segunda-feira, 28 de julho de 2025

Atos 12.5

    

Atos 12.5 “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.”

 

“Pedro, pois, era guardado na prisão;”

O rei Agripa I sentiu-se popular devido ao seu suposto zelo pela religião israelita quando executou Tiago, irmão de João. Encorajado por esta popularidade, resolveu executar o apóstolo mais destacado: Pedro: “E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa”.

Pedro foi guardado por 16 soldados que se revezavam em grupos de quatro, durante as quatro vigílias da noite. As precauções exageradas foram tomadas devido a Pedro já ter escapado da prisão em outra ocasião: “Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora” (Atos 5.19).

 

“... mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.”

A igreja ficou abalada pela natureza repentina, ativa e vigorosa desta nova perseguição. Humanamente falando, nada podia fazer. Os membros se sentiam indefesos e sem saída. Perderam Tiago, e Pedro aguardava execução. Não sabiam qual seria o próximo golpe contra eles. Os cristãos não viam solução.

Contudo, os cristãos tinham o recurso dos que não podem ajudar a si mesmos: a oração. “Mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. O recurso da oração sempre está disponível. As vezes é a última possibilidade, mas é a melhor. E lamentável que muitos, em situações difíceis, reservem a oração como último recurso. Depois de tentarem todas as demais saídas.

A oração era “contínua". O texto não declara se todos oravam durante todo o tempo. Ou se organizaram uma “corrente de oração”, em que as pessoas entravam e saiam cedendo lugar a outras. Certamente havia um culto contínuo de oração. Quando Jesus contou ao seus discípulos a parábola do juiz íniquio estava ensinado-os sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (Lucas 18:1-8). A igreja intercedia continuamente pela soltura dele, mas sabia como se devia orar ao seu Senhor:“Contudo, não se faça a nossa vontade, e, sim, a Tua” (Lucas 22:42).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

Atos 16.25

    

Atos 16.25 “E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.”

 

“E, perto da meia-noite,”

Não havia sono para os missionários naquela noite, por causa da dor, e da sua posição desconfortável. Eles haviam levados muitos açoites (v.23). E o carcereiro que recebeu ordens para “guardar [Paulo e Silas] com toda a segurança” se mostrou muito zeloso “lhes prendeu os pés no tronco” (v. 24b). A vítima ficava sentada no chão, suas pernas eram afastadas ao máximo uma da outra, a seguir, os pés eram presos no tronco. O tronco nos pés não era só um aparato para constranger; era também um instrumento de tortura. O que quer que o carcereiro tenha aprendido no exército não incluía bondade.

Paulo e Silas sentaram-se na escuridão opressiva; com os pés presos, começaram a sentir cãibras nas pernas, incapazes sequer de inclinar-se para trás por causa dos cortes profundos e sangrentos nas costas (v. 33). No meio do seu sofrimento, no entanto, revelaram a sua confiança em Deus, bem como a sua alegria nEle, enquanto oravam e cantavam louvores a Deus.

 

“Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.”

Estes dois pregadores estavam na prisão, mas a prisão não estava neles! Não oravam apenas, o que seria natural com as costas ensangüentadas: “Está aflito alguém entre vós? Ore”, mas também cantavam louvores a Deus! “Está alguém alegre? cante louvores(Tiago 5.13). A fé cristã revela sua nobreza de caráter quando triunfa sobre as circunstâncias. E as pessoas se regozijam numa situação que provocaria gemidos nos menos espirituais. Estes homens estavam servindo ao Deus “que dá salmos entre a noite” (Jó 35.10; Atos 5.40,41).

É bem possível que estivessem num estado de enlevo espiritual que os fez insensíveis aos sofrimentos.  Os relatos da Igreja Primitiva descrevem mártires tão conscientes da presença de Cristo que parecem insensíveis às torturas. Vemos isso na execução do primeiro mártir Estêvão, em Atos 7.55,56.

Lucas observou que os outros prisioneiros “escutavam” (v. 25b). Os demais prisioneiros, sem dúvida, costumavam ouvir gritos e xingamentos do cárcere interno, mas louvores, orações e cânticos se constituíam em novidade para eles!

