sábado, 4 de janeiro de 2025

Filipenses 2.7


FFilipenses 2.7 “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; “

 

“Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,  

Na sua encarnação aconteceu a maior demonstração de humildade de Cristo. Ele “esvaziou-se a si mesmo”. A palavra grega kenou que em algumas versões é traduzida por “aniquilar” significa “esvaziar, ficar vazio”.

Cristo renunciou ao Seu ambiente de glória. Ele pôs de lado Sua majestade e glória (João 17.5), mas permaneceu Deus. Ele jamais deixou de ser possuidor da natureza divina. Mesmo em Seu estado de humilhação, jamais se despojou de Sua divindade.

F.F. Bruce diz que, em vez de explorar a Sua igualdade com Deus, e dela auferir vantagens, Jesus despojou a si próprio, não de Sua natureza divina, visto que isso seria impossível, mas das glórias e das prerrogativas da divindade para assumir 100% as prerrogativas humanas.

Cristo esvaziou-se assumindo a forma de servo. Forma, aqui, indica a veracidade de sua posição de servo. Ao contrário do primeiro Adão, que fez uma tentativa frenética de alcançar posição de igualdade com Deus (Genesis. 3:5), Jesus, o último Adão (1 Coríntios 15:47), humilhou-se e obedientemente aceitou o papel de Servo Sofredor.

 

“...fazendo-se semelhante aos homens; “

Quando lemos a frase do texto que Ele fez-se “semelhante aos homens” precisamos, à luz do contexto da Cristologia, entender que a palavra semelhança em relação a Cristo não significa “um faz de conta”, ou que tenha sido apenas uma semelhança de humanidade, e não humanidade real.

No final do primeiro século da Era Cristã, surgiu uma doutrina herética denominada docetismo, da palavra dokesis, que significa “semelhança”. Essa doutrina herética visava destruir os alicerces da doutrina de Paulo sobre Cristo, para negar que “Jesus veio em carne”. Paulo combateu com todas as suas forças essa heresia ensinando que Jesus era verdadeiramente homem, “nascido de mulher” (G1 4.4),

A expressão “fazendo-se” indica o fato de ter sido 100% homem, como todos os demais homens. O apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas 4.4 que “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”, indicando que Jesus, em sua humanidade, é consubstanciai com o homem e pertence à ordem das coisas assim como Adão foi criado. A diferença de Jesus como homem e os demais homens está no fato de que Ele foi gerado pelo Espírito Santo. Por isso, Ele é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus”.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

LOPES, Hernandes dias. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas. São Paulo, SP: Hagnos 2007.

Hebreus 4.15


FHebreus 4.15 “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. “

 

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;

A imagem aqui é extraída do sistema sacerdotal no qual o sacerdote intercedia pelas fraquezas do povo. Na seção posterior de Hebreus 5.1-10, o autor sacro apresenta de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações do sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior e perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele recorrem

A palavra compadecer ou socorrer é muito expressiva significa “correr em atendimento a um grito”. O crente clama a Deus pedindo socorro, e Deus atende “correndo para nos socorrer! ” Portanto, clamemos por socorro na hora da necessidade, esperando que nos atenda!

A capacidade que Cristo tem para nos socorrer é devido não somente à sua divindade como Filho de Deus, mas também à sua humanidade, pela qual obteve a condição de condoer-se de nós. Afinal, Cristo compartilhou as demais “fraquezas” da nossa carne, pelo que sentiu cansaço, fome, sede e necessidade de habitação, entre outras e triunfou para quem nos espelhemo-nos nele: “Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos” (Hebreus 12.3).

Jesus ao mesmo tempo que é humano é divino. Ele é o perfeito Sumo Sacerdote que representa o homem perante Deus e é o Filho de Deus que representa Deus perante o homem. Essa condição especial o torna apto para ser o nosso único mediador: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5).

 

“... porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. “

Mesmo com a natureza divina, Jesus “em tudo foi tentado”, diz a palavra de Deus. Só conhece o que é tentação quem já passou por ela. As tentações de Jesus não partiam do seu íntimo, como ocorre com o homem natural. Tiago disse que “cada um é tentado pelos desejos que estão dentro de si” (Tiago 1:14). Elas foram provações e provocações externas advindas do tentador e de seus agentes.

