sexta-feira, 26 de julho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JULHO DE 2024 (Gálatas 6.7)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JULHO DE 2024
A INFLEXÍVEL LEI DA SEMEADURA DA VIDA

Gálatas 6.7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “ 


Contexto

O apóstolo Paulo está chegando ao final de sua carta. Seus temas principais já foram apresentados. Tudo o que resta são algumas advertências finais. À primeira vista, essas instruções e exortações parecem estar muito frouxamente ligadas entre si. No entanto, um exame mais detalhado, revelará o elo de ligação. É justo que os crentes, uma vez tendo recebido instrução espiritual de seus mestres na fé, contribuam materialmente em favor destes (v. 6). 

De acordo com a semeadura, assim será também a colheita. Se plantais a semente de vossas cobiças egoístas, se semeais no campo da carne, obtereis um a colheita corrupta. Mas se semeais na boa terra do Espírito, obtereis um a colheita de vida eterna”. Tendo como base o fato de que o princípio da semeadura é implacável, Paulo exorta os gálatas a não se cansarem de fazer o bem, principalmente aos domésticos da fé (vv. 9 e 10). É a explicação do grande princípio da semeadura e da colheita que será apresentado no versículo 7:


“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; “ 

Paulo começa com uma advertência para que não se enganem, não errem. Essa advertência serve para preparar a ideia seguinte, que é uma lei imutável. A possibilidade de se enganar é mencionada diversas vezes no Novo Testamento. (1 Coríntios 15.33) “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Jesus disse que o diabo é um mentiroso e o pai da mentira, e advertiu os seus discípulos contra a possibilidade de serem enganados. João nos adverte, na sua segunda epístola, que “muitos enganadores têm saído pelo mundo fora”; Paulo nos roga, em sua carta aos Efésios: “ Ninguém vos engane com palavras vãs”. Já em Gálatas ele pergunta aos seus leitores: “Quem vos fascinou? ” (3:1) e fala ainda da pessoa que “ a si mesma se engana” (6:3). 

Afinal, muitos se tem enganado acerca desta inexorável lei da semeadura e da colheita. A palavra grega para escarnecer tem um sentido de “torcer o nariz”, “tratar despercebidamente”, “ridicularizar” conforme escreve Salomão ““O filho sábio alegra seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe” (Provérbios 15.20). A ideia é tornar Deus ridículo mediante a defraudação e o não cumprimento da sua vontade. Deus não é do tipo suscetível à zombaria. Torna-se extremamente fútil tentar zombar dEle. 

O que o apóstolo diz aqui é que os homens podem enganar a si mesmos, mas não podem enganar a Deus. Embora pensem que podem escapar desta lei da semeadura e colheita, eles não podem. Podem até continuar semeando suas sementes e fechando os olhos às consequências, mas um dia o próprio Deus vai fazer a colheita.


“...porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “ 

Este é um princípio de ordem e coerência que se acha inscrito em toda vida, material e moral. A agricultura, por exemplo. Depois do dilúvio, Deus prometeu a Noé que, enquanto houvesse terra, haveria “ sementeira e ceifa”, isto é, a semeadura e a colheita não teriam fim: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão” (Genesis 8:22). 

Se um lavrador deseja ter colheita, deve semear a semente no seu campo; caso contrário, não haverá colheita. Além disso, o tipo de colheita que ele vai obter é determinado de antemão pelo tipo de semente que ele semeia. Isso acontece com a natureza, a qualidade e a quantidade. Se ele semear cevada, vai colher cevada; se semear trigo, colherá trigo. Semelhantemente, uma boa semente produz uma boa colheita, e uma semente ruim produz uma colheita ruim. Além disso, se ele semeia com abundância, pode esperar uma colheita abundante; mas se semeia parcamente, também vai colher parcamente: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Coríntios 9:6). 