Marshal em seu comentário escreveu que temos aqui um retrato concreto de “gloriar-se no meio da tribulação” (Romanos 5:3; Tiago 1:2) um ideal cristão.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200203_01.pdf

Atos 4:13

    

Atos 4:13 “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.”

 

“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos,”

Pedro e João foram detidos a tarde pelo capitão do templo que atuou em nome dos sacerdotes saduceus após serem usados para curar o coxo da porta formosa. No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas para ouvirem Pedro e João e perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (v.7).

Pedro cheio do Espírito Santo lhes respondeu: “Principais do povo, e vós, anciãos de Israel” (v.8) [... ] “Seja conhecido de vós todos [... ] que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:10-12).

Após se surpreenderem com a coragem que aqueles homens lhes falaram, sendo eles autoridades. Se surpreenderem ainda mais, quando descobriram que eram “sem letras e indoutos”.  “Iletrados e incultos” significava que os apóstolos não tinham recebido o ensino formal (especificamente, o treinamento de um rabino) e não ocupavam posições formais . Nos círculos religiosos reconhecidos, Pedro e João não eram ninguém! Como podiam falar com tal autoridade e convicção? Como podiam deixar setenta e um homens instruídos sem ter o que dizer?

 

“... maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.”

Após se maravilharem eles reconheceram que aqueles homens haviam estado com Jesus. Essas palavras não significam que anteriormente eles não sabiam quem eram Pedro e João, nem sugerem que o Sinédrio estava reconhecendo pela primeira vez que esses homens tinham sido discípulos de Jesus.

O que houve foi que, de repente, o Sinédrio reconheceu como Pedro e João podiam falar com aquela intrepidez e convicção. Os dois homens puderam falar daquela forma porque “haviam estado com Jesus”! O Sinédrio viu “o que a convivência com Jesus havia feito neles!” (v. 13; Bíblia Viva). Memórias dolorosas devem ter vindo à tona, quando os membros do Sinédrio recordaram as batalhas verbais com Jesus no passado. Jesus também não tivera um treinamento formal (João 7:15); apesar disso, toda vez que eles travavam uma batalha teológica com Ele, saíam perdendo.

Quando Satanás nos dificulta as coisas, fica logo evidente se “estivemos ou não com Jesus”. Se todos os nossos pensamentos são egocêntricos, não absorvemos o Espírito dEle. Se o medo domina nossas mentes, não aprendemos o que Ele quis dizer com: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (João 14:1, 2). Quando estamos cientes de que o Espírito de Deus está conosco 11 , e se estamos comprometidos com Jesus como os apóstolos estavam, então, nós também podemos resistir ao diabo com coragem e confiança (Tiago 4:7).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_04.pdf

João 16.33

    

João 16.33 “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

 

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz;”

Se os ensinos de Jesus no capítulo 16 pudessem ser resumidos num único tema central, seria essa mensagem. Jesus começou a comunicar suas últimas palavras aos doze usando pela última vez a frase: “Tenho-vos dito isto”.  Essa frase poderia se referir somente à declaração anterior sobre a dispersão dos discípulos após a prisão de Jesus. No entanto, é mais provável que essa frase se refira a todo o discurso.

Todas as advertências, todas as predições, todas as promessas foram com o propósito de dar aos discípulos paz no momento mais tumultuoso de suas vidas!  Jesus nunca prometeu a Seus discípulos que suas vidas seriam isentas de dificuldades, mas Ele prometeu a eles a paz de Deus, mesmo em meio às dificuldades.

As palavras “em mim” lembram a alegoria da videira e dos ramos, em que Jesus salientou a importância de permanecermos nele (João 15:5–7). Aqueles que permanecem em Jesus, relacionando-se intimamente com ele, podem ter “paz” (Gr. eirēnē). E podem “continuar tendo paz”. A “paz” que o discípulo tem ao permanecer em Jesus é vivenciada mais internamente do que externamente. É uma paz de espírito e tranqüilidade de alma que só o crente pode desfrutar. É “a paz de Deus, que excede todo entendimento” e que “guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7).

