sábado, 25 de janeiro de 2025

João 5.18


João 5.18 “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”

 

“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado,”

Curar no sábado parecia pressupor que Jesus era maior que o sábado: “Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12.8). Em vez de analisar tal possibilidade, os líderes judeus decidiram cegamente matar Jesus (João 5.16). O que aqui tinha enfurecido os judeus, havia sido o fato de Jesus ordenar a um curado para tomar a sua cama. Os judeus disseram àquele que tinha sido curado: “É sábado, não te é lícito levar o leito” (v.10). O homem curado respondeu: “Aquele que me curou, ele próprio disse:Toma o teu leito, e anda” (v.11). Quando Jesus foi questionado respondeu: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (v.17).

Apontando para Deus como exemplo de trabalhador constante. Embora o Pai descansasse de sua atividade criadora (Genesis. 2:2), ele tem de trabalhar para sustentar o universo. O significado parece ser que durante todo o tempo em que o Pai esteve trabalhando, o Filho também esteve. Agostinho observou que os líderes judaicos “enxergaram a escuridão do sábado mais do que a luz do milagre”, afinal um homem enfermo há trinta e oito anos havia sido curado.

 

“... mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. ”

Porém, o sábado não era o único motivo para os judeus querer a morte de Jesus. Ela chamava Deus de Pai: “Meu Pai trabalha até agora”. Os judeus notaram a implicação que essa afirmação continha. Quando Jesus dizia que Deus era o Seu Pai, proclamava assim a sua igualdade com Deus. E isso era pior do que trabalhar no sábado. Tal blasfêmia exigia morte (João 7.30).

Nos cultos de oração e ação de graças nas sinagogas, os judeus estavam acostumados a chamar Deus de “nosso Pai”; mas parecia que Jesus estava dizendo ser Deus “seu próprio Pai” de uma maneira excepcional, ou mesmo exclusiva. (João 1.14)

Para um grego não haveria nada de estranho em uma afirmação destas; eles habitualmente consideravam pessoas de destaque semelhantes a um deus, no sentido de serem dotados de uma parte generosa da natureza divina. Mas para os judeus a linha divisória entre o divino e o humano estava muito bem traçada; era inconcebível que alguém fosse considerado comparável a Deus: “A quem, pois, me fareis semelhante, para que eu lhe seja igual?” (Isaías 40.25).

O desejo fatal de ser como Deus tirou Adão do paraíso e precipitou do céu a estrela da manhã. Aqui, porém, para eles, estava um homem cujas palavras e ações implicavam em uma passagem pela fronteira inviolável que separava Deus da humanidade.

Que um homem assim estivesse vivo e à solta representava um perigo à comunidade que o tolerasse. Mas a lei da blasfêmia era formulada de maneira tão estrita que seria difícil provar em juízo que as palavras de Jesus constituíam blasfêmia nos termos da sua definição. Ele poderia ser condenado à pena capital somente se, na continuação do debate, usasse termos considerados tecnicamente como blasfêmia. Isso confirmou as piores suspeitas deles contra Jesus. A verdadeira questão não era trabalhar no sábado, mas era identificar quem era Jesus e de onde Ele recebera aquela autoridade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200406_11.pdf

Amós 7.14


Amós 7.14 “E respondeu Amós, dizendo a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros. ”

 

“E respondeu Amós, dizendo a Amazias: ”

Amazias era um sacerdote de Betel durante o reinado de Jeroboão II (Am 7.10-17). Após Amós falar contra Israel Amazias o repreendeu e disse: “Vai-te, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza” (v.12) “Mas em Betel daqui por diante não profetizes mais, porque é o santuário do rei e casa real (v.13). Dizendo assim que ele por ser natural de Judá não possuía autoridade para profetizar na casa rela de Israel.

Diante da manifestação desse falso profeta Amós ainda cheio do Espírito Santo vira para este a partir desse verso e profetiza contra sua família e seus bens, além de repetir a sentença de Israel: “Portanto assim diz o Senhor: Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra” (v.17).

 

“Eu não sou profeta, nem filho de profeta, ”

Antes de profetizar a Amazias ele se identifica. Primeiro dizendo que não era profeta, nem filho de profeta. Filho de profeta quer dizer escola de profetas, onde os jovens recebiam preparo para instruir a nação (1 Samuel 19.24). Ou seja, ele Ele não teve o seu treinamento nas escolas religiosas ou associações proféticas do seu tempo. Ao contrário, negou qualquer conexão prévia com a comunidade religiosa formal.

