sábado, 3 de maio de 2025

João 10.2

João 10.2 “Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.”

 

“Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.”

Jesus faz um contraste entre os ladrões e salteadores e o pastor de ovelhas. Enquanto os salteadores sobem ao curral por outra parte, por não terem causa legítima para entrar, o pastor das ovelhas entra pela porta demonstrando o seu caráter que o distingue como proprietário legítimo.

Ele “entra pela porta”, como alguém que tem autoridade e vem para lhes fazer algo de bom, para ligar a que está quebrada, e fortalecer a que está enferma, (Ezequiel 34.16). As ovelhas precisam dos cuidados do homem, e, em troca, são úteis a ele (1 Coríntios 9.7). Elas vestem e alimentam aqueles que as abrigam e alimentam.

Deus havia confiado aos líderes religiosos, chamados de “pastores de Israel”, a responsabilidade de cuidarem do seu rebanho (Ezequiel 34:2). Eles falharam nesse aspecto porque foram pastores maus. Esses pastores (como o “pastor inútil” de Zacarias 11.17) são denunciados por estarem mais preocupados em se alimentar do que em fornecer alimento para as ovelhas confiadas ao seu cuidado. O profeta Jeremias escreveu: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! – diz o Senhor…” (Jeremias 23:1–4).

Deus iria então realizar a sua obra em relação ao seu rebanho através do seu “servo Davi”, uma referência ao Messias. Ele disse: “Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse” (Ezequiel 34:23, 24). Este é o pastor retratado em João 10. Jesus é “o bom pastor” (o verdadeiro pastor), muitos ladrões e salteadores haviam tentado destruir as ovelhas, mas o bom pastor as guiará para fora do aprisco e para dentro do seu próprio rebanho (João 10:1–16).

O homem curado de sua cegueira esperou em vão o cuidado que pastores deveriam lhe dar; na verdade eles o expulsaram do rebanho pelo qual eram responsáveis. Porém, depois disto, ele encontrou em Jesus o pastor de verdade que disse: “Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores” (v.8).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
7/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_04.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 10:1

João 10:1 “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.”

 

“Na verdade, na verdade vos digo “

Jesus iniciou esta fala com a dupla afirmação em verdade, em verdade vos digo, que ele nunca usou para iniciar um novo discurso, mas sempre para dar continuidade ao que havia sido dito anteriormente e para indicar que a próxima afirmação era muito importante. Isso sugere que não houve nenhuma pausa entre o que Jesus estava prestes a dizer e o que ele havia acabado de dizer no fim do capítulo 9.

Jesus estava se dirigindo ao mesmo público que o ouviu em 9:35–41: seus discípulos, o cego de nascença, os fariseus e provavelmente alguns outros judeus.

 

“... que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.”

Todos estes ouvintes, pelo menos até certo ponto, entendiam de criação de ovelhas. O discurso inclui uma série de metáforas baseadas nos elementos comuns à criação de ovelhas conforme praticada nos tempos antigos.

As ovelhas geralmente eram guardadas num “aprisco” cujo significado geral é pátio. Jesus estava se referindo a um recinto cercado de um muro de pedras, a céu aberto, porém fechado com uma porta vigiada por um porteiro. A esse recinto, vários pastores podiam levar seus rebanhos, confiando seus cuidados ao porteiro, cuja tarefa era permitir a entrada somente das pessoas autorizadas. A maneira normal de entrar no aprisco era pela porta; quem tentava entrar de outra forma era “ladrão e salteador”.

A palavra “ladrão” refere-se a quem busca roubar secretamente sem força, ou seja, furtar, como fez Judas Iscariotes (João 12:6), enquanto “salteador” refere-se a quem rouba à força como o revolucionário Barrabás (João 18:40; Mateus 26:55).

O desejo de um ladrão ou estranho é tirar as ovelhas do verdadeiro pastor. A lição é óbvia: Jesus é o verdadeiro pastor, e os verdadeiros crentes ouvem e obedecem à sua voz. Eles não dão ouvidos às vozes de estranhos (falsos mestres) que os desviarão. Para o cego de nascença, os fariseus falavam com vozes de estranhos; mas quando Jesus (o verdadeiro pastor) o encontrou e falou com ele, ele imediatamente respondeu.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
07/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_04.pdf

Marcos 5.41

Marcos 5.41 “E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.”

