sábado, 13 de janeiro de 2024

Joel 2.15

Joel 2.15 “Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene. “

 

“Tocai a trombeta em Sião,”

Não se faz soar um alarme para algo que já passou, mas sim para advertir sobre o que é iminente. A trombeta, shophar, ou chifre de carneiro, era tocada como um alarme pelo sentinela que ficava sobre o muro, em caso de invasões inimigas ou outras calamidades. A trombeta deveria ser sempre tocada para convocar o povo para uma guerra ou mesmo para alertar sobre a chegada iminente de um perigo ou calamidade.

Sião era o lugar da morada de Deus, o lugar onde ficava o templo de Deus e onde se celebrava culto a Deus. Dali emanava a Palavra de Deus e os juízos de Deus. A trombeta toca em Sião e para Sião; e dali deveria reverberar para todos os moradores da terra.

A trombeta devia soar em Sião e não nos ouvidos dos exércitos assírios. O problema do povo não era a presença do inimigo, mas a ausência de Deus. O nosso maior problema não são os adversários que nos cercam, mas o nosso pecado. O juízo deve começar pela Casa de Deus (1 Pedro 4.17). Primeiro a igreja precisa voltar-se para o Senhor, depois o mundo o fará.

O avivamento começa com a igreja e, a partir dela, atinge o mundo. Quando a igreja acerta sua vida com Deus, do céu brota a cura para a terra (2 Crônicas 7.14).

 

“... santificai um jejum,”

O jejum é um exercício espiritual da mais alta importância. Quem jejua tem urgência. Quem jejua tem pressa para buscar o Senhor. Quem jejua tem fome de Deus. Quem jejua afirma que a resposta divina à oração é mais importante que o sustento do corpo. É a subordinação do físico ao espiritual, que caracteriza todos os gigantesca fé. Moisés e Jesus jejuaram quarenta dias. O apóstolo Paulo jejuava regularmente. Hoje, parece que a igreja está convencida de que a atualidade do jejum não é para os nossos dias. Às vezes, só uma calamidade de enormes proporções, como a do tempo de Joel, convence o homem a orar e jejuar.

 

“... convocai uma assembleia solene. “

Os sacerdotes deveriam convocar uma grande reunião de oração. Uma reunião de arrependimento, de clamor, de busca. Todos os moradores de Judá deveriam buscar a Casa do Senhor. O momento era de calamidade nacional e não bastava um acerto individual. A volta para o Senhor precisava ser coletiva. Há momentos em que o povo precisa sair de suas casas e caminhar na direção da casa de Deus. Há tempo para o culto individual. Porém, agora é um tempo para um grande culto coletivo; não de celebração, mas de choro, de clamor, de arrependimento.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
7/1/2024

Bibliografia

Coelho, Alexandre/Daniel, Silas. Os doze profetas menores. Rio de janeiro, CPAD, 2012.

Lopes, Hernandes Dias. Joel: o profeta do pentecostes. São Paulo: Hagnos, 2009.

PEARLM AN, Myer. Através da Bíblia — livro por livro. 5. ed. São Paulo: Editora Vida, 1978,

Naum 3:4

Naum 3:4 "Por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa, da mestra das feitiçarias, que vendeu as nações com as suas fornicações, e as famílias pelas suas feitiçarias."


O profeta Naum, chamado de o elcosita, referindo-se a sua naturalidade. Morador de Elcos. Elcos provavelmente é um nome primitivo de Cafarnaum (Aldeia de Naum). Naum foi chamado por Deus para profetizar, após Jonas, sobre a chamada grande cidade de Nínive.

Nínive foi fundada por Ninrode, filho de Cuxe, (Rebelião). Ninrode é descrito na bíblia como poderoso caçador. Ele foi uma lenda no seu tempo. Devido a sua influência conseguiu ser o primeiro homem a reinar sobre os demais: “E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu ele à Assíria e edificou a Nínive, e Reobote-Ir, e Calá, e Resém, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade) ” (Gênesis 10:10-12)

Nínive (Capital da Assíria) Era uma cidade de vasta extensão e população. Segundo Deus disse a Jonas:  não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais? (Jonas 4:11)

Era o centro do comércio principal do mundo. Sua riqueza, no entanto, não derivava totalmente do comércio. Era uma “cidade sanguinária, cheia de mentiras e de rapina” (3:1). Saqueava as nações vizinhas, e o profeta a compara a uma família de leões, que “enche suas cavernas de presas e os seus covis de rapina” (2:11, 12).

Os assírios eram conhecidos por sua crueldade.A tortura, o empalamento, a decapitação, as amputações e o esfolamento faziam parte dos procedimentos comuns dos soldados assírios. Quando atacavam uma cidade, matavam impiedosamente os seus moradores e levavam o restante do povo cativo para outra parte do império.

Aquela cidade havia se ensoberbecido de tal modo que não acreditava que pudesse ser destruída. Naum, no entanto, apresenta a sua condenação: "Por mais seguros que estejam, e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados..." (Na 1.12a)


“Por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa, “

Nínive é comparada a uma prostituta formosa. Tal figura quando usada com referência a Israel diz respeito à idolatria dos judeus, porque eles tinham um relacionamento convencional com Deus. No caso da Assíria, a prostituição consistia através da astucia que ela subjugava outros povos.

Ela era como uma prostituta sensual que atrai suas vítimas à ruína mediante exibições de poder e propostas aparentemente favoráveis. Ao atenderem seus encantos, caem presas de sua ganância. O que ela não tomava pela força roubava por malefícios (engano).

Nínive tinha como alvo uma monarquia universal, para ser a metrópole do mundo, e para ter todos os seus vizinhos debaixo dos seus pés; para conseguir isto, ela usou não só armas, mas artimanhas, obrigando alguns, iludindo outros, a se sujeitarem a ela, e os persuadindo com lisonjas como uma meretriz usa os seus encantos para colocar os seus pescoços debaixo do seu jugo, sugerindo que isto seria para a vantagem deles.


“...da mestra das feitiçarias, que vendeu as nações com as suas fornicações, e as famílias pelas suas feitiçarias. ”

Ela os atraiu para se juntarem a ela em seus rituais idólatras, para amarrá-los aos seus interesses da forma mais apertada possível, e fez uso da sua riqueza, poder e grandeza, para atrair muitos a fazerem alianças com ela, através das quais ela ganhou vantagens sobre eles, e lucrou com eles.

Estas eram as suas feitiçarias, com as quais ela irresponsavelmente ganhou o domínio. E é por causa disso que Deus tem uma contenda com ela.

