1 Tessalonicenses 5.19 “Não extingais o Espírito.”
“Não extingais o Espírito.”
Paulo escrevendo aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Não extingais o Espírito”. A construção em grego permite a seguinte tradução: Parem de extinguir o Espírito. À luz de 5:20: “Não desprezeis as profecias”, este versículo parece indicar que alguns crentes puseram em dúvida o uso dos dons espirituais na igreja. Em contraste com a vida eclesiástica dos coríntios (1 Coríntios 12-14), na qual os dons de línguas e de profecia estavam muito em evidência, os tessalonicenses talvez tivessem a tendência de subestimar o valor dos dons do Espírito Santo.
Eles haviam esquecido ou talvez nem tivessem sido completamente instruídos - de que os dons sobrenaturais proviam o meio pelo qual a igreja podia ser enriquecida pelos ministérios do Consolador. O Dr. Lange comenta: “Essa dissidência provavelmente procedia mais do valor que atribuíam ao intelecto e à ordem nos cultos; e não, como em Corinto, de exagerar o valor das línguas”. Aquela igreja, esquecendo-se de seu primeiro fervor (1 Tessalonicenses 1.2,3,7), tornara-se formalista e sua liturgia começava a extinguir o Espírito Santo.
O termo traduzido por “extinguir” referente ao Espírito Santo, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o Espírito é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor. Quando se perde o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o Espírito de Cristo (Apocalipse 2.4).
O crente não deve apagar a influência do Espírito Santo em sua vida. O uso da palavra “extinguir” traz a figura do fogo como símbolo do Espírito Santo (Atos 2.3; Romanos 12.11; 2 Timóteo 1.6). Fogo fala de pureza, poder, luz e calor. O fogo ilumina, aquece, purifica e alastra. Apagamos o fogo quando removemos o combustível: jogando terra ou tirando o oxigênio. O fogo precisa ser mantido aceso no altar do coração. Apagamos o fogo quando cedemos ao pecado ou quando deixamos de orar e obedecer à Palavra.
A extinção das operações do Espírito Santo na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do Espírito Santo em nosso meio, devemos clamar a Deus sem cessar por um avivamento espiritual.
A extinção do Espírito Santo leva a igreja a mornidão espiritual (Apocalipse 3.14-22). Quando um crente perde o fervor espiritual, torna-se frio, ou, pior ainda, morno, e é “vomitado” por Deus (Apocalipse 3.16).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/12/2024
FONTES:
RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: (como se preparar para a segunda vinda de Cristo). São Paulo: Hagnos, 2008.
BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996.
GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais - Como obter e manter um genuíno avivamento pentecostal nos dias de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
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