Como João, o batista que quando questionado se era profeta negou. Amós também nega. Ele foi um profeta, um porta-voz de Deus, mas não por sua escolha foi por meio de uma ordem de Deus.

 

“... mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros. ”

Ele vivia no deserto ou na terra de pastoreio próxima a Tecoa (2 Crônicas 11,6; Jeremias 6.1), uma aldeia situada a cerca de 16 quilómetros ao sul de Jerusalém e a 20 a oeste do Mar Morto, onde pastoreava e cultivava sicômoros. É difícil definir o que ele pastoreava. Boieiro e pastor aqui significa “criador de animais domésticos”, o que poderia incluir gado graúdo (vacas, bois) e miúdo (ovelhas, cabras).

O sicômoro bíblico, ou figueira brava. A árvore bíblica é uma figueira, uma árvore forte e que tem de 10 a 13 metros de altura, e um grande tronco cujo diâmetro chega a 6,5 metros. Três ou quatro dias antes da colheita, os figos devem ser cortados e perfurados para soltar o excesso de suco para que possam amadurecer adequadamente. Esse trabalho servil também era executado pelo profeta.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

Hubbard, David Allan. Joel e Amós: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1996.

Salmo 8.4


Salmo 8.4 “Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? ”

 

“Que é o homem mortal para que te lembres dele?

Em hebraico, “homem mortal” significa “homem fraco” ou “homem miserável”. Por conta disso, é evidente que ele fala do homem não de acordo com o estado da criação, mas em relação à posição de caído em estado de pecado, miséria e mortalidade.

Que é o homem? ” A Bíblia dá muitas respostas a essa pergunta. Pergunte ao profeta Isaías “Que é o homem? ”, e ele responde que o homem é “erva”: “Toda carne é erva, e toda a sua beleza, como as flores do campo” (Isaías 40.6). Pergunte a Davi “Que é o homem? ”, e ele responde que o homem é “mentira”, não apenas uma “mentira”, mas uma “vaidade” (SaImo 62.9).

Até mesmo a astronomia entende a pequenez do homem. O homem é um mero átomo diante da imensidão da criação! Que é o todo deste globo no qual habitamos comparado com o sistema solar com uma massa de matéria dez mil vezes maior? Que ele é em comparação aos mundos que pelo telescópio foram revelados por toda a região estelar? Que é, então, um reino, ou um território baronial do qual temos tanto orgulhoso como se fôssemos os senhores do universo? Que são eles, quando postos em competição com as glórias do céu?

Não obstante, em tais circunstâncias, o homem — esse verme fraco feito do pó, cujo conhecimento é tão limitado e cujas loucuras são tão numerosas tem o desaforo de pavonear-se em toda a arrogância de orgulho e gloriar-se na sua vergonha. E não há disposição mais incongruente ao caráter e circunstância do homem. O homem sempre está pronto para lisonjear a si ou lisonjear outro homem, mas o Espírito Santo através da sua palavra nos lembra claramente o que somos.

Para que te lembres dele? ”, ou seja, para que te importes com ele e lhe concedas tão grandes benefícios. Embora o homem seja um grão de areia em relação à terra inteira, quando comparado às incontáveis miríades de seres que povoam as amplidões da criação, é ao mesmo tempo objeto do cuidado e misericórdia paterna do Altíssimo.

O salmista não pretende humilhar o homem, mas engrandecer a bondade infinita de Deus com essa comparação. O Criador dos céus, cuja glória é tão infinitamente grande quanto a nos impressionar com a mais sublime admiração, se deixe rebaixar tanto quanto a graciosamente tomar sobre si o cuidado da raça humana. Ele se lembra de nós. Não estamos à deriva, mas debaixo do seu controle e providencia.

Moisés nos conta a história de Raquel e Lia que disputavam o amor do seu marido Jacó. Lia havia já gerado seis filhos e uma filha a Jacó, mas o Senhor se lembrou de Raquel: “Então, Deus lembrou‑se de Raquel; ele a ouviu e a tornou fértil” (Genesis 30.22). Ele continua trabalhando em favor daqueles que nele esperam.