Tendo feito de um único sangue todas as nações dos homens. Deus nunca pretendeu que surgisse uma nação de tiranos e outra de escravos, e que alguém reivindicasse como sua própria prerrogativa ser um Monarca universal. “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos” (Naum 3:5)

A metáfora da meretriz continua: e te descobrirei na tua face, e às nações mostrarei a tua nudez e aos reinos, a tua vergonha” (Naum 3:5)

A condenação descrita diz respeito à prática de expor ao olhar público a mulher condenada de impudência (cf. Ez 16.37-39; Os 2.3). Descobrir significa despir, retirar aquilo que cobria, aquilo que servia de coberta.

O profeta mostra como Nínive seria destruída. Primeiro, haveria um cerco (Na2.1-6). Nínive seria atingida por um dilúvio transbordante (Na1.8). Em seguida, a cidade seria saqueada (Na2.7-10) e, por fim, destruída (Na2.11-13). Naum predisse que

Tempos depois, cumpriu-se essa profecia: o rio Tigre invadiu aquela cidade e destruiu parte dos seus muros. Os babilónicos invadiram a cidade, justamente por essa brecha, saqueando, incendiando e destruindo completamente a cidade de Nínive.

A destruição de Nínive foi tão completa que todos os vestígios de sua existência quase desapareceram. Mas em 1845, os arqueólogos descobriram as ruínas da grande cidade de Nínive.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/6/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. Batista Regular, 2017.

Comentário Bíblico Beacon. Vol 5. Rio de Janeiro: CPAD, 2005

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Proféticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

COELHO, Alexandre / DANIEL, Silas. Os doze profetas menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

Habacuque 1.4

Habacuque 1.4 "Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido. “


Habacuque estava angustiado com o que via em Judá. O avanço da impiedade e a falta de consciência do povo o indignavam. As instituições sagradas da nação estavam falindo.


"Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; 

A Lei fora afrouxada e a justiça, pervertida. Lei e justiça não têm o mesmo sentido aqui. A Lei é a Torá, a lei divina; a justiça, a lei dos tribunais. A primeira estava paralisada, inerte ou fria. A segunda estava distorcida ou “deformada”. Conclui-se, portanto, que ela era ineficaz e corrompida. Em outras palavras, a iniquidade era maquiada nos tribunais de Judá.

Acontecia exatamente o contrário do que era exigida na Lei de Deus: "Não farás injustiça no juízo; não respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com justiça julgarás o teu próximo" (Levítico 19:15)

Jeremias que foi contemporâneo de Habacuque denunciou: "Engordam-se, estão nédios, e ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam a causa do órfão; todavia prosperam; nem julgam o direito dos necessitados" (Jeremias 5:28).


"...porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido. “

Assim, atos de crueldade e injustiça se multiplicavam na vida privada e pública de Judá. Os piedosos eram minoria e quem deveria defender a justiça e a verdade se entregava à impiedade. Os justos eram oprimidos. 

A resposta de Deus ao profeta expressa um dos grandes princípios bíblicos acerca da oração e do relacionamento com Deus: embora algumas vezes pareça que Deus mantém silêncio e é indiferente, deixando o pior acontecer, na verdade Ele está e sempre esteve agindo.

No entanto, Deus ouve a oração dos seus santos. O juízo estava preparado. Mesmo sem Habacuque perceber.

A resposta de Deus a Habacuque é: “Filho, ao contrário do que parece, Eu já estou intervindo”. Sim, Deus já estava operando. O profeta é que não havia percebido. E o Senhor ainda acrescenta que, quando todo o seu intento se concretizar, a obra será tão tremenda que espantará a todos. “Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando vos for contada” (Habacuque 1.5)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

DANIEL, Silas.  Habacuque - A vitória da féem meio ao caos.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. Habacuque: como transformar o desespero emcântico de vitória. São Paulo: Hagnos, 2007.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo.JUERP. Rio de Janeiro,1990.

DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Os doze profetas menores.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

Habacuque 1.3

Habacuque 1.3 "Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio."


"Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação?"

A palavra vexação significa vexame - Sujeição imposta pela força ou autoridade; tribulação, maus-tratos, perseguição, opressão.

Habacuque sente que Deus está inativo quando se trata de retardar a resposta de sua oração, mas está ativo em lhe mostrar a iniquidade e a opressão do Seu povo. Não há resposta de Deus para os seus ouvidos, mas há grandes tragédias humanas diante dos seus olhos.

Habacuque viu sua nação cavando a própria sepultura. Ele viu seu povo atolado num pântano de corrupção, violência e impunidade. Ele faz um diagnóstico da sociedade, e o resultado que vê é sombrio. Não se tratava de uma doença qualquer, mas de uma enfermidade mortal.


"Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio."

O que estava perturbando o profeta não era tanto a presença do mal, mas a procedência dele. A violência, a iniquidade, a opressão, a destruição, a contenda e o litígio procediam do próprio povo de Deus. Usualmente, os inimigos externos eram a fonte das tragédias do povo de Deus, mas neste caso a fonte dos problemas era interna, ou seja, a corrupção moral e espiritual do povo de Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

DANIEL, Silas.  Habacuque - A vitória da féem meio ao caos.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. Habacuque: como transformar o desespero emcântico de vitória. São Paulo: Hagnos, 2007.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo.JUERP. Rio de Janeiro,1990.

DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Os doze profetas menores.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


Habacuque 1.2

Habacuque 1.2 "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?"


"Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? "

O profeta não ficou estático diante do descalabro moral da nação. Ele não só gritou aos ouvidos do povo da parte de Deus, mas também ergueu sua voz ao céu a favor do povo.

O termo “Até quando? ”tem sempre uma conotação de interpelação. Logo, a oração de Habacuque é um tanto ousada. Ele cobra de Deus o fim de um estado de coisas que lhe é inaceitável. Tamanha ousadia só é encontrada nas Sagradas Escrituras mais à frente, na oração-cobrança dos mártires de Apocalipse 6.10, que foram mortos por causa da Palavra de Deus e do seu testemunho. O rei Davi, de igual forma, ergueu sua voz para questionar a demora de Deus em atender à sua oração diante das circunstâncias adversas em que estava vivendo (Salmo 13.1,2). Nós, ainda hoje, fazemos o mesmo!


"Gritarei: Violência! E não salvarás?"

Ele grita “Violência” denunciando tudo o que vê. A violência em Judá estava presente no palácio, nos tribunais, nos mercados e nas ruas. A violência tinha se infiltrado em todos os segmentos da sociedade. Ela havia fermentado toda a massa e envenenado de tal forma a nação que o juízo de Deus não podia mais ser retardado ou suspenso.

