sábado, 7 de dezembro de 2024

1 Tessalonicenses 5.19


 1 Tessalonicenses 5.19 “Não extingais o Espírito.”

 

“Não extingais o Espírito.”

Paulo escrevendo aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Não extingais o Espírito”. A construção em grego permite a seguinte tradução: Parem de extinguir o Espírito. À luz de 5:20: “Não desprezeis as profecias”, este versículo parece indicar que alguns crentes puseram em dúvida o uso dos dons espirituais na igreja. Em contraste com a vida eclesiástica dos coríntios (1 Coríntios 12-14), na qual os dons de línguas e de profecia estavam muito em evidência, os tessalonicenses talvez tivessem a tendência de subestimar o valor dos dons do Espírito Santo.

Eles haviam esquecido ou talvez nem tivessem sido completamente instruídos - de que os dons sobrenaturais proviam o meio pelo qual a igreja podia ser enriquecida pelos ministérios do Consolador. O Dr. Lange comenta: “Essa dissidência provavelmente procedia mais do valor que atribuíam ao intelecto e à ordem nos cultos; e não, como em Corinto, de exagerar o valor das línguas”. Aquela igreja, esquecendo-se de seu primeiro fervor (1 Tessalonicenses 1.2,3,7), tornara-se formalista e sua liturgia começava a extinguir o Espírito Santo.

O termo traduzido por “extinguir” referente ao Espírito Santo, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o Espírito é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor. Quando se perde o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o Espírito de Cristo (Apocalipse 2.4).

O crente não deve apagar a influência do Espírito Santo em sua vida. O uso da palavra “extinguir” traz a figura do fogo como símbolo do Espírito Santo (Atos 2.3; Romanos 12.11; 2 Timóteo 1.6). Fogo fala de pureza, poder, luz e calor. O fogo ilumina, aquece, purifica e alastra. Apagamos o fogo quando removemos o combustível: jogando terra ou tirando o oxigênio. O fogo precisa ser mantido aceso no altar do coração. Apagamos o fogo quando cedemos ao pecado ou quando deixamos de orar e obedecer à Palavra.

A extinção das operações do Espírito Santo na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do Espírito Santo em nosso meio, devemos clamar a Deus sem cessar por um avivamento espiritual.

A extinção do Espírito Santo leva a igreja a mornidão espiritual (Apocalipse 3.14-22). Quando um crente perde o fervor espiritual, torna-se frio, ou, pior ainda, morno, e é “vomitado” por Deus (Apocalipse 3.16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: (como se preparar para a segunda vinda de Cristo). São Paulo: Hagnos, 2008.

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais - Como obter e manter um genuíno avivamento pentecostal nos dias de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

Mateus 6.34


Mateus 6.34 “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. “

 

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, ”

Não pensem no amanhã com ansiedade. Esse mandamento de Jesus é o caminho para a perfeita paz. Isaías já o havia dito, muito tempo antes: "Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti" (Isaías 26:3).

O discípulo deve viver um dia de cada vez. Devemos enfrentar os problemas reais do presente, em vez de ficar apreensivo com os “possíveis” problemas do futuro. Pois, muitas das coisas com que as pessoas se preocupam jamais acontecem. O futuro real nunca é tão desastroso como o futuro de nossos temores.

Preocupar-se com o futuro na verdade paralisa a pessoa para lidar com o presente, e pode até encurtar seu tempo de vida. O livro apócrifo de Eclesiástico diz que “as preocupações trazem a velhice antes do tempo”. As duas enfermidades típicas da vida moderna são a úlcera no estômago e a trombose coronária, e em muitos casos ambas procedem da excessiva preocupação. É um fato comprovado pela medicina que aqueles que riem mais, vivem mais.

 

“... porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. “

Não temos controle algum sobre o dia de amanhã. Não sabemos nem ao menos se estaremos vivos. Por isso devemos cuidar somente do dia chamado hoje: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9.10). O futuro é hoje. Não há amanhã. O dia da salvação é hoje.

Jesus contando uma parábola descreveu um homem rico com uma herdade abundante. Este decidiu construir um celeiro maior para si e disse a sua alma “ descansa, folga, como e bebe”. Depois de todo o seu empreendimento Deus falou: “Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12.20).

