sábado, 14 de dezembro de 2024

João 1.14


João 1.14 “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

 

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, ”

O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua humanidade. O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A sua divindade está presente na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta, nos ensinos e nas obras de Jesus, com tal abundância de detalhes que infelizmente não é possível mencioná-los aqui por absoluta falta de espaço.

A encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a forma humana. A concepção e o nascimento virginal de Jesus (Isaías 7.14; Mateus 1.123) são obra do Espírito Santo (Mateus 1.20; Lucas 1.35). Tal encarnação do Verbo é considerada um mistério (1 Timóteo 3.16).

 

“... e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, “

E vimos a sua glória”. Não meramente a glória externa revelada na transfiguração na qual João testificou: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam - isto proclamamos a respeito da Palavra da vida” (1 João 1.1). E que Pedro mencionou: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo” (2 Pedro 1.16-18), mas, o esplendor do seu divino caráter.

Era a mesma glória de Deus, pois, Jesus é a exata expressão do ser de Deus. Afinal, nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 12.9). Quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um. Não era um a glória refletida como a glória de um santo, e sim a “glória do unigênito do Pai”.

A etimologia do termo “unigênito” em grego, indica a deidade do Filho. O vocábulo vem de monós, “único”, e de genés, que nos parece derivar de genós, “raça, tipo”, e não necessariamente do verbo gennao, “gerar”. Então, unigênito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo Niceno: “E [cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai”.

 

“... cheio de graça e de verdade. ”

A palavra graça só aparece aqui e em 1.16-17. E a graça que Ele veio dar aos homens. E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça (v.16). Afinal “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (v.17).

A palavra que acompanha graça é verdade, e a verdade é o caráter essencial do Verbo. Esta é a verdade no sentido filosófico da realidade, no sentido ético da santidade, e no sentido moral do amor. Jesus disse a respeito de si mesmo: “Eu sou.… a verdade”.

Bruce sobre esse verso escreveu: Moisés, no deserto, pediu um favor de Deus: “Rogo-te que me mostres a tua glória". A resposta foi: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor" (Êxodo 33.18.). E, passando o Senhor por diante dele, clamou: “Senhor, Senhor, Deus compassivo, clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade..." (Êxodo 34.5).

Estas palavras expressam a bondade que é a glória incomparável de Deus, pois, as palavras gregas de João 1.14, traduzidas cheio de graça (charis) e de verdade (aiêtheia), facilmente podem ser reconhecidas como uma tradução da última frase “grande em misericórdia (hesed) e fidelidade (emeth)". A glória vista no Verbo encarnado foi a glória revelada a Moisés quando o nome de Javé soou em seus ouvidos; porém, agora, esta glória foi manifesta na terra a todos os que nele creem.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/12/2024

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2008

SOARES, Esequias. A razão de nossa fé: assim cremos, assim vivemos. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

PEARLMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 1.1


 João 1.1 "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

 

"No princípio, ”

Observamos nos evangelhos sinópticos que cada evangelista iniciou seu evangelho de uma forma. O evangelista Marcos principiou seu evangelho falando acerca de João o Batista já adulto pregando o evangelho do Reino. Mateus após apresentar a geração de Jesus Cristo descreveu contidamente Maria grávida do Espírito Santo. Já o historiador e doutor Lucas que havia empregado investigação no seu projeto começou seu evangelho falando acerca da anunciação dos nascimentos de João Batista e posteriormente de Jesus.

Já o apóstolo João decidiu ir mais além. Eusébio de Cesaréia nos informa que quando João escreveu seu evangelho ele já havia lido os outros. E com divina inspiração ele retroage até a criação. Lemos em Genesis 1.1: “No principio criou Deus...”, E agora ele revela que Deus Pai não estava sozinho quando criava: "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus”. Cristo estava presente e atuante na criação, então ele segue dizendo: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (João 1.3,4). Esse versículo descreve Jesus como o início de todas as coisas.