Reunindo tudo, podemos dizer que se um lavrador deseja uma safra abundante de um a determinada semente, então, além de semear a semente adequada, esta deve ser boa e tem de ser semeada com abundância. Só assim ele pode esperar uma boa colheita. O homem colherá o que semeou. Deus deixa que o homem lavre sua sorte com as próprias mãos (livre arbítrio). Ele concede liberdade ao homem para semear onde queira, e, portanto, para colher o que queira. Exatamente esse mesmo princípio opera na esfera moral e na espiritual. Quem decide como será a colheita, não são os que colhem, mas os semeadores. 

Se um homem é fiel e consciencioso em sua semeadura, então pode confiantemente aguardar uma boa colheita. Se ele “ semeia ventos”, como costumamos dizer, só pode “ colher tempestades”! Por outro lado, segundo a observação de Elifaz, o temanita: “os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4:8). Ou, como Oséias advertiu os seus contemporâneos (8:7), “ porque semeiam ventos, segarão tormentas” (referindo-se ao juízo divino).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Germano. Gálatas – Comentário. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

BOYD, Frank M.  Comentário Bíblico.../ 1 ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.

STOTT, John. A mensagem de gálatas. São Paulo: ABU, 2000.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JULHO DE 2024 (2 Coríntios 9.6)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JULHO DE 2024
A INFLEXÍVEL LEI DA SEMEADURA DA VIDA

2 Coríntios 9.6 “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.”


Muitos dos preceitos éticos e morais do Novo Testamento foram prefigurados na lei mosaica. O próprio Jesus sinalizou que Sua intenção era expandir os princípios morais estabelecidos na lei, e não aboli-los: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir” (Mateus 5:17).

A generosidade é um preceito ético do Antigo Testamento: “Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória” (Salmos 112:9). Nos cristãos devemos exercê-la com piedade: “E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (Atos 4:35)

Em algum ponto, a generosidade pode fomentar a dependência irresponsável de outras pessoas “Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs” (2 Tessalonicenses 3:11). Devemos sempre julgar, se uma pessoa realmente precisa ou apenas se beneficiará de nossa ajuda.

Se um irmão se recusa a trabalhar para sustentar a si mesmo e a sua família, devemos repreendê-lo e até evitar nos associarmos com ele: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (1 Coríntios 5:11).


“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.”

Conceitos semelhantes ao que Paulo expressou nesse versículo são encontrados no Antigo Testamento: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmos 1:3). A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido”(Provérbios 11:25).

Para incentivar a generosidade, Paulo lembra-lhes um princípio que todo agricultor sabe. “Havia um fazendeiro no norte da Califórnia que reclamava porque as suas colheitas não davam tanto quanto as de seus vizinhos. Ele testou o solo e comprovou que era do mesmo tipo dos vizinhos. Então descobriu a diferença. Ele semeava a metade da quantidade de sementes que os vizinhos”.

Se os agricultores precisam ser lembrados deste princípio, nós ainda mais. Deus, ao fim, com a mesma medida da nossa generosidade, nos recompensará (cf. Provérbios 11.18,25; 22.8; Gl 6.7-9). O apóstolo havia admoestado os cristãos da Galácia com as seguintes palavras: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

 Duas vezes no contexto Paulo se referiu à generosidade. Os coríntios haviam prometido uma “dádiva” e o apóstolo os exortou a concretizar essa “expressão de generosidade”.

Ele falou de semear “com fartura” e de colher “com abundância”. Apesar de Deus abençoar o cristão generoso, Paulo não tinha a intenção de enunciar uma regra invariável que abrange todos os aspectos da vida. Nem todo sofrimento e nem toda bênção é a resposta direta de Deus a algum ato particular na vida de uma pessoa; no entanto, tanto a bondade quanto a impiedade produzem frutos nesta vida e na vida futura.

A bondade é recompensada em algum grau neste mundo. A pessoa que tende a ser generosa e bondosa, disse Paulo, colhe o que ceifou ou semeou. Ainda que Paulo estivesse discorrendo acerca da “semeadura” dos coríntios na oferta para os irmãos pobres da Judéia, o princípio que ele apresentou tem uma aplicação abrangente. A colheita de recompensas espirituais das sementes espirituais ocorre nesta vida e no mundo vindouro: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmos 126:6)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/11/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202108_03.pdf

HORTON, Stanley. I e II Corintios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.