Isaltino Gomes Coelho Filho diz que o silêncio de Deus não era omissão, pois nas Escrituras o silêncio de Deus sempre precede Seu juízo (Apocalipse 8.1). A Habacuque, Deus parecia apático porque não estava falando. Estava em silêncio. Mas Ele saiu do silêncio. Saiu para efetuar juízo. Ele nos parece silencioso em nossos dias? Presumimo-lo como apático? Lembremo-nos disto: o seu silêncio precede o seu juízo. Sim, Deus está em silêncio. E porque vem juízo por aí. 


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

DANIEL, Silas.  Habacuque - A vitória da féem meio ao caos.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. Habacuque: como transformar o desespero emcântico de vitória. São Paulo: Hagnos, 2007.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo.JUERP. Rio de Janeiro,1990.

DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Os doze profetas menores.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


Habacuque 1.1

Habacuque 1.1 “O peso que viu o profeta Habacuque."


“O peso que viu" 

A palavra traduzida por “peso” aqui é, no original hebraico, massã. O Dicionário Vine (CPAD) traduz o termo como “carga”, “aquilo que é carregado por homem, jumento, mula ou camelo”; “fardo”, no sentido de “algo penoso”, “um sofrimento”; e “tributo”. Algumas versões preferem trazer a tradução “profecia”, “oráculo” ou “pronunciamento”.

O termo traduzido por “viu” no primeiro verso é um ver literal. É ver mesmo. Mas ver o quê? Em primeiro lugar, ele viu o caos que se tornara Judá, e que é descrito nesses primeiros versículos (1.2-4). Depois ele vê a obra que Deus faria sobre Judá, trazendo os caldeus sobre ele para executar seu juizo.


"...o profeta Habacuque."

Quem Foi Habacuque? Em primeiro lugar, só ele, em todas as Sagradas Escrituras, recebe esse nome, que pode significar “abraçado”, “abraço” ou “abraço amoroso”. Uma tradição dos rabinos liga o nome do profeta a 2 Reis 4.16, fazendo-o filho da sunamita (“Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho). Outros escritores rabínicos o identificam como o atalaia de Isaías 21.6 e asseguram ser ele da tribo de Levi.

Habacuque profetiza num tempo em que sua nação, o reino de Judá, estava à beira de um colapso. Porque retardou o seu arrependimento e não aprendeu com os erros de seus irmãos do Reino do Norte, que foram levados cativos pela Assíria em 722 a.C., entrariam, também, inevitavelmente no corredor escuro do juízo. As tempestades já se formavam sobre a cidade orgulhosa de Jerusalém.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

DANIEL, Silas.  Habacuque - A vitória da féem meio ao caos.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. Habacuque: como transformar o desespero emcântico de vitória. São Paulo: Hagnos, 2007.

COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo.JUERP. Rio de Janeiro,1990.

DANIEL, Silas; COELHO, Alexandre. Os doze profetas menores.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


Habacuque 3.2

Habacuque 3.2 “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia. ” 


“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; ” 

Qualquer experiência que venhamos a ter com o Senhor começa quando começamos a ouvi-lo. Sua voz, porém, se manifesta de variadas maneiras: Pedro a deu valor quando o galo cantou; Isaias e Agostinho através da morte de um que lhe era querido; Moody através do teste humo de uma anciã. Tozer afirma “ Deus fala aos corações de quem deseja ouvi-lo” corroborando com as escrituras: “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 7:16). Habacuque ouviu a Palavra do Senhor. Um dos princípios básicos de um avivamento é o retorno a Palavra. Está escrito nos Salmo: “Vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra “ (Salmos 119:107). David Wilkerson pregou um sermão na Times Square que nos fala até hoje. Ele pregou “traga-nos a verdadeira palavra do Senhor”. Após ouvir a Palavra de Deus Habacuque teme pois compreende a real situação do povo de Judá do qual ele fazia parte. A verdadeira Palavra de Deus produz temor dentro de nós: “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos “ (Atos 2:43).


“...aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, “

Após ouvir e entender a situação que viria Habacuque ora ao Senhor. E impossível ocorrer um avivamento espiritual sem oração. A oração, como já afirmou um servo de Deus do passado, é a respiração da alma. Sem oração, a vida espiritual vai por água abaixo. Ela é uma questão de sobrevivência. Em épocas de crise, então, nem se fala. Por isso a oração do profeta. Sabendo o profeta que seu povo não sobreviveria se o Senhor não interviesse com uma nova manifestação do Seu Espírito ele ora “aviva, ó Senhor, a tua obra “. Somente assim a vida espiritual dos fiéis seria preservada, por isso o clamor. Dessa forma, aprendemos aqui que só a ação de Deus, o avivamento espiritual, pode preservar o crente em meio ao caos, impedindo-o de ser levado e consumido pelo turbilhão das circunstâncias. Muitas vezes, o crente é tentado a crer que a obra de Deus prospera por causa dele. Esse é um grande erro. Se ela prospera, é por causa do Dono da obra. Infelizmente, não são poucos os que pensam que o culto é abençoado se fulano ou beltrano pregar ou cantar. Porém, a Bíblia nos diz que quem faz tudo é Deus. Sem Ele, nada somos ou temos. Enquanto as pessoas pensarem que quem faz avivamento são pessoas, nunca o avivamento chegará. Se deseja-se avivamento, deve-se reconhecer que a obra não é nossa, mas de Deus. Dele é tanto o querer quanto o efetuar. É impossível que haja avivamento sem o reconhecimento de que a obra é de Deus.


“...no meio dos anos a notifica; “ 

Essas palavras de Habacuque revelam o desejo do profeta de quea ação divina sobre seu povo se intensificasse com o passar dos anos,de tal forma que fosse evidenciada para todos. O intento do profeta éver a mão de Deus agindo de novo poderosamente na vida dos judeus, fazendo conhecidas entre as nações as maravilhas do Senhor nomeio do seu povo.Assim como foram notórios os milagres no Egito e no deserto,despertando o temor das cidades ao redor, Habacuque esperava umafutura visitação contínua e crescente de Deus sobre os israelitas, aoponto de equiparar-se àqueles dias memoráveis de vitória e glória. Consigo ver essa oração cumprida nos seguintes fatos históricos modernos: na Reforma Protestante; No avivamento inglês do século 18, com os irmãos João e Carlos Wesley, e George Whitefield, acontecimento também conhecido como “Despertamento Evangélico”; O Grande Despertamento do século 18 nos Estados Unidos; o Avivamento de 1859 na Irlanda, que varreu parte da Europa e produziu grandes reflexos nos Estados Unidos; E o Movimento Pentecostal, encetado na virada do século 19 para o 20. Precisamos em nossos dias de mais dessas visitações profundas de Deus, manifestações que não só renovam vidas e avivam igrejas, mas também despertam nações.