 

“... era o Verbo, ”

O termo “Verbo”, aplicado a Jesus, procede do original Logos e, apesar de seu amplo significado secular, “palavra”, “razão”, ou “pensamento”, é usado no versículo 1 com o sentido de “Verbo ou Palavra divina”: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam - isto proclamamos a respeito da Palavra da vida” (1 João 1.1). O mesmo vocábulo aparece apenas traduzido como “Palavra”: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um (1 João 5.7).

Quando o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo foi anunciado pela igreja cristã no Século I, os vocábulos, “A Palavra” e “O Verbo”, foram satisfatoriamente compreendidos pelos judeus e gregos, pois essas expressões lhes eram conhecidas.

 

“... e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

O termo “Deus” aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: “e o Verbo estava com Deus” que sugere a eterna comunhão entre o Pai e o Filho.. A segunda referência, “e o Verbo era Deus”, aponta para o Filho. Porque o Pai e o Filho, sendo um quanto à sua natureza, são, porém, distintos quanto às suas personalidades (João 8.17,18; 2 João 3). O Verbo é da mesma natureza do Pai, ou seja, divino.

Não se trata de acréscimo de mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade.

Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa verdade, ao dizer que “para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão.

É digno de nota que os apóstolos João e Paulo, como os demais, eram judeus e foram criados num contexto monoteístico. Portanto, não admitiam em hipótese alguma outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Marcos 12.29).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/12/2024

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2008

SOARES, Esequias. A razão de nossa fé: assim cremos, assim vivemos. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

PEARLMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

1 Reis 8.56


1 Reis 8.56 “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo. ”

 

“Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, ”

Salomão dá a Deus a glória das grandes e bondosas coisas que Ele fez a Israel. Ele começou bendizendo a Deus; pois nós devemos em tudo dar graças. Ele não bendiz a Deus por haver dado riqueza, honra, poder e vitória, a Israel, mas repouso, como se isso fosse uma bênção mais valiosa do que qualquer daquelas. Que aqueles que têm o descanso não subestimem essa bênção, embora desejem algumas outras.

O Senhor havia prometido ao seu povo essa benção: Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o Senhor vosso Deus; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros” (Deuteronômio 12.10).

Davi em seu reinado havia derrotado oito nações inimigas. Isso proporcionou a Salomão reinar sobre um reino de paz e tranquilidade.

 

“... segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo. ”

Ele se refere às boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, como fez (w. 15,24) com aquelas que foram feitas a Davi. Havia tanto promessas quanto preceitos dados por meio de Moisés. Foi muito antes de Deus conceder a Israel o descanso prometido, mas eles o tinham finalmente, depois de muitas provações. Vai chegar o dia quando o Israel espiritual de Deus descansar de todas as suas obras: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4.9).

Ele, por assim dizer, escreve uma quitação plena nas costas desse contrato: “Nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras”. Ele faz essa quitação em nome de todo o Israel, para a eterna glória da divina fidelidade e para o eterno encorajamento de todos aqueles que confiam nas promessas divinas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Josué a Ester. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.


Atos 15.19


Atos 15.19 “Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. ”

 

“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. ”

Após ouvir o testemunho do apóstolo Pedro acerca do que Deus fizera na casa de Cornélio, batizando os gentios com o Espírito Santo e ouvir também os testemunhos de Paulo e Barnabé acerca da primeira viagem missionária, que Deus operou grandes sinais e prodígios no meio dos gentios.

Tiago, irmão do Senhor, que foi líder da igreja de Jerusalém e presidente deste concílio lembrou do que dissera o profeta Amós: “Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antigüidade; Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o Senhor, que faz essas coisas” (Amós 9:11-12). Entendeu que em outras palavras, através do Cristo davídico, os gentios serão incluídos em sua nova comunidade.

Assim Tiago, aclamado campeão pelo partido da circuncisão, respeitado até por judeus não cristãos, declarou que estava de pleno acordo com Pedro, Paulo e Barnabé. A inclusão dos gentios não era uma idéia posterior de Deus, mas algo predito pelos profetas. As próprias Escrituras confirmavam os fatos experimentados pelos missionários (vv 16-17).