Richard S. Taylor observa oportunamente que Jesus não foi tentado em todas as particularidades ou em cada situação possível. Por exemplo, Ele não foi tentado como marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado porque não exerceu nenhuma dessas funções.

Mas Jesus foi tentado nas três áreas básicas da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. Dessa forma, Jesus conhecia a tentação no campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos relacionamentos espirituais. O Eu, os outros e Deus: É exatamente nessas áreas onde ocorre o campo de batalha de todo cristão.

Para nós é muito significativo saber que Jesus, como homem foi tentado em todas as coisas, “mas sem pecado”. A Bíblia assegura: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21). Diante disso compreendemos que ele pode nos socorrer nas nossas fraquezas: “Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hebreus 2.18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SILVA, Severino Pedro da. Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

GUTHRIE, Donald. Hebreus- Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Lições Bíblicas 2001 - 3 Trimestre - Hebreus - Elinaldo Renovato de Lima

1 Timóteo 3.16


F1 Timóteo 3.16 “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. “

 

Temos aqui um fragmento de um dos hinos da Igreja primitiva. É uma maneira de expressar em poesia e em música a fé dos homens de Cristo. É um hino em que os homens cantavam seu credo. Que é um hino, notamos pelo paralelismo cuidadoso entre as estrofes, pela dicção rítmica, e a assonância deliberada (muito marcante no Grego).

Joachim Jeremias, em seu livro: A Promessa de Jesus às Nações argumentou que esse hino cristológico é essencialmente uma declaração missionária, anunciando a inclusão das nações em consequência da morte e ressurreição de Jesus. Não podemos buscar numa poesia ou num hino a precisão que buscamos num credo; mas devemos tentar ver o que cada linha deste hino nos está dizendo.

 

“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: ”

“O advérbio traduzido aqui como “sem dúvida alguma” ou “evidentemente” (homólogoumenòs) significa “por consentimento comum,” e expressa a convicção unânime dos cristãos. Essa revelação divina que promove a piedade é “inquestionavelmente grande” ou “inegavelmente grande”.

A fórmula “grande é o mistério”, conforme tem sido indicado, tem uma semelhança estranha com o grito: “Grande é Diana dos Efésios” (Atos 19:28, 34). Um “mistério”, é um conjunto de verdades que agora se tomaram conhecidas apenas porque Deus quis revelá-las.

O original de piedade (eusebeia) significa nossa religião, antes Paulo a havia chamado de “mistério da fé” (v. 9), e isso por estimular a fé e ser também o objeto da fé. E é o mistério da piedade, por sua vez, porque estimula a nossa adoração, a nossa humildade e a nossa reverência diante de Deus, como o faz toda verdade.

Começando aqui e no restante do versículo, as linhas estão dentro de um padrão regular, tal como deve uma poesia ou hino. Serviu bem aos propósitos de Paulo de ligar seus pensamentos a algo bem conhecido e atual, uma vez que a mensagem então seria melhor lembrada. Muitas das referências a cânticos no N.T. estão em conexão com Paulo (Efésios 5:19; Colossenses. 3:16; Atos 16:25; 1 Coríntios. 14:15).

 

“Deus se manifestou em carne,”

Aqui é ressaltada a encarnação de Cristo. Cristo foi manifestado em carne, isto é, apareceu na terra como um homem real (Romanos 1:3). Carne representa a humanidade do Deus-homem. Sua encarnação em harmonia com a doutrina do Nascimento Virginal: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

 

“... foi justificado no Espírito, ”

A segunda estrofe, justificado em espírito, é mais difícil. Visto que “vindicado” (edikaiòthê) literalmente significa justificado ou “declarado justo”. Ficaremos então com duas alternativas.