Dale Carnegie escreveu: “O melhor meio de nos prepararmos para o futuro é nos concentrarmos com toda a nossa inteligência, com todo o nosso entusiasmo, no trabalho que estivermos realizando hoje, para que ele seja o mais soberbo possível. É esse o único meio existente de nos prepararmos para o futuro”.

O Talmude diz: “Não te aflijas com o problema de amanhã, pois não sabes o que o dia trará e talvez ele nem exista amanhã, vindo a te lamentares por um mundo que não é teu”. Ele também afirma: “Basta os problemas que já se tem em uma hora”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201205_03.pdf

BARCLAY, William. The Gospel of Matthew - Tradução: Carlos Biagini.

CARNEGIE, Dale· Como Evitar Preocupações e Começar a Viver – Viva no presente. Sextante, 2020.

1 Timóteo 6.8


1 Timóteo 6.8 “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. ”

 

“Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, ”

A vida cristã só tem sentido se o crente viver com contentamento, alegre e feliz, na presença do Senhor. A palavra grega para contentamento é autarkeia. Autarkeia era um termo normalmente empregado pelos estoicos para uma autossuficiência totalmente independente das circunstâncias.

O contentamento cristão também não depende de coisas externas. Todavia diferentemente dos estoicos esse “segredo” não é para ser encontrado em nós mesmos, mas sim em Cristo. “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13). Desse modo, o contentamento genuíno “não é a autossuficiência, mas a Cristo-suficiência”. E por isso que a piedade com contentamento equivale a um grande lucro espiritual.

Qual deve ser nossa atitude em relação às “coisas” desta vida? Paulo disse: Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. “O que nos vestir” traduz (skepasma), “aquilo que serve de cobertura e, consequentemente, de proteção”; o termo pode incluir roupas e moradia. Integrando os termos usados por Paulo, temos as três necessidades básicas de todo indivíduo: alimento, roupa e moradia.

Coisas luxuosas não lhe são necessárias; mas o suprimento das necessidades são. No final das contas, as necessidades básicas da vida são, na realidade, bem poucas e simples, e podem ser resumidas como sendo “comida e roupa”. Estes são frequentemente mencionados juntos como requisitos mínimos tanto na Bíblia (Deuteronômio 10:18; Mateus 6:25).

Essas necessidades são exatamente aquilo a respeito do qual Jesus nos proibiu de nos preocuparmos, uma vez que prometeu que o nosso Pai celestial nos daria essas coisas se “buscarmos em primeiro lugar o Seu reino” (Mateus 6:33; 1 Timóteo 6:17).

Nosso inventário de “necessidades” excede em muito a lista básica de alimento, roupa e moradia. Uma das ironias da vida é que, geralmente, os que têm mais são os mais descontentes: “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda” (Eclesiastes 5:10).

 

“... estejamos com isso contentes. ”

Devemos encontrar nossa suficiência no Senhor: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra” (2 Coríntios 9:8).

Devemos orar para que Ele nos ajude a assimilar a atitude de Paulo: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:11–13).

Como Paulo devemos aprender “a viver contente em toda e qualquer situação. ” O básico também é benção de Deus: “o pão nosso de cada dia, dá-nos hoje”, e deve ser suficiente para nos alegrar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201903_02.pdf

BARCLAY, William. The FirstLetterto Timothy Tradução: Carlos Biagini

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

STOTT, John R.W. A mensagem de 1 Timóteo e Tito: a vida da Igreja local a doutrina e o dever. São Paulo: ABU Editora, 2004.

1 Tessalonicenses 5.18


1 Tessalonicenses 5.18 “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. ”

 

“Em tudo dai graças, ”

Aqui, temos um mandamento comum: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5.20) que corresponde ao exemplo do próprio Paulo: “Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações” (1 Tessalonicenses 1.2). Os crentes devem achar razão para louvar e agradecer a Deus em qualquer situação na qual se acharem, e, portanto, a todo tempo.

De um lado, o crente sempre pode ver (ou deve sempre procurar crer) que até mesmo as adversidades podem ter um propósito benéfico: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28).

Do outro lado, temos acesso a uma fonte de bênçãos espirituais: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1.3). Essas bênçãos nos fornecem alegria constante na comunhão com Deus e não pode ser perturbada mesmo pelas circunstâncias mais adversas.