Seu parecer teve grande efeito por observar as regras do judaísmo. A conclusão foi que a conversão a Cristo não precisava passar pelo judaísmo: “Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. ”

Os convertidos gentios agora faziam parte do Israel verdadeiro, chamados e escolhidos por Deus para pertencerem ao seu único povo e para glorificar o seu nome. Tiago deu ordem para escrever-lhes: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes” (vv. 28-29).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/12/2024

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PEARLMAN, Myer. Atos – E a igreja se fez missão. Rio de Janeiro: Cpad, 1995. 

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

MULHOLLAND, Dewey M. Marcos introdução e comentário. Série cultura Bíblica. São Paulo: Vida. Nova, 2005.

Judas 3


Judas 3 “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.”

 

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, “

Após a introdução, Judas foi quase apologético. Parece que fazia tempo que ele desejava escrever, tendo empregado toda a diligência em escrever-lhes. Ele desejava edificá-los na fé cristã. Provavelmente fosse a sua intenção escrever uma carta circular, a fim de levar os cristãos a se inteirarem da origem, alcance e eficácia da salvação que nos proporciona o Senhor Jesus.

Judas queria mostrar estarem todos os santos a desfrutar de uma só salvação, pois um só era o seu Salvador. E que, em Cristo, já não há distinção entre judeus e gentios, bárbaros e gregos, ricos e pobres, senhores e livres. Todos somos um em Cristo Jesus.

Champlin afirma: “Provavelmente o autor sagrado tinha planejado, reunira material e talvez tivesse começado uma obra acerca das glórias e da fé cristã, um tratado não polêmico, que tencionaria exortar, encorajar e ensinar aos crentes. Para ele não foi um prazer abandonar esse tipo de esforço, a fim de lançar uma severa advertência à igreja, concernente à heresia”.

Robert Robertson é da mesma opinião: “Judas principiou a cogitar uma carta, ou tratado, sobre nossa comum salvação. Mas a situação que surgira na igreja o compeliu a escrever imediatamente a fim de sará-la”.

 

“... tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. ”

Todavia, antes de escrever sobre assuntos mais pacíficos, outros fatores entraram em
cena. Ele se sentiu compelido a tratar de uma situação que ameaçava a fé daqueles cristãos tão amados.

Judas é alertado sobre a presença de certos elementos que, sorrateiramente, se haviam introduzido nas igrejas de Cristo, visando destruir lhe a base de sua comum salvação: a fé que, de uma vez por todas, foi dada aos santos.

Se o projeto de Judas era louvável, a demanda de Cristo era inadiável. O apóstolo pretendia discorrer exaustivamente acerca de nossa comum salvação, mas o Senhor exigia que o seu servo bradasse abreviada, mas eloquentemente, em prol da santíssima fé.

O verbo batalhar ostenta uma sublimada semântica: lutar por, contender, exercer grande esforço por alguém, segundo explica Fritz Rienecker. A palavra era usada para descrever os jogos olímpicos da antiga Grécia; denotava a concentração dos atletas por conquistara vitória.

A semelhança dos atletas helenos, empenhemo-nos por assegurar nossos triunfos em Cristo Jesus. Afinal, batalhamos por Ele:  Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Timóteo 2.3-4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2024

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

ANDRADE, Claudionor. Judas: Batalhando pela genuína fé cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201501_04.pdf

Apocalipse 13.8


Apocalipse 13.8 “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. ”

 

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto”

Agora já está esclarecido quem adorará a besta: todo aquele cujo nome não está escrito no livro da vida do Cordeiro! A autoridade da Besta será mundial: sobre cada tribo, povo, língua e nação. A exemplo dos antigos Césares, ela exigirá adoração universal.

Há um pormenor a salientar no versículo 12 deste capítulo. Enquanto nos versículos 4 e 8 a adoração é aparentemente voluntária e espontânea, embora interesseira, no versículo doze parece haver intenção de coagir: observe bem a frase “faz com que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”.

Satanás sempre procurou adoração. No deserto, tentou Jesus a dobrar-se diante dele para adorá-lo. Mas o Senhor Jesus saiu-se vitorioso: “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4.8-10).