 

“E, tomando a mão da menina,”

Quando Jesus entrou na casa de Jairo, Ele fez todos saírem e levou consigo somente Pedro, Tiago, João, a mãe e o pai para dentro do quarto. A mãe e o pai estavam de coração partido, mas Jesus caminhou até a beira da cama da menina, inclinou-se, pegou-a pela mão demonstrando confiança e ajuda.

Os outros dois evangelhos sinópticos também mencionam o fato de que Jesus a tomou pela mão: “Mas ele, pondo-os todos fora, e pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina” (Lucas 8:54); “E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se” (Mateus 9:25).

 

“... disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido,”

Essas palavras “Talita Cumi” de modo algum constituem uma fórmula mágica ou encantamento. Marcos sente que a riqueza das palavras de Jesus não caberiam numa tradução, então ele as cita no original aramaico antes de indicar seu significado.

O aramaico era a língua usada no dia-a-dia pelos judeus do Novo Testamento. Os evangelhos foram escritos em grego, mas essas palavras foram conservadas em virtude do grande efeito que causaram.

 

“ Menina, a ti te digo, levanta-te.”

Marcos adiciona uma tradução grega para os leitores que não falavam aramaico. “Menina, a ti te digo: levanta-te!” Ele usa o diminutivo “pequena menina”, “menininha” ou : “criança” levanta-te!.

Segundo o Dr. Lightfoot, era costume dos judeus, quando ministravam remédios para alguém que estava enfermo, dizerem: Levante-se desta doença, querendo dizer: “Nós desejamos que você consiga se levantar” . Mas para alguém que estava morto, Jesus Cristo disse: Levante-se dos mortos; assim, o Senhor estava dizendo: Eu ordeno que você se levante. Mas não é só isso, pois os mortos não têm o poder de ressuscitar; portanto, o poder acompanha a palavra proferida pelo nosso Salvador para torná-la efetiva.

Jesus opera enquanto ordena, e opera através de suas ordens. Por isso que Ele pode ordenar o que desejar, até mesmo que os mortos ressuscitem! Assim é o chamado do Evangelho àqueles que, por natureza, estão “mortos em ofensas e pecados”, e não podem ressuscitar daquela morte pelas suas próprias forças, como essa menina. E esta ordem: “Desperta... levanta-te dentre os mortos”, não é nem presunçosa, nem inútil, quando seguida da expressão: “Cristo te esclarecerá” (Efésios 5.14). E pela palavra de Jesus Cristo que a vida espiritual é dada: “Disse-te:... vive” (Ezequiel 16.6).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & marcos à luz do novo testamento grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

PEARLMAN, Myer. Marcos: O evangelho do servo de Jeová. Rio de Janeiro CPAD, 2005.

João 11.25

João 11.25 “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; ” 

 

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; “

Após a lastima de Marta, sobre a demora de Jesus. Ele disse que seu irmão iria ressuscitar. Marta entendeu que se Jesus se referia ressurreição do último dia, Marta considerou que essa declaração era apenas uma declaração formal de consolo, porém Jesus não se referia a essa futura ressurreição, mas a algo que operaria ali naquele momento. Então disse a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida“.

O Senhor Jesus Cristo, em virtude da sua natureza divina, diz: “Eu sou”. Ou seja, não era tarde demais para ressuscitar Lázaro, nem é cedo demais para o dia da ressurreição; hoje mesmo, Ele poderia como fizera ressuscita-lo. Observe que "a ressurreição e a vida” representam causa e o efeito: Jesus é a ressurreição porque é a vida: “Nele estava a vida” (João 1.4). É a vida que produz a ressurreição.

Nesse mesmo evangelho ele havia testificado: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (João 5:25,26). A Ressurreição de Lázaro apenas dependia dele, por isso ele a deu essa resposta: “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer” (João 5:21).

