terça-feira, 23 de agosto de 2022

O FENÔMENO DOS DESIGREJADOS - César Moisés Carvalho

 O “FENÔMENO DOS DESIGREJADOS” 

1. O fenômeno. O fenômeno dos desigrejados é novo, nasceu no final do século 20 nos Estados Unidos, e lá foi denominado de Emerging Church (Igreja Emergente). Há no Brasil adeptos dessa nova forma de “ser igreja”. Porém, não é este fenômeno específico apontado pelo censo 2010 do IBGE, mas algo que possivelmente faça parte do que o instituto classifica como sendo os “sem religião”. Esse “grupo” — que não tem nada em comum a não ser a crença, ou não, em Deus e o não nutrir simpatia por nenhuma denominação — já é o segundo maior do país. É possível que entre as pessoas pesquisadas haja adeptos do “movimento igreja emergente”, porém, tanto um quanto o outro, erroneamente, desistiram das igrejas convencionais (1Jo 2.19). Sabemos que “estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontram” (Mt 7.14).


2. As possíveis causas. Não há dúvida que muitos desse grupo foram enganados e seduzidos por ideias, doutrinas e demais pensamentos que têm origem nas ações ou nas astutas ciladas do Maligno (Ef 6.11). Outros saem por insubordinação, falta de compromisso e também por quererem dominar sobre o povo (At 15.24; Tt 1.10-16). Contudo, é preciso ponderar o fato inegável de que existem também outras causas, dentre estas, questões de ordem pessoal (Rm 2.24). A despeito disso, a recomendação da Palavra de Deus é clara: O crente não pode deixar de congregar com os irmãos (Hb 10.25).


3. A pior causa da rejeição. Em relação aos que já pertenciam às igrejas e por uma razão ou outra saíram, talvez a preocupação seja menor. Entretanto, para os que nunca pertenceram a igreja alguma e dizem acreditar em Deus, mas não querem pertencer a nenhuma denominação por causa de maus testemunhos, é algo que deve nos preocupar (Lc 17.1). A igreja deve comportar-se como sal da terra e luz do mundo. Precisa demonstrar à sociedade secularizada e relativista que não existe outro caminho, outra verdade que não seja Jesus Cristo — cabeça da Igreja (Ef 4.15). Além do mais, não podemos nos esquecer que, um dia, todos — líderes, liderados e desigrejados — teremos de prestar contas dos nossos atos Àquele que conhece todas as coisas e sonda os corações (Rm 14.12).


Fonte:

Título: Novos Tempos, Novos Desafios — Conhecendo os desafios do Século XXI

Comentarista: César Moisés Carvalho



EDITAL DE CONVOCAÇÃO COMOESPO (ATA 30— 21ºA.G.E.)

CONVENÇÃO DOS MINISTROS ORTODOXOS DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO ESTADO DE SAO PAULO E OUTROS — COMOESPO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO (ATA 30— 21ºA.G.E.)

Nos termos do art.23 do Estatuto Social por determinação do Presidente Pastor Alcides Favaro, ficam convocados os membros da convenção dos Ministros Ortodoxos das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo e outros a se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA — (21º A.G.E.), no dia 10 de Setembro 2022, as 08h30min em primeira Convocação como quórum estatutário e as 09h00min em Segunda convocação com qualquer número, no Templo da Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga na cidade de Bauru: Rua Felicíssimo Antônio Pereira, 1-29, Vila Independência– Bauru— Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: Assuntos devocionais; Estudos Bíblicos; Leitura do Edital e da vigésima nono Ata; reforma do Estatuto e Regimento Interno da COMOESPO conforme o artigo 54 do Estatuto Social da COMOESPO, Reconhecimento de Pastores e Evangelistas; Relação dos nomes desfilados do Cadastro de Convencionais da COMOESPO, e demais assuntos administrativos. São Paulo, 22 de agosto de 2022.

Pastor Alcides Fávaro - Presidente da COMOESPO.

