domingo, 26 de maio de 2024
Lição 9: Resistindo à Tentação no Caminho – 2 Trimestre de 2024.
TEXTO ÁUREO:
“Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
” (Mateus 26.41)
Após a última ceia Jesus foi com seus discípulos a um jardim chamado Getsêmani. Ali ele disse a maioria dos seus discípulos para se assentarem e orarem. Tomou dentre eles Pedro, Tiago e João e lhes confidenciou: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo" (Mateus 26.38). Após isso, se afastou um pouco mais para orar em particular, quando retornou os achou dormindo. Então disse:
“Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação;”
“Vigiai”. Mais uma vez, Jesus instou esses apóstolos a vigiar. A palavra grega para “vigiar”, significa: “ficar acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por negligência ou indolência algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de alguém (Mateus 24.42; 25.13; Apocalipse 16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou abandone a Cristo ou caia em pecado (1 Tessalonicenses 5.6; 1 Coríntios 16.13; 1 Pedro 5.8).
“Orai”. Oração é o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual. Jesus nos deu exemplo, quando orou por Si mesmo (João 17.1-2); pelos Seus discípulos (João 17.15-19); e pelos pecadores (João 17.20). Oração não tem lugar previamente definido, mas a Bíblia nos relata que Jesus e os discípulos oravam no templo (Atos 3.1). A oração não tem hora marcada para acontecer, não tem tempo determinado. A Palavra de Deus diz: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). A oração deve ser contínua, perseverante e com paciência (Lucas 18.1; Romanos 12.12; Salmos 40.1).
A vigilância vê a tentação chegar; a oração dá força para resistir a ela. Vigilância é saber que um simples vacilo pode ser fatal. Não adianta ser PHD, ter doutorado, se não vigiar. Não adianta ser excelente executor, se não vigiar, não adianta ser exímio conhecedor bíblico, se não vigiar, não adianta ter fé que transporta montes, se não vigiar, não adianta ser de oração, se não vigiar. Não adianta orar vinte e quatro horas por dia, se, quando se levanta da oração, não vigia, murmura, fala mal de alguém, xinga, mente e outras coisas mais que entristecem o Espírito Santo de Deus. Você está jogando fora toda a oração.
Havia uma hora de tentação se aproximando, e estava muito perto; as dificuldades de Cristo poderiam levar os seus seguidores a não crerem nele e a não confiarem nele, a negá-lo e desertá-lo, e a renunciarem a todo o relacionamento com Ele. Após a prisão de Jesus os discípulos de fato o abandonaram e fugiram (Marcos 14:50).
“... na verdade, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca. ”
Jesus admitiu que o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. O “espírito” aqui se refere ao ser vivente dentro de nós, a alma que nos torna seres animados e nos vivifica. Ela é a fonte da nossa percepção, vontade e emoção. Se fosse só pelo espírito, ele resistiria, mas quando entra a carne há um enfraquecimento natural peculiar ao ser humano. Temos então aqui o contraste entre o espírito e a carne, muito comum no Novo Testamento (Romanos 8.5-9; Gálatas 5.17).
A “carne” é um termo frequentemente usado nas Escrituras, com variação semântica muito ampla. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física: “Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira. Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (Salmos 78.38-29), visto que os discípulos estavam cansados, exaustos e entristecidos.
Mas também pode ser uma referência à fraqueza da natureza humana decaída “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamento” (Efésios 2.3). Algumas versões traduzem a palavra “carne” por “natureza humana” (NTJ).
Por causa da associação com a palavra “tentação”. A expressão pode indicar as coisas simultâneas ou qualquer uma dessas interpretações.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
FONTES:
GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201211_05.pdf
https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2019/2019-01-12.htm
https://escolabiblicadominical.org/licao-05-ordenanca-para-uma-vida-de-vigilancia-e-oracao/
PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
1 João 3.2
1 João 3.2 “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”
“Amados, agora somos filhos de Deus,”
João faz questão de lembrar-nos do nosso privilégio. O privilégio de ser chamados filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1.12). Mas, como atualiza João nesse verso, não somos agora meramente chamados filhos de Deus; somos filhos de Deus. Não só temos o nome, mas também a realidade.