 

“... porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. ”

Paulo conclui seu grupo de exortações ao declarar que esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para os leitores. Significa que cumprir estes mandamentos é o que Deus requer daqueles que vivem uma vida em Cristo. Afinal Deus nos “ elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1.4)

A declaração provavelmente acompanhe todos os três mandamentos ao invés de apenas o último deles: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (v.16-18), e torna claro que é o propósito e a intenção de Deus que os cristãos devam viver uma vida de alegria e gratidão, expressas em oração. Pois essas atitudes são necessárias e possíveis em Cristo Jesus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: (como se preparar para a segunda vinda de Cristo). São Paulo: Hagnos, 2008.

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

Atos 16.31


Atos 16.31 “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. ”

 

“E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. ”

Quando o carcereiro viu a porta da prisão aberta depois do terremoto, seu primeiro impulso foi tirar a própria vida (v.27). Assim, evitaria a degradação pública seguida pela pena de morte. De acordo com a lei romana, o carcereiro que deixasse escapar a presa era submetido à pena de seu prisioneiro (Atos 12.18-19). Mas Paulo gritou para que não se matasse, pois, todos os prisioneiros ainda estavam ali (v. 28).

Então, o carcereiro lembrando os maus tratos que ele mesmo dera aos dois servos de Deus, com peso na consciência ele agora com temor os pergunta: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (v.30). O carcereiro quis ser preservado da ira do Deus a quem Paulo servia. O Deus que sacudira a terra. O terremoto despertou na consciência do carcereiro a lembrança da maldade de sua vida.

Não se sabe bem o que o carcereiro quis dizer com a sua pergunta sobre a salvação. Teria ouvido a pregação de Paulo e Silas? Teria ouvido a adivinha declarar que esses homens proclamavam o caminho da salvação? Independentemente do que o carcereiro quis dizer com tais palavras, elas proporcionaram a abertura perfeita para Paulo e Silas que responderam: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”.

O que significa crer no Senhor Jesus Cristo? É crer em fatos concernentes a Cristo (1 Coríntios 15.1-8). O Cristianismo é uma religião baseada em eventos reais e históricos que ocorreram há mais de 19 séculos. Essa salvação só é operada através de Cristo. Perante o Sinédrio, Pedro já enfatizara isso: “porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (4:12). O carcereiro só poderia ser salvo por intermédio de Jesus.

Às vezes, as pessoas imaginam por que o carcereiro não recebeu a mesma resposta que foi
dada aos judeus no Pentecostes, quando perguntaram o que fazer (Atos 2:37): “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Ato 2:38). Alguns podem perguntar por que ele não recebeu a mesma resposta dada a Saulo, quando perguntou: “Que farei, Senhor?” (Ato 22:10); a saber: “Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (Ato 22:16).

Fazer algo em nome de Jesus, ou invocar o nome de Jesus, pressupõe que se saiba quem é Jesus e se creia nele. O carcereiro não tinha esse conhecimento; ele não tinha essa fé. Se lhe dissessem para fazer algo “em o nome de Cristo”, como o cego, ele perguntaria: “Quem é... para que eu nele creia?” (João 9:36).

A princípio, os missionários dão ao carcereiro o evangelho em poucas palavras: A salvação é somente pela fé em Jesus. Então eles falam a palavra do Senhor a todos os membros da casa do carcereiro (v.32). Eles explicam quem é Jesus e como a pessoa pode ser salva crendo nele como Senhor. Da mesma maneira que o carcereiro fez, sua família põe a fé e confiança em Jesus.

A promessa de salvação para sua casa não significa que uma pessoa possa crer por outra. Antes, a salvação está disponível à sua família nos mesmos termos que ao carcereiro. As relações de parentesco oferecem circunstâncias favoráveis ao evangelismo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200203_01.pdf

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

1 Pedro 5.7


1 Pedro 5.7 “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. ”

 

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, ”

No processo de humildade, temos de aprender a nos desvencilhar de todos os cuidados, ansiedades e preocupações, pois Deus cuida de nós. A tendência de ser ansioso, preocupado e pressionado pelas incertezas da vida está arraigada à natureza humana. Essa é a reação natural do homem diante da pobreza, fome e outros problemas que lhe sobrevêm no decurso da sua vida diária.