Fonte:



LIÇÃO 9 - A Sutileza do Movimento dos Desigrejados - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hebreus 10.25)

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; ” A estabilidade espiritual é alcançada através das atividades promovidas neste versículo, ou seja, “congregar” e “fazer admoestações”. A palavra grega para “congregar”, significa “reunir em assembleia”. Esta passagem, juntamente com Tiago 2:2, pode implicar que a “sinagoga” era usada como um local de encontro da igreja do primeiro século 2. O termo inicialmente denotava “reunir-se”, mas veio a significar “local de reunião”. Todavia, grupos inteiros se reuniam nas sinagogas em Jerusalém – onde havia muitas sinagogas. À luz desta possibilidade, dizer que não havia “prédios de igreja” na época do Novo Testamento pode não ser completamente verdade. Os cristãos deveriam se encontrar com o propósito de encorajar e exortar uns aos outros, como o versículo 24 convoca os santos a fazerem. Recordemos que o autor de Hebreus incentivou que isso fosse feito diariamente (3:12, 13). Este versículo não está dizendo para nos “estimularmos a congregar”, mas para “congregarmos para nos estimular”. Como aqueles cristãos poderiam se estimular e fortalecer uns aos outros, senão passando tempo juntos? Eles deveriam se encontrar a fim de fazer essa exortação à fidelidade constante. Edificar, exortar e estimular são propósitos essenciais da reunião dos cristãos (1 Coríntios 14:26–33). O autor de Hebreus não considerou possível quem não se reúne regularmente com outros crentes ser fiel ao Senhor. O “solitário” pode ser um crente, mas ele não é um crente firme e constante. Por isso ele exorta seus leitores porque observou que alguns já estavam com esse mau costume, e isso era extremamente nocivo à comunhão cristã. É um alerta que ecoa forte nestes dias onde aumenta assustadoramente o número de desigrejados. “Deixar” as reuniões da igreja é um sinal inequívoco de apostasia – ou um sinal de que logo acontecerá a apostasia. A palavra “deixar” significa “abandonar”. Negligenciar a assembleia dos santos geralmente leva a uma total deserção da fé. Os primeiros leitores desta epístola estavam lutando contra pressões a eles impostas pelas fortes influências judaicas para que continuassem a adoração no templo segundo a lei. A admoestação do autor era que eles deveriam se manter fiéis a Cristo. Eles ainda não haviam desistido, mas haviam permanecido fieis no passado em tribulações semelhantes (vv. 32–36).

 “...e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” Os crentes precisam uns dos outros, especialmente em razão das circunstâncias difíceis e à medida “que se vai aproximando aquele dia” (10.25). “O dia” que se aproxima é o dia do ajuste de contas.
Existem três interpretações principais sobre seu significado:
a) O cerco romano contra Jerusalém poderia já ter começado quando a carta aos Hebreus foi escrita. Deste modo, o dia da destruição da cidade e do Templo que foi profetizado por Jesus pode ter sido um evento iminente e um sinal patente para todos os judeus (cristãos e outros), em relação à dissolução da antiga ordem.
b) Pode se referir ao Dia do Julgamento, quando “cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).
c) Pode se referir principalmente à aproximação do retomo de Cristo e à responsabilidade que tal evento representa. Este fato forneceria um incentivo adicional para ser um participante ativo na vida da igreja local. Por mais longo que possa ser o período entre a primeira vinda de Cristo e seu retorno, o tempo de sua volta está sempre próximo (Ap 1.3). Bruce comenta que “cada geração cristã sucessiva é chamada a viver como a geração do final dos tempos”, para quem Cristo pode retornar em breve (1990,259). Uma vez que como crentes verdadeiros já experimentamos “as virtudes do século futuro” (6.5) e recebemos “um reino que não pode ser abalado” (12.28), existe uma realidade presente em nossa adoração, e na esperança do final dos tempos. Assim, continuemos inabaláveis no caminho da esperança, em completa lealdade para com Cristo e seu povo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201406_07.pdf

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.