 “...; na ira lembra-te da misericórdia. ”

Ao mencionar a ira divina em sua oração, Habacuque nos ensina que não há avivamento sem a consciência do juízo divino, sem a percepção de que Deus julga e está julgando. Em outras palavras, não há reavivamento sem o reconhecimento da ira de Deus. Paulo instruiu-nos a considerarmos tanto a bondade quanto a severidade de Deus: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus. Para os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus. De outra maneira, também tu serás cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados, porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar” (Romanos 11.22-23). O teólogo A. W. Pink escreve: “A ira de Deus é a perfeição do caráter divino sobre o qual precisamos meditar frequentemente. ” E, por extensão, não há avivamento sem a consciência da ira divina, porque só há arrependimento com a conscientização da miserabilidade e abominação do pecado, que são percebidas quando olhamos o pecado com os olhos de Deus. Habacuque sabia que após fazer a ferida, Deus aplica a cura. Isso porque, para que o vaso de barro seja usado, primeiro tem que ser concertado; e para ser concertado, deve antes ser quebrado. E somente após ser amassado, ele é restaurado. Um avivamento é uma demonstração tremenda da misericórdia de Deus. Quando a terra está ferida pelo juízo divino, sem produzir; quando nossos pecados pesam sobre nós, esmagando-nos; quando não há esperança aos olhos humanos; quando tudo ao redor parece “sem forma e vazio”, morto e gélido, e então nos lançamos ao chão em clamor humildemente diante dos Céus, Deus ouve e atende. Ele abre as comportas celestiais e derrama sobre nossa vida catarata de gozo, chuva de misericórdia. Ele prometeu: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e se converter de seus maus caminhos; então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/3/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

DANIEL, Silas. Habacuque - A vitória da fé em meio ao caos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Oséias 6:1

Oséias 6:1 Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará”.


"Vinde e tornemos para o Senhor"  

O Profeta Oseias acabara de anunciar o irremediável juízo de Deus aos impenitentes reinos de Israel e Judá, dizendo que seria para eles como traça que ataca por dentro e como leão que ataca por fora (5.12-15). Diante do castigo iminente, o povo esboça uma reação de volta para Deus, sinalizando uma conversão ao Senhor. Porém, será que essa volta é de todo o coração? Será que essa conversão é profunda o suficiente para livrá-lo da destruição? O texto nos mostrará que a conversão de Israel foi superficial. Na verdade, não houve tristeza pelo pecado, e sim pesar pelas consequências do pecado. Israel queria livrar-se do castigo, mas não estava disposto a desvencilhar-se dos seus erros. Um arrependimento que lamenta apenas as consequências do pecado em vez de chorar pelo pecado é assaz superficial.

Os judeus estavam preocupados em ser curados, e não em ser purificados. Viram a nação em dificuldades e queriam que Deus “consertasse” as coisas, mas não se chegaram a ele com o coração quebrantado e disposto a renunciar seus pecados. Queriam felicidade e não santidade, uma mudança de circunstâncias e não uma mudança de caráter. Derramaram lágrimas de remorso por seu sofrimento, mas não de arrependimento por seus pecados.


"Ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará". 

Isso uma figura de linguagem para indicarão fim de Israel e Judá (5.14,15). Essa profecia já se cumpriu com os cativeiros assírio e caldeu. A promessa "nos sarará.... e a ligará" já está se cumprindo, pois o cumprimento final dar-se-á por ocasião da manifestação do Filho de Deus (Zacarias 12.10; Romanos 11.26, 27). Os judeus retornaram para a terra de seus antepassados, mas Israel ainda não se reconciliou com Deus.

É importante entender que o mesmo Deus que disciplina também restaura. O mesmo que faz a ferida também a cura. Concordo com Charles Feinberg quando diz que o homem pode ferir e despedaçar, mas é impotente para ligar e sarar. Só o Senhor pode realizar a cura.'’** Só dele vem a restauração. Israel sabia disso, mas não se voltou para Deus de todo o seu coração.

Israel aflita aprendeu as amargas lições da desobediência, e o seu povo encorajava-se com as palavras: Vinde, e tornemos para o SENHOR. As palavras contêm uma confissão implícita, pois Israel se afastara do Senhor em suas práticas idólatras. O Deus que despedaçou em juízo podia ser aguardado em misericórdia. As feridas de Israel não poderiam ser curadas pelo Egito ou Assíria (7:1; 11:3). Só Deus poderia criar nova vida para a nação ferida.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/08/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Daniel 5:25

Daniel 5:25 “Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. “


“Este, pois, é o escrito que se escreveu: “ 

O rei Belsazar promoveu uma festa de profanação das coisas sagradas (Dn 5.3). O rei, além de se entregar à embriaguez, dá mais um passo na direção de sua ruína. Ele manda trazer os vasos do templo para profaná-los de forma estúpida e infame. Profanar as coisas de Deus é um grave pecado, Deus as santificou: “E aconteceu, no dia em que Moisés acabou de levantar o tabernáculo, e o ungiu, e o santificou, e todos os seus utensílios, e também o altar e todos os seus utensílios, e os ungiu, e os santificou” (Números 7:1).

Usar os vasos do templo, consagrados para o culto ao Senhor, numa festa profana, numa bacanal, foi uma terrível ofensa à santidade de Deus. Belsazar fez pior que seu avó. Este saqueou o templo de Jerusalém e levou os vasos sagrados para o templo de seu deus: “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.  E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus“ (Daniel 1:1,2).

Deus transforma os prazeres do pecado em perturbação (Daniel 5-5,6,9). Enquanto eles celebram aos seus deuses, bebendo vinho nos vasos do templo do Senhor, no mesmo instante, aparecem uns dedos escrevendo na parede: “Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.  Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro” (Daniel 5:5,6)

Como os astrólogos e adivinhadores do rei não poderam traduzir a inscrição Daniel, recomendado pela Rainha, entra na presença do Rei e lhe dá o seu significado: ¹”Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos deuses; e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos astrólogos, dos caldeus e dos adivinhadores” (Daniel 5:11).


“: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. “ 

As palavras MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM eram conhecidas, mas isoladas como estavam, ninguém sabia que mensagem comunicavam (v. 25). Daniel, pelo Espírito de Deus, deu a exata interpretação:

a. MENE (v. 26): contou Deus o teu reino e deu cabo dele, isto é, Deus contou o número de dias do reino e o destruiu.

b. TEQUEL (v. 27): pesado foste na balança e achado em falta. Diante da justiça divina esse reino não teve qualquer peso.

c. PERES (v. 28): na escritura da parede apareceu o plural: PARSIM. Na interpretação, Daniel usou o singular PERES. Na Edição Revista e Corrigida de Almeida temos UFARSIM, no versículo 25. (O "U" corresponde à nossa conjunção "e". "FARSIM" é uma variante de "PARSIM".) São palavras da língua aramaica, que é muito próxima da hebraica: dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.