 

“... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

A paz que abençoou a vida dos discípulos não os isentou de provações e tribulações; pelo contrário, Jesus disse: No mundo passais por aflições (thlipsis), referindo-se ao inevitável sofrimento que eles viriam a suportar no futuro. Em todo o Novo Testamento, a palavra thlipsis se refere aos sofrimentos dos primeiros cristãos (Atos 14:22; 20:23;1 Tessalonicenses 3:2–4). Mas eles devem ter bom ânimo.

Afinal o mundo que infligiu tribulação a Cristo é o mesmo inimigo dos seus discípulos (João 15.18-25). O mundo, assim como Satanás, é um inimigo derrotado; a cruz que o Senhor em espírito já abraçou marcou seu triunfo e a queda do mundo. Embora a crucificação só viesse a acontecer literalmente no dia seguinte, Jesus expressou aos discípulos a plena certeza de que tudo estava acontecendo conforme o planejado, e que eles seriam abençoados pelos acontecimentos que brevemente ocorreriam.

Seu povo participa do seu triunfo e da sua paz. Em 1 João 5.4s., afirma-se que “a vitória que vence o mundo é a nossa fé” - a fé “que crê ser Jesus o Filho de Deus". É esta fé que une seu povo a ele, de modo que a vitória dele passa a ser também a vitória de seu povo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200408_03.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_03.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Provérbios 23.23

    

Provérbios  23.23 “Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento. ”

 

“Compra a verdade, e não a vendas;  e também a sabedoria, a instrução e o entendimento. ”

Esse provérbio é um chamado à busca constante pela verdade, sabedoria, instrução e entendimento, destacando a importância de valorizar os bens espirituais acima dos materiais e de nunca comprometê-los por ganhos momentâneos. 

A verdade é algo que devemos valorizar, pois ela nos ajuda a viver uma vida honesta e significativa. Ela refere-se aos princípios morais e espirituais que norteiam a vida. É a base para uma existência significativa e alinhada com a vontade de Deus: “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Coríntios 13:8).

A sabedoria também é fundamental para nós. Ela é a capacidade de aplicar a instrução de forma sábia e prudente, discernindo o certo do errado e tomando decisões acertadas. A sabedoria é vista como um dom divino, mas também requer esforço para ser cultivada. É preciso sabedoria para fazer escolhas sábias, ao invés de escolhas impulsivas; é preciso sabedoria para nos aproximar mais de Deus: "Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro!” (Provérbios 16.16).

A instrução é o processo de aprendizado e educação, seja formal ou informal. Inclui ouvir conselhos, aceitar correções e buscar conhecimento em diversas fontes.  Ela também nos ensina a ter humildade e compaixão por nós mesmos e pelos outros. A instrução nos ajuda a desenvolver nossas habilidades de pensamento crítico e a nos tornarmos mais conscientes: “E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gálatas 6:6).

O entendimento ou discernimento é a capacidade de compreender profundamente as coisas, ir além da superfície e apreender o significado e a importância de cada aspecto da vida. O entendimento é essencial para a aplicação sábia da verdade e da instrução. O discernimento nos ajuda a julgar as pessoas corretamente e a fazer as melhores escolhas possíveis: “emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento” (Provérbios 4:7).

Estas são qualidades que nos ajudam a viver uma vida honesta, significativa e responsável. Elas nos dão o que precisamos para nos tornarmos pessoas de bem e para nos aproximarmos mais de Deus.

O escritor usa aqui uma metáfora comercial. Devemos comprar essas coisas, isto é, devemos estar dispostos a nos separar de qualquer coisa por elas. E mais, as riquezas devem ser empregadas para obtê-las. Devemos pagar por elas qualquer preço; por mais elevado que seja o custo, não nos arrependeremos da negociação. Derek Bok, ex-presidente da universidade de Havard uma vez disse: “Se você acha que conhecimento custa caro, experimente a ignorância".