Embora o Salvador aparecesse na terra como um homem verdadeiro, foi justificado, isto é, declarado justo e demonstrado como sendo realmente o Filho de Deus, no que diz respeito à Sua natureza espiritual, sendo subentendido uma referência à ressurreição. Pela presença do Espírito no ministério de Cristo Ele foi vindicado e comprovado ser verdadeiro em todas as Suas declarações (Romanos. 1.4)

Outros, dando a em um sentido instrumental e entendendo que espírito denota o Espírito Santo, preferem a tradução: “Foi declarado justo através de, ou por meio de, o Espírito Santo.” O significado será então que, embora Cristo fosse crucificado como malfeitor, Deus O vindicou e O declarou justo quando, através do Espírito Santo (Romanos 8:11), ressuscitou-o dentre os mortos.

 

“... visto dos anjos, ”

O que está sendo ressaltado aqui é a adoração prestada pelos poderes angelicais ao Cristo assunto e glorificado. Sua exaltação é representada como um triunfo sobre o mundo dos espíritos, que elicita sua adoração: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem" (Hebreus 1:6).

Sua posição elevada sobre eles é explicita também em 1 Pedro 3. 22 “O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências”.

 

“... pregado aos gentios, “

Aqui nos encontramos com a grande verdade de que Jesus não era possessão exclusiva de uma raça ou de uma nação. Ele seria pregado entre as nações (Gentios).

Tiago, irmão do Senhor, lembrando das palavras do profeta Amós que disse: “Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antigüidade; Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o Senhor, que faz essas coisas” (Amós 9:11-12). Entendeu que através do Cristo davídico, os gentios serão incluídos em sua nova comunidade. A inclusão dos gentios não era uma idéia posterior de Deus, mas algo predito pelos profetas. 

Essa expressão “pregado aos gentios” é um resumo de toda a presente era de trabalho missionário: “Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Romanos 16.26).

 

“... crido no mundo, “

Esta é uma verdade quase milagrosa afirmada com total simplicidade. Depois que Jesus morreu ressuscitou e subiu a sua glória, o número de seus seguidores era de cento e vinte (Atos 1.15). Tudo o que seus seguidores tinham para oferecer era a história de um carpinteiro galileu, crucificado numa colina na Palestina como um criminoso.

E, entretanto, antes que passassem setenta anos, essa história tinha chegado aos limites da Terra, e homens de todas as nações aceitavam a esse Jesus crucificado como seu Salvador e Senhor: “Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade” (Colossenses. 1:6).

Nesta frase simples encontramos toda a maravilha da expansão divina da Igreja, uma expansão que seria impossível sem a aprovação divina. Conforme o pensamento de Gamaliel se a obra é de homens se desfará: “E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus” (Atos 5.38-39).

 

“... recebido acima na glória.”

Refere-se particularmente à Ascensão, mas inclui toda a subsequente exibição de sua glória: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória” (Salmos 24.9-10).  Isto fica sugerido pelo progresso histórico e lógico do poema: o todo da obra messiânica de Cristo ficou nEle resumido.

A história de Jesus começa no céu e termina no céu. Viveu como um servo; foi assinalado como um criminoso; foi crucificado; ressuscitou com as marcas dos pregos ainda visíveis; mas o final é a glória.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BARCLAY, William. The First Letter to Timothy Tradução: Carlos Biagini

STOTT, John R.W. A mensagem de 1 Timóteo e Tito: a vida da Igreja local: a doutrina e o dever; tradução Milton Azevedo Andrade. — São Paulo : ABU Editora, 2004.

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.


1 Pedro 1.2


1 Pedro 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. “

 

“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, “

Os propósitos de Deus previstos desde a eternidade foram concretizados quando os Seus “eleitos” passaram a incluir todos que confessam a fé em Jesus, o Cristo. O corpo eleito de que consiste de todo aquele que escolheu considerar os céus como sua residência permanente, e que já virou as costas ao mundo.

Quando os autores inspirados do Novo Testamento escreveram sobre a “presciência” de Deus, o assunto era a Sua “presciência” em relação à salvação revelada no Filho. Trata-se da presciência a respeito do novo Israel, a Sua igreja. Pedro acreditava que era importante os cristãos, fossem pagãos ou judeus de nascença, entenderem que o Deus que Se revelara a Israel era o mesmo Deus que Se revelou em Jesus de Nazaré.

Ou seja, a igreja não era uma ideia de última hora de Deus. Ela sempre esteve na mente de Deus. Deus sabia de antemão e predeterminara que deveria existir uma igreja de Jesus Cristo, um povo escolhido que englobaria não só Israel, mas toda a humanidade.

