quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Atos 8:12

Atos 8:12 “Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo,”

Antes de Filipe chegar à cidade, ela se encontrava sob uma influência muito diferente. Certo homem, chamado Simão... praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, e até da circunvizinhança da cidade, não só com sua mágica (v. 11), mas também com suas afirmações extravagantes (v. 9). Pois insinuava ser ele grande vulto ou "alguém importante" (BJ). E todos, cidadãos proeminentes e pessoas comuns, ao que parece um grupo ingênuo, realmente afirmavam: este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder (v. 10). Agora, porém, em Samaria, Simão é desafiado por Filipe; não apenas porque os milagres de Filipe concorriam com a sua mágica; mas especialmente porque Simão também creu em Filipe quando evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo.

Filipe pregou sobre o reino de Deus. Esta é a primeira vez que vemos o termo “reino” desde o capítulo 1 de Atos. O termo “reino de Deus” literalmente refere-se ao “governo de Deus”, quer na terra quer no céu (Tiago 2:5). Desde o estabelecimento da igreja no capítulo 2, lemos muito sobre a “igreja” (Atos  5:11; 8:1, 3), mas pouco sobre o reino. Filipe usou o termo “reino” sabiamente aos Samaritanos porque os samaritanos esperavam um Messias que estabeleceria um reino (João 4:25).

Nem sempre o Reino de Deus diz respeito à Igreja na Bíblia, mas neste contexto, a ênfase de Filipe era sem dúvida a igreja. Afinal, não se pode “pregar Cristo” totalmente sem pregar a respeito da igreja, pois Cristo é o construtor da igreja (Mateus 16:18), Cristo morreu pela igreja (Atos 20:28), Cristo é o cabeça da igreja (Efésios 1:22, 23) e Cristo é o sustentador e salvador da igreja (Efésios 5:23– 25).

Filipe “anunciou a Cristo” aos samaritanos, sem dúvida, ele pregou as grandes verdades a respeito de Cristo que outros pregadores inspirados pregaram: o fato de Jesus ter cumprido as profecias (2:16; 8:35), os detalhes de Sua vida e de Seus milagres (2:22; 10:38), Sua morte na cruz por todos (2:23; 8:32; 10:39), Sua ressurreição dos mortos (2:32; 10:40), Sua ascensão à direita de Deus e Seu reinado nos céus (2:30–36) e Sua volta prometida (10:42).

Trata-se de uma combinação interessante de temas (Reino e Cristo), o que mostra como a igreja primitiva via a mensagem de Cristo continuada na sua própria mensagem, mas, ao mesmo tempo, falava mais e mais acerca do meio através do qual o poder real de Deus estava sendo manifestado na época dela, a saber: através do poderoso nome de Jesus.

 

“...se batizavam, tanto homens como mulheres.”

Os samaritanos creram no evangelho, em outras palavras, se converteram, pois iam sendo batizados, assim homens como mulheres. Quando Filipe “pregou Cristo” aos samaritanos, ele pregou sobre a necessidade do batismo. Para os cristãos o batismo é uma ordenança divina, ou seja, uma ordem direta do Salvador. Sendo ela uma ordem se espera que todos os que aceitarem a fé sejam batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28:19), a fim de que sejam salvos da condenação do mundo. Pedro diz em seu sermão: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados” (Atos 2:38).

Jesus foi batizado (Mateus 3:13–17). Ele ordenou o batismo (Mateus 28:19; Marcos 16:16). O batismo é a semelhança da Sua morte, sepultamento e ressurreição (Romanos 6:3–6). Somos batizados em Cristo (Gálatas 3:26, 27). Para você e eu “pregarmos Cristo” totalmente, a necessidade do batismo deve fazer parte da nossa mensagem. Se “anunciar a Cristo” não incluísse o batismo, os samaritanos nunca teriam sido batizados.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/08/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200111_06.pdf

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/mateus-2819.html

Atos 5:29

Atos 5:29 “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram:”

Os apóstolos haviam desobedecido às autoridades constituídas. As ordens do Sinédrio, pretendiam domesticar a consciência dos apóstolos: “Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem” (Atos 5:28).

Pedro e os outros assumiram a culpa pelas acusações: Eles eram culpados de testemunhar a Jesus, e eram culpados de acusar o Sinédrio pela morte de Jesus. De fato, não hesitaram em dizer ao Sinédrio: “...a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro” (v. 30)! A resposta dos apóstolos assumiu a forma de um pequeno sermão, pois eles ainda não estavam preocupados em se defenderem, mas em exaltar o nome de Cristo e, fazendo isso, criaram o princípio da desobediência civil e eclesiástica.

Durante o julgamento anterior, Pedro e João declararam indiretamente suas prioridades: “Se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus” (4:19). Agora, Pedro e os demais falavam diretamente: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.”

 

“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.”

Como regra geral, devemos obedecer às leis da terra em que vivemos. Um problema existente em todo o mundo é a falta de respeito pelas autoridades. Nos tempos do Antigo Testamento, quando “cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes 21:25), sobrevinha o caos.

Precisamos obedecer ao governo civil, não porque o governo esteja sempre certo ou porque seja sempre bom. Obedecemos às leis da terra não porque concordemos com tudo ou porque façam sentido; mas, sim, porque esta é a vontade de Deus. Paulo disse que o governo civil é “de Deus” e que os funcionários civis estão agindo como “ministros de Deus” (Romanos 13:1, 4). Pedro disse: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor... Porque assim é  vontade de Deus”(1 Pedro 2:13, 15).