O homem, oprimido pelos fardos que são colocados sobre ele, se imagina entregue a uma sina diante da qual se sente impotente. Pedro garantiu aos seus leitores que eles não estavam fadados a essa sina ou destino. Deus controla o mundo; podemos lançar nossos problemas sobre Ele. Pedro parece ter se apoiado em Salmos 55:22, embora não tenha feito uma citação direta: “Confia os teus cuidados ao Senhor, e Ele te susterá”.

O orgulho exalta o ego e depende do ego, mas a humildade reconhece nossa dependência de Deus, e exprime sua confiança nEle.

Embora o texto não seja muito semelhante, o sentimento de Mateus 6:25–34 é similar: “Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6:25).

Tanto para Pedro como para Jesus, a ansiedade é uma insinuação sutil de que ou Deus não tem poder ou não está interessado em cuidar do nosso bem-estar.

 

“... porque ele tem cuidado de vós. ”

Há uma boa razão para o povo de Deus lançar confiadamente toda ansiedade sobre o Senhor. O apóstolo relembrou a seus leitores: “Ele tem cuidado de vós”. 

Um salmista se alegrava recordando os acontecimentos da história de seu povo. "Deus meu", exclama, “Sinto abatida dentro de mim a minha alma”, e prossegue dizendo: “Lembro-me, portanto, de ti, nas
terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.” (Salmo 42:5, 6). Quando tudo se fazia insuportável ele recebia conforto com a memória do que Deus tinha feito. O homem que alimenta seu coração com a história do que Deus tem feito no passado, nunca temerá pelo futuro.

O Deus revelado por Jesus Cristo é um Pai pessoal para o Seu povo. Ele não é uma potência desinteressada que criou a terra e depois virou-lhe as costas. Ele vive nas vidas do Seu povo. Seu cuidado providencial está sempre em ação. “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” (1 João 4:16).

Ele nos conhece também às nossas necessidades. E não apenas as nossas necessidades primárias (Mateus 6.11,25), mas também nos socorre nas angústias e tribulações (Salmo 107.28-30; 2 Coríntios 1.3,4). E é poderoso “para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20). A obra apócrifa intitulada Sabedoria de Salomão contém esse pensamento: “Pois não há, fora de Ti, Deus que cuide de todos”.

Lembremo-nos de que o orgulho e o ego estão por trás da maioria de nossas ansiedades e preocupações. Se lhe formos fiéis, descobriremos que, libertos do orgulho, Deus fica mais inclinado a nos favorecer.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201411_02.pdf

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

GABY, Wagner. As doenças do século. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 07 DE DEZEMBRO DE 2024 (Mateus 16.18)

 
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
07 DE DEZEMBRO DE 2024
AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA A IGREJA

Mateus 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

 

“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,”

Após perguntar diretamente aos discípulos “e vós quem dizeis que sou?” Simão Pedro foi aquele que se manifestou fazendo a sua confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. A confissão de Pedro nessa ocasião consistia de duas partes: antes dos demais, ele identificou Jesus como “o Cristo”. Além disso, ele chamou Jesus de “o Filho do Deus vivo”

Jesus declarou que Pedro era bem-aventurado (v.17), ou bendito, por ter entendido essa verdade e por causa da procedência desse entendimento. “Bem-aventurado” descreve aquele que tem motivo para estar extremamente feliz (5:3–12; 11:6; 13:16; 24:46).

No primeiro encontro  com Simão (João 1:42), Jesus deu a Simão o nome aramaico “Cefas”, que significa “pedra grande” ou “rocha” (Jeremias 4:29). O equivalente grego desse nome é “Pedro” (Petros), um vocábulo masculino, que significa “pedra”.

Quando Jesus disse: “Sobre essa pedra edificarei a minha igreja”, Ele poderia estar fazendo um jogo de palavras com o nome que Ele mesmo deu a Simão. A palavra grega para “pedra” (petra) na frase de Jesus é feminina e refere-se a “formações rochosas ou maciças”. Talvez as montanhas rochosas em torno de Cesareia de Filipe tenham trazido essa imagem à mente de Jesus. Jesus escolheu palavras que distinguiram “Pedro” de “pedra”.

O significado dessa declaração de Jesus é objeto de muitos debates. Argumentam alguns que a “pedra” refere-se ao próprio Pedro. Em outras palavras, Cristo edificaria a Sua igreja sobre Pedro. A importância de Pedro é vista no fato de que ele ocupa a primeira posição em todas as listas dos apóstolos (10:2–4; Marcos 3:16–19; Lucas 6:14–16; Atos 1:13).