O chegar a ser filhos de Deus é um dom de Deus. Por sua natureza, o homem é criatura de Deus, porque Deus é seu criador, mas pela graça o homem chega a ser filho de Deus.
“... e ainda não é manifestado o que
havemos de ser.”
Não nos foram reveladas a maneira exata como seremos transformados nos filhos espirituais de Deus na ressurreição nem a natureza exata de nossa futura existência.
Ou seja, ainda mantemos um corpo mortal e corruptível. Paulo escreve aos coríntios: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).
Até o momento enfrentamos as fraquezas dos nossos corpos abatidos. Porém, temo essa expectativa e devemos aguardar a redenção do nosso corpo: “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.23).
“Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;”
O motivo desta mudança é que o veremos no arrebatamento da igreja que acontecerá simultaneamente com a chamada primeira ressurreição: “Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15.51-52). E encontraremos com o Senhor nos ares e assim estaremos pra sempre com o Senhor.
Não pode ser na manifestação em glória, pois, Paulo escrevendo aos colossenses disse: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3.4). Na vinda em glória a igreja se manifestará com Cristo já glorificada: “E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19.14). Perceba as vestes brancas á promessa aos que vencerem e cavalos brancos igualmente representa vitória.
“... porque assim como é o veremos.”
Quando Cristo se manifestar, poderemos vê-lo como Ele é, e não como era. Os apóstolos o virão quando se manifestou como homem: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (1 João 1.1). O mesmo apóstolo João quando exilado em Patmos o viu como Ele é, revestido de Glória, e não suportou: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (Apocalipse 1.17).
A grande meta de todas as grandes almas foi à visão de Deus. O fim de toda devoção é ver a Deus. Moisés ansiou por vê-lo e pediu que lhe mostra-se sua glória e Deus respondeu: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êxodo 33.20), “me verás pelas costas; mas a minha face não se verá” (Êxodo 33.20). Mas nós quando recebermos nosso corpo glorioso o veremos como Ele é.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024
FONTES:
BARCLAY, William. The FirstLetterof John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.1 Coríntios 6.11
1 Coríntios 6.11 “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”
“E é o que alguns têm sido;”
O que os Coríntios tinham sido? A resposta se encontra nos versículos anteriores e principalmente no verso 10. Eles foram Injustos, errados, devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados e maldizentes.
Todavia, não eram mais porque foram resgatados por Cristo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17)
“... mas haveis sido lavados,”
Cerca ocasião Jesus deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos. Pedro após recusar ser lavado foi admoestado por Jesus em não ter parte com Ele. Então: “Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo” (João 13.9-10). Jesus afirma que os discípulos estavam limpos (não todos) e estavam limpos pelas suas palavras: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (João 15.3).
E essa é a mesma condição de todo aquele que nele crê e tem os seus mandamentos e os guardam, pois todos nós somos limpos pela sua palavra.
Muitos comentadores vêem aqui também uma referência ao batismo e a pia de bronze. Talvez seja assim, embora não haja nada no contexto que o indique. A palavra pode significar a espécie de lavagem que vemos em Apocalipse 1.5, “Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”.
“... mas haveis sido santificados,”
Santificar significa “consagrar”, “separar” ou “reservar algo para propósitos sagrados”. Esse verbo é “constantemente usado na Septuaginta para expressar a dedicação e consagração de pessoas e coisas a Deus”. O mesmo termo foi usado para Jeremias com respeito ao trabalho que Deus lhe conferiu como profeta (Jeremias 1:5) e também a Arão e seus filhos com respeito ao trabalho deles como sacerdotes (Êxodo 29:1).
Em João 10:36, Jesus é aquele a quem o Pai “santificou e enviou ao mundo” – ou seja, Jesus foi separado pelo Pai para cumprir sua missão no mundo. Os discípulos de Jesus são separados do mundo por Deus para servir a ele, desde que creiam e vivam em harmonia com a verdade, que é a palavra de Deus. Pois, apenas quem aceita a verdade e vive em conformidade com a verdade pode ser santificado.