Mas durante a última parte da tribulação, todo o mundo adorará a besta. Através dela, o próprio Satanás. Chegarão a crer que a besta é maior que o Deus verdadeiro.

 

“... desde a fundação do mundo. ”

A forma sintática grega ensina-nos que a frase "antes da fundação do mundo" não se refere ao registro dos nomes em si, mas ao sacrifício expiatório de Cristo. João reconhece ter sido a morte de Jesus, no Calvário, como o Cordeiro de Deus pelos pecados do mundo, um fato previsto nos planos de Deus antes mesmo da criação do mundo.

Cada cordeiro que era imolado como sacrifício no Antigo Testamento, desde o primeiro que Abel imolou (Genesis 4.4), era uma prefiguração do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Portanto, Cristo e sua obra redentora é o tema central das Escrituras. Em 1 Pedro 1.20 confirma isto: "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vos".

Somente através dEle é que podemos ter a vida eterna e o nome escrito no livro da vida.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. Apocalipse – as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse – versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

1 Coríntios 13.12


1 Coríntios 13.12 “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. ”

 

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; ”

Paulo compara nossa compreensão e conhecimento atuais com a imagem indireta em um espelho. Os espelhos do primeiro século eram de metal polido; alguns dos melhores eram fabricados em Corinto. Só os mais ricos podiam dispor de um espelho de boa qualidade, e mesmo estes não eram livres de imperfeições. Além disso, um espelho por natureza distorce a imagem porque seu reflexo é o contrário da pessoa ou objeto à sua frente.

Mas quando Jesus vier, o perfeito estado será desvelado: já não veremos mais indiretamente, mas face a face. O apóstolo emprestou a linguagem que Deus usou a respeito de Moisés: “Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas” (Números 12:8).

Hoje há muitas coisas que nos desconcertam. Podemos reivindicar somente parte do que Deus tem para nós. Mas virá o dia em que “assim como é o veremos” (1 João 3-2). Então já não precisaremos do que agora está “em parte”.

 

“...agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. ”

O motivo presente continua: “Agora conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido”. Hoje realmente conhecemos a Deus, mas os dons espirituais revelam só pequenas coisas de diversos tipos. Quando Jesus vier, e como destaca Jon Ruthven, no céu nós “conheceremos Deus (kathõs) exatamente como e no mesmo grau” que Deus nos conhece hoje.

Conhecer aqui denota um conhecimento total e completo. Para o crente tal conhecimento acontecerá por ocasião da Vinda do Senhor. A última cláusula é melhor entendida da seguinte maneira: “como sou completamente conhecido por Deus”. O conhecimento que Deus tem de nós é completo; o conhecimento de nós sobre Deus é ainda futuro.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.

1 Coríntios 15.54


1 Coríntios 15.54 “E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. ”

 

“E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, ”

Paulo compara o evento da ressurreição com ser vestido com um corpo espiritual, dizendo que “convém” que isto aconteça (v.53), transmitindo uma mensagem de obrigatoriedade. O apóstolo dos gentios não imaginava qualquer existência sem corpo, em que o espírito flutuaria ou seria absorvido numa “alma do mundo”.

A metáfora sugere que o corpo terreno seja a roupa da alma e do espírito; no momento da ressurreição o crente receberá um traje diferente. Paulo diz o mesmo usando imagens diferentes quando compara o corpo terreno a uma tenda ou tabernáculo, e o corpo ressuscitado a uma casa eterna (2 Coríntios 5.1-4).

Em outros trechos, o apóstolo escreveu sobre o cristão na era vindoura usando a metáfora de revestir-se de Cristo. É como colocar uma peça de vestuário. Quando a ressurreição é o tema, “revestir-se” sinaliza uma mudança em preparação para a existência eterna.

Alguns vêem dois grupos nos pares de palavras “corruptível-incorruptível” e “mortal-imortal”; o primeiro termo de cada par se referiria aos crentes já falecidos, e o segundo aos crentes já vivificados.

A ressurreição dos mortos na qualidade de incorruptíveis é uma necessidade, pois como um corpo sujeito à deterioração pode ser imortal? A incorruptibilidade e a imortalidade são ambas necessárias para que o nosso novo corpo seja adequado para o futuro eterno que Deus preparou para nós.

