sábado, 26 de abril de 2025

João 8:14

João 8:14 “Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. “

 

“Respondeu Jesus, e disse-lhes: “

Após Jesus afirmar: “Eu sou a luz do mundo”. Os fariseus lhe disseram: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro” (João 8:13). A princípio, parece que os fariseus estavam corretos em sua forma de pensar. Ou seja, parece que aqui o argumento deles tem base.

A Mishná prescrevia: “Ninguém pode dar testemunho de si mesmo”. Jesus reconheceu a veracidade disso em suas próprias palavras em João 5:31: “Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro”. De acordo com a lei determinava-se a verdade com base em duas ou três testemunhas (Deuteronômio 17:6; 19:15).

Quando Jesus afirma a respeito de si mesmo: “eu sou a luz do mundo", tal afirmação não é feita necessariamente sem base. Uma evidência dada sim em um tribunal deve sim ser confirmada por mais de uma pessoa, mas o Filho do Pai sempre fala devido à autoridade conferida pelo Pai. Apesar de, pela letra formal da lei, seu testemunho não poder ser aceito porque parece que ele fala por si mesmo, na verdade ele sempre recebe apoio do Pai e por isso deve ser admitido e aceito.

 

Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. “

Quando Jesus respondeu dizendo: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, ele não está contradizendo o que havia dito em João 5:31. Embora Jesus tivesse citado várias testemunhas em seu favor em 5:31–47, agora ele estava “mudando o argumento baseado na legalidade abstrata para o princípio de sua competência pessoal”. Mais tarde, em ele mostraria que estava de acordo com os requisitos da lei: “E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou” (João 8:17,18)

Nesta ocasião, Jesus demonstrou que a objeção dos fariseus era injustificada por três razões. Primeiramente, Jesus afirmou que sua origem e destino divinos justificavam que ele desse testemunho de si mesmo: porque sei donde vim e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.

O conhecimento de Jesus sobre si mesmo era perfeito; ele sabia que tinha vindo do Pai e voltaria para sua destra, enquanto os fariseus não. Para os fariseus, ele é, na melhor das hipóteses, um “mestre vindo da parte de Deus” (João 3.2), sem o direito de falar em seu próprio nome. Eles não sabiam sua verdadeira origem e meta; e podiam julgar somente “segundo a carne” a aparência externa (João 7.24) - o que resultava em um juízo enganoso.

Porém, sendo Jesus a própria essência da Divindade tinha todo o direito de testificar a respeito de Si mesmo. Visto que os fariseus nada sabiam da origem ou do destino de Jesus, negarem seu testemunho era assim inútil.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
27/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_02.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 7.16

João 7.16 “Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. ”

 

“Jesus lhes respondeu, e disse: “

Quando Jesus ensinava na festa dos tabernáculos os líderes judeus Ficaram admirados com seu domínio das Escrituras. Perguntavam eles: “Como sabe este letras, sem ter estudado? ” (v.15) A surpresa não era porque Jesus sabia ler e escrever, pois essas competências eram comuns entre os judeus, especialmente os do sexo masculino. A surpresa era por alguém ter tão grande conhecimento das Escrituras e das tradições judaicas sem ter frequentado uma escola rabínica nem ter sido discípulo de um rabino renomado. Admiração semelhante ocorreria cerca de um ano mais tarde, quando os líderes religiosos se impressionariam com a ousadia de Pedro e João, concluindo que eles eram “homens iletrados e incultos” e que haviam estado com Jesus (Atos 4:13).

 

“... A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. ”

Jesus então lhes respondeu acerca do seu conhecimento. Somente aqui Jesus chamou sua mensagem de “doutrina”, o que é relevante, visto que ele estava se reportando a “mestres” profissionais. Jesus revelou que sua mensagem tinha origem divina.

C. K. Barrett disse-o nestes termos: “Enquanto outros extraíam seus ensinos de uma sala de aula rabínica, ele extraía o seu diretamente do Pai”. A maneira pela qual Jesus respondeu aos judeus mostra que ele era o Mestre dos mestres. Jesus não se declarou autodidata nem disse que não precisava de um mestre. Ele não pertencia a nenhuma tradição rabínica; mas nesse debate com mestres profissionais, seus comentários foram condizentes com a sabedoria da época.

Se Jesus tivesse dito a esses rabinos que seu ensino procedia dele mesmo, sem qualquer sanção, ele teria sido visto como um herege. Isso teria despertado menosprezo da parte de seus inquiridores. Em vez disso, Jesus alegou, como já havia feito antes (5:30), que seu ensino não procedia dele mesmo, mas daquele que o enviou, o divino Mestre.

