agora ele ora para que o Pai também “santificasse” seus discípulos.

No Antigo Testamento, a consagração era feita através da observância de rituais e cerimônias. Aqui Jesus deixou claro que o instrumento da consagração dos discípulos era “a verdade”.

 

“... a tua palavra é a verdade.”

Jesus explicou o significado de “verdade” na próxima frase: a tua palavra é a verdade. A verdade é a totalidade da revelação de Deus de si mesmo, personificada em Jesus e por ele comunicada: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste (João 17:8 e 14).

Os discípulos foram purificados (limpos) por meio da palavra que Jesus lhes anunciou (15:3). E eles seriam santificados pelo mesmo meio. Mais tarde, o Espírito Santo forneceria aos apóstolos o dom do Espírito para cumprirem sua missão; todavia, Jesus afirmou que o instrumento da obra que eles realizariam era a verdade, a palavra que proclamariam em seu nome.

Os discípulos de Jesus seriam separados do mundo por Deus para servir a ele, desde que cressem e vivessem em harmonia com a verdade, a “palavra” do Pai. Só quem aceita a verdade e vive em conformidade com a verdade pode ser consagrado ou dedicado ao serviço de Deus.

Assim como Jesus fora enviado ao mundo pelo Pai para cumprir sua missão, ele enviaria [seus discípulos] ao mundo para dar continuidade ao seu trabalho.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf

 

Atos 2:43

 

Atos 2:43 “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. “

 

“E em toda a alma havia temor,”

Um dos efeitos do crescimento da igreja, ainda na sua infância, era o sentimento de reverência ou temor da parte do povo: “A igreja tinha paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria e ia se fortalecendo à medida que andava no temor do Senhor. E, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número” (Atos 9:31). Pois, todos os eventos recentes contribuíram para produzir esse temor: a recente crucificação de Jesus de Nazaré; as maravilhas que participaram desse evento; os eventos do dia de Pentecostes; e os milagres realizados pelos apóstolos eram todos adequados para difundir solenidade, pensamento e ansiedade através da comunidade.

Toda pessoa ou indivíduo; isto é, o povo em geral; não apenas sobre aqueles que se tornaram cristãos, mas as multidões que testemunharam essas coisas. A mesma multidão que pouco antes zombara deles Atos 2:13; foi silenciada diante do poder de Deus. A população não-cristã sentia uma certa apreensão diante de um grupo em cujo meio aconteciam eventos sobrenaturais: ”E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas“ (Atos 5:11).

O efeito de uma grande obra da graça de Deus é comumente produzir uma seriedade e solenidade incomuns em uma comunidade, mesmo entre aqueles que não são convertidos. Ele restringe, subjuga e silencia a oposição. Hoje as pessoas estão acostumadas com o sagrado. Há uma banalização do sagrado. Há saturação, comercialização e paganizarão das coisas de Deus. Quem conhece a santidade de Deus não brinca com as coisas de dele.

 

“... e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.”

A manifestação extraordinária do poder de Deus estava presente na vida da igreja.  “Maravilhas (Prodígios) e sinais” são as mesmas palavras que foram empregadas para descrever as obras poderosas de Jesus:  Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (Atos 2:22) — estavam sendo operados pelos apóstolos, e Lucas passaria em breve a relatar exemplos específicos.

Em Atos 3 — O paralítico é curado; em Atos 4.31 — O lugar onde a igreja ora, treme; em Atos 5.12,15 — Muitos sinais e prodígios são efetuados; em Atos 8.6 — Filipe realizou sinais em Samaria; em Atos 9 — A conversão de Saulo é seguida da sua cura; em Atos 12 — Pedro é libertado pelo anjo do Senhor; em Atos 16.26 - Ocorre um terremoto em Filipos; em Atos 19.11- Pelas mãos de Paulo, Deus fazia milagres. Hoje é comum identificarmos dois extremos na igreja: aqueles que negam os milagres e aqueles que os inventam.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

Lopes, Hernandes Dias Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja. São Paulo: Hagnos, 2012.

STOTT, John. A Mensagem de Atos - Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 1994.

https://versiculoscomentados.com.br/index.php/estudo-de-atos-2-43-comentado-e-explicado/

Atos 3.12

 

Atos 3.12 “E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” 


“E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto?”

A cura do conhecido coxo da porta formosa deixou todo o povo pasmo. O resultado normal de um milagre é produzir uma resposta dos circunstantes. Automaticamente o milagre fez o povo se apegar ao coxo e a Pedro e João como se tivessem algum poder especial. Pedro quando percebeu isso, disse ao povo: “Varões israelitas, por que vos maravilhais disto?”.

Pedro lançou mão da oportunidade para explicar o significado do acontecido. Eles não deviam ficar perplexos pelo acontecido, pois Jesus havia operado naqueles dias muitos sinais: “A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (Atos 2:22).

Este milagre tinha um propósito muito prático - exaltar o nome de Jesus e dar publicidade aos pregadores do Evangelho. Com isso uma grande multidão se dispôs a escutar a mensagem. Pedro diz que Jesus é a fonte do poder milagroso. Não por ter ele operado milagres na terra, mas por estar agora assentado à destra de Deus.

 

“Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?”

O povo ou considerou que Pedro e João tinham poderes próprios dos mais notáveis, ou que eram tão devotos que Deus respondia às orações deles com sinais milagrosos. Seja qual for o pensamento do povo, Pedro quis desviar a sua atenção, dos apóstolos, para a origem do milagre.

Paulo e Barnabé quando curaram um paralítico em Listra foram surpreendidos também com a reação do povo. As multidões, que consistiam dos habitantes locais, acreditaram que Paulo e Barnabé deviam ser deuses que vieram visitá-los, e revolveram que deviam honra-los. Os missionários foram identificados com dois dos deuses tradicionais gregos. Paulo foi considerado igual a Mercúrio, por ser o principal portador da palavra, pois Mercúrio era o mensageiro dos deuses, ao passo que o papel de Júpiter, a principal divindade dos gregos, foi reservado para Barnabé. O sacerdote do templo local preparou tudo para oferecer sacrifícios aos visitantes como marca de honra.

Quando os apóstolos deram conta daquilo que estava para acontecer, agiram rapidamente, rasgando as suas vestes, e tomando seu lugar entre a multidão. Rasgar as vestes é expressão de repugnância diante da tentativa blasfema de considerar divinos os homens, e a corrida rápida dos apóstolos para entrarem no meio da multidão foi a tentativa deles de evitar serem reverenciados como deuses e, assim, de pecarem contra o Deus verdadeiro. A situação exigia alguma explicação, e Paulo não perdeu a oportunidade de instruir o povo acerca da verdadeira natureza de Deus como Pedro também o fez.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.