 

“... em santificação do Espírito, “

A expressão em santificação do Espírito ou “em santidade de Espírito”, declara que os “eleitos” de Deus foram transformados em santos pela ação do Espírito. A mesma frase ocorre em 2 Tessalonicenses 2:13, onde certas traduções dizem “através da santificação pelo Espírito”.

O Espírito santifica o crente (Atos 2:38) e lhe ajuda a viver piedosamente. O crente é denominado “santo” no sentido de que a sua vida é um reflexo da própria santidade de Deus (1 Pedro 1:15, 16). Ele é santo porque foi separado pelo Espírito para ser um dos eleitos de Deus.

 

“... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: “

A santificação concedida ao crente pelo Espírito Santo visa a sua obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo. Pedro estava lembrando seus leitores de que a santificação não é um ato passivo realizado no cristão. O próprio crente opta por seguir a vontade de Deus de modo que a vontade de Deus se torne a sua própria vontade.

Por um lado, Cristo santifica (1 Coríntios 1:30). Por outro lado, a santificação é um imperativo moral imposto ao crente. É um ato de obediência que deve ocorrer com perseverança até a vinda do Senhor: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).

Afinal, Pedro está falando de um contínuo derramar que acompanha a perseverante obediência do que é santificado. Eis como João trata desse mesmo assunto: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).

 

“Graça e paz vos sejam multiplicadas. “

O apóstolo começou a segunda carta com estas mesmas palavras em grego (2 Pedro 1:2). Paulo costumava usar as palavras “graça e paz” nos cumprimentos de suas cartas. Pedro acrescentou o desejo de que elas se multiplicassem a seus leitores.

Essas palavras eram muito mais do que uma formalidade. Pedro queria comunicar àqueles cristãos seus mais profundos desejos de que a graça e os dons gratuitos de Deus, juntamente com uma paz divina, fossem característicos em suas vidas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201409_02.pdf

Genesis 1.1


 

“No princípio”

O relato da criação se abre com a palavra “bereshith” que tem a ver com o princípio da atividade criativa de Deus. A obra da criação não foi feita na eternidade. A eternidade é um atributo exclusivo de Deus: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno” (1 Timóteo 6.16). O Criador é sempiterno; a criação, temporal. Ao contrário dos gregos que acreditavam na eternidade da matéria, os hebreus crêem que tudo quanto existe no tempo, foi criado pelo Eterno: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11.3).

Sendo o tempo a duração relativa das coisas, gera-nos a noção de presente, passado e futuro: um período contínuo no qual se sucedem os eventos. Deus, porém, é o que é. Ele não está sujeito a qualquer sucessão de dias ou séculos. Presente, passado e futuro são-lhe a mesma coisa: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite” (Salmos 90.4). Logo, somente o Eterno poderia criar o tempo. E aqui o tempo é criado.

 

“... criou Deus o céu”

O termo hebraico para Criou (bará) é um verbo que só aceita Deus como seu sujeito no Antigo Testamento; ele sempre descreve um ato criativo de Deus, e não do homem. Sempre significa trazer algo novo à existência, seja sem uma matéria pré-existente (Isaías 43:15, 16; 65:18; Jeremias 31:32).

O termo (Elohim) equivalente a Deus não se trata realmente de um nome pessoal como “Iavé” ou “El Shadai”. Elohim é o plural de Eloah, podendo ser traduzido por “deuses". Segundo Champlin Neste caso o plural é um aumentativo de exaltação, frisando a majestade de Deus e não a idéia de pluralidade de pessoas. Para ele extrair um sentido trinitário é cristianizar demais o texto visto que a Trindade só foi formulada no século II d.C.

Já para Fausset a escolha Elohim por Moisés revela de maneira implicita a Trindade, uma doutrina claramente revelado em outras partes, a saber, que se Deus é um, há uma pluralidade de pessoas na Divindade - Pai, Filho e Espírito Santo, que estavam engajados na obra criadora (Provérbios 8:27 e João 1:3 João 1:10 , Efésios 3:9 , Hebreus 1:2 , Jó 26:13).