“... mas haveis sido justificados...”
O verbo “justificar”, “quer dizer declarar justo” . É um termo judicial, empregado com relação aos absolvidos. Paulo o utiliza com referência ao ato de Deus pelo qual, com base na morte expiatória de Cristo, Ele declara justos os crentes e os aceita como Seus.
É curioso que esta referência se segue à referência à santificação. Pode ser que Paulo sentisse que a santificação exigia ênfase especial. Calvino sustentava que todos os três termos se referem à mesma coisa, embora em diferentes perspectivas.
“... em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”
O nome traz perante nós tudo o que está implícito no caráter do Senhor, enquanto que o título por extenso, o Senhor Jesus Cristo apresenta a dignidade daquele a quem servimos. Ao invocar o nome do Salvador, Paulo afirmou que Jesus é o agente da lavagem, santificação e justificação.
A obra mediadora do Espírito forja os laços entre Deus e o Seu povo. Há um poder manifesto na vida cristã, e esse poder não é humano. É poder divino, dado pelo próprio Espírito de Deus.
O que aqueles indivíduos eram agora em Cristo era totalmente diferente do que haviam sido quando filhos deste mundo.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024
FONTES:
MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201702_03.pdfMateus 25.46
Mateus 25.46 “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”
“E irão estes para o tormento eterno,”
Quem são estes? Esses serão as nações apartadas a esquerda daquele que se assentará no trono da sua glória (Mateus 25.31): “E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mateus 25.33). Essas nações bodes diz o Pastor Antonio Gilberto: deverão ser povos sanguinários, beliscosos e perseguidores de Israel que seguiram o Anticristo.”
Os pecadores serão conduzidos à punição eterna. A sentença será, então, executada rapidamente, e não existe adiamento, não há tempo para se solicitar uma revisão da sentença. A execução dos pecadores é mencionada primeira; pois primeiro é juntado e queimado o joio.
Eles irão para o tormento eterno. “Eterno” significa “sem fim, que nunca cessa, que dura para sempre”. A declaração de Jesus não nos permite limitar a duração do inferno e dizer que os perdidos serão aniquilados ou consumidos. “Aionios” é usado para descrever a duração tanto do inferno como do céu: Se limitarmos a duração do inferno, então teremos também que limitar a duração do céu.
Este lugar foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41). Por causa do Seu grande amor, Deus fez tudo o que era necessário para evitar que a humanidade fosse para esse lugar terrível de tormento (João 3:16, 17, 36). Os homens não herdam o fogo eterno (contraste com os justos, v. 34), mas vão para lá recusando a graça de Deus.
“... mas os justos para a vida eterna.”
Deus separará os seus verdadeiros seguidores dos fingidos e dos infiéis, e os seus destinos serão completamente diferentes: “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá” (Salmos 1.6). Não há meio-termo nem uma terceira opção (como o suposto purgatório).
A vida eterna é retratada como uma recompensa para os justos (as ovelhas) que serviram obedientemente o Rei. Eles são verdadeiramente “abençoados” pelo Pai. Como herdeiros, “herdam” o reino celestial que foi preparado para eles desde o começo dos tempos. Também gozam de uma perfeita comunhão com Cristo e com Deus.
Champlin diz que vida eterna é mais do que uma vida que não tem fim, diz respeito a uma espécie de vida. Deus é eterno, ou seja, possui uma forma extremamente elevada de existência. E nós à proporção em que vamos sendo transformados a imagem de Cristo compartilharemos dessa forma de vida, em Cristo. Pois a vida eterna consiste da participação na vida de Deus: “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina...” (2 Pedro 1:4).
É lamentável que a igreja tenha reduzido essa vida a uma mera existência interminável. O que se destaca não é tanto a duração interminável, e, sim, a qualidade dessa vida.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
30/5/2024
FONTES:
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
CHAMPLIN, Norman.O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201211_02.pdf
SILVA, Antônio Gilberto. O Calendário da Profecia. Rio de Janeiro. Casa. Publicadora das Assembléias de Deus, 1985.
Romanos 8.18
Romanos 8.18 “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.
