João 5.30 “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. “
“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. ”
Jesus havia dito que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (João 5:22,23). Jesus julga a partir das deliberações eternas do Pai. Ele repetiu aqui a afirmação que havia feito em João 5:19: “Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente”, dizendo que nada podia fazer de si mesmo, ou seja, de sua própria vontade, mencionando, a seguir, sua obra de juízo como ilustração.
“Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, ”
Assim conforme ele o ouve o Pai ele julga. Ou seja, todos os atos de autoridade de Cristo, tanto legislativos como judiciários, estão exatamente de acordo com as regras da justiça: “São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida” (Provérbios 8.8).
Não podem existir exceções contra quaisquer das determinações do Redentor, e, portanto, assim como não haverá nenhuma revogação de quaisquer de suas leis, da mesma forma não haverá revogação de quaisquer de suas sentenças. Seus julgamentos são seguramente justos, pois eles são conduzidos pela sabedoria do Pai.
Dessa maneira, Ele nos ensina a não fazermos nada por nós mesmos, mas julgar as coisas e agir de acordo com a Palavra de Deus.
“...porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. “
Jesus também enfatizou sua submissão ao Pai; ele procurava fazer unicamente a vontade daquele que o enviou. A execução da vontade do Pai foi a comida e a bebida do Filho durante toda sua vida: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4.34). Já que este é o princípio imutável que serve de base para suas ações, ele pode deixar com confiança sua defesa nas mãos do Pai.
Não como se a vontade de Cristo fosse contrária à vontade do Pai, assim como, em nós, a carne é contrária ao espírito, mas Cristo possuía, como homem, as emoções naturais e inocentes da natureza humana, os sentimentos de dor e prazer, uma inclinação para a vida, uma aversão à morte. Ainda assim, Ele satisfazia não a si mesmo, não deliberava com estes, nem os consultava, quando estava para dar continuidade à sua missão, mas se submetia à vontade de seu Pai. Considerando esse fato, Ele realmente não levava em consideração sua própria vontade, mas o Senhor era, nesse sentido, guiado pela vontade de seu Pai,
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/5/2025
FONTES:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_06.pdf
BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