Literalmente, as palavras isoladas significam, portanto: contado, pesado, divisões. Daniel, pelo Espírito de Deus, interpretou a mensagem divina. Os medos e os persas formaram uma coalizão para derrotar Babilônia. A Média lutou sob Dario, e a Pérsia sob Ciro.

Xenofonte, historiador grego, diz que os matadores de Belsazar foram Gobrias e Gadatas. Assim terminou o magnífico império babilônico (a cabeça de ouro da estátua), e teve início o império medo-persa: ”Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.  E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos” (Daniel 5:30,31)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.

MESQUITA, Antônio Neves. Estudo no livro de Daniel. Rio de Janeiro: JUERP, 1978.

LOPES, Hernandes dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos 2005.

Ezequiel 47.5

Ezequiel 47.5 “E mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar “. 


O ser celestial que tinha na mão um cordel de medir (v. 3), fez Ezequiel caminhar pelas águas, que saiam para o oriente debaixo do umbral do templo, mediu mil côvados (v. 3) (quinhentos metros) e o fez passar pela água, que se dava pelos tornozelos (v. 3b). Mil côvados mais adiante, as águas chegam aos joelhos e depois de mais mil côvados elas já estão nos lombos do profeta (v. 4). Mil côvados além, essas águas sanadoras vão fertilizando as áreas estéreis do vale do Mar Morto e seguem aumentando o seu volume até se tornar um rio caudaloso pelo qual não se podia passar. 

Ao longo dos séculos, cristãos de todos os ramos do cristianismo reconhecem a estreita ligação teológica dessas águas com o Espírito Santo. Ezequiel imerso nessas águas pode perfeitamente ser comparado ao crente cheio do Espírito Santo, visto que a água é um dos símbolos do Espírito (1 João 5.6). 

Diz Stanely Horton: “A água é frequentemente uma figura ou um símbolo do Espírito Santo, muitos entendem que aqui temos uma "correnteza de reavivamento", em que nos lançamos cada vez mais profundamente na vida do Espírito. Sem dúvida, há lições espirituais a serem aprendidas nessa passagem, mas Ezequiel o retrata como um rio literal que traria vida ao Mar Morto e transformaria o deserto da Judéia em terra aprazível. Assim acontecerá no Milênio “. 

Nenhum livro do Antigo Testamento revela a identidade, os atributos e as obras do Espírito Santo como Ezequiel. Isso está bem ilustrado na visão de Ezequiel inundado nas águas sanadoras que brotam do templo de Deus (vv. 3-5). Das 378 vezes que o termo rûaḥ, “vento, sopro, hálito, espírito, Espírito”, aparece no Antigo Testamento, 52 vezes estão no livro de Ezequiel, e 14 vezes em referência ao Espírito Santo. O termo revela sua deidade absoluta e identidade com o próprio Javé (8.1-3); ele atua na obra da restauração e regeneração (36.24-28; 37.14; 39.29). O profeta Ezequiel anunciou um derramamento do Espírito Santo para a purificação (Ezequiel 36.25, 33) e a capacitação dos purificados (Ezequiel 36.27). 

As águas terapêuticas do rio da visão de Ezequiel saem de debaixo do umbral, e as águas cristalinas que saem do trono de Deus e do Cordeiro, em Apocalipse, apontam para Cristo e o Espírito Santo. É significativo a presença do rio no Éden, no princípio, e no relato da criação e do rio da vida, no mundo vindouro, sendo que o rio da visão de Ezequiel fica entre eles, ou seja, entre o primeiro e o último. Vemos em tudo isso a restauração escatológica da terra e a efusão do Espírito sem medida.

Deus provocará uma mudança derramando o seu Espírito, tornando-se como água em um solo improdutivo. O aguaceiro será tão grande que será como inundação de rios sobre a terra seca. Isto trará bênçãos maravilhosas da parte de Deus. No entanto, este derramamento é no futuro. Isto não devia vir sobre as pessoas nos dias de Isaías, mas sobre os seus descendentes (cf. Isaías 32.15; 59.21; Jeremias 31.33,34; Ezequiel 36.26,27; 37.14; 39.29; Joel 2 .2 5 -2 9 ; Zacarias 12.10 a I3.O derramamento inicial foi no Dia de Pentecostes (At 2.4,17,18). Mas haverá um cumprimento mais extenso para Israel na restauração milenial.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/2/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. O que a Bíblia Diz sobre o Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1993.

Ezequiel 18.20

Ezequiel 18.20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. ” 


Em Ezequiel 18.2,3 está escrito: "Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que nunca mais direis esta parábola em Israel". 

Esse oráculo é uma resposta a uma máxima popular equivocada proveniente de Jerusalém, mas que dominava o pensamento dos exilados em Babilônia. Eles diziam que estavam sendo punidos por causa dos pecados de seus antepassados. Era um questionamento sobre a justiça de Deus e por isso eles não acreditavam nas profecias de Jeremias e Ezequiel sobre a destruição da cidade e do templo, visto ser Javé um Deus justo. O discurso do Profeta refuta esse ditado e reafirma um princípio que vem desde Moisés, de que a responsabilidade é individual: “Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos serão mortos por causa dos pais; cada um será morto pelo seu próprio pecado” (Deuteronômio 24.16). Esse provérbio era, na verdade, uma desculpa do povo para alegar injustiça divina pelo castigo de Israel. Essa antítese contraria a realidade, pois Deus retribui e pune os culpados.


“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; “ 

O destinatário original dessa mensagem é o povo de Israel. O profeta Ezequiel fecha com isso a porta fatalista do imaginário popular de Judá e dos exilados de Babilônia. Ele torna claro o pensamento bíblico da responsabilidade individual de maneira textual e direta: “A pessoa que pecar, essa morrerá”. É o princípio moral da lei da semeadura (Oséias 8.7; Gálatas 6.7) Essa ideia está muito clara no capítulo inteiro, e, para não deixar dúvidas, Ezequiel a afirma de maneira direta e a explica com exemplos:

• O pai justo viverá por causa de sua justiça (vv. 5–9).
• O filho injusto morrerá por causa de sua injustiça (vv. 10–13).
• O neto justo viverá por causa de sua justiça (vv. 14–20).
• O homem injusto que decide buscar justiça viverá por causa de sua justiça (vv. 21–23).
• O homem justo que decide buscar a iniquidade morrerá por causa de sua injustiça (vv. 24–29).