“Porque para mim
tenho por certo que as aflições deste tempo presente”
A vida cristã é o enfrentamento de
muitas pressões: do diabo, do mundo, de nossas fraquezas na carne. Jesus deixou
claro que no mundo teremos aflições, mas que devíamos ter bom animo, afinal,
ele venceu o mundo (João 16.33). Paulo corrobora a afirmação de Jesus, dizendo
que triunfaríamos sobre elas: “Mas em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou” (v.37).
Paulo chegou a dizer que não deveríamos
temer as aflições e tribulações, pois elas não seriam capazes de nos separar do
amor de Cristo (v.35). Pois também através delas entrarmos no reino de Deus: “[...]
através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos
14.22).
Aos seus companheiros cristãos de
Corinto disse: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós
eterno peso de glória mui excelente” (2 Coríntios 4:17). Segundo o
apóstolo, todo o seu sofrimento não passava de “momentânea tribulação”
comparado ao “eterno peso de glória” que o esperava. E isso ele afirma com a “expressão
“tenho por certo” que indica convicção, certeza e nenhuma dúvida”.
“... não são para
comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.
Então, Paulo faz dos nossos
sofrimentos atuais uma questão de aritmética simples. Ele somou todos e viu
qual era o total. Antes mesmo de calcular qual seria a soma da glória, ele
desistiu e disse apenas: “Nosso sofrimento atual não é nada comparado à glória
que será revelada em nós”. Pois a glória vindoura sobrepuja em muito a aflição
do presente.
O que é a glória a ser revelada a
nós e em nós? O texto fala da “glória dos filhos de Deus” (v. 21) e faz
referência específica à “redenção do nosso corpo” (v. 23). Quando o
Senhor voltar, receberemos corpos glorificados: “Assim também a ressurreição
dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se
em ignomínia, ressuscitará em glória” (1 Coríntios 15:42-43). E nos será
permitido desfrutar da Sua glória: “E a cidade não necessita de sol nem de lua,
para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o
Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21:23).
Além disso, não podemos especular
daquilo que não está revelado. A palavra “revelada”. No grego e significa
“desvendado, descoberto”. A nossa glória atualmente está “velada, encoberta”: “Porque
agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço
em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios
13.12).
Mas podemos ter certeza de uma
coisa: o que quer que esteja incluso na palavra “glória”, Deus já o preparou
para os Seus filhos.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/6/2024
FONTES:
CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus.
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.
LOPES, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo.
São Paulo, SP: Hagnos 2010.
BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo:
Vida Nova, 2002.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200902_03.pdf
2 Timóteo 3.8
2 Timóteo 3.8 “E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.”
“E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade,”
Após discriminar as péssimas qualidades de falsos mestres, no seio da igreja cristã, Paulo alerta a Timóteo que tais homens têm “aparência de piedade”, mas negam “a eficácia dela” e ordena que o discípulo se afaste deles (2 Timóteo 3.5).
E compara tais homens aos magos de Faraó, “Janes e Jambres”, que fizeram suas feitiçarias ou mágicas, resistindo a Moisés: “E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos” (Êxodo 7.11).
Seus nomes não ocorrem no A.T., nem são mencionados por Filo ou Josefo, mas há referências a eles nos documentos de Qumrã bem como na literatura judaica e pagã posteriores, e na literatura cristã primitiva.
Esses personagens procuravam demonstrar que eram tão eficazes como Moisés quanto à operação de milagres. Havia provavelmente mais, e a menção destes é simplesmente uma maneira de designar os mágicos do Egito.
Eles intentavam fazer os mesmos milagres operados por Deus por intermédio de Moisés, mas seu poder se revelou limitado: “Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus” (Exôdo 8.19), e eles foram atingidos pelos juízos de Deus da mesma forma que o restante do povo do Egito: “De maneira que os magos não podiam parar diante de Moisés, por causa da sarna; porque havia sarna nos magos, e em todos os egípcios” (Exôdo 9.11). Esses dois magos egípcios acabaram se tornando emblemáticos e simbolizando todos aqueles que tentam frustrar os propósitos de Deus e resistir à sua Palavra.