 

Essas coisas são uma pérola de tal preço, que devemos estar dispostos a nos separar de tudo, para comprá-la. Podemos perder todas as coisas como, por exemplo, as nossas propriedades, o nosso comércio, e a nossa primazia; porém jamais poderemos perder a fé e a boa consciência.

A verdade lhe custará amigos, pois a maioria prefere mentiras, superstições e tradição (Provérbios 13:20). A sabedoria lhe custará tranqüilidade, pois somente os insensatos acreditam e fazem qualquer coisa que desejam. A instrução lhe custará o orgulho, pois você terá que aceitar a correção de outros. E o entendimento custará a sua paz, pois você conhecerá a insanidade do mundo (Eclesiastes 1:18).

Depois de adquiridas essas coisas não devemos jamais vendê-las nem por prazeres, honras, riquezas, ou quaisquer coisas deste mundo. Salomão diz para você não dar nenhuma delas seja qual for a quantia: “É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm” (Provérbios 3:18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

https://www.versiculos.com.br/blog/proverbios/explicacao-e-estudo-proverbios-23-23/

https://folhanobre.com.br/2016/11/23/proverbios-2323-compra-a-verdade-e-nao-a-vendas-sim-a-sabedoria-e-a-disciplina-e-a-prudencia/39567/

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE JULHO DE 2025 (João 13:34)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE JULHO DE 2025
O AMOR COMO MANDAMENTO DIVINO

João 13:34 “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”

 

“Um novo mandamento vos dou:”

Essas palavras de Jesus foram ditas na mesma noite em que seus discípulos se puseram a disputar entre si um lugar de proeminência. Depois de anunciar que partiria em breve, Jesus se certificou de que seus discípulos sabiam o que ele esperava deles quando se ausentasse. Então, Jesus deu-lhes um novo mandamento.

Somente aqui no Evangelho de João Jesus usou claramente a palavra “novo”. O mandamento para amar não era inteiramente novo, mas, de fato, antigo: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:18).

Por que, então, Jesus disse que ele estava dando um “novo” mandamento? Woods sugeriu três sentidos em que o mandamento de Jesus era novo. 1) O mandamento era novo no sentido de que “incluir todos os seres humanos – bons e maus – nossos inimigos, bem como nossos amigos”. 2) Também era novo porque “o amor que Jesus difere do amor que a lei ordenava”. 3) Além disso, era novo porque nosso amor tem uma motivação diferente; “devemos imitá-lo tanto quanto possível” por causa do amor que Jesus manifestou por nós.

Embora haja muito a ser dito em favor desses três aspectos, eles não parecem captar a essência exata do mandamento de Jesus. O mandamento é apresentado como “novo” porque Jesus com seu ensino e ainda mais com seu exemplo lhe deu uma nova profundidade de significado. Quando o mandamento é retomado e repetido por João em 1 João 2.7,8, ele não é “mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual desde o princípio tivestes”.

 

“Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”

Os discípulos que há pouco disputavam entre eles qual seria o maior deviam se amar uns aos outros segundo o amor que Jesus tinha por eles – assim como eu vos amei. Jesus “amou os seus que estavam no mundo” e “amou-os até ao fim” (João 13:1). Jesus demonstrou constantemente o seu amor pelos discípulos em teoria e na prática. É evidente que Jesus queria que eles entendessem a importância desse mandamento, pois ele o repetiu mais duas vezes em suas últimas instruções: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12);  Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros” (João 15:17).

O preceito de Jesus impactou fortemente João. Em seu Evangelho, ele usou palavras traduzidas por “amor” muitas vezes e com orgulho se identificava como “o discípulo a quem [Jesus] amava” (João 13:23). Além disso, João continuou a enfatizar o tema do amor em 1 João (1 João 3:11, 18, 23; 4:7, 8, 11, 12).

Muitos estudiosos chamam a atenção para uma história preservada por Jerônimo, segundo a qual, na velhice, João nunca deixava de repetir: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. João nunca se esqueceu da admoestação do seu Senhor.Esse é padrão do amor que os cristãos devem ter uns pelos outros é o daquele que o Senhor derramou em abundância sobre eles.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202203_02.pdf