Porém aqui é uma exceção à regra, quando a lei humana entra em conflito diretamente com a lei de Deus. Em Atos 4 e 5, o conflito estava claro. Os homens diziam: “Não preguem no nome de Cristo”; Deus dizia: “Preguem no nome de Cristo”.

Quando o conflito é óbvio, quem está comprometido em fazer a vontade de Deus não tem escolha. Não podemos perguntar: “O que é mais conveniente?”, “O que é mais comum?”, ou: “O que é mais seguro?”. Nossa pergunta deve ser: “O que é certo?” — e devemos agir em conformidade com isto. Se, você estiver convencido com todo o coração de que determinada lei é contrária à vontade de Deus, mantenha sua posição — mas esteja preparado para pagar o preço. Pedro e dos demais apóstolos ameaçados de açoitamento, responderam: “Importa obedecer a Deus”. E ameaçados de morte, não hesitaram: “Importa obedecer a Deus

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/08/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

Lopes, Hernandes Dias Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja. São Paulo: Hagnos, 2012.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_08.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_07.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 21 DE AGOSTO DE 2025 (2 Timóteo 2.24)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
21 DE AGOSTO DE 2025
GENTILEZA, PACIÊNCIA E HABILIDADES PARA EVITAR OS CONFLITOS 

2 Timóteo 2.24 “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;”

 

“E ao servo do Senhor não convém contender,”

No contexto das epistolas pastorais, via de rega, a expressão: “servo do Senhor” é mais aplicada aos ministros da Palavra, ou aos líderes das igrejas. Doulos é a palavra grega comumente usada para um “escravo”, mas a maioria das traduções optou pelo termo “servo”. Doulos é aquele que, seu “único compromisso é com o Senhor”. Não há chamado maior do que ser um servo do Senhor: “Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor” (Deuteronômio 34:5).

O servo de Deus é um indivíduo que é chamado para edificar vidas em vez de contender. A contenda abre feridas, em vez de cicatrizá-las. Concordo, porém, com Stott quando ele diz que Paulo não está aqui proibindo todo tipo de controvérsia. Quando a verdade do evangelho estava sendo cruelmente atacada, o próprio Paulo se tornou um ardoroso apologista (Gálatas 2.11-14) e ordenou que Timóteo fizesse o mesmo (1 Timóteo 6.12). Porém, a combinação de especulações não bíblicas com polêmicas despidas de amor tem causado grandes danos à causa de Cristo.

Não raro, nas igrejas, aparecem irmãos, que possuem cursos de Teologia, ou de outras áreas acadêmicas, os quais levantam argumentos pessoais contra doutrinas já consagradas ou estabelecidas ao longo dos anos nas igre­jas cristãs. Nada temos contra esses cursos, pois, pela graça de Deus, possuímos alguns deles, que muito têm enriquecido nosso ministério de ensino. Mas referimo-nos a ensinadores presunçosos, que procuram angariar simpatia de grupos de crentes para si, a fim de formarem uma facção dissidente no meio dos irmãos.

Esses quanto confrontados pela liderança local, tornam-se opositores velados ou declarados, e, muitas vezes, conseguem fazer dissensões ou divisões. Tais “doutores” andam na contramão do Salmo 133, que diz que é “bom e suave que os irmãos vivam em união”. Discordar de algo que merece reparos é natural, mas provocar dissensão e contenda não é coerente com o amor cristão.

Diante desses fatos, Paulo exorta a Timóteo a evitar tais contendas e litígios, envolvendo a doutrina, e as provocações dos contendores que surgem no meio da igreja local. Conselho sábio, de um pastor experiente, culto e bem firmado na sã doutrina cristã, a um jovem obreiro, que ainda teria muito o que aprender, ao longo dos anos de seu ministério.

 

“... mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;”

Paulo apresentou uma descrição abrangente do servo do Senhor, detalhando como um pregador deve interagir com a irmandade, especialmente com os que se opõem a ele e com os que estão cometendo erros.

Aquele que serve ao Senhor deve ser manso para com todos. Diz provérbios: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15.1). Outras traduções preferiram as palavras “brando” ou “amável”. Essa palavra grega é “usada freqüentemente pelos escritores para caracterizar a atitude de uma ama com crianças irritadiças ou de um professor com alunos refratários, ou para aludir a pais em relação aos seus filhos”. O servo do Senhor deve ser “afável, de fácil diálogo, de conduta acessível, não irritável, [nem] intolerante, [nem] sarcástico, nem burlesco, nem mesmo para com os que o prejudicam”.

A passagem instrui a ser “manso para com todos”. Não é uma ordem simples; é mais fácil ser brando ou amável com algumas pessoas do que com outras. No entanto, devemos ser amáveis com quem gostamos e com quem não gostamos. Devemos ser amáveis com os amigos e com os inimigos. Devemos ser amáveis com as pessoas próximas a nós e com os estranhos. “Ser amável para com todos” (NVI).

O próximo requisito é uma repetição de uma das qualificações dos presbíteros: aptos para instruir. Se um homem não sabe instruir ou ensinar, ele não deve ficar à frente de uma classe ou no púlpito. Essa habilidade é um resultado natural de um obreiro que aprendeu a manejar bem a palavra da verdade: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).

Paulo citou a seguir “sofredor” ou “paciente”. O texto original contém uma palavra composta, que significa “suportar pacientemente". Refere-se a “suportar o mal sem ressentimento”, sendo “paciente” e “tolerante”. Essa é outra ordenança mais fácil de ser dita do que obedecida. Quando injustiçados, queremos atacar, ferir os outros como eles nos feriram; mas Paulo instruiu a sermos “pacientes” quando injustiçados.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/08/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201904_02.pdf