Tendo já estabelecido o tempo Deus cria agora o espaço. Ele cria sua própria morada como vislumbramos.  Apesar, dEle não precisa de habitação alguma, pois nem o céu dos céus pode contê-lo: “Mas verdadeiramente habitará Deus com os homens na terra? Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado? ” (2 Crônicas 6.18).

Todavia, o Rei do universo delimita um lugar, para nele situar a sua corte. Embora não ocupe a nossa dimensão, a região celeste tem de ser vista como realidade dentro do nosso tempo. Para lá são levadas as almas dos que dormem em Cristo: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram” (Apocalipse 6.9). Em breve, nós estaremos ali com o Senhor.

Já criados os céus, o Senhor chama os anjos à existência. Assim o salmista descreve a ação divina: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles” (Salmos 33.6). Os seres angelicais também foram criados pelo sopro divino, exatamente como o Senhor procederia com o homem (Genesis 2.7).

O espaço não é sinônimo de vácuo. O Senhor o criou, a fim de conter a sua obra que, embora vastíssima, é finita. Logo, o espaço também é finito: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11.3).

O Criador não se acha limitado quer pelo tempo, quer pelo espaço; a criação, sim. Até os mesmos anjos acham-se condicionados temporal e espacialmente, pois não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo.

 

“... e a terra. “

Deus criou a Terra, e pô-la exatamente naquela coordenada espacial, onde se encontra até ao dia de hoje. Nosso planeta, já delimitado pelo tempo e pelo espaço.

Quanto ao método usado por Deus na criação da Terra, há diferença de opinião da parte de dedicados servos de Deus. Há alguém que interpreta Genesis 1.1 como sendo apenas uma declaração preliminar que antecede a narrativa da criação e que registra a maneira de transformar um mundo sem forma, num belo estado de "cosmos", que se teria realizado através de sete longos períodos chamados "dias".

Há outros eruditos que são de opinião que Genesis 1.1 refere-se à criação original do sistema solar no longínquo passado, em estado de perfeição; e que Genesis 1.2 seria uma referência a uma calamidade que sofreu a terra tornada um "caos"; e que a narrativa detalhada que se segue é a descrição dum período de "reconstrução", de seis dias, no qual a terra foi restaurada à sua original ordem de beleza e harmonia.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

ANDRADE, Claudionor. O começo de todas as coisas – estudos no livro de Genesis. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_02.pdf

OLSON, N. Lawrence. O Plano Divino Atraves Dos Seculos. Olson. Rio de Janeiro: CPAD, 1981.

FAUSSET, A. R.; BROWN, David; JAMIESON , R. Jamieson, Fausset and Brown’s commentary on the whole Bible. Grand Rapids: Zondervan Classic Reference Series, 1999.Crossway Books, 1999.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

Romanos 8.3


FRomanos 8.3 “Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; “

 

“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, “

A lei era incapaz de libertar Paulo da lei do pecado e da morte. Por quê? Porque estava “enferma pela carne”. Paulo não estava dizendo que a lei em si era fraca, pois ela fora dada por Deus. A matéria, porém, com a qual a lei tinha de operar — a carne — era fraca. A humanidade carnal, ou seja, as pessoas dependentes de seus próprios recursos não conseguiam guardar a lei com perfeição. Por causa dessa enfermidade, ou fraqueza, a lei era incapaz de libertar a humanidade.

Ou seja, a lei era limitada pela “carne”. Isto quer dizer que havia algo de errado com a lei? Não. Dave Miller questionou: “Você sai e dá um chute no seu carro porque ele não pode voar? Claro que não. Ele não foi projetado para voar. A lei de Moisés nunca foi projetada para remover pecados. Ela foi projetada para revelar o pecado”.

 

“Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; “

O que era impossível à lei, isso fez Deus. Era impossível à lei libertar as pessoas por causa da carne; Deus libertou as pessoas usando a carne enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”. Deus “obteve a vitória sobre o pecado no próprio domínio em que ela parecia imperar sem contestação: ‘na carne’.

Aqui há uma referência à encarnação de Cristo: Deus mandou “o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa” (v. 3b). A palavra traduzida por “semelhança” (homoioma) vem de “igual” ou “mesmo” (homo).