 

“E o filho do homem, para que o visites? ”

O filho do homem”, em hebraico, é “o filho de Adão”, o grande apóstata e rebelde contra Deus. O filho pecador de um pai pecador, o seu filho por semelhança de caráter e temperamento, não menos do que por procriação. Tudo isso tende a engrandecer a misericórdia divina.

Para que o visites? ”, Deus visita os homens não com ira, como a palavra por vezes é usada, mas com a graça e misericórdia divina. Ele fazia questão de descer no Éden: ”E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia” (Genesis 3.8). Ele visitava frequentemente o povo de Israel desde o Egito: “E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram” (Êxodo 4.31) e nos visita com sua provisão desde a criação: "Tu visitas a terra e a regas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água" (Salmo 65:9).

Deus nos visita pessoalmente, muitas vezes através dos seus servos e também de anjos: “Se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” (João 13.20).Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos” (Hebreus 13.2).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Salmo 45.6


Salmo 45.6 "

O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade."

 

"O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo;"

O salmista desconhecido escreveu esse salmo para celebrar um casamento real, dirigindo-se ao noivo e depois à noiva. O rei (talvez um príncipe ou rei da linhagem davídica) foi tratado como o escolhido de Deus; mas a linguagem, em seu sentido idealizado, deve se referir ao Messias, o descendente do Rei Davi! Os cristãos do primeiro e segundo séculos já acreditavam que Jesus Cristo havia cumprido as palavras deste salmo com base no texto e na aplicação de Hebreus 1 e com base em escritores como Justino Mártir e Irineu, que citaram Salmos 45:6 e 7 inúmeras vezes”.

Este retrato da divindade de Jesus também é dado em Isaías 9:6, onde temos uma descrição do Filho que deveria ser chamado de “Deus Forte”.  Jeremias predisse que o “Renovo justo” deveria ser ressuscitado para Davi e reinar como rei, sendo chamado de “Senhor [Yahweh], justiça nossa”.

Primeira Coríntios 15:24 ensina que o reino messiânico terminará na última ressurreição. De fato, o reinado de Cristo como mediador terminará quando os salvos forem entregues ao Pai, porém  Ele continuará a reinar como soberano com Deus para sempre: "Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim" (Lucas 1:33); 2 Pedro 1:11 e Daniel 7:14 também confirmam que o seu reino será eterno. Ele terá, então, o mesmo domínio que tinha com Deus antes de iniciar a obra de mediação, pois, o seu trono é eterno e perpétuo.

 

“... o cetro do teu reino é um cetro de equidade."

A “vara” tem uma variedade de significados na Bíblia. Pode ser de diferentes materiais, conforme era empregada para diferentes propósitos. Em certo período antigo, uma vara de madeira era usada como uma das insígnias da realeza com o nome de cetro.

O cetro reto e ereto expressa a justiça, probidade, verdade e retidão que distinguirão o reinado do Messias quando o seu reino for estabelecido na terra. Apocalipse fala que aquele cujo nome se chama a Palavra de Deus ferirá “as nações” e “as regerá com vara de ferro”. Se a “vara” significa “cetro”, então o “ferro” do qual ela é feita tem de ter o propósito de expressar a severidade dos julgamentos que este onipotente “REI DOS REIS” infligirá em todos que resistem à sua autoridade (Apocalipse 19.13,15,16).

Ele é o monarca legítimo de todas as coisas que há. O seu reinado está fundado no que é direito, a sua Lei é certa, o seu resultado é certo. O nosso Rei não é usurpador e opressor. Até mesmo quando Ele despedaça os inimigos com vara de ferro, não comete injustiça, pois ele “ama a justiça e aborrece a iniquidade” (v.9).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/25

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201402_08.pdf

 

Hebreus 1.8


Hebreus 1.8 "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino."

 

"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, “

Querendo demonstrar a superioridade do Filho de Deus em relação aos anjos. O Escritor aos hebreus cita nesse verso o Salmo 45.6: “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade”.

O salmista desconhecido escreveu esse salmo para celebrar um casamento real, dirigindo-se ao noivo e depois à noiva. O rei (talvez um príncipe ou rei da linhagem davídica) foi tratado como o escolhido de Deus; mas a linguagem, em seu sentido idealizado, deve se referir ao
Messias, o descendente do Rei Davi! Os cristãos do primeiro e segundo séculos já acreditavam que Jesus Cristo havia cumprido as palavras deste salmo com base no texto e na aplicação de Hebreus 1 e com base em escritores como Justino Mártir e Irineu, que citaram Salmos 45:6 e 7 inúmeras vezes”.