 

“... quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; ”

Os que morrem no Senhor continuam a viver, a despeito da desintegração do corpo, e passarão a ter um corpo espiritual (Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 4.13,14). Jesus é a vida; segue-se, portanto, que “todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá”. Os crentes em Cristo nunca morrem no sentido com um do conceito da morte; para eles, a morte não é o fim; é o passar de um estado de vida para um estado mais sublime.

Não há nenhum instante de interrupção da sua vida de fé e de comunhão com Deus; o crente adormece no que diz respeito a esta vida e, neste mesmo instante, já está despertado na vida eterna, além do túmulo. “Os que estão “em Cristo” (1 Tessalonicenses 4.14-17) não podem ser separados dEle, nem pela vida, nem pela morte (Romanos 8.38).

Isto é mais do que um anúncio da ressurreição geral do último dia; é uma previsão da ressurreição do próprio Jesus e a certeza de que os que nele crêem, estando unidos a ele pela fé, participarão da sua vida ressurreta mesmo experimentando a morte do corpo: “Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:8). E mais do que isto, no que se refere a esta participação na sua vida ressurreta e à posse da vida eterna, tal vida não conhece a morte. Jesus já tinha dito: “Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente“ (João 8.51). A vida mortal chegará ao fim; a vida verdadeira dura para sempre. Temos aqui uma antecipação da promessa que será feita no cenáculo: “Porque eu vivo, vós também vivereis" (João 14.19).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Lucas 7.14

Lucas 7.14 “E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o que fora defunto assentou-se, e começou a falar.”

 

“E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam),”

Quando se aproximava Jesus da entrada da cidade de Naim, um cortejo fúnebre veio em sua direção. Era a procissão para um enterro de um jovem, filho único de sua mãe, que era viúva. O defunto do jovem era trazido sobre um esquife.

O “esquife”, não era um caixão fechado, como conhecemos, mas uma tábua com um pequeno beiral, ou, às vezes, um tipo de cesto de vime. Era carregado por amigos que se revezavam a intervalos. Atrás do esquife vinham os pranteadores principais e os seus amigos seguidos por uma grande multidão. Movido de intima compaixão pela viúva que agora tinha perdido o seu filho único. Jesus tocou o esquife.

O ato de Jesus em tocá-lo importava em poluição de acordo com as leis cerimoniais, mas onde a necessidade humana estava em jogo nunca se preocupava com detalhes cerimoniais. Quando tocou o esquife, pararam os que o conduziam. Nenhuma palavra lhes foi dirigida, mas claramente viam que alguma coisa incomum estava acontecendo.

 

“... e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te.”

Segue-se então a palavra de autoridade. Jesus falava em seu próprio nome: “Mancebo, a ti te digo: Levanta-te”. O Príncipe da Vida possuía autoridade para ordenar ao jovem o retorno à vida. O toque de Jesus simbolizava o seu poder em impedir o triunfo da morte. A vida encontrara-se com a morte; a procissão fúnebre tinha de parar.

Outros agentes de Deus não tiveram a mesma facilidade para efetuar o mesmo milagre. Certo pregador francês falou de Elias: “E claro que ele está invocando um poder fora de si mesmo; que está chamando da morte uma alma sobre a qual não tem autoridade. Ele mesmo não tem domínio sobre a vida e a morte. Jesus Cristo ressuscita os mortos sem esforço, como num ato corriqueiro. Ele é o Senhor dos que dormem o sono final. Sua soberania sobre vivos e mortos é percebida na grande calma ao operar os mais poderosos milagres”.

 

“E o que fora defunto assentou-se, e começou a falar.”

No sono, há certa desconexão entre o corpo e a alma, mas a voz humana pode restabelecer contato. A morte é a separação total entre o corpo e a alma, porém a voz do Senhor pode restabelecer a conexão: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono” (João 11:11). Cristo pode despertar alguém do esquife tão facilmente como outra pessoa pode despertar alguém da cama.

Jesus não é somente o Senhor da vida; é também o Senhor da morte que triunfou Ele próprio sobre ela e que prometeu que, porque Ele vive, nós também viveremos (João 14:19).