O Pai é maior do que qualquer mestre terreno. Enquanto os rabinos citavam a tradição como fonte de autoridade e os profetas afirmavam: “assim diz o Senhor”, Jesus era tão unido ao Pai que podia dizer com autoridade: “em verdade, em verdade vos digo” (5:19–30).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
27/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_04.pdf

Mateus 20.18

Mateus 20.18 “Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte. “

 

“Eis que vamos para Jerusalém, ”

Antes de sair da Galileia, o Senhor “manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém” (Lucas 9:51); e a partir de então Ele não permitiu que nada O desviasse desse objetivo. Isto, como bem o assinala McNeile, “ expressa a resolução que Ele tomou; os discípulos já sabiam que estavam indo à capital para a páscoa, mas não podiam saber a luta que isto Lhe causaria”.

Mateus é o único que observou particularmente os movimentos geográficos (4:12; 16:13; 17:24; 19:1; 21:1). Tendo estado a leste do Jordão na Peréia, Jesus e o seu grupo dirige-se agora diretamente para Jerusalém. Por isso o Senhor chamou à parte os doze e deu-lhes instruções em particular sobre o que os aguardava na cidade santa.

 

“... e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte. “

Esta é a terceira vez que Jesus adverte a seus discípulos que Ele se dirige para a cruz (Mateus 16:21; 17:22-23). Tanto Marcos como Lucas acrescentam toques próprios a este relato para manifestar a tensão e a previsão da tragédia que imperava no grupo de apóstolos. Marcos diz que Jesus caminhava sozinho adiante e que os discípulos estavam maravilhados e assustados (Marcos 10:32-34). Lucas diz que Jesus tomou os discípulos a sós para fazê-los entender o que tinham pela frente (Lucas 18:31-34).

Esta predição do martírio do Senhor constitui o relato mais detalhado dos Evangelhos a respeito do que Jesus disse que Ele enfrentaria nas mãos dos judeus e romanos. Vemos uma progressão em direção à morte aguardada por Jesus. Primeiramente, Ele disse que seria entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Isto se cumpriu quando Judas traiu Jesus e conduziu os guardas até Ele no jardim Getsêmani (26:47).

Em segundo lugar, Ele foi levado perante o Sinédrio, que consistia em sua maioria de principais sacerdotes e escribas (26:57). Esse conselho decidiu condená-lo à morte (27:1), porém não tinha autoridade para executar a sentença (1:19; 10:18; 12:14). Consequentemente, entregaram Jesus aos gentios, os quais tinham o poder de aplicar a pena de morte (v.21).

“Os gentios” refere-se principalmente ao governador Pôncio Pilatos (27:2). Este entregou Jesus aos seus soldados para ser escarnecido e açoitado (27:27–30; Marcos 15:15). Depois de suportar essa humilhação e dor, Jesus foi levado ao Gólgota, para ser crucificado (27:31).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
27/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BARCLAY, William. The Gospel of Matthew - Tradução: Carlos Biagini.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201209_05.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE ABRIL DE 2025 (João 8:44)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 
26 DE ABRIL DE 2025 
JESUS, A VERDADE VINDA DO PAI

João 8:44 "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."


"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. "

Depois de contestar o parentesco daqueles judeus incrédulos com Abraão e com Deus. Jesus lhes disse claramente:"vós tendes por pai ao diabo". Jesus usa os termos “pai” e “filhos" em um sentido ético: filhos são aqueles que apresentam as qualidades do pai. Jesus então, lhes diz claramente de quem eles são filhos: “Vós tendes por pai ao diabo”.

Pois, se eles não eram filhos de Deus deveriam ser filhos do diabo, pois tanto a semente de Deus e a semente de Satanás dividem o mundo (Gênesis 3:15). Os filhos de Satanás compartilham da sua natureza, refletem a sua imagem e obedecem os seus mandamentos. Os idólatras "dizem ao pedaço de madeira tu és meu pai" (Jeremias 2:27).

Isso não significa que eles agiram por compulsão: “quereis satisfaz". Eles escolheram agir de acordo com “os desejos do diabo”. Pois tiveram o seu entendimento cegados pelo diabo (Efésios 2.2). 
Jesus acusou os judeus de ser filhos do diabo porque seus pensamentos se inclinavam a destruir o bom e manter o falso. Todo homem que busca destruir a verdade, faz a obra do diabo.