Este retrato da divindade de Jesus também é dado em Isaías 9:6, onde temos uma descrição do Filho que deveria ser chamado de “Deus Forte”.  Jeremias predisse que o “Renovo justo” deveria ser ressuscitado para Davi e reinar como rei, sendo chamado de “Senhor [Yahweh], justiça nossa”.

Primeira Coríntios 15:24 ensina que o reino messiânico terminará na última ressurreição. De fato, o reinado de Cristo como mediador terminará quando os salvos forem entregues ao Pai, porém  Ele continuará a reinar como soberano com Deus para sempre: "Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim" (Lucas 1:33); 2 Pedro 1:11 e Daniel 7:14 também confirmam que o seu reino será eterno. Ele terá, então, o mesmo domínio que tinha com Deus antes de iniciar a obra de mediação, pois, o seu trono é eterno e perpétuo.

 

“... cetro de equidade é o cetro do teu reino."

A “vara” tem uma variedade de significados na Bíblia. Pode ser de diferentes materiais, conforme era empregada para diferentes propósitos. Em certo período antigo, uma vara de madeira era usada como uma das insígnias da realeza com o nome de cetro.

O cetro reto e ereto expressa a justiça, probidade, verdade e retidão que distinguirão o reinado do Messias quando o seu reino for estabelecido na terra. Apocalipse fala que aquele cujo nome se chama a Palavra de Deus ferirá “as nações” e “as regerá com vara de ferro”. Se a “vara” significa “cetro”, então o “ferro” do qual ela é feita tem de ter o propósito de expressar a severidade dos julgamentos que este onipotente “REI DOS REIS” infligirá em todos que resistem à sua autoridade (Apocalipse 19.13,15,16).

Ele é o monarca legítimo de todas as coisas que há. O seu reinado está fundado no que é direito, a sua Lei é certa, o seu resultado é certo. O nosso Rei não é usurpador e opressor. Até mesmo quando Ele despedaça os inimigos com vara de ferro, não comete injustiça, pois ele “ama a justiça e aborrece a iniquidade” (v.9).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/25

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201402_08.pdf

Hebreus 1.9


Hebreus 1.9 "Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros."

 

"Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade;

O escrito aos hebreus cita o Salmo 45.7 para prosseguir sua exposição acerca da superioridade de Cristo sobre os seres angélicos: Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

Cristo Jesus não é neutro na grande competição entre o certo e o errado. Tão calorosamente quanto Ele ama um, detesta o outro. Ele ama aqueles que fazem a justiça e odeia os que praticam a impiedade. A totalidade da vida de nosso Senhor na terra comprovou a verdade dessas palavras.

Pela santidade da sua vida, pelo mérito da sua morte, e pelo grande desígnio do seu evangelho, Ele deixou claro que ama a justiça (pois, pelo seu exemplo, pela sua satisfação, e pelos seus preceitos, Ele nos trouxe uma justiça eterna), e que odeia a impiedade, pois o ódio de Deus pelo pecado nunca foi tão evidente quanto nos sofrimentos de Cristo.

Muitos amam a justiça, mas não seriam seu defensor. Esse amor não é o amor de Jesus. Muitos aborrecem ou odeiam a impiedade, não por causa dela em si, mas por causa das suas conseqüências. Esse ódio não é o ódio de Jesus. Para sermos como Jesus temos de amar a justiça como Ele amou e odiar a impiedade como Ele odiou. Amar e odiar como Jesus ama e odeia é ser perfeito como Ele é perfeito. A perfeição deste amor e ódio é a perfeição moral.  

 

"... por isso Deus, o teu Deus, te ungiuCom óleo de alegria mais do que a teus companheiros."

Cristo, também se referia ao Pai como o seu Deus: “Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus(João 20.17). Paulo diz que mesmo ele sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser como ele, mas tomou a forma de servo e achado na forma de homem, prestou-lhe obediência até a morte.

Por causa dessa disposição Ele foi ungido com óleo da alegria, ou seja, Deus te outorgou o seu Espírito, a divina unção, para auxiliá-lo a cumprir sua missão: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, pois me ungiu para...” (Isaías 61.1).