Warren Wiersbe tem razão em dizer que Satanás é imitador e falsifica o que Deus faz. Os líderes religiosos dos últimos dias têm uma fé falsa, e seu objetivo é promover mentiras e resistir à verdade da Palavra de Deus. Eles negam a autoridade das Escrituras e colocam a sabedoria humana em seu lugar.
“... sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.”
Os falsos mestres têm não apenas uma teologia errada, mas também uma vida errada. Aquilo em que eles creem determina o que eles fazem. Eles eram culpados de um duplo afastamento. Em primeiro lugar, eram “de todo corrompidos na mente”. Uma mente desperdiçada é um grande desperdício! Em segundo lugar, eles eram “réprobos quanto à fé” (“reprovados na fé”, NVI].
Qualquer um que se juntasse a essas pessoas para ser edificado na fé descobriria que desperdiçou tempo e esforço! As pessoas que se comportam dessa maneira geralmente são desprezadas, pois “a sua insensatez será a todos evidente”: “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois” (1 Timóteo 5:24).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
28/5/2024
FONTES:
RENOVATO, Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.
Lopes, Hernandes Dias. 2 Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200401_01.pdf
João 17.17
João 17.17 ”Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”
”Santifica-os na tua verdade;”
Em sua oração sacerdotal Jesus ora ao pai intercedendo por seus discípulos que em breve não teriam mais a sua presença em carne. O primeiro pedido que Jesus fez por seus discípulos foi para que eles fossem guardados ou protegidos (17:11b–16). O segundo pedido é esse, para que fossem santificados (17:17–19).
Santificar significa “consagrar”, “separar” ou “reservar algo para propósitos sagrados”. Esse verbo é “constantemente usado na Septuaginta para expressar a dedicação e consagração de pessoas e coisas a Deus”. O mesmo termo foi usado para Jeremias com respeito ao trabalho que Deus lhe conferiu como profeta (Jeremias 1:5) e também a Arão e seus filhos com respeito ao trabalho deles como sacerdotes (Êxodo 29:1).
Em João 10:36, Jesus é aquele a quem o Pai “santificou e enviou ao mundo” – ou seja, Jesus foi separado pelo Pai para cumprir sua missão no mundo. Agora ele ora para que o Pai também “santificasse” seus discípulos.
No Antigo Testamento, a consagração era feita através da observância de rituais e cerimônias. Aqui Jesus deixou claro que o instrumento da consagração dos discípulos era “a verdade”.
“... a tua palavra é a verdade.”
Jesus explicou o significado de “verdade” na próxima frase: a tua palavra é a verdade. A verdade é a totalidade da revelação de Deus de si mesmo, personificada em Jesus e por ele comunicada: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste” (João 17:8 e 14).
Os discípulos foram purificados (limpos) por meio da palavra que Jesus lhes anunciou (15:3). E eles seriam santificados pelo mesmo meio. Mais tarde, o Espírito Santo forneceria aos apóstolos o dom do Espírito para cumprirem sua missão; todavia, Jesus afirmou que o instrumento da obra que eles realizariam era a verdade, a palavra que proclamariam em seu nome.
Os discípulos de Jesus seriam separados do mundo por Deus para servir a ele, desde que cressem e vivessem em harmonia com a verdade, a “palavra” do Pai. Só quem aceita a verdade e vive em conformidade com a verdade pode ser consagrado ou dedicado ao serviço de Deus.
Assim como Jesus fora enviado ao mundo pelo Pai para cumprir sua missão, ele enviaria [seus discípulos] ao mundo para dar continuidade ao seu trabalho.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024
FONTES:
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf
Romanos 6.22
Romanos 6.22 “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”
“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus,”
Aqui Paulo efetivamente, pregou uma faixa em nossas vidas com esse aviso: “Sob nova direção!” No passado, nossas vidas eram “dirigidas” pelo pecado e por Satanás, mas fomos “comprados por preço” (1 Coríntios 6:20); estamos agora “sob a direção divina”. Esse fato deve impactar nossas vidas.
