sexta-feira, 1 de agosto de 2025

2 Timóteo 2.24

    

2 Timóteo 2.24 “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;”

 

“E ao servo do Senhor não convém contender,”

No contexto das epistolas pastorais, via de rega, a expressão: “servo do Senhor” é mais aplicada aos ministros da Palavra, ou aos líderes das igrejas. Doulos é a palavra grega comumente usada para um “escravo”, mas a maioria das traduções optou pelo termo “servo”. Doulos é aquele que, seu “único compromisso é com o Senhor”. Não há chamado maior do que ser um servo do Senhor: “Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor” (Deuteronômio 34:5).

O servo de Deus é um indivíduo que é chamado para edificar vidas em vez de contender. A contenda abre feridas, em vez de cicatrizá-las. Concordo, porém, com Stott quando ele diz que Paulo não está aqui proibindo todo tipo de controvérsia. Quando a verdade do evangelho estava sendo cruelmente atacada, o próprio Paulo se tornou um ardoroso apologista (Gálatas 2.11-14) e ordenou que Timóteo fizesse o mesmo (1 Timóteo 6.12). Porém, a combinação de especulações não bíblicas com polêmicas despidas de amor tem causado grandes danos à causa de Cristo.

Não raro, nas igrejas, aparecem irmãos, que possuem cursos de Teologia, ou de outras áreas acadêmicas, os quais levantam argumentos pessoais contra doutrinas já consagradas ou estabelecidas ao longo dos anos nas igre­jas cristãs. Nada temos contra esses cursos, pois, pela graça de Deus, possuímos alguns deles, que muito têm enriquecido nosso ministério de ensino. Mas referimo-nos a ensinadores presunçosos, que procuram angariar simpatia de grupos de crentes para si, a fim de formarem uma facção dissidente no meio dos irmãos.

Esses quanto confrontados pela liderança local, tornam-se opositores velados ou declarados, e, muitas vezes, conseguem fazer dissensões ou divisões. Tais “doutores” andam na contramão do Salmo 133, que diz que é “bom e suave que os irmãos vivam em união”. Discordar de algo que merece reparos é natural, mas provocar dissensão e contenda não é coerente com o amor cristão.

Diante desses fatos, Paulo exorta a Timóteo a evitar tais contendas e litígios, envolvendo a doutrina, e as provocações dos contendores que surgem no meio da igreja local. Conselho sábio, de um pastor experiente, culto e bem firmado na sã doutrina cristã, a um jovem obreiro, que ainda teria muito o que aprender, ao longo dos anos de seu ministério.

 

“... mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;”

Paulo apresentou uma descrição abrangente do servo do Senhor, detalhando como um pregador deve interagir com a irmandade, especialmente com os que se opõem a ele e com os que estão cometendo erros.

Aquele que serve ao Senhor deve ser manso para com todos. Diz provérbios: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15.1). Outras traduções preferiram as palavras “brando” ou “amável”. Essa palavra grega é “usada freqüentemente pelos escritores para caracterizar a atitude de uma ama com crianças irritadiças ou de um professor com alunos refratários, ou para aludir a pais em relação aos seus filhos”. O servo do Senhor deve ser “afável, de fácil diálogo, de conduta acessível, não irritável, [nem] intolerante, [nem] sarcástico, nem burlesco, nem mesmo para com os que o prejudicam”.

A passagem instrui a ser “manso para com todos”. Não é uma ordem simples; é mais fácil ser brando ou amável com algumas pessoas do que com outras. No entanto, devemos ser amáveis com quem gostamos e com quem não gostamos. Devemos ser amáveis com os amigos e com os inimigos. Devemos ser amáveis com as pessoas próximas a nós e com os estranhos. “Ser amável para com todos” (NVI).

O próximo requisito é uma repetição de uma das qualificações dos presbíteros: aptos para instruir. Se um homem não sabe instruir ou ensinar, ele não deve ficar à frente de uma classe ou no púlpito. Essa habilidade é um resultado natural de um obreiro que aprendeu a manejar bem a palavra da verdade: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).

Paulo citou a seguir “sofredor” ou “paciente”. O texto original contém uma palavra composta, que significa “suportar pacientemente". Refere-se a “suportar o mal sem ressentimento”, sendo “paciente” e “tolerante”. Essa é outra ordenança mais fácil de ser dita do que obedecida. Quando injustiçados, queremos atacar, ferir os outros como eles nos feriram; mas Paulo instruiu a sermos “pacientes” quando injustiçados.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/08/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201904_02.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 1 DE AGOSTO DE 2025 (1 João 3:18)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
1 DE AGOSTO DE 2025
AMANDO DE CORAÇÃO

1 João 3:18 “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas em obra e em verdade.”

 

“Meus filhinhos,”

 A palavra, Filhinhos, sugere tanto a idade avançada do autor como o terno e afetuoso relacionamento que havia entre ele e seus leitores. Estes são simplesmente “teknia”, “filhinhos”, em 2:12,28; 3:7,18; 4:4; 5:21. Essa palavra grega ocorre no evangelho de João a partir dos lábios de Jesus, em (João 13:33) “ Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora “.

 

“... não amemos de palavra, nem de língua, mas em obra e em verdade.”

O amor fraternal revela um coração compassivo. A compaixão nasce do amor fraternal. Por isso, não pode haver compaixão onde não há amor fraternal. Compaixão é a capacidade de sentir a necessidade do outro o suficiente para fazer algo a respeito. Compaixão é mais ação do que palavras; resulta do amor de Deus que habita no coração (João 3:17).

O cristão compassivo não só vê a necessidade do outro, mas também a supre. João disse: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (3:17). A compaixão cristã segue uma trajetória definida: habilidade, consciência, ação. O que fazemos para ajudar um irmão é mais importante do que o que dizemos.

O amor que temos pelos nossos irmãos reflete a nossa devoção a Deus. Esse amor anuncia a nossa conversão a Cristo, o nosso compromisso com o exemplo de Cristo e a nossa compaixão pelos outros. As manifestações externas do amor refletem os compromissos internos da alma.

Certo garotinho foi mandado até uma mercearia para comprar uma dúzia de ovos. Feita a compra, pôs-se a voltar para casa. No caminho, o menino acidentalmente caiu e quebrou quatro ovos. Em sua mente, voltar para casa com quatro ovos quebrados era impensável! Tudo o que fez diante daquela situação foi sentar-se ao lado dos ovos quebrados e chorar.

Nisto, um homem veio andando. Vendo a situação do menino, expressou sua tristeza e prosseguiu. Outro homem também passou por ali. Vendo a necessidade, parou, entregou uma moeda de cinquenta centavos ao menino e disse: “Pegue e vá comprar mais quatro ovos”. As ações do segundo homem revelaram seu coração compassivo.

Você é uma pessoa compassiva? Examine suas ações em relação à necessidade alheia!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/02/1-joao-521.html

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202304_02.pdf