A sua unção com o óleo da alegria fala da alegria que lhe foi proposta: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pela alegria que lhe estava proposta suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus (Hebreus 12.2), tanto à luz da face do Pai (Atos 2.28) quanto no sucesso da sua função, a qual Ele verá, e ficará satisfeito, Isaías 53.11.

Ele foi ungido com o Espírito mais do que os seus companheiros:” Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros (Hebreus 1.9). Essa passagem fala da sua proeminência acima dos anjos. A salvação dos pecadores é a alegria dos anjos (Lucas 15.10), mas muito mais ainda é a alegria do Filho. Ele foi ungido mais do que todos os que foram ungidos, fossem eles sacerdotes ou reis, apóstolos ou pastores. Todos  os crentes, que são seus irmãos, e que partilham da unção - eles, com medida, Ele, sem medidas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Poéticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Mateus 23.31


Mateus 23.31 “Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas”.

Os escribas e fariseus veneravam os túmulos dos profetas. Aparentemente, eles também alegavam que, se tivessem vivido no tempo em que seus pais derramaram o sangue dos profetas, não teriam sido cúmplices deles nessas atrocidades (v.30). Eles honravam os antigos profetas que morreram, enquanto sua atitude para com Jesus demonstrava estarem prontos a assassinar os profetas vivos.

Jesus explicou que, ao dizer que seus pais assassinaram os profetas, estavam admitindo a própria culpa. O mesmo sangue que fluíra nas veias de seus pais assassinos fluía em suas próprias veias, e os acontecimentos vindouros comprovariam no fim daquela semana que eles eram realmente “filhos” de seus pais. Além de serem descendentes biológicos desses assassinos, também tinham a mesma disposição espiritual.

A hipocrisia dos escribas e fariseus era evidente. Embora expressassem externamente devo ção aos profetas adornando seus túmulos, esses homens se opunham violentamente aos que seguiam a tradição dos profetas – Jesus e Seus discípulos: “Os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens” (1 Tessalonicenses 2.15).

Posteriormente, Estêvão destacou este relevante aspecto quando confrontou o Sinédrio: “Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos” (Atos 7:52)

Sobre esse fato Pearlman Escreveu: A melhor maneira de honrar os profetas seria obedecê-los. A julgar pelas atitudes do povo judeu nos dias de Jesus, é de se imaginar que julgavam profeta bom o profeta morto. Nos dias de Moisés, os heróis da fé eram Abraão, Isaque e Jacó; mas não Moisés, a quem o povo queria apedrejar. Perguntando-se ao povo, nos dias de Samuel, quais os verdadeiros servos do Senhor, responderiam: “Moisés e Josué”, mas não Samuel.

Nos dias de Cristo, todos os profetas eram reverenciados, mas não o próprio Filho de Deus com os seus discípulos. Honramos hoje grandes pregadores do passado: Edwards, Finney, Moody, Spurgeon e outros. Mas, como tratamos os pregadores vivos, que nos repreendem pelos nossos pecados e exortam -nos a avançar a um nível m ais alto de espiritualidade? Afinal, é mais fácil edificar túmulos do que seguir de coração os ensinamentos espirituais.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PEARLMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201210_04.pdf


João 16.28


João 16.28 “Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.”

Em quatro frases compactas, Jesus entregou aos discípulos a sua “biografia” completa: “Saí do Pai” — fala da sua preexistência: “O verbo estava com Deus” (João 1.1); “vim ao mundo” — fala da sua encarnação: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14),  deixo o mundo” (estou partindo) — diz respeito da sua morte: “E Jesus, dando um grande brado expirou” (Marcos 15.37)  vou para o Pai” (estou indo) — diz respeito a sua ascensão: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus” (Marcos 16.19).

A primeira metade da declaração já fora afirmada mais de uma vez e isso ficou claro aos discípulos, pois confessaram: “Por isso cremos que saíste de Deus” (v.30). Qual era o motivo da fé deles?  Segundo M. Henry uma dos motivos era a onisciência de Jesus que provava que Ele era um mestre vindo de Deus, e mais do que um profeta, pois, Ele conhecia todas as coisas. Ele solucionava as dúvidas que estavam ocultas nos seus corações, e reagia aos escrúpulos que eles não tinham confessado. E isto somente para eles provou que Cristo não somente tinha uma missão divina, mas que era uma pessoa divina, uma vez que Ele discerne os pensamentos e as intenções do coração, e por isto é a Palavra essencial e eterna, (Hebreus 4.12,13).

