Salmos 49.3 “A minha boca falará da sabedoria; e a meditação do meu coração será de entendimento. “
O profeta-poeta chama toda a humanidade para ouvir seu hino: “Ouvi isto, vós todos os povos... todos os moradores do mundo “ (Salmos 49:1). Por não ser um tema que os homens gostem de tratar ele insiste para que prestem atenção. “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11.15). Então, é melhor dar atenção séria à advertência santa que nos ajuda a estar preparados para esse evento. Aquele que se recusa a receber instrução pelos ouvidos, não poderá deixar de receber a destruição pelos ouvidos quando o Juiz disser: “Apartai-vos de mim, malditos” (Mateus 25.41).
“Tanto baixos como altos, tanto ricos como pobres. ”Homens de muitas propriedades e homens que definham na pobreza são convidados a ouvir o trovador inspirado enquanto dedilha a harpa em um poema triste, mas instrutivo. Os humildes serão encorajados, os grandes serão advertidos, os ricos serão moderados, os pobres serão consolados, pois há uma lição útil para cada um se estiverem dispostos a aprender.
A nossa pregação tem de ter uma mensagem para todas as classes e todas as classes devem ouvi-la. Adequar a nossa palavra só aos ricos é agrado perverso, e objetivar agradar só os pobres é ser demagogo. A verdade pode ser falada de modo a exigir a atenção de todos, e a fazer com que os sábios procurem aprender esse estilo agradável.
Já que os ricos e os pobres logo se encontrarão na sepultura, podem muito bem se contentar em encontrar-se agora. Na congregação dos mortos todas as diferenças de classe desaparecerão, as quais nesta vida não devem ser obstruções para instruções unidas.
“A minha boca falará da sabedoria; “
Pedro escreve: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus... para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém (1 Pedro 4:11) ”. Não podemos nos precipitar com nossa boca nem o nosso coração deve se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras (Eclesiastes 5:2). Porém o profeta encontra-se inspirado e elevado fora de si, ele não está louvando as próprias realizações, mas exaltando o Espírito divino que falava nele: “A boca do justo fala a sabedoria; a sua língua fala do juízo “ (Salmos 37:30). Ele sabia que o Espírito da verdade e sabedoria falava por ele. Quem não sabe se as suas palavras são boas não tem direito de pedir que as pessoas o ouçam: “Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo (Eclesiastes 7:5) “. O que profeta-cantor tinha a dizer: 1. Era verdadeiro e bom, pois se tratava de sabedoria e entendimento que tornará sábios e inteligentes aqueles que recebem estas palavras e a elas se submetem. “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em entendimento (Provérbios 9:9). ” Não se tratam de palavras das quais se pode duvidar, mas são palavras certas; não são palavras triviais, mas consistentes; não são uma questão de alegre especulação, mas de uso admirável que nos guiará no caminho certo até o nosso fim maravilhoso. 2. Tratava-se de coisas sobre as quais ele mesmo já havia ponderado muito bem.
“...e a meditação do meu coração será de entendimento. ”
O mesmo Espírito que tornou os antigos videntes eloquentes, também os fez reflexivos. Deus nunca quis que a ajuda do Espírito Santo fizesse a vez do uso das faculdades mentais. Tanto que cremos na inspiração dinâmica das Escrituras. O Espírito Santo não nos faz falar como a jumenta de Balaão, que meramente proferiu os sons, porém, nunca meditou. Primeiro, o Espírito nos leva a considerar e refletir, e depois nos dá a iluminação para falar com poder. A sua boca falava da meditação do seu coração: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu! ” (Salmos 19:14); Deus havia colocado na sua mente, e ele havia considerado seriamente, e do que conhecia plenamente o significado e estava convencido da sua veracidade. Quando os ministros falam coisas que vêm diretamente do seu coração, a chance de as pessoas que ouvem também serem tocadas no seu coração é muito maior. Muitos a possuem nos lábios e não a têm no coração. Deles assevera a Escritura: “Este povo me glorifica com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Isaías 29,13).
DEIVY FERRREIRA
PANIAGO JUNIOR
08/05/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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