domingo, 7 de abril de 2024

Provérbios 15.24

Provérbios 15.24 ”Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.”

 

”Para o entendido, o caminho da vida leva para cima,”

O homem sábio, que conhece e obedece à lei, conforme ela é fomentada e interpretada pelas declarações da sabedoria, viaja pela vereda que o leva à vida: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Provérbios 6.23).

Sobre como a lei transmite vida, através da sabedoria que ela produz: “Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida” (Provérbios. 4.13).

Os escribas acreditavam nesta verdade: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5.39).

E o apóstolo Paulo a Timóteo disse: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3.15)

Um homem bom coloca os seus afetos nas coisas do alto, e procede de acordo com estas coisas. O seu interesse está no céu, os seus caminhos conduzem diretamente para lá; ali está o seu tesouro, acima, fora do alcance dos inimigos, acima das mudanças deste mundo inferior. Um homem bom é verdadeiramente nobre e grande; os seus desejos e desígnios são elevados, e ele vive acima dos outros homens. Acima da capacidade e fora da vista dos homens tolos.

O caminho leva para cima. Estas palavras têm sido cristianizadas para significar “para cima, para o céu”, ou seja, a vida eterna, para além-túmulo, mas dificilmente o autor do livro de Provérbios tinha em mente, por causa da revelação progressiva de Deus em sua Palavra.

Provavelmente, para cima, neste caso, signifique apenas para fora do sheol, que é concebido como um lugar no mundo inferior, porquanto um homem desce para o sepulcro. Ou então, devemos pensar que há um lugar mais elevado e mais nobre a seguir.

Todavia, por já haver as narrativas das translações de Enoque e Elias. Elas poderiam ter inspirado esse pensamento de cima se referir ao céu, mas reflete um judaísmo posterior (punições e recompensas após a morte física).

 

“... para que se desvie do inferno em baixo. ”

O homem sábio toma o caminho para cima, para a vida, ou seja, escapa do caminho inferior, que conduz ao sheol, (hades) ao sepulcro, em que o corpo do indivíduo é sepultado no solo. Alguns eruditos vêem aqui a referência ao sheol como se fosse um lugar (uma câmara) na terra, abaixo da superfície.

A doutrina do sheol, conforme aconteceu a muitas outras, atravessou vários estágios de desenvolvimento. Contudo, o mais provável é que esteja em pauta aqui a “sabedoria que pode conservar uma pessoa livre da morte prematura, um ponto com freqüência salientado no livro de Provérbios.

Mas se considerarmos uma versão de um judaísmo posterior poderemos associar o Hades descrito por Jesus como um lugar de tormento: “E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio” Lucas 16.23).

Esse caminho conduz a perdição eterna: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mateus 7.13)

A todos que seguem neste caminho. Deus te convida para mudar seu trajeto. Usando palavras Inspiradas ao profeta Isaías, Deus diz: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”. (Isaías 55.7)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/4/2024

FONTES:

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Poéticos. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Lucas 13.24

Lucas 13.24 “Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” 

 

“Porfiai por entrar pela porta estreita,”

Jesus não responde diretamente a pergunta lhe feita pelo discípulo sem nome: “são poucos os que se salvam?” (v.23), mas conclama quem fez a pergunta, e outros com ele, a se assegurarem que farão parte do número, por maior ou menor que este acabe sendo. Isto é muito mais importante do que fazer aritmética sobre aqueles que serão salvos da perda eterna.

O termo grego para Porfiar ou Esforçar é a fonte das palavras “agonizar” e “angústia”. A implicação é que é necessário muito esforço para entrar no céu (Mateus 5:20; 19:24). É também usada como um termo técnico para competir nos Jogos. Não se trata de nenhum esforço desanimado.

A porta estreita não é explicada aqui, mas claramente é a entrada para a salvação. A palavra grega usada aqui para “estreita” sugere “dificuldade extrema”, como se o indivíduo fosse “espremido ao passar por uma abertura”. O evangelista Mateus escreveu: “Entrai pela porta estreita” (Mateus 7.13) em contraste com a implícita porta larga que conduz a perdição.

Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem ”(Mateus 7.14). A porta é por demais estreita para permitir à pessoa entrar com seus pecados. Eles têm de ser deixados mediante o arrependimento. O caminho é apertado. A vida cristã é negar-se a si mesmo, é o caminho da cruz, da disciplina, da santidade e, às vezes, do sofrimento (Atos 14.22). Ninguém entra por descuido na vida cristã vitoriosa; são os ativos que tomam o Reino por assalto (Mateus 11.12).

O que faz com que o caminho seja estreito?” perguntou Agostinho. Ele mesmo responde: “O caminho não é estreito por si mesmo, mas nós o fazemos assim, mediante o insuflar do nosso orgulho - e depois ficamos zangados por não conseguirmos entrar, impacientes com os obstáculos que surgem. Revoltamo-nos ao ponto de fazer ainda mais difícil nossa passagem. Qual é o remédio? Aceitar e beber a desagradável, porém saudável taça da humildade” .

 

“... porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.”