 

“... então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. ”

Quando a trompete soar e o que é “mortal” se transformar em “imortalidade”, estará cumprida a revelação de Deus que acontece desde o princípio dos tempos.

Então, citando Isaías, Paulo celebra o fato de que a morte será “tragada foi a morte na vitória”, pois não haverá mais morte para os crentes. Isaías profetizou isto numa época em que os assírios estavam causando muitas mortes e lágrimas: “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou” (Isaías 25.8-ARA).

Isaías entendeu que a promessa diz respeito a tirar toda a desgraça do povo de Deus. “Implica o trabalho de Cristo e a restauração que virão quando Jesus voltar para estabelecer o seu Reino milenar”.

Na Nova Jerusalém, a habitação de Deus será “com os homens [o povo redimido], pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21.3,4)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201705_02.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 14 DE DEZEMBRO DE 2024 (Atos 1.5)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
14 DE
DEZEMBRO DE 2024
A PROVISÃO DA PRESENÇA DO ESPÍRITO EM NOSSAS VIDAS

Atos 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias ”.


“Porque, na verdade, João batizou com água, “

João Batista viveu no lugar predito por Isaías. (Deserto, Isaías 40.3, em hebraico é Arabá, o nome do vale do baixo Jordão, próximo do Mar Morto). Conforme a profecia, conclamava ao arrependimento e batizava aqueles que vinham e confessavam os seus pecados. Recusava-se, porém, a batizar, a não ser depois que a pessoa tivesse se arrependido sinceramente. Quando vinham os fariseus e os saduceus, João Batista, como um profeta cheio do Espírito Santo, reconhecia que não havia mudança nas atitudes deles. Exigia que produzissem frutos ou evidências do arrependimento, antes de batizá-los. Eram presunçosos e autoconfiantes, pelo fato de serem descendentes de Abraão. João, porém, mostrava-lhes que isso não os protegeria do julgamento vindouro, e declarava: "E eu, em verdade, vos batizo com [em] água, para o arrependimento [isto é: por causa do arrependimento, visto que já indicara que seu batismo não podia produzir arrependimento]; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com [em] o Espírito Santo, e com [em] fogo" (Mateus 3.11).


“..., mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”

No cenáculo, de acordo com João, Jesus já havia prometido aos apóstolos que o Espírito da verdade iria lembrá-los daquilo que ele havia lhes ensinado e completar aquilo que não fora possível lhes ensinar. Agora Jesus manda que esperem em Jerusalém até que recebam a dádiva prometida (v. 4). Era a promessa de seu Pai (v. 4a, provavelmente através de profecias do Antigo Testamento como (Joel 2:28ss, Isaías 32:15 e Ezequiel 36:27), a sua própria promessa (já que Jesus a repetiu várias vezes durante o seu ministério, v. 4b), e a de João Batista, que chamou a "dádiva" ou "promessa" de "batismo" (v. 5). Jesus agora repete as palavras de João e acrescenta que a tripla promessa ("a promessa do Espírito Santo", 2:33) está para ser cumprida em poucos dias. E, portanto, eles devem esperar. A última frase do versículo 5 é, literalmente: “não depois destes muitos dias”. Williams comenta: “A ordem curiosa das palavras provavelmente significa “não muitos dias depois de hoje”. O derramamento do Espírito ocorreu 10 dias após. Somente quando Deus tiver cumprido sua promessa e eles, "do alto", forem "revestidos" de poder, é que poderão cumprir a comissão.

O batismo do Senhor Jesus, no Jordão, foi o sinal para Ele iniciar seu ministério.  Assim, também, a Igreja precisava de um batismo que a preparasse a cumprir um ministério de alcance mundial. Não seria o ministério de criar uma nova ordem e, sim, de proclamar aquilo que Cristo já havia realizado. Mesmo assim, só no poder do Espírito Santo poderia tamanha obra ser levada a efeito.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/1/2023

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro. CPAD, 2020.

STOTT, John. A Mensagem de Atos - Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 1994.

PEARLMAN, Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.