sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Lucas 6:12

Lucas 6:12 “E aconteceu que naqueles dias saiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.”

 

“E aconteceu que naqueles dias saiu ao monte a orar,”

O começo da oposição e a escolha de homens certos para seus íntimos colaboradores exigia um aconselhamento prolongado do Pai. Por isso, Jesus como de costume saiu a um monte a fim de orar. Por que o Senhor Jesus orava no monte? Porque queria ficar a sós com o Pai: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só” (Mateus 14:23), e isso não seria possível na casa de alguém, devido ao assédio do povo, nem nas sinagogas, onde Ele era considerado persona non grata.

Observe, porém, que Ele também orava em lugares desertos (Lucas 5.16), não necessariamente em montes. E que não realizava cultos em lugares assim; Ele apenas freqüentava locais desertos para ficar a sós com o Pai. Ele orava nos montes e lugares desertos porque não havia na época templos como os de hoje. Ele foi claro, ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mateus 21.13). E também afirmou: “... quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai...” (Mateus 6.6).

Perguntem-se, quais dos apóstolos oraram nos montes? Para onde Pedro e João estavam indo, na hora da oração? Ao templo (Atos 3.1). Onde Pedro estava orando quando o Senhor lhe deu uma visão acerca da evangelização dos gentios? No terraço de uma casa (Atos 10.9). Paulo e seus cooperadores aproveitaram a quietude da praia para orar (Atos 21.5). Na igreja primitiva não era costume orar em montes.

 

“... e passou a noite em oração a Deus.”

Jesus estava prestes a escolher seus discípulos. De certa forma, não havia nada mais importante nos três anos de ministério de Jesus antes da cruz do que isso. Esses eram os homens que dariam continuidade ao que Ele havia feito, e sem eles a obra de Jesus jamais se estenderia ao mundo inteiro. Não é de admirar que Jesus tenha dedicado uma noite inteira à oração para essa escolha crucial.

O Mestre nos deu um exemplo importante para seguir. Nunca devemos tomar qualquer decisão importante sem uma temporada de sinceras orações. Alguns pensam que meia hora é um tempo longo demais para dedicarmos às nossas devoções particulares; mas não podemos nos esquecer que Cristo passava noites inteiras orando. Nós sempre temos muitos assuntos para apresentar diante do trono da graça, e deveríamos nos comprazer muito na comunhão com Deus. E por essas duas razões, devemos também dedicar longos períodos à oração.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

https://cirozibordi.blogspot.com/2008/08/cultos-no-mato-e-os-gravetos.html

https://www.blueletterbible.org/search/preSearch.cfm?Criteria=Lucas+6&t=NKJV

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 5 DE DEZEMBRO DE 2025 (Atos 7.59)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
5 DE DEZEMBRO DE 2025
A ORAÇÃO DE ESTÊVÃO

Atos 7.59 “E apedrejaram a Estevão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.”

 

“E apedrejaram a Estevão”

Após ser retirado da cidade pelos seus algozes Estevão foi vítima de apedrejado, a forma tradicional judaica da pena capital. Porém, fortalecido pelo Espírito e pela visão celestial que acabara de ver, Estevão enfrenta a morte violenta com fé em Deus e amor para com os seus inimigos.

Estêvão Fora julgado pelo Sinédrio, mas aquele concilio não tinha a autoridade de mandar executar pessoa alguma: “Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma” (João 18:31). Mesmo assim, foi executado pelo apedrejamento, e não pela forma romana de execução.

As possibilidades são: aquilo que aconteceu foi um ato espontâneo de violência da turba, ou Estêvão foi legalmente executado pelo Sinédrio; quer porque os romanos tenham dado permissão especial, quer porque não havia governador romano na ocasião e aproveitou-se o interregno.

 

“... que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.”

Estevão durante o seu martírio invoca a Jesus a quem vê em pé a direita de Deus. Ele pronunciou duas frases. Essa é a primeira: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. Sua oração é parecida com a que, segundo Lucas, Jesus pronunciou pouco antes de morrer: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!" (Lucas 23.46).

Todavia, Estevão não faz seu pedido a Deus Pai como Jesus o fizera, mas o faz o seu pedido diretamente a Jesus, seu Senhor. É um exemplo marcante de uma fórmula de palavras aplicáveis originalmente ao Pai, sendo endereçadas ao Filho, e demonstra como os cristãos primitivos colocavam Jesus no mesmo nível que o Pai.

Cristo disse: “entrego”, porque voluntariamente deu sua vida a seu Pai (João 10.17,18). Estevão falou: “recebe”, sabendo que o Senhor tem as chaves da morte. Ele, como servo, estava pedindo sua soltura desta vida. Estevão morreu como deve ser com todos os crentes: tendo uma oração nos seus lábios.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.