 A segunda parte trata da idéia principal deste discurso. A sua partida deste mundo. Aqui Jesus coloca sua partida de modo nítido e claro: “deixo o mundo e vou para o Pai”. Uma vez completada a missão da redenção do homem, propiciou ao Filho de Deus a oportunidade de regressar ao Pai, a fim de participar novamente da glória de que dispunha, antes de ter tido começo a criação do mundo: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”( João 17:4,5). Porém, subiu a alturas ainda mais elevadas e exaltadas, porquanto havia terminado de modo completo a missão que lhe foi dada a desempenhar. (Filipenses 2:10,11)

O retorno do Filho de Deus ao Pai envolve também a preparação dos outros filhos de Deus para que também retornem a ele. Para que participem da mesma glória de que Cristo está investido. A glória e a exaltação do Filho garantem a glória e a exaltação dos filhos de Deus, pois esse é o resultado de sua volta ao Pai: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29).                             

A retirada de Cristo Jesus do meio dos discípulos dar-lhes-ia também vantagens espirituais. A vinda do Espírito Santo, para estar permanentemente com eles: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14.16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

1 João 5.20


1 João 5.20 “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”

 

E sabemos que já o Filho de Deus é vindo,”

E sabemos“. O tom de confirmação e certeza do capítulo continua aqui. Neste ponto encontramos outra das sete instâncias dessa afirmativa, espalhadas nos versículos décimo terceiro a vigésimo primeiro.

o Filho de Deus é vindo”, isto é, está em foco a encarnação do Logos (o Cristo), apresentada como uma realidade. Em sua encarnação, pois, fundiram-se as naturezas divina e humana. A encarnação ocorreu na plenitude dos tempos para remissão a fim de recebermos a adoção de filhos (Gálatas 4.5).

João começa essa epistola testificando disso: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1.1-3).

O Filho de Deus veio ao nosso mundo, e nós o vimos e o conhecemos por todas as evidências que já foram asseveradas. Ele nos revelou o Deus verdadeiro.

 

“... e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro;”

Sem a sua vinda não conheceríamos “toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9). Estas coisas são-nos possíveis hoje, somente porque o Filho de Deus é vindo, e, tendo vindo, nos tem dado entendimento. A vinda de Jesus permitiu que conhecêssemos a Deus.

Além da sua encarnação ele nos deu o seu Espírito: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14.17). O Espírito de Deus nos habilita a conhecer as coisas espirituais. Sem Ele, não poderíamos nem conhecer a Deus nem vencer o pecado.

Jesus nos deu entendimento para reconhecermos o verdadeiro e estarmos no verdadeiro. O benefício da Sua vinda permanece. Sua dádiva Ele não retomará: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento (Romanos 11:29).

Ele é a verdade (João 14.6). Ele é a verdadeira luz (1.5), o verdadeiro pão (João 6.32), a verdadeira videira (João 15.1). Ele é a verdadeira vida eterna (5.20). O mundo vive de aparências; não conhece a realidade. Nós temos a realidade. Nós temos Jesus. Sem ele não poderíamos conhecer a Deus nem vencer o Maligno.

 

“... e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. ”

Não há dúvidas razoáveis que essas palavras afirmam a divindade de Cristo: Ele é o verdadeiro Deus. Em redor dessa afirmativa bíblica, naturalmente, tem rugido imensa controvérsia teológica, provocada principalmente por aqueles que não vêem em parte alguma a divindade de Cristo, devido a seus sistemas doutrinários preconcebidos. Para Stott este versículo mina toda a estrutura da teologia dos hereges. Para ele esse versículo é a mais inequívoca afirmação da divindade de Jesus Cristo no Novo Testamento.

Contudo, embora alguns aceitem a divindade de Cristo, pensam que aqui há alusão a Deus Pai e não a Cristo. Argumentam os tais que isso seria mais natural, já que Deus é a fonte originária de toda a vida, que o Filho é apenas o agente da mesma, e que o Pai está presente no contexto, antes e depois deste versículo.