A companhia será seleta. “São poucos os que acertam com ela”. Quando se entra pela porta estreita pode-se abrir mão do privilégio de andar com a maioria. Uma proposta aprovada pela maioria não é necessariamente a melhor. A experiência comprova que muitas vezes a maioria está errada. Foram dois entre dez espias que trouxeram o relatório verdadeiro acerca da terra de Canaã; os profetas e seus seguidores no Antigo Testamento eram minoria: a maioria da nação judaica havia rejeitado o seu Deus.

Esses muitos que não conseguirão entrar são aqueles que não procuram até que seja tarde demais: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7.22-23)

Os que se esforçam agora entram. Nem aqui nem em qualquer outro lugar há qualquer indicação que os que buscam sinceramente se acharão excluídos do reino. Há, porém, inevitavelmente, um limite de tempo quanto à oferta da salvação.

Quando a porta da oportunidade for finalmente fechada, será tarde demais: "Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois; Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não vos conheço nem sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade."

Devemos nós esforçar agora para entrar no Reino de Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está Proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janiero, CPAD, 2024.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201205_04.pdf

Filipenses 3.20

Filipenses 3.20 “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. ” 

 

“Mas a nossa cidade está nos céus, “

Qualquer cidadão pertencente a um país para adquirir direito de cidadania em outro país passa por um processo legal de mudança de cidadania para conseguir esse direito. Paulo faz menção da cidadania celestial (v. 20) e declara que para obter esse direito a pessoa precisa corresponder à transformação de vida exigida. Os cidadãos de uma colônia romana deviam sujeição a Roma. A conduta deles era governada pelas leis romanas e a esperança deles se concentrava na glória de Roma. Esperava-se também que eles colonizassem—propagassem o pensamento e a cultura romana.

Somente pela obra de regeneração do Espírito Santo será possível ter direito e acesso à “cidade celestial” onde habita o Senhor. A palavra “cidade” é, também, traduzida por “pátria”. Quando Paulo escrevia essas palavras estava pensando no “status” cívico de Filipos, tão importante como colônia romana. A despeito das benesses materiais da cidade de Filipos e de tudo quanto se oferecia à sociedade, Paulo fala de uma cidade que está nos céus. Trata-se de algo superior e espiritual “de onde também esperamos o Salvador” (3.20).

Ralph Herring escreveu que “a igreja local devia ser como uma colônia do céu. Leis celestiais e modos celestiais deviam distinguir seus membros, diferenciando-os dos demais ao redor”. Nossa esperança aponta para a cidade que está nos céus. Em breve o Senhor Jesus virá sobre as nuvens do céu com poder e glória (Mateus 24.31; Atos 1.9-11; 1 Tessalonicenses 4.16; 2 Tessalonicenses 1.7).

Como cristãos, precisamos reconhecer que, no que tange a este mundo, somos “expatriados” (cidadãos de um país que residem em outro país), somos “estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hebreus 11:13; veja 1 Pedro 2:11). Nossos nomes foram registrados como cidadãos “no livro da vida” nos céus (veja Filipenses 4:3; Hebreus 12:23). Este mundo é só um “endereço provisório” para nós; o céu é o nosso “endereço fixo”. Como os cidadãos das colônias romanas, temos certos privilégios, mas também temos responsabilidades equivalentes. Devemos sujeição ao nosso Pai celestial. Somos governados por Suas leis, e nossa esperança está centrada na Sua glória—Ele espera que propaguemos as verdades cristãs.

 

“... donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. ”

Paulo também queria que os filipenses se concentrassem numa Pessoa celestial: “...de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (3:20b). Paulo já havia indicado que ele aguardava o último Dia para finalmente conhecer Cristo plenamente (3:10, 11).

O ato de esperar traduz a esperança dos crentes. O cidadão romano honrava a César como o salvador geral do império, enquanto o cristão honra e serve ao Senhor Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial. Se a cidadania romana representava vantagens materiais e sociais para os filipenses, muito mais os crentes em Cristo obtêm vantagens com a cidadania celestial.

Durante as últimas horas de Cristo com Seus discípulos, antes de Sua morte, Ele prometeu voltar (João 14:1–4). Quando Ele subiu ao céu, anjos disseram aos que observavam: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1:11). Os primeiros cristãos viviam em estado de expectativa, cientes de que o Senhor poderia voltar a qualquer hora (veja 1 Tessalonicenses 4:13—5:2; Tito 2:13; Hebreus 9:28). A segunda vinda dava sentido às suas vidas. Confiar na volta de Cristo ajudou os cristãos a enfrentarem os problemas diários e sustentou-os durante a perseguição. 

A inclusão da palavra “Salvador” em Filipenses 3:20 é significativa. Paulo não usava esse termo com frequência, mas ele o usou aqui—provavelmente porque ele descrevia com maior precisão o papel do Senhor em relação ao Seu povo quando Ele voltasse. Para os ímpios, Ele apareceria somente como Juiz; mas, para os Seus, Ele viria como Salvador—para libertá-los deste mundo pecaminoso, para recompensá-los e levá-los para estar com Ele por toda a eternidade. 

Assim como os primeiros cristãos, nós precisamos focar nossos corações em Jesus e “esperar ansiosamente” a Sua vinda. Devemos, como eles, reconhecer que Jesus pode voltar a qualquer hora. Devemos, como eles, orar: “Amém. Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:20)!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/04/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201101_06.pdf

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.