Deus não enviou meramente o Seu Filho ao mundo; Ele enviou-O “no tocante ao pecado”, ou
seja, “como oferta pelo pecado”. A expressão “oferta pelo pecado” evoca os animais mortos em sacrifício na época do Antigo Testamento. “A morte do animal sacrificado simbolizava
a seriedade do pecado, assim como indicava a disposição de Deus em repassar o castigo pela transgressão da lei a outro.

O que Deus simbolizou com um animal inocente, Ele cumpriu com o sangue inocente do Seu Filho”. Era “impossível que o sangue de touros e de bodes removesse pecados” (Hebreus 10:4); mas o que era impossível a sangue de animais fazer, o sacrifício de Cristo que valeu por todas as vezes fez (Hebreus 10:10).

Charles Spurgeon alegrava-se com isto: “Deus encontrou um meio de condenar o pecado sem me condenar! ”. Essa é a “provisão divina”. Como é maravilhoso que Deus “não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou” (Romanos 8:32)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200901_06.pdf

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

Dave Miller, sermão apresentado no programa televisivo Truth in Love, Fort Worth, Texas, 2 de fevereiro de 2002.

Romanos 1.3


FRomanos 1.3 “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, ”

 

“Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, ”

Esse versículo (v.3) e o 4 incluem uma das principais declarações das Escrituras a respeito de Cristo. Primeiramente, Paulo disse aos romanos que Jesus, “segundo a carne, veio da descendência de Davi”.

No que se refere ao lado humano de Cristo, Ele era um descendente do rei Davi (Mateus 1:1), tendo nascido de Maria, uma descendente direta de Davi (Lucas 1:27). Jesus, portanto, era completamente humano. Ao mesmo tempo, Ele era completamente Deus. Ele “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (v. 4a). O contraste dos versículos 3 e 4 é óbvio: no que tange à carne, Jesus era descendente de Davi; mas no que tange ao Seu espírito, Ele era o Filho de Deus.

Usa-se "carne" para designar descendência ou relação humana natural que Cristo é descendente de Davi "segundo a carne". Em 4:1 Abraão é chamado "nosso pai segundo a carne" (i. e., antepassado dos que são judeus de nascimento), enquanto que espiritualmente é o pai de todos os que crêem (Romanos 4:11, 16). Seus descendentes por reprodução física são "filhos da carne", em contraste com "os filhos da promessa" (Romanos 9:8). Os judeus de nascimento são "compatriotas" de Paulo "segundo a carne" (Romanos 9:3), ou simplesmente sua "carne" (Romanos 11:14).

O qual, segundo a carne, veio ("nasceu", RV) da descendência de Davi (da "semente" de Davi). É evidente que a descendência davídica de Jesus fazia parte do conteúdo da pregação e da confissão dos cristãos primitivos. Jesus não parece ter insistido muito nisso, mas não recusou a designação de "Filho de Davi" quando Lhe foi aplicada, por exemplo, pelo cego Bartimeu (Marcos 10:47).

Barclay escreveu: Paulo fala de um Jesus que era real e verdadeiramente homem. Um dos maiores pensadores da Igreja primitiva o resumiu quando disse de Jesus: "Ele se fez o que nós somos, para nos fazer o que Ele é." Paulo pregava a respeito de alguém que não era uma figura legendária de uma história imaginária, que não era um semideus, metade Deus e metade homem. Ele pregava de alguém que era real e verdadeiramente um com os homens que veio para salvar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
3/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200809_02.pdf

barclay

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini.

Lição 1 - Lições Bíblicas Adultos - 1º Trim./2025 - CPAD

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 4 DE JANEIRO DE 2025 (Hebreus 6.1)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
4 DE JANEIRO DE 2025
NUNCA DEIXAR DE OBSERVAR OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ

Hebreus 6.1 “Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, ”

 

Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição,

O autor de Hebreus havia repreendido os leitores por terem que aprender de novo o básico: “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento” (5:12), seus leitores poderiam esperar que ele lhes ensinasse essas coisas mais uma vez.  Em vez disso, ele falou acerca da necessidade do progresso na fé cristã. Afinal, nenhum mestre chegaria a nenhuma parte se cada vez que começa a ensinar tivesse que começar de novo com as verdades básicas do ensino.