Todavia Stott escreveu que gramaticalmente falando o “Verdadeiro Deus” se refere ao sujeito anterior, neste caso particular, seu Filho Jesus Cristo. Se for assim, esta seria a mais inequívoca afirmação da divindade de Jesus Cristo no Novo Testamento, que os campeões da ortodoxia se apressaram a explorar contra a heresia de Ário. Lutero e Calvino adotaram essa opinião. Henry escreveu que uma construção mais natural do versículo seria: “Este mesmo Filho de Deus é também o verdadeiro Deus e a vida eterna

Seja como for, o fato é que o ensino da divindade de Cristo é perfeitamente comum nas páginas do N.T. O ensinamento acerca da divindade de Cristo não depende deste único versículo como texto de prova.

João também equiparou Jesus com “a vida eterna”. Ele proclamou que “Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho” (1 João 5:11).  João também afirmou em seu evangelho: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo(João 5:26). Cristo é o doador da vida eterna.

Esse trecho do versículo é uma forte reminiscência de João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste, pois lá como cá a vida eterna é definida em termos de conhecer a Deus, tanto ao Pai como ao Filho. O pai é a fonte da vida eterna, e Jesus Cristo transmite essa vida (João 1.4 - 14.6). Lemos no contexto do capítulo: “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna” (1 João 5:13)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John. I, II, III João: Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1982.

LOPES, Hernandes Dias. João: como ter garantia da salvação; - São Paulo: Hagnos 2010. (Comentários expositivos Hagnos)

KISTEMAKER, Simon. Tiago e epístolas de João. Cultura Cristã, 2005.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 25 DE JANEIRO DE 2025 (1 Pedro 1.2)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
25 DE JANEIRO DE 2025
A TRINDADE ATUA NA OBRA DA SALVAÇÃO

1 Pedro 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. “

 

“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, “

Os propósitos de Deus previstos desde a eternidade foram concretizados quando os Seus “eleitos” passaram a incluir todos que confessam a fé em Jesus, o Cristo. O corpo eleito de que consiste de todo aquele que escolheu considerar os céus como sua residência permanente, e que já virou as costas ao mundo.

Quando os autores inspirados do Novo Testamento escreveram sobre a “presciência” de Deus, o assunto era a Sua “presciência” em relação à salvação revelada no Filho. Trata-se da presciência a respeito do novo Israel, a Sua igreja. Pedro acreditava que era importante os cristãos, fossem pagãos ou judeus de nascença, entenderem que o Deus que Se revelara a Israel era o mesmo Deus que Se revelou em Jesus de Nazaré.

Ou seja, a igreja não era uma ideia de última hora de Deus. Ela sempre esteve na mente de Deus. Deus sabia de antemão e predeterminara que deveria existir uma igreja de Jesus Cristo, um povo escolhido que englobaria não só Israel, mas toda a humanidade.

 

“... em santificação do Espírito, “

A expressão em santificação do Espírito ou “em santidade de Espírito”, declara que os “eleitos” de Deus foram transformados em santos pela ação do Espírito. A mesma frase ocorre em 2 Tessalonicenses 2:13, onde certas traduções dizem “através da santificação pelo Espírito”.

O Espírito santifica o crente (Atos 2:38) e lhe ajuda a viver piedosamente. O crente é denominado “santo” no sentido de que a sua vida é um reflexo da própria santidade de Deus (1 Pedro 1:15, 16). Ele é santo porque foi separado pelo Espírito para ser um dos eleitos de Deus.

 

“... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: “

A santificação concedida ao crente pelo Espírito Santo visa a sua obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo. Pedro estava lembrando seus leitores de que a santificação não é um ato passivo realizado no cristão. O próprio crente opta por seguir a vontade de Deus de modo que a vontade de Deus se torne a sua própria vontade.

Por um lado, Cristo santifica (1 Coríntios 1:30). Por outro lado, a santificação é um imperativo moral imposto ao crente. É um ato de obediência que deve ocorrer com perseverança até a vinda do Senhor: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).

Afinal, Pedro está falando de um contínuo derramar que acompanha a perseverante obediência do que é santificado. Eis como João trata desse mesmo assunto: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).

 

“Graça e paz vos sejam multiplicadas. “

O apóstolo começou a segunda carta com estas mesmas palavras em grego (2 Pedro 1:2). Paulo costumava usar as palavras “graça e paz” nos cumprimentos de suas cartas. Pedro acrescentou o desejo de que elas se multiplicassem a seus leitores.

Essas palavras eram muito mais do que uma formalidade. Pedro queria comunicar àqueles cristãos seus mais profundos desejos de que a graça e os dons gratuitos de Deus, juntamente com uma paz divina, fossem característicos em suas vidas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201409_02.pdf