TEXTO ÁUREO
“E também todos os
que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. ” (2 Timóteo
3.12)
No versículo 11 Paulo cita as perseguições que ele e Barnabé enfrentaram em sua primeira viagem missionária, quando pregava na região da Galácia, essas perseguições estão descritas no capítulo 13 e 14 de Atos dos apóstolos.
Em Antioquia da Psídia: Paulo havia pregado na sinagoga dos judeus durante dois sábados. No segundo sábado quase toda a cidade se ajuntou para ouvir o Apóstolo, “então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (Atos 13:45). Após Paulo responder que era mister pregar a palavra de Deus primeiro a eles, mas como eles o haviam rejeitado se voltaria para os gentios para lhes anunciar a salvação “os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos” (Atos 13:50).
Em Icônio: De maneira semelhante, após anunciar Jesus “os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios” (Atos 14:2). E após algum tempo conseguiram dividir a multidão da cidade “E havendo um motim, tanto dos judeus como dos gentios, com os seus principais, para os insultarem e apedrejarem” (Atos 14:5). Após ficarem sabendo do motim, Paulo e Barnabé partiram para Listra e Derbe.
Em Listra: Após curarem um homem coxo, desde o ventre da sua mãe. Paulo e Barnabé foram aclamados por toda a cidade, pois acreditavam que eles eram deuses e o chamavam “Jupiter e Mercurio”. Após não aceitarem receber sacrifícios disseram: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós” (Atos 14:15) e impediram que a multidão lhes sacrificassem. No entanto, após esse evento “sobrevieram ali uns judeus de Antioquia e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto” (Atos 14:19).
Após lembrar Timóteo das perseguições que enfrentou nesses lugares ele o escreve que, de todas essas perseguições, Deus o livrou.
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. ”
A piedade sempre provoca o antagonismo do mundo. Paulo já havia deixado isso claro quando passou novamente nas cidades citadas: “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22), e não quer deixar os irmão de Efeso ignorantes a respeito disso. Aos Tessalonicenses ele havia escrito: “Pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis” (1 Tessalonicenses 3:4).
Willian Barclay escreveu: “É melhor sofrer com Deus e com a verdade do que prosperar com os homens e com a mentira, pois a perseguição é transitória, mas a glória final dos fiéis é segura”. As cicatrizes são o preço que todo crente paga por sua lealdade a Cristo. A perseguição é um cálice que todo crente fiel a Cristo precisa beber.
Calvino corrobora essa ideia dizendo que “é inútil tentar separar Cristo de sua cruz, e é muito natural que o mundo odeie a Cristo, incluindo seus membros”. Jesus intercedeu ao Pai por nossa condição: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal”.
Então não podemos nos esquecer que como ele livrou Paulo da suas perseguições ele nos livrará de todo o mal e que em Cristo podemos nos alegrar mesmo sofrendo perseguições: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5:12).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
28/11/2023
FONTES:
GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
Lopes, Hernandes Dias. 2 Timóteo: o testamento de Paulo à
igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.