Jesus disse que quem pratica pecado é servo do pecado (João 8.34), mas se o Filho nos libertar verdadeiramente seríamos livres (João 8.36). Paulo afirma que pela obra de Cristo morremos para o pecado e aquele que está morto está justificado do pecado (Romanos 6.7). Sendo assim, não pode o pecado mais exercer domínio sobre nós. E uma vez libertados do pecado, fomos feitos servos da justiça (Romanos 6.18).
O nosso senhorio mudou. Estamos sim sob nova direção, então agora vivemos para Deus.
“... tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”
Quando vivíamos no pecado, nossos frutos eram as obras da carne, mas libertos do seu poder e domínio, tendo uma nova natureza implantada em nosso ser, nos tornamos novas criaturas.
Além das obras da carne outros “frutos” do pecado são: consciência culpada, não ser o que Deus idealizou que sejamos, inimizade de quem amamos e incapacidade de desfrutar das bênçãos que Deus quer que tenhamos. O resultado mais terrível, obviamente, é a morte espiritual. Paulo disse: “... porque o fim delas é morte” (Romanos 6:21b).
Mas agora, tudo mudou, e até os frutos. João Batista falou a respeito da importância de produzirmos frutos dignos de arrependimento (Mateus 3.8). João estava dizendo que o arrependimento genuíno será acompanhado pelo fruto da justiça.
A medida que o cristão trilha a estrada da justiça, ele vive a vida santificada (separada). Se um homem não está sendo santificado, não há razão para se pensar que tenha sido justificado. O termo grego para santificação é hagiasmos. Substantivos gregos que terminam em asmos descrevem não um estado acabado, mas um processo. A santificação não é um estado acabado; é o caminho à santidade. Nesse caminho o fruto do Espírito precisa ser desenvolvido à medida que nos aproximamos de Deus. Trilhar por essa estrada conduzirá por fim a vida eterna.
Na servidão ao pecado, o fruto é para a condenação e a morte. Na obediência à justiça, o fruto é para a santificação e o seu fim é a vida eterna.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024
FONTES:
CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da Justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPAD 2005.
BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200901_01.pdf
2 Pedro 2.4
2 Pedro 2.4 “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;”
“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram,”
O apóstolo Pedro está argumentando que o mesmo Deus que executou o julgamento no passado era plenamente capaz de fazê-lo novamente. “Ele não vai poupar os falsos mestres. Eles também serão julgados”. Pedro não disse isso, mas está suficientemente implícito.
Quando esses anjos pecaram? Por não ter contexto imediato essa passagem possui mais de uma explicação.
Alguns citam que pecaram no incidente bíblico de Gênesis 6:2 “vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres”. Nessa interpretação os filhos de Deus são anjos: “E em certo dia, os filhos de Deus vieram para se apresentarem diante do SENHOR, e Satanás também veio entre eles” (Jó 1.6). Os anjos haveriam se relacionados com mulheres e gerados os gigantes da terra. Posteriormente viria seu castigo.
Quem acredita nisso tem sua fonte no não canônico de Livro de Enoque. Todavia, nem a ortodoxia nem Flavio Josefo concordam que os Filhos de Deus esses são anjos. Agostinho afirmou que ninguém pode tomar este relato literalmente e ninguém pode falar a respeito dos anjos dessa maneira. Jesus afirmou que anjos não se casam, e que um dia seremos como eles: ” Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu” (Mateus 22.30).
A outra explicação é baseada na rebelião ocorrida no céu e a queda no mundo angelical (Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.11-19). O anjo de luz transformou-se em Satanás, que arrastou consigo um terço dos anjos (Apocalipse 12.4). Destes alguns se tornaram demônios e servem seu novo comando, outros, mais ferozes, foram precipitados no inferno (Tártaro), um lugar de trevas, onde aguardam o juízo de Deus.
Judas também fez alusão ao julgamento que sobreveio a certos anjos, mas ele acrescentou que eles caíram porque não estavam satisfeitos com o lugar que Deus lhes conferiu: "E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até o juízo daquele dia" (Judas v.6).