Se somente a pessoa que pecar morrerá não há necessidade, nem ensinamento bíblico, de que bebês ou crianças precisam ser batizados para o perdão de pecados. Uma criança não tem pecado e, portanto, não tem necessidade do perdão que o batismo provê (Atos 2:38; 22:16; 1 Pedro 3:21; Marcos 16:15, 16; Mateus 28:18–20). É por isso que todos os exemplos bíblicos de conversão envolvem adultos que eram capazes de crer, se arrepender e fazer a escolha consciente de ser batizado. A criança, que não tem pecado, é incapaz de crer ou se arrepender. Bebês não podem fazer a escolha mental de declarar Jesus como Senhor e serem imersos nas águas do batismo


“...a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. ” 

As reiteradas explicações e exemplos esclarecem a contento que a lei da responsabilidade individual é justa e está de acordo com os atributos divinos. Javé é justo (Deuteronômio 32.4; Isaias 45.21). Esse atributo é manifesto no castigo do pecador e na premiação do justo: ele “retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Romanos 2.6). Esse atributo se harmoniza com a santidade de Deus. A Bíblia declara, com todas as letras, que somente Deus é justo, considerando justiça como atributo, no sentido absoluto de perfeição: “Deus é justo juiz” (Salmo 7.11). Observe-se que a justiça de um fica sobre ele, e a perversidade do outro fica sobre este. Essa fraseologia significa que um indivíduo traz juízo sobre si mesmo pelas escolhas que faz na vida. Deus deseja que todos sejam salvos (18:23, 32). Se Ele deseja a salvação para todos, então, de acordo com a lógica [denominada na Teologia de] calvinista, todos devem ser salvos. Contudo, Deus criou os seres humanos como agentes morais livres. Cada pessoa, no Dia do Juízo, será julgada unicamente pelas escolhas que fez na vida (Eclesiastes 12:13, 14; Romanos 2:6; 2 Coríntios 5:10; Apocalipse 20:11–15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
09/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201908_04.pdf

Ezequiel 11.23

Ezequiel 11.23 “E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. ” 


A glória de Deus baixou do céu à terra primeiramente no tabernáculo, no dia de sua dedicação. Depois disso, essa cena se repetiu por ocasião da inauguração do templo de Jerusalém pelo rei Salomão. Ela representava a presença de Javé no templo. Quando Deus mandou Moisés construir o tabernáculo, explicou a razão dessa ordem: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo 25.8). Essa presença não era incondicional, o povo tinha compromissos, a aliança feita no Sinai, mas esse pacto havia sido violado. Os capítulos 8 a 11 descrevem a segunda visão de Ezequiel. No capítulo 8, o foco foi a denúncia das abominações que estavam ocorrendo no templo, violando, assim, a santidade de Deus. O capítulo 9 mostra o julgamento divino como resposta a essas abominações, e o 10 evidencia como a glória de Deus aos poucos começar a se deslocar, até que, finalmente, no capítulo 11, ela se retira por completo de Jerusalém.


 “E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade “ 

A palavra “glória” traduz o termo kavod, do hebraico. Conforme o léxico de Baumgartner, seu sentido não teológico pode ser “peso, riqueza, glória, honra”. No seu uso teológico, pode significar “a glória dada a Javé, a glória de Javé ou a manifestação de Javé”. Nas visões de Ezequiel, “glória” indica o resplendor pela presença do Senhor (Ezequiel 1.28; 3.12, 23; 8.4; 9.3; 10.4, 18-19; 11.22-23; 39.21; 43.2, 4-5; 44.4). Essa é a descrição feita pelo próprio profeta (1.26-28; 8.2). O vocábulo hebraico shekhinah, embora usado com frequência entre os crentes como “glória”, não aparece na Bíblia. A palavra pertence ao chamado hebraico talmúdico e significa “morada em”, comumente usada entre os judeus para “presença de Deus”, e, às vezes, para se referir ao próprio Deus. O Talmude é uma antiga literatura religiosa dos judeus identificada nos evangelhos como “tradição dos anciãos” porque, naqueles dias, esses preceitos eram orais e só foram codificados a partir do século 5 d.C. Os rabinos a associam ao Espírito de Deus, porque o Talmude diz: “A Shekhinah do Senhor nunca se afastará desse lugar” (uma referência ao Muro das Lamentações). Essa retirada da Glória do Senhor aconteceu em alguns estágios: 1) a glória se levanta do querubim sobre a arca da aliança (9.3); 2) passa para a entrada do templo (10.4); 3) paira sobre os querubins e, aos poucos, afasta-se completamente do templo (10.18) e 4) por fim, a glória de Deus se põe sobre o monte das Oliveiras (11.23).


 “...e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. ” 

A glória saiu do meio de Jerusalém e seguiu ao monte que está a leste da cidade, o monte das Oliveiras, onde está o principal portão que dá acesso ao templo e aponta na direção da Babilônia. Após a retirada da glória do SENHOR, não poderiam esperar que coisas boas acontecessem naquele lugar. Como mencionou Paulo em 2 Tessalonicenses 1:7–9, quando se está longe da “presença do Senhor”, o resultado não é nada bom. Deus havia deixado o lugar santo por causa dos pecados da nação e das abominações do templo de Jerusalém. Mas mesmo assim, Ele tinha uma mensagem de esperança e reconciliação. Todavia, não haveria reconciliação até que Ele voltasse. A descrição do retorno da glória (43:1–4) faz paralelo com as passagens de Êxodo 40.34, na situação da tenda no deserto, e de 1 Reis 8.11, na edificação do templo de Salomão. Ezequiel 39.21 registra que essa glória será manifestada entre as nações, e essas saberão do exílio, da infidelidade da Casa de Israel, e o nome santo de Javé será revelado. Nessa nova realidade, a glória de Deus extrapola o templo e resplandece em toda a terra (v. 2). O profeta Isaías descreve a adoração dos serafins: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;/toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6.6). Deus revela ao profeta o retorno da sua glória pelo mesmo caminho por onde antes saiu (10.19; 11.23).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201907_05.pdf

Ezequiel 8.6

Ezequiel 8.6 “E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Mas verás ainda maiores abominações. ” 


“E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? “ 

No verso 5 Deus disse a Ezequiel: “Filho do homem, olhe para o norte. Olhei para lá, e eis que do lado norte, junto ao portão do altar, na entrada, estava essa imagem dos ciúmes. O portão do altar ficava do lado oposto do altar do sacrifício”. Essa imagem de ciúmes é um ressentimento em ver o que é seu sendo dado a outro e evidencia a ira de Javé pela ofensa que a presença do ídolo de uma divindade pagã (Deuteronômio 4.16-18), provavelmente Aserá, representava nos recintos do templo (5.13; 16.38, 42; 36.6; 38.19). A orientação divina ao profeta é observar o mau comportamento da casa de Israel para servir como testemunha. (8.17) “Você está vendo, filho do homem? Será que é pouca coisa para a casa de Judá o fato de fazerem as abominações que fazem aqui, para que ainda encham de violência a terra e tornem a irritar-me?...”