"Ele foi homicida desde o princípio, "

Não do seu próprio princípio pois ele foi criado como anjo de luz. Mas desde o princípio da criação do homem pois o diabo através da serpente com astúcia “roubou a imortalidade de Adão”, cujo resultado foi a morte de toda a humanidade (Romanos 5:12). 

Satanás denegriu a imagem de Deus no homem, pois invejou sua felicidade, por isso trabalhou pela sua ruína.“Por inveja do diabo a morte entrou no mundo, experimentam-na quantos são de seu partido!” (Sab 2.24). 

Ele instigou o Caim ia matar seu irmão Abel (1 João 3.12. Por isso o diabo é chamado de assassino, isso não diminui a culpa de Caim mas aumenta a culpa do diabo.

Esses judeus incrédulos também como Caim eram semente do maligno pois procuravam matar a Cristo que tinha só dito a eles a verdade.


"... e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. "

Quanto a ele ser o arquétipo do mentiroso, a primeira frase dele registrada não só põe em dúvida, mas contradiz abertamente o que Deus dissera. Deus tinha dito: “Certamente morrerás” (Genesis 2.17); a serpente disse: “É certo que não morrereis” (Genesis 3.4). 

O que Deus diz é “a verdade”; o que o diabo diz é “a mentira”, porque contradiz “a verdade”. Neste sentido Paulo diz que os idólatras “trocaram a verdade de Deus pela mentira” (Romanos 1.25); em outra passagem ele diz que àqueles que se recusaram a receber “o amor da verdade” Deus envia “a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.11). 


"Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."

A mentira faz parte da natureza do diabo, é própria dele. A primeira pessoa a quem ele mentiu foi ele mesmo, pois ele pensou "serei semelhante ao altíssimo" (Isaías 14:14).

Ele diz falsidades de maneira tão natural e espontânea como Deus diz a verdade: se “é impossível que Deus minta” (Hebreus 6.18), também é impossível que o diabo diga a verdade, mesmo quando decida citar as Escrituras fará isso segundo seus propósitos”. 

Os filhos de Deus, portanto, serão caracterizados por seu amor à verdade; os filhos do diabo, o pai da mentira, por sua recusa em aceitar a verdade. Jesus não diz "apesar de eu dizer a verdade, não me credes”, mas porque eu digo a verdade, não me credes. Por causa da ascendência espiritual dos seus adversários, o fato-de ele dizer a verdade era razão suficiente para eles o rejeitarem.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
26/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_02.pdf

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Ezequiel 34:2

Ezequiel 34:2 “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?”

 

“Filho do homem,”

Na primeira vez em que Deus se dirige ao profeta Ezequiel, não o chama pelo nome, mas usa a expressão em hebraico (ben ʾadam), literalmente, “filho do ser humano” (2.1), para identificá-lo como homem entre os seres celestiais. A partir desse versículo, o título reaparece mais 92 vezes ao longo do livro. Nenhum outro profeta é chamado assim. Essa expressão reaparece em Daniel, mas não é usada para se referir a algum profeta (Daniel 8.17).

“Filho do homem” se tornou um título messiânico e, quando usado para designar Jesus, deixa clara a sua humanidade. Esse título em Jesus vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem, e revela ser ele um ser humano terreno quanto um ser divino (Romanos 1.1-4; 9.4, 5).

Jesus usou freqüentemente esse título às vezes para apontar o seu vínculo com o mundo perdido: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10); em outras ocasiões, para apontar a sua condição celestial: “Ora, ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que de lá desceu, o Filho do Homem” (João 3.13).

 

“... profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores:

As Escrituras revelam Deus como pastor do seu povo, mas isso se aplica também aos líderes Não é incomum, nem no Antigo Testamento nem em outros escritos do antigo Oriente Próximo, ver governantes designados como pastores (Isaías 44:28; Jeremias 2:8). Moisés e Davi recebem esta descrição (Isaías 63:11; SaImos 78: 70-71) e, não sem relevância, estes dois homens receberam sua chamada à liderança enquanto realmente serviam como pastores de rebanhos.

A palavra “pastor” sugere a liderança e o cuidado, e era, portanto, uma metáfora apropriada para se usar no caso de monarcas hereditários que, doutra forma, poderiam pensar somente em termos de dominar seu povo. Deus aqui manda o profeta Ezequiel profetizar contra os líderes da sua época.