Judas e outras fontes paralelas, dizem que algumas ordens angelicais caíram. Eles abandonaram o seu estado original. O lugar de honra, de bem-estar e do domínio que eles possuíam nos lugares celestiais, nas esferas espirituais da existência. Antes, tais anjos contavam com o favor divino, pois eram espiritualmente puros e tinham um poder inconcebível. Mas caíram.
Isso sucedeu propositadamente. Fizeram uma louca escolha e má decisão. A sua má escolha pode-se ver em inferência nas palavras de Elifaz, o Tamanita, o amigo de Jó,"...e nos seus anjos encontra loucura" (Jó 4.18b).
“... mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão,”
Esses não estão presentemente a serviço de Satanás, e sim, aprisionados por expressa ordem de Deus, em cadeias eternas, na escuridão exterior.
A palavra traduzida por inferno é “Tártaro” e é mencionada apenas uma vez na Bíblia. O Tártaro não é de modo nenhum um conceito judeu, mas sim grego. Na mitologia grega o Tártaro é o inferno mais baixo; está tão abaixo em relação ao Hades como o está a Terra em relação ao Céu.
Ele é classificado por alguns eruditos como sendo um lugar separado do Hades, ou, como é mais provável, o próprio Abismo. Pois, alguns manuscritos dizem que esses anjos foram presos “com correntes de trevas”, e outros “em abismos de trevas”. ARA segue a segunda opção: os entregou a abismos de trevas. Havia um abismo intransponível entre as duas partes do Hades, de forma que Lázaro não podia ir para o outro lado onde estava Deus. Lucas 16.26-31.
No milênio Satanás será amarrado e lançado no abismo: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem” (Apocalipse 20.1-3). Os demônios temem o Abismo, pois eles rogaram a Jesus que não os lançasse ali: “E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo” (Lucas 8.31).
“... ficando reservados para o juízo;”
Esses anjos não ficarão no Tártaro para sempre. Eles estão esperando pelo julgamento do grande dia. ”... reservou na escuridão, e em prisões eternas até o juízo daquele dia" (Judas v.6). Eles estão reservados. Durante a Grande Tribulação, durante o toque da quinta trombeta, eles ficarão por cinco meses sob o domínio total de Satanás, depois, certamente, voltarão a ser aprisionados e evidentemente comparecerão a Juízo Apocalipse 9.1-3.
Isso não significa que serão libertados no dia do julgamento. Certamente não serão! As evidências estão sendo coletadas, de modo que Deus possa proferir o veredito naquele dia temível. Serão julgados certamente na ocasião do Grande Trono Branco. Os crentes ajudarão a julgar os anjos. “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6.3). Após eles serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20.10).
Apesar desta passagem ser difícil, o seu significado é claro. Até os próprios anjos foram castigados quando pecaram por sua concupiscência. Quanto mais serão castigados os homens? Os anjos não puderam rebelar-se contra Deus e escapar às conseqüências dessa rebelião. Como poderão escapar os homens? Os seres humanos não precisam culpar a outros, nem mesmo aos anjos; nada nem ninguém, exceto sua rebelde concupiscência, é responsável pelo pecado que eles cometem.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/5/2024
FONTES:
Lopes, Hernandes Dias. 2 Pedro e Judas : quando os falsos profetas atacam a Igreja. — São Paulo: Hagnos, 2013.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_04.pdf
SILVA, Severino Pedro. A doutrina bíblica dos anjos- Estudo sobre a natureza e ofício dos seres celestiais. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
Livro de Enoque, o etíope. São Paulo: Fonte Editorial, 2019.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse Versículo por Versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
Kistemaker, Simon J. Epístolas de Pedro e Judas, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006.
Barclay, William. The Letters of James and Peter (Título Original em Inglês). Tradução: Carlos Biagini.
1 Tessalonicenses 4.18
1 Tessalonicenses 4.18 "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."
Após concluir sua exposição sobre a primeira ressurreição e arrebatamento o apóstolo Paulo conclui: consolai-vos uns aos outros com estas palavras". A intenção do apóstolo era instruir a igreja de Tessalônica para não ser ignorante acerca dos que "dormem" (v.13), ou seja, dos que morreram em Cristo. Pois, havia cerca preocupação nesta igreja pois alguns que aguardavam a vinda do Senhor nos ares haviam morrido. E possivelmente especulava-se alguma frustação acerca da condição destes quanto a vinda do Senhor.