Após a ascensão de Jesus, Pedro assumiu o papel de liderança nos seguintes eventos: a substituição de Judas entre os apóstolos (Atos 1:15–22), o estabelecimento da igreja em Jerusalém no dia de Pentecostes (Atos 2:14–40), a transferência dos dons miraculosos do Espírito aos samaritanos (Atos 8:14–25), a divulgação do evangelho aos gentios (Atos 10; 11) e a condução da assembléia sobre judeus e gentios (Atos 15:7–11).

Outra interpretação da estrutura deste versículo é que a “pedra” refere-se à confissão de Pedro de que Jesus é “o cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Afinal não foi só Pedro que teve autoridade sobre a igreja. Jesus conferiu autoridade para ligar e desligar aos demais apóstolos também em uma das suas aparições ressuscitado: Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos” (João 20.21-23). A declaração da encarnação e divindade de Cristo seria o fundamento da Igreja: “Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus” (1 João 4:2).Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus (1 João 4:15).

McGarvey escreveu: Esta verdade, que ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo, é a mais fundamental do sistema cristão – dela depende toda a superestrutura; sendo mais devidamente representada pela pedra no retrato do Salvador.

A última posição afirma que Cristo é a Pedra. O Antigo Testamento diz em profecia que o Messias seria a pedra sobre a qual a nova casa de Deus seria construída (Salmos 118:22; Isaías 28:16; Daniel 2:44, 45). O Novo Testamento afirma que Jesus é o fundamento sobre o qual a igreja é edificada (Mateus 21:42; Atos 4:10–12; 1 Coríntios 3:11; 1 Pedro 2:4–8). Neste caso, o fundamento é a pedra fundamental da verdade de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, como confessou Pedro. Aquele que vem a crer em Cristo faz essa confissão antes de receber o batismo (Atos 8:37) – momento em que é unido com Cristo e é acrescentado à Sua igreja (Atos 2:41; Romanos 6:3–5; 1 Coríntios 12:13; Gálatas 3:26, 27). Desse modo, a boa confissão se torna a parte viva e ativa do fundamento da igreja.

 

“... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

Jesus também disse a Pedro que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. “Inferno” é uma tradução imprecisa do grego “Hades”. No Novo Testamento “Hades”, o reino dos mortos, é normalmente diferenciado de “inferno” (gehenna), o lugar de castigo final.

No mundo antigo, as portas eram vitais para a defesa de uma cidade e eram indicadores de sua força. A palavra grega para “Hades” corresponde ao hebraico para “Sheol” ambos os termos referem-se ao reino dos mortos.

Jesus combinou os dois conceitos de “portas” e “Hades” para falar do reino e do poder da morte. Isto é confirmado pelo uso das expressões “portas de Sheol” e “portas da morte” no Antigo Testamento (Jó 17:16 [NVI]; 38:17; Salmos 9:13; 107:18; Isaías 38:10). Na literatura grega, as expressões “portas de Hades” e “portas da morte” também se referem à esfera e ao domínio da morte.

Jesus disse que as portas do Hades (o poder da morte) “não prevalecerão contra ela”. O que isso quer dizer?

A morte não tem o poder de manter os cristãos presos (1 Coríntios 15:50–57). Jesus triunfou sobre morte e disse aos discípulos: “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.3), afirmando assim que sua igreja não permaneceria no Hades/Sheol. As portas do Hades não reteriam a sua igreja. Jesus trinfou sobre a morte e livrou os que a estavam sujeitas: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2.14-15). Pois na morte, o cristão não atravessa as portas do Hades, mas imediatamente entra na presença de Deus e desfruta de uma comunhão consciente com o Pai e com aqueles que foram antes dele. Talvez você já tenha ouvido a frase ―estar ausente do corpo e habitar com o Senhor Paulo usou-a pela primeira vez em 2 Coríntios 5.8: “Preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor”.

Em Apocalipse, Cristo é retratado como possuidor das “chaves da morte e do Hades” (Apocalipse 1:18). No juízo final, “morte e Hades” abandonarão seus mortos e serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:13, 14).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201208_05.pdf

LUCADO, Max. Dias melhores virão: como superar a dor e reconquistar a esperança quando nada parece dar certo / tradução de Valéria Lamim Delgado Fernandes. – 3.ed. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/06/hebreus-215.html