domingo, 26 de maio de 2024

1 João 3.2

 

1 João 3.2 “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”


“Amados, agora somos filhos de Deus,”

João faz questão de lembrar-nos do nosso privilégio. O privilégio de ser chamados filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1.12). Mas, como atualiza João nesse verso, não somos agora meramente chamados filhos de Deus; somos filhos de Deus. Não só temos o nome, mas também a realidade.

O chegar a ser filhos de Deus é um dom de Deus. Por sua natureza, o homem é criatura de Deus, porque Deus é seu criador, mas pela graça o homem chega a ser filho de Deus.


“... e ainda não é manifestado o que havemos de ser.”

Não nos foram reveladas a maneira exata como seremos transformados nos filhos espirituais de Deus na ressurreição nem a natureza exata de nossa futura existência.

Ou seja, ainda mantemos um corpo mortal e corruptível. Paulo escreve aos coríntios: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).

Até o momento enfrentamos as fraquezas dos nossos corpos abatidos. Porém, temo essa expectativa e devemos aguardar a redenção do nosso corpo: E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.23).

 

“Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;”

O motivo desta mudança é que o veremos no arrebatamento da igreja que acontecerá simultaneamente com a chamada primeira ressurreição: “Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;  Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15.51-52).  E encontraremos com o Senhor nos ares e assim estaremos pra sempre com o Senhor.

 

Não pode ser na manifestação em glória, pois, Paulo escrevendo aos colossenses disse: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3.4). Na vinda em glória a igreja se manifestará com Cristo já glorificada:  E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19.14). Perceba as vestes brancas á promessa aos que vencerem e cavalos brancos igualmente representa vitória.

 

“... porque assim como é o veremos.”

Quando Cristo se manifestar, poderemos vê-lo como Ele é, e não como era. Os apóstolos o virão quando se manifestou como homem: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (1 João 1.1). O mesmo apóstolo João quando exilado em Patmos o viu como Ele é, revestido de Glória, e não suportou: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (Apocalipse 1.17).

A grande meta de todas as grandes almas foi à visão de Deus. O fim de toda devoção é ver a Deus. Moisés ansiou por vê-lo e pediu que lhe mostra-se sua glória e Deus respondeu: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êxodo 33.20), “me verás pelas costas; mas a minha face não se verá” (Êxodo 33.20). Mas nós quando recebermos nosso corpo glorioso o veremos como Ele é.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

BARCLAY, William. The FirstLetterof John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

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