A conseqüência que se segue e' que os tessalonicenses realmente não têm motivo para se entristecerem por causa daqueles que já morreram. Pelo contrário, podem Consolar-se, uns aos outros com estas palavras. A palavra Consolar (traduzida como “exortar” em 4.1), tem aqui o sentido de consolo e de encorajamento. O consolo dado por Paulo através da palavra (aqui palavras) do Senhor deve ser passado adiante pelos tessalonicenses, uns aos outros. Podem basear-se na firme certeza oferecida por um apelo à autoridade do próprio Senhor. Eles deviam se consolar:
Pois, eles podiam ter esperança de revê-los na vinda do Senhor (v.13). Sendo assim, não deveriam sofrer a separação como os que não possuem essa esperança: "Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.19)
Eles criam na Ressurreição de Cristo. E Cristo se tornou a "primícia dos que dormem". E se ele ressuscitou é fato que os que "dormem" serão ressuscitados com Ele: "Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15.20-23)
Os que serão arrebatados não precederam os que dormem por que a ressurreição destes acontecerá primeiro: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem" (Apocalipse 14.13)
Após a ressurreição destes, nos encontraremos com eles novamente nas nuvens após sermos transformados: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (Apocalipse 20.6)
E finalmente estaremos reunidos para sempre com o Senhor! "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (João 14.3)
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024
FONTES:
MARSHALL, Howard. I e II Tessalonicenses - Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.
Apocalipse 3.12
Apocalipse 3.12 “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.”
“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá;”
Jesus conclui a carta a igreja de Filadélfia com uma palavra de esperança e conforto. Promete bênçãos ao que vencer em Cristo Jesus. O vencedor é o que permanece fiel à Palavra de Deus face à adversidade e à oposição.
Quem vencer será coluna no templo de Deus. A Igreja do Senhor, já na presente era é a “Coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3.15b), e o que ela representa na atualidade, será, sem dúvida alguma na eternidade.
As colunas são usadas como emblemas de força e durabilidade. “... Eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro...” (Jeremias 1.18). As duas colunas do Templo de Salomão postas no pórtico eram chamadas Jaquim, que significa “Ele estabelecerá”, e Boás, que significa “Nele há força”.
Claro está que “coluna no templo” é também uma figura de linguagem. Quando uma cidade sofre terremoto e cai, geralmente ficam em pé colunas de edifícios, porque a técnica de construção e os alicerces dessas colunas são reforçados. Filadélfia constatara isso várias vezes após terremotos sofridos. Daí a figura de expressão, aqui usada.
Por sermos Colunas no templo de Deus haveremos de estar sempre na presença de Deus, pois Deus mesmo é o Templo da Jerusalém Celeste: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” ( Apocalipse 21.22).
“... e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus,”
Naqueles dias, escrever o nome de alguém sobre alguma coisa era sinônimo de posse. O senhor escrevia seu nome nos servos como se estivesse marcando animais. Era sinal de posse. Receber o nome de Deus equivale a pertencer-lhe. Tal relacionamento jamais será quebrado. Seu nome será permanentemente inscrito sobre seus servos. Somos dele para sempre!
Além disso, Jesus diz que escreverá sobre ele “o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu do meu Deus”. Os vencedores receberão plena cidadania na Nova Jerusalém. Destes, serão removidas toda a dor e tristeza. Eles terão acesso à água da vida, comerão da árvore da vida, servirão a Cristo, verão sua face, reinarão com Ele e jamais serão molestados pelo ímpios.
“... e também o meu novo nome.”
Melhor que ter o nome da Nova Jerusalém escrito em nós, é ter o de Cristo. Seu nome representa a completa revelação de sua pessoa. Hoje, ainda não podemos imaginar-lhe a magnitude da glória. Mas quando chegarmos no céu, o conheceremos tal como é: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3.2).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/06/2024
FONTES:
HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse: versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998
LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004,