Lucas acrescenta que o que estivera morto passou a falar, evidência palpável dá sua volta à vida. Não se registra nada que ele disse, conforme ocorreu nos outros dois casos de uma ressurreição. A solicitude de Jesus para com a viúva revela-se no detalhe de que restituiu o jovem à sua mãe (v.15) conforme fizera Elias numa situação semelhante: “E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu à sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive” (1 Reis 17:2).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

PERLMAN, Myer. Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito. l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

João 11.44

João 11.44 “E o que fora defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.”

 

“E o que fora defunto saiu,”

Lázaro estava morto e sepultado fazia quatro dias! Com o clima quente e sem a prática do embalsamento de cadáveres, os mortos eram logo sepultados na Palestina. Judeus acreditavam que o espírito partia do corpo no quarto dia. Tal como aconteceria depois na morte de Jesus, não havia como negar que Lázaro estava morto.

O milagre, todavia foi instantâneo, completo e incontestável quanto à sua autenticidade. Aquele que fora defunto significa literalmente “aquele que havia realmente morrido”.

Lázaro saiu para fora porque a ordem era revestida da autoridade de Jesus. Essa ordem a Lázaro exemplifica o que acontecerá no último dia, quando todos os mortos em seus túmulos ouvirão a voz de Jesus e sairão (João 5:28,29).

 

“... tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço.”

O corpo de Lázaro, como o de Jesus mais tarde, tinha sido envolto em e um lenço (uma palavra que vem do latim sudarium -"pano para enxugar o suor”) fora enrolado em sua cabeça (João 19:40; 20:5,7). Estes panos atrapalhavam-no enquanto ele tateava em seu caminho para fora da caverna, em direção à voz que o tinha chamado. Por isso, era necessário que alguém o ajudasse desvencilhando-o das mortalhas, para que ele pudesse ver e andar livremente.

Lázaro conseguiu sair do seu túmulo, mas não das mortalhas. Segundo Myer Pearlman isso tipifica certos novos convertidos que foram alvos da poderosa atuação do Espírito de Deus, sem, porém, ter entrado na plenitude do gozo da liberdade cristã.

 

“Desligai-o, e deixai-o ir.”

Quando ele saiu, Jesus prontamente ordenou aos espectadores: Desatai-o e deixai-o ir. Essa frase conclui de forma abrupta o milagre mais sensacional do ministério de Jesus: a ressurreição de um cadáver em decomposição. De fato, Jesus é “a ressurreição e a vida” (11:25), aquele que tem toda a autoridade, até sobre a morte!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202202_02.pdf

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 11.43

João 11.43 “E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.”

 

“E, tendo dito isto,”

Depois de orar com essas palavras: “Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste” (João 11.41-42). Esta não era um a petição, e sim ação de graças pela petição respondida. Jesus, na sua inabalável certeza, já agradece o milagre, como se este já tivesse sido operado: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 João 5.14).

 

“... clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.”

 Jesus chamou para fora o homem morto. Clamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” A expressão “clamou” indica que ele gritou em alta voz. A alta voz era desnecessária para que Lázaro ouvisse; mas beneficiava a multidão. Morris disse: “Provavelmente, pelo menos em parte, o intuito era que a multidão soubesse que aquilo não era um truque de magia, mas o poder do próprio Deus. Os mágicos ou ilusionistas recitavam seus encantamentos e feitiços: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? “ (Isaías 8:19). Não era assim que agia o Filho de Deus”.

Dizem que a voz de Jesus tamanha autoridade teve nessa hora que, se ele não tivesse especificado que era para Lázaro sair, todos os que estavam nas sepulturas teriam ressurgido.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202202_02.pdf

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

João 10.16

João 10.16 “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. “

 

“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; “

Lembrando Jesus da largura do amor de Deus por suas ovelhas. Olhou fora do aprisco de Israel. As ovelhas, que pertenciam a este aprisco, eram de linhagem judaica, ovelhas que receberam os patriarcas, as alianças, a lei, mas ele tinha outras ovelhas, que precisavam ser buscadas, os gentios, que nunca tinham pertencido a este rebanho. Aquelas que eram alheias as promessas, todavia quando ele chamasse essas também ouviriam a sua voz.