“As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? “

A palavra hebraica traduzida por “abominação” é toʿevah, usada sobretudo no contexto das práticas repugnantes dos cananeus ou algo que ferisse a pureza de Javé (Levítico 18.30; Deuteronômio 7.26;). A idolatria com as abominações subsequentes é um atentado contra a santidade de Deus e não pode ficar impune. É importante entender que Deus é soberano e tem o direito de aplicar o juízo da maneira que quiser, mas o castigo divino é proporcional à gravidade do pecado e não faz nada que contrarie a sua natureza. A expressão “casa de Israel” é usada em Ezequiel para designar os judeus que estavam em Jerusalém (4.3), para os judeus do exílio (4.13) e para os sobreviventes da destruição de cidade (5.4). O nome Israel aparece 180 vezes no livro de Ezequiel, e Judá aparece 15 vezes; “ancião de Judá” e “anciãos de Israel” aparecem como termos alternativos (8.1; 14.1; 20.1), e “casa de Israel” (em 8.6, 10- 12) é substituída por “casa de Judá” (8.17). Por causa das grandes abominações, Deus anuncia que se afastará do templo, e consequentemente, de Jerusalém. (8.18) “…ainda que gritem aos meus ouvidos em alta voz, nem assim os ouvirei. ”


“ Mas verás ainda maiores abominações. ” 

Deus alerta o Profeta de que ele verá transgressões piores pela frente. A estrutura de frases de como Deus se dirige ao Profeta se repete, com algumas variações, para mostrar as abominações (vv. 6, 12-13, 15, 17), revelando práticas cada vez mais ofensivas. As abominações do templo eram ofensivas demais; assim, diante dessa situação, só resta o juízo divino. Todo esse ritual às falsas divindades revela a apostasia generalizada. Todo o sistema estava corrompido, não havia outro remédio a não ser a destruição do templo e da cidade (2 Crônicas 36.16). O Deus “compassivo e misericordioso, grande em misericórdia e fidelidade” (Êxodo 34.6) não seria mais tardio em irar-se, Ele não mais teria piedade nem pouparia as pessoas que estavam cometendo terríveis ofensas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

 

Ezequiel 7.2

Ezequiel 7.2 "E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra. ” 


‘E tu, ó filho do homem, “ 

Na primeira vez em que Deus se dirige ao profeta Ezequiel, não o chama pelo nome, mas usa a expressão em hebraico ben ʾadam, literalmente, “filho do ser humano” (2.1), para identificá-lo como homem entre os seres celestiais. A partir desse versículo, o título reaparece mais 92 vezes ao longo do livro, seis vezes só no capítulo 3 (vv. 1, 3, 4, 10, 17, 25). Nenhum outro profeta é chamado assim. Essa expressão reaparece em Daniel, mas não é usada para se referir a algum profeta (Daniel 8.17). Isso faz lembrar a identidade humana fragilizada e pecadora, ao passo que Deus é o Senhor da glória. “Filho do homem” é um título messiânico e, quando usado para designar Jesus, deixa clara a sua humanidade. Esse título em Jesus vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem, e revela ser ele um ser humano terreno quanto um ser divino (Romanos 1.1-4; 9.4, 5). Adão é o cabeça da humanidade pecadora, e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Romanos 5.12-21). Jesus usou frequentemente esse título com respeito a si mesmo durante o seu ministério terreno, às vezes para apontar o seu vínculo com o mundo perdido: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10); em outras ocasiões, para apontar a sua condição celestial: “Ora, ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que de lá desceu, o Filho do Homem” (João 3.13); “Que acontecerá, então, se virem o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava? ” (João 6.62).


“...assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: ” 

Essa fórmula é a chancela de autoridade espiritual muito comum nos profetas de Israel: “assim diz Senhor”, como também “veio a palavra do Senhor a (...)”, ou “veio a mim a palavra do Senhor”. Essas expressões aparecem muitas centenas de vezes no Antigo Testamento. Não se trata, pois, de ideias humanas nem de um pensamento de um profeta, mas, sim, como porta-vozes de Deus, recebem dele os oráculos e os transmitem ao povo como lhes foram confiados. A autoridade deles não está restrita apenas aos seus escritos que hoje compõem as Escrituras Sagradas, mas se estende à pessoa, pois, em vida, eram homens cheios do poder do Espírito Santo. O discurso tem endereço certo é a respeito da terra de Israel.


“Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra. ” 

A palavra Fim no hebraico trata-se de um substantivo usado em contexto de julgamento (Genesis 6.13; Amós 5.1820; 8.2). Ele aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 e isso evidencia a intensidade do julgamento. Cerca de cento e cinquenta anos antes, o profeta Amós usou a mesma construção hebraica ba‘ haqēts, “vem o fim”, ao anunciar o fim do Reino do Norte: “Chegou o fim sobre o meu povo Israel” (Amós 8.2). Essa mensagem de Amós se cumpriu na queda de Samaria em 722 a.C. (2 Reis 17.23), o que leva os expositores do Antigo Testamento a interpretarem um paralelo com a palavra profética anunciada por Ezequiel sobre a queda de Jerusalém ocorrida em 587/586 a.C. Ezequiel mostra que Jerusalém está no mesmo caminho. Em outras palavras, o discurso do Profeta aponta que a destruição é um fato; ela é real e está próxima. A profecia deixa claro que o juízo não é apenas para Israel nem somente para uma única época, mas tem alcance universal: sobre os quatro cantos da terra. Essa expressão aparece na Bíblia para se referir a toda a terra (Isaías 11.12; Apocalipse 7.1). O discurso profético foi escrito em forma poética, e isso serve para chamar a atenção de todo aquele que lê essa Palavra.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

Isaías 49.6

Isaías 49.6 “Disse mais: Pouco e que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra. ”


“Disse mais: Pouco e que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; “

A expressão “disse mais” complementa a informação do versículo anterior: o messias seria comissionado desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó para Deus (Isaías 49:5). O Servo messias havia sido escolhido para trazer Jacó (ou seja, Israel) da sua degradação e alienação de volta ao Senhor. Essa restauração envolveria conversão e salvação. Por isso Cristo após a prisão de João, o batista, apareceu na Galileia “pregando o evangelho do reino de Deus, E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho ” (Marcos 1:14,15). Cristo priorizou a pregação dentro dos termos de Israel. Quando passou pelas partes de Tio e Sidom foi solicitado por uma mulher daquelas cercanias e lhe respondeu: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 15:24). Quando comissionou seus discípulos deu essa ordem: “Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6). Todavia aprendemos nas escrituras que nem todos os seus o receberam. Apenas os guardados ou preservados de Israel. Isso havia sido previsto no verso 5: “porém Israel não se deixará ajuntar; contudo aos olhos do Senhor serei glorificado, e o meu Deus será a minha força” (Isaías 49:5)


