(Texto Áureo) “ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 7.21)
“ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, “ Quando
dizemos ’’Senhor, Senhor”, estamos dizendo bem, pois é isso que Ele é (Jo
13.13). Mas será que imaginamos que isso é suficiente para nos levar ao céu,
que essa expressão de formalidade deveria ser recompensada ou que Ele sabe e
exige que o coração esteja presente nas demonstrações essenciais? Os cumprimentos
entre os homens são um a demonstração de civilidade, retribuída com outros
cumprimentos, e nunca são expressos como se fossem serviços reais. E o que
dizer destes em relação a Cristo? Pode haver uma aparente impertinência na
oração “ Senhor, Senhor”, mas se as impressões interiores não forem acompanhadas
pelas correspondentes expressões exteriores, nossas palavras serão como o metal
que soa ou como o sino que tine. Isso não nos deve impedir de dizer “ Senhor, Senhor”,
de orar, e de sermos sinceros nas nossas orações, de professar o nome de Cristo,
com toda clareza; porém jamais devem os expressar algum a forma de piedade sem
o poder de Deus. Alguém disse: “Chamar a Jesus Senhor é ortodoxia; chamá-lo
Senhor, Senhor, é piedade; mas nem uma nem outra evocação pode satisfazer a
Ele, a não ser que haja verdadeira devoção à sua causa. Chamar Cristo de Senhor
sem deixá-lo ser Senhor na vida é mera lisonja. O primeiro ministro Gladstone, ao elevar Alfred Tennyson ao nível de poeta oficial da
Inglaterra, confessou jamais ter lido uma só linha das suas poesias. Era uma
ação oficial e formal, nada tendo a ver com apreciação de méritos. Assim, há os
que professam servir a Cristo sem manterem relacionamento algum com Ele (v.
22). O citado Reino dos céus é uma resposta ao Salmo 15.1. “ Quem habitará no
teu tabernáculo? ”E quem morará no teu santo monte?
“..., mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."
Que será necessário - para nossa felicidade - fazer a vontade de Cristo, que,
na verdade, é a vontade do Pai celestial. A vontade de Deus, como Pai de Cristo,
é a verdade que está no Evangelho, onde Ele é conhecido como Pai do nosso
Senhor Jesus Cristo e, através dele, o nosso Pai. Esta é a vontade de Deus: que
creiamos em Cristo, nos arrependam os dos nossos pecados, vivamos um a vida santa
e amemos uns aos outros. Essa é a sua vontade: a nossa santificação. Se não
obedecermos à vontade de Deus, estarem os zombando de Cristo ao chamá-lo de
Senhor, da mesma forma como fizeram aqueles que o vestiram com um manto
suntuoso e disseram: “Salve, Re dos Judeus”. Dizer e fazer são duas coisas que
muitas vezes estão separadas nas palavras dos homens: existe aquele que diz: “Eu
vou, senhor”, porém jamais dá sequer um passo na direção prometida (cap.
21.30). Mas Deus reuniu essas duas coisas no seu mandamento, e nenhum homem
poderá separá-las se quiser entrar no Reino dos céus.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2022
Fontes:
GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do
sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.
PEARLMAN, Myer. Mateus – O Evangelho do Grande Rei. Rio de
Janeiro: CPAD.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010.