A história israelita demonstra quão raramente foi atingido este ideal de liderança responsável, e Ezequiel estava especialmente consciente dos fracassos dos últimos reis antes do exílio (Ezequiel 19:1-14; 21:25). É por isso que, antes de prometer acerca da boa liderança do porvir, faz um ataque causticante contra a ganância e o egoísmo dos líderes do passado.

 

“Assim diz o Senhor Deus:”

Essa fórmula é a chancela de autoridade espiritual muito comum nos profetas de Israel: “assim diz Senhor”, como também “veio a palavra do Senhor a (...)”, ou “veio a mim a palavra do Senhor”. Essas expressões aparecem muitas centenas de vezes no Antigo Testamento. Não se trata, pois, de idéias humanas nem de um pensamento de um profeta, mas, sim, como porta-vozes de Deus, recebem dele os oráculos e os transmitem ao povo como lhes foram confiados: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).

A autoridade deles não está restrita apenas aos seus escritos que hoje compõem as Escrituras Sagradas, mas se estende à pessoa, pois, em vida, quando inspirados falavam da parte de Deus ao povo.

 

“Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?”

Deus declara estar contra os pastores. Pois eles haviam fracassado nas suas responsabilidades. Eles só “cuidavam de si mesmos”. Essa era uma das denúncias contra as autoridades civis e religiosas de Jerusalém que empregavam todo o seu esforço em benefício próprio ao invés de proteger o povo e prover as condições para o bem-estar espiritual e econômico dos seus cidadãos.

Eles deixaram de lado a função pela qual foram constituídos: “Não devem os pastores apascentar as ovelhas?”. Por conta disso, apesar de reinarem sobre a providência divina não teriam permissão para continuar reinando; o rebanho seria removido dos seus cuidados, e eles seriam depostos do seu cargo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
01/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

TAYLOR, John B. Ezequiel introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/ezequiel-72.html

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/joao-1011.html

João 10.14

João 10.14 “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. ”

 

“Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, ”

As Escrituras revelam Deus como pastor do seu povo, mas isso se aplica também aos líderes do seu povo. O profeta Ezequiel compara os líderes e governantes de Israel a pastores. Depois de mostrar como esses pastores tinham falhado em seu papel, o oráculo demonstra o cuidado de Deus com seu povo. Por meio de uma aliança Javé substituiria esses pastores por um novo príncipe, este já apontando para o Bom Pastor, Jesus.

A palavra pastor vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “… aquele que cuida de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), essa palavra é usada metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Efésios 4.11) ”.

É característico do pastor verdadeiro que ele conheça suas ovelhas: O conhecimento especial que Pai e Filho têm um do outro na ordem eterna: “ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho” (Mateus 11.27) é ampliado para incluir aqueles a quem o Filho chama seus. Pode haver aqui um reflexo das palavras de Números 16.5 LXX: “O Senhor sabe quem é dele”. Ele chama pelos nomes às suas ovelhas.

Temístocles gabava-se de conhecer os nomes dos vinte mil cidadãos de Atenas. O Pastor Divino conhece os nomes dos seus milhões de ovelhas, bem como cada aspecto de suas personalidades: “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos” (Provérbios 27.23 NVI).  Várias pessoas na Bíblia tiveram a íntima experiência de serem chamadas pelo nome em conversa com o Senhor: Abraão, Moisés, Saulo de Tarso, Ananias (Atos 9) e Pedro, Maria (João 20) e Samuel, entre outras. Da mesma forma Jesus também nos chama pelo nosso nome: “chama pelo nome às suas ovelhas” (João 10:3).

 

 “... e das minhas sou conhecido. ”

Ele não é como um pastor moderno que pastoreia suas ovelhas usando cães ou máquinas. Ele conduz suas ovelhas pessoalmente. Ele não as dirige; elas o seguem voluntariamente. Ele as conhece, e elas o conhecem – não apenas como um rebanho, mas como indivíduos. '‘As ovelhas ouvem a sua voz”, por isso as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos” (vs. 3,4,5).

Viajantes no Oriente Próximo têm comprovado muitas vezes que nenhum disfarce de roupas, voz, gestos, de saber os nomes das ovelhas, faz com que as ovelhas se confundam quanto ao seu verdadeiro pastor. Naquelas regiões, há profundos laços de simpatia, afeição e reconhecimento entre o pastor e suas ovelhas; o pastor reconhece cada um a das ovelhas, que parecem idênticas ao olhar do estranho, e elas, apesar da sua pouca inteligência, reconhecem sempre seu pastor: Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz (João 18:37).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/joao-1011.html

VINE, W. E.; UNGLER, M. F.; WHITE, W. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002