sábado, 10 de maio de 2025

João 5.30

João 5.30 “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. “

 

“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. ”

Jesus havia dito que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (João 5:22,23). Jesus julga a partir das deliberações eternas do Pai. Ele repetiu aqui a afirmação que havia feito em João 5:19: “Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente”, dizendo que nada podia fazer de si mesmo, ou seja, de sua própria vontade, mencionando, a seguir, sua obra de juízo como ilustração.

 

“Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, ”

Assim conforme ele o ouve o Pai ele julga. Ou seja, todos os atos de autoridade de Cristo, tanto legislativos como judiciários, estão exatamente de acordo com as regras da justiça: “São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida” (Provérbios 8.8).

Não podem existir exceções contra quaisquer das determinações do Redentor, e, portanto, assim como não haverá nenhuma revogação de quaisquer de suas leis, da mesma forma não haverá revogação de quaisquer de suas sentenças. Seus julgamentos são seguramente justos, pois eles são conduzidos pela sabedoria do Pai.

Dessa maneira, Ele nos ensina a não fazermos nada por nós mesmos, mas julgar as coisas e agir de acordo com a Palavra de Deus.

 

“...porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. “

Jesus também enfatizou sua submissão ao Pai; ele procurava fazer unicamente a vontade daquele que o enviou. A execução da vontade do Pai foi a comida e a bebida do Filho durante toda sua vida: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra (João 4.34). Já que este é o princípio imutável que serve de base para suas ações, ele pode deixar com confiança sua defesa nas mãos do Pai.

Não como se a vontade de Cristo fosse contrária à vontade do Pai, assim como, em nós, a carne é contrária ao espírito, mas Cristo possuía, como homem, as emoções naturais e inocentes da natureza humana, os sentimentos de dor e prazer, uma inclinação para a vida, uma aversão à morte. Ainda assim, Ele satisfazia não a si mesmo, não deliberava com estes, nem os consultava, quando estava para dar continuidade à sua missão, mas se submetia à vontade de seu Pai. Considerando esse fato, Ele realmente não levava em consideração sua própria vontade, mas o Senhor era, nesse sentido, guiado pela vontade de seu Pai,

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_06.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Mateus 11.29

Mateus 11.29 “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”

 

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,”

Esse amoroso convite que põe término ao capítulo 11 só foi registrado por Mateus. É dirigido em primeira instância àqueles sobre cujas costas os fariseus lançavam pesadas cargas, exigindo meticulosa obediência não só da lei propriamente dita, mas também das intrincadas elaborações que dela fizeram. Jesus usa uma metáfora judia relacionada com disciplina e discipulado diz: "Ponha seu pescoço sob o jugo, e deixe a sua alma ser instruída" (Sir 51:26).

Na Palestina, os jugos dos bois eram feitos de madeira. Levava-se o boi e se tomavam medidas. Logo se trabalhava o jugo e se voltava a levar o boi para prová-lo. Então se ajustava bem o jugo, para que se adaptasse ao pescoço do paciente animal e não a machucasse. Se fazia o jugo à medida do boi.

Jesus nos convida a carregar seu jugo sobre nossos ombros. Os judeus empregavam a frase o jugo para entrar em submissão. Falavam do jugo da Lei, do jugo dos mandamentos, o jugo do Reino, o jugo de Deus. Mas pode dar-se o caso de Jesus ter dado a seu convite um significado muito mais cotidiano: Diz: "Meu jugo é fácil ou adequado”.

Os rabinos também associavam o termo jugo para referirem-se à escola. A palavra escola está etimologicamente relacionada à palavra grega para “lazer”. Jesus diz que todos deveriam tomar o seu jugo e aprender dele.

Pois, não é propriamente obediência a nenhuma lei externa e sim a lealdade a uma Pessoa, que capacita o discípulo a fazer alegremente, e, portanto, facilmente, e sem a sensação de que está pelejando debaixo de um pesado fardo, o que aquela Pessoa quer que ele faça. Se as pessoas O amassem, disse Jesus, inevitavelmente guardariam os seus mandamentos (João 14.15).