Paulo lembra a condição do passado dos gentios: ‘Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.”(Efésios 2:11-13).

 

“... também me convém agregar estas, ”

O mistério da inclusão dos gentios estava implícito aqui. Covinha Jesus agrega-los afim de cumprir a promessa de Deus ao mundo que ele amou: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou” (João 9.4). Os apóstolos de início tiveram dificuldade de entender que os gentios tampem fariam parte da igreja do Deus vivo.

Pedro precisou ouvir o testemunho do centurião Cornélio para confessar: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. ” (Atos 10:34,35). Depois de exaustivos debates no Concilio de Jerusalém, Tiago, irmão do Senhor reconheceu que a inclusão dos gentios fazia parte do plano de Deus: “Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.⁵ E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas” (Atos 15:14-17)

 

 “... e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. “

Essas ovelhas também ouviriam a sua voz e o reconheceriam como seu único e suficiente Salvador. Através da fé receberiam de igual modo a adoção de filhos. O sinal para essa convicção seria o mesmo Espírito derramado entre os gentios: “Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito” (Efésios 2:18). Pedro na casa de Cornélio testemunhou o Espírito ser derramado entre os gentios e declarou: “Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?” (Atos 10:47).

Na igreja de Cristo foi derrubada a separação: Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio” (Efésios 2:14). Nela não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Há somente um rebanho e apenas um Pastor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
05/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Ezequiel 34:6

Ezequiel 34:6 “As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.”

 

“As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; ”

Os líderes não foram pastores, mas tiranos. Não protegeram o rebanho, mas o exploraram. Seus atos violentos espalharam as ovelhas, deixando-as desprotegidas. Perdidas nos campos, elas se tornaram alimento para as feras que vigiavam aqueles lugares, sempre famintas, sempre matando, sempre esperando para devorar mais uma vítima.

Os vs. 5-6 mencionam três vezes a dispersão das ovelhas, ressaltando que aquela ação figurava entre suas ofensas principais. O dever do pastor era o de não permitir justamente aquilo. Mas os falsos pastores tinham uma regra só: servir a si mesmos.

As ovelhas fracas, doentes, quebradas, desgarradas e perdidas precisavam de cuidados especiais, mas a realidade era diferente: “A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza” (v.4). Essa linguagem metafórica revela o estado de miséria da população de Jerusalém.

O povo de Deus se espalhou por toda parte as nações como resultado da liderança fraca. Eles tornaram-se presa fácil para todos as feras do campo (v. 5), as nações cruéis. Algumas poucas ovelhas que sobreviveram aos ataques das feras esconderam-se nas ravinas das colinas, em cavernas, em câmaras secretas.

Algumas fugiram para países vizinhos e sofreram exílio permanente. A maioria dos sobreviventes foi levada cativa para a Babilônia, onde a miséria continuou. “Lá fora” não houve ninguém que cuidasse das ovelhas perdidas e doentes. Nenhum homem se preocupava com as suas almas. A profecia parece implicar não apenas no exílio babilônico, mas em uma dispersão mundial.

 

“... sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.”

Note-se que Yahweh as chama de “minhas ovelhas”, isso demonstra que a liderança falhou não com a sua própria posse, mas com a posse do Senhor. Ele era o Pastor, mas aqueles designados subpastores foram negligentes e abusaram de seus deveres, descumprindo sua missão: “Portanto assim diz o Senhor Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes...” (Jeremias 23:2)

Foram espalhadas sobre toda a face da terra. Ninguém se preocupou em procurá-las. (NCV). Por contraste, o Verdadeiro Pastor veio para procurar e salvar o que foi perdido (Lucas 19.10).

Deus sempre espera que em todas as épocas que busquemos os desgarrados. Exemplificando esse sentimento Jesus nos contou a parábola da ovelha perdida (Lucas 15), em que o pastor deixou 99 ovelhas e foi em busca da que se perdeu. Aqueles que entrarão no Reino Milenial terão essa preocupação: “Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes me ver” (Mateus 25.36).