“... também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra. ” 

Além de ser chamado para restaurar Jacó. O Servo do Senhor foi comissionado para ser luz para os gentios: “ O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz” (Isaías 9:2). Aqui, luz, significa a esperança messiânica para as nações que sem a obra da cruz estavam “separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12)

“Luz” é uma metáfora rica nas Escrituras. Representa esperança, vida, justiça e verdade “ Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor” (Isaías 2:5). Jesus declarou que Ele é a Luz do mundo (João 8:12; 9:5). João, o discípulo amado, nos garantiu que: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

A “salvação” trazida pela “luz” deveria alcançar “a extremidade da terra”. Cristo profetiza no seu sermão sobre o fim dos tempos “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim“ (Mateus 24:14)

Jesus deu a Grande Comissão para todos os crentes — judeus e gentios — para espalharem as boas novas da salvação e ordenou para que “em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lucas 24:47)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
7/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201010_02.pdf

HORTON, Stanley. Isaías – o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Isaías 43.13

Isaías 43.13 "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?" 


"Ainda antes que houvesse dia, eu sou;"

A expressão “antes que houvesse dia, eu sou ”, nos lembra que foi ele que criou o dia: ‘E disse Deus: Haja luz; e houve luz.  E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro” (Gênesis 1:3-5) e também o tempo: “No princípio criou Deus o céu e a terra” (Gênesis 1:1), e significa que ele já era Deus antes de todas as suas criações. 

O apóstolo João o chama de Alfa e Ômega: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso" (Apocalipse 1:8). Aqui, Jesus descreve-se a si mesmo como o Alfa e o Ômega - a primeira e a última letras do alfabeto grego - e declara de si mesmo como não tendo nem princípio nem fim. Isaías chama o Messias de Pai da Eternidade (Isaías 9.6)


"...e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?"

Quando afirma que é o único deus verdadeiro e que ninguém pode escapar da minha mão”. Indica que ele fará a sua obra, e ninguém poderá impedi-la ou “revertê-la”. Jó reconheceu isso e confessou diretamente a Deus “... dizendo: Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42:1,2). Porque ele é Deus é Onipotente. Ele tudo pode. 

Em Gênesis, o Senhor afirma de si mesmo a Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso” (Genesis 17.1). O verdadeiro poder pertence ao Altíssimo (Salmos 62.11; 1 Pedro 4.11). Ele é o Criador (Genesis 1.1; João 1.1-4) e, pela sua força, todas as coisas são preservadas (Atos 17.25,26; Hebreus 1.2,3; Salmos 104.24). Deus é o Senhor, Todo-Poderoso, que sustenta sua criação através das leis por Ele estabelecidas (Atos 17.25; Salmo 119.90,91).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201009_05.pdf

HORTON, Stanley. Isaías – o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Isaías 43.12

Isaías 43.12 "Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus". 


"Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, "

Deus falou para Moisés o que Ele ia fazer. Ele salvou a Israel e se fez ouvir entre os israelitas no monte Sinai. "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo...." (Êxodo 20:1). Quando os hebreus ouviram a voz de Deus juntamente com os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; eles se retiraram de onde estavam e disseram a Moisés: "Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos" (Êxodo 20:19). Na época em que vieram ao Sinai eles não tinham nenhum ídolo entre eles.


"...pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus."

A salvação e a voz do SENHOR vieram somente dEle, e, portanto, devido a Israel ter experimentado isto, o SENHOR diz que eles são testemunhas de quem Ele é: Deus: “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão ele” (Deuteronômio 4:35). 

Jesus também referiu-Se aos Seus discípulos como Deus fez com Israel chamando-os de testemunhas: ”Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201009_05.pdf

HORTON, Stanley. Isaías – o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Isaías 43:11

Isaías 43:11 "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador. "


Eu, eu sou o Senhor, 

Dizendo “Eu sou o Senhor [Yahweh]”, Deus está fazendo-os lembrar da sua revelação durante o tempo do êxodo: ”Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos. E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios” (Êxodo 6:6,7).

Ele era o Deus que inicialmente falou com Abrão: "Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei" (Gênesis 12:1). E a partir dele com seus filhos: "Para que creiam que te apareceu o Senhor Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó" (Êxodo 4:5). Sendo ele o mesmo em que não há mudança e sobra de variação, eles poderiam confiar.


"...e fora de mim não há Salvador."

Ele os salvou então antes, no Egito; Ele os salvará agora — porque Ele é o Salvador e não há nenhum outro. O crente está seguro quanto a sua salvação enquanto ele permanece em Cristo (João 15.1-6). 

Não há segurança salvífica fora de Jesus e de seu aprisco. No NT Pedro afirmou que não há salvação fora de Cristo: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). 

Jesus guarda o crente do pecado, não no pecado. Lembremos que “mediante a fé” estamos guardados na “virtude de Deus, para a salvação já prestes a se revelar no último tempo” (1 Pedro 1.5; Romanos 1.17). Portanto, o crente deve obedecer a Deus, não para que a sua obediência o salve ou o mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da sua gratidão para com Aquele que o salvou.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201009_05.pdf

HORTON, Stanley. Isaías – o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2008/2008_04_05.htm

Isaías 43:10

Isaías 43:10 "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."


Deus está falando aqui com o remanescente piedoso em Israel, especialmente os que foram livres das mãos de Senaqueribe. 


"Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, "

Eles são as suas testemunhas, os seus servos escolhidos. Jesus referiu-Se aos Seus discípulos como Deus fez com Israel chamando-os de testemunhas: ”Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).


"...e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo,"

Deus tem feito grandes coisas em Israel, de modo que eles podem acreditar, confiar nEle e podem saber que só Ele é Deus: “Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; e assim saberão todos os reinos da terra, que só tu és o Senhor “ (Isaías 37:20). 

Os três verbos “saber”, “crer” e “entender” “detalham o progresso da fé, estendendo-se da experiência inicial de Deus, passando pela dependência dEle até uma compreensão de Sua natureza e de Seus caminhos”.


"...e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."

Os pagãos acreditavam que os deuses que eles adoravam tinham sido precedidos por outros deuses. Os pagãos também acreditavam em deuses que tinham surgido ou nascido recentemente. Mas o único Deus verdadeiro declara que antes dEle “deus nenhum se formou” ou foi criado, e nenhum viria depois dEle. Ele é o Deus eterno que sempre foi, é e será: ”Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 1:8)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201009_05.pdf

HORTON, Stanley. Isaías – o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.