A “base” ou a “fundamento” é essencial para a capacidade de qualquer edifício, mas passar todo o tempo lançando uma base seria imprudente. Alguns se atêm tanto aos princípios elementares do evangelho discutindo-os, que perdem os princípios mais elevados contidos na Palavra de Deus (Mateus 23:23).

Entenda-se que isto não é dizer que os elementos básicos do evangelho não devem ser regularmente ensinados e pregados, pois os cristãos a cada nova geração enfrentam o perigo do desvio, se não estiverem bem fundamentados na verdade.

O autor de Hebreus diz então que seus fiéis devem progredir no que ele chama teleiotes. Esta palavra foi traduzida por perfeição, mas em grego teleios — que é o adjetivo — e suas palavras derivadas têm um significado técnico especial.

Pitágoras dividia a seus estudantes em joi manthanontes — os aprendizes — e joi teleíoi — os amadurecidos. Teleiotes não implica um conhecimento e uma perfeição completos, mas sim certa maturidade na fé cristã. O caminho da perfeição deve ser percorrido por aqueles que são sequiosos pelas verdades divinas.

Visto que ninguém senão os “maduros” (v.14) estão aptos a receber e entender as coisas
mais profundas de Cristo era urgente que esses cristãos se deixassem ser conduzidos até a maturidade. Os cristãos conformados acham que tudo já está muito bom; mas aqueles que têm sede de Deus e das verdades que a sabedoria de Deus encerra querem ir sempre adiante, até chegar “a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4.13).

 

“... não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, ”

Não se consegue a maturidade cristã retornando aos padrões dos primeiros estágios da instrução cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído é mister ir além dos alicerces - o arrependimento das obras mortas pela fé em Deus!

O arrependimento das obras mortas. A vida cristã começa com o arrependimento; e o arrependimento (metanoia) é literalmente uma mudança de mente. Uma nova atitude para com Deus, os homens, a vida e o eu. Portanto, o arrependimento é a base, o primeiro legislador da vida cristã. Ele estava entre as primeiras coisas pregadas aos que tinham formação judaica em preparação para a vinda do reino (Marcos 1:4, 14, 15; Atos 2:38; 3:19; 5:31). O verdadeiro arrependimento envolve contrição pelo fato de nossos pecados terem ofendido a Deus, juntamente com uma conscientização de que seremos eternamente condenados, se não mudarmos (Lucas 13:3; Atos 17:30-31).

A expressão “obras mortas” não se refere somente a “pecados”, mas sim a todas às obras destituídas do elemento vida, procedente da fé no Deus vivo: "Tudo que não provém de fé é pecado" (Romanos 14:23). Todas as obras do homem em si, à parte de Deus, são “obras mortas”. Kistemaker acreditava que essa mortificação se refere à “purificação de nossa consciência de atos que levam à morte”, incluindo todos os pecados do passado. O pecador precisa deixar todas essas obras quando se converte a Cristo. O sentido de obras mortas então deve ser o mesmo de Hebreus 9.14, que é o de uma consciência limpa e que é alcançada através do arrependimento.

O segundo item básico desta lista é “fé em Deus”. Todas as várias partes do Novo Testamento testificam da necessidade da fé em qualquer abordagem a Deus: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6). Aqui, o significado deve ser a resposta da fé à provisão de Deus. Os hebreus já criam em Deus, mas precisavam se arrepender perante Ele e depois crer em Jesus. Esta epístola apresenta a fé como uma força dinâmica que tem sua ênfase na confiança e na obediência. O caráter desta fé ativa é revelado no capítulo 11.

Tanto o arrependimento quanto a fé eram partes vitais da pregação aos judeus, mas o arrependimento geralmente era mencionado em primeiro lugar (Marcos 1:14, 15; Atos 20:21).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/12/2024

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201404_06.pdf

Barclay, William. The Letter to The Hebrews (Título Original em Inglês). Tradução: Carlos Biagini.

SILVA, Severino Pedro. Epístola aos Hebreus – as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro CPAD, 2023.

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

GUTHRIE, Donald. Hebreus: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.