               

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
05/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201910_06.pdf

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 03 DE MAIO DE 2025 (João 8:44)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
03 DE MAIO DE 2025
JESUS TESTIFICA DE SI MESMO COMO A VERDADE DO PAI

João 8:44 "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."



"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. "

Depois de contestar o parentesco daqueles judeus incrédulos com Abraão e com Deus. Jesus lhes disse claramente:"vós tendes por pai ao diabo". Jesus usa os termos “pai” e “filhos" em um sentido ético: filhos são aqueles que apresentam as qualidades do pai. Jesus então, lhes diz claramente de quem eles são filhos: “Vós tendes por pai ao diabo”.

Pois, se eles não eram filhos de Deus deveriam ser filhos do diabo, pois tanto a semente de Deus e a semente de Satanás dividem o mundo (Gênesis 3:15). Os filhos de Satanás compartilham da sua natureza, refletem a sua imagem e obedecem os seus mandamentos. Os idólatras "dizem ao pedaço de madeira tu és meu pai" (Jeremias 2:27).

Isso não significa que eles agiram por compulsão: “quereis satisfaz". Eles escolheram agir de acordo com “os desejos do diabo”. Pois tiveram o seu entendimento cegados pelo diabo (Efésios 2.2). 
Jesus acusou os judeus de ser filhos do diabo porque seus pensamentos se inclinavam a destruir o bom e manter o falso. Todo homem que busca destruir a verdade, faz a obra do diabo.


"Ele foi homicida desde o princípio, "

Não do seu próprio princípio pois ele foi criado como anjo de luz. Mas desde o princípio da criação do homem pois o diabo através da serpente com astúcia “roubou a imortalidade de Adão”, cujo resultado foi a morte de toda a humanidade (Romanos 5:12). 

Satanás denegriu a imagem de Deus no homem, pois invejou sua felicidade, por isso trabalhou pela sua ruína.“Por inveja do diabo a morte entrou no mundo, experimentam-na quantos são de seu partido!” (Sab 2.24). 

Ele instigou o Caim ia matar seu irmão Abel (1 João 3.12. Por isso o diabo é chamado de assassino, isso não diminui a culpa de Caim mas aumenta a culpa do diabo.

Esses judeus incrédulos também como Caim eram semente do maligno pois procuravam matar a Cristo que tinha só dito a eles a verdade.


"... e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. "

Quanto a ele ser o arquétipo do mentiroso, a primeira frase dele registrada não só põe em dúvida, mas contradiz abertamente o que Deus dissera. Deus tinha dito: “Certamente morrerás” (Genesis 2.17); a serpente disse: “É certo que não morrereis” (Genesis 3.4). 

O que Deus diz é “a verdade”; o que o diabo diz é “a mentira”, porque contradiz “a verdade”. Neste sentido Paulo diz que os idólatras “trocaram a verdade de Deus pela mentira” (Romanos 1.25); em outra passagem ele diz que àqueles que se recusaram a receber “o amor da verdade” Deus envia “a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.11). 


"Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."

A mentira faz parte da natureza do diabo, é própria dele. A primeira pessoa a quem ele mentiu foi ele mesmo, pois ele pensou "serei semelhante ao altíssimo" (Isaías 14:14).

Ele diz falsidades de maneira tão natural e espontânea como Deus diz a verdade: se “é impossível que Deus minta” (Hebreus 6.18), também é impossível que o diabo diga a verdade, mesmo quando decida citar as Escrituras fará isso segundo seus propósitos”. 

Os filhos de Deus, portanto, serão caracterizados por seu amor à verdade; os filhos do diabo, o pai da mentira, por sua recusa em aceitar a verdade. Jesus não diz "apesar de eu dizer a verdade, não me credes”, mas porque eu digo a verdade, não me credes. Por causa da ascendência espiritual dos seus adversários, o fato-de ele dizer a verdade era razão suficiente para eles o rejeitarem.
 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
26/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_02.pdf

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.