Há uma velha lenda sobre um homem que encontrou um menino pequeno carregando a um menino ainda menor, que era coxo: "Essa é uma carga muito pesada para você", disse o homem. "Não é nenhuma carga", respondeu o menino, "é meu irmãozinho." O amor suaviza todos os fardos, tornando-os leves.

Além disso, o caminho da vida que Ele deseja que os seus discípulos sigam é a sua própria vida. Em conseqüência, o guia da conduta do cristão não é um livro de leis repleto de decepcionantes perplexidades, mas o exemplo de Cristo. Policarpo, discípulo do apóstolo João disse perante seus algozes: “Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou?”. O exemplo de Cristo nos induz a imitá-lo até o fim.

 

“...que sou manso e humilde de coração;”

Na sua escola, Jesus oferece refrigério e promete tornar o fardo leve, porque Ele é um professor manso e humilde. Ser aluno de Jesus é ter um Professor muito gentil e inclinado à humildade, que nunca se impacienta com os que são lentos para aprender e jamais é intolerante com os que tropeçam.

A mansidão é a virtude que oferece paciente gentileza com retribuição ao ódio, ofensa ou hostilidade. É o oposto de orgulho, ira, auto-afirmação e vingança. O coração verdadeiramente manso não reage à provocação; paga o mal com o bem; e, dos outros, nada exige e pouco espera.

O mundo considera o manso covarde e vacilante; alma tímida, moralmente débil ante as batalhas da vida. Mansidão, porém, não é fraqueza; é força tornada gentil. Moisés eia manso (Números 12.3), mas havia aço na sua estrutura moral, e raios e trovões no seu zelo (Êxodo 32.19). O Senhor Jesus era manso, mas basta-nos ver como expulsou os cambistas do templo e denunciou a hipocrisia dos fariseus (Mateus 23).

Jesus também é humilde de coração. A humildade parecia servil aos antigos; não era uma virtude. Jesus tomou esse vício em virtude. Ele glorificou essa atitude. Paulo exorta: “Cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2.3).

 

“... e encontrareis descanso para as vossas almas.”

Certamente Jesus não promete a seus discípulos uma vida de inatividade ou repouso, nem isenção de tristezas ou lutas, mas sim lhes assegura que, se se mantiverem bem unidos a Ele, acharão alívio de esmagadores fardos, como os da angústia arrasadora, do sentimento de frustração e de futilidade, e da desgraça de uma consciência sobrecarregada de pecados.

No Antigo Testamento, o Senhor convidou Seu povo para voltar às “veredas antigas”, dando-lhes a mesma promessa encontrada aqui. A linguagem provavelmente foi emprestada desse texto: "Parem nas encruzilhadas e olhem, perguntem pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andem por ele, e encontrarão descanso para a vossa alma. Mas eles dizem: 'Não andaremos" (Jeremias 6:16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Mateus – O Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD.

ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & marcos à luz do novo testamento grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

TASKER, R. V. G. Mateus: Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica –São Paulo: Mundo Cristão, 1980.

BARCLAY, William. The Gospel of Matthew - Tradução: Carlos Biagini.

Lucas 9:46


Lucas 9:46 “E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.”

 

“E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.”

Jesus havia convocado os seus doze discípulos, e lhes dado autoridade e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos. (VS 1,2). Aconteceu que um homem da multidão que seguia Jesus o pediu que libertasse seu filho possesso, pois seus discípulos não puderam (v.40).

Jesus após lamentar a sua geração libertou o menino e devolveu a seu pai. Disse então aos seus discípulos : “Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos, porque o Filho do homem será entregue nas mãos dos homens” (v.44). Seus discípulos não entenderam sua indireta e nem perguntaram acerca desta palavra. Distraindo-se assim começaram uma discussão irrelevante: “qual deles seria o maior?

No mundo é bastante conhecida a filosofia que afirma que somente os mais aptos sobrevivem; que o mercado é seletivo, escolhendo os melhores e excluindo os piores. Essa é a lógica! Com o seres racionais estamos habituados com os princípios governados pela lógica formal. O próprio Jesus disse: “Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores” (Lucas 22:25). Todavia, no reino de Deus as coisas não seriam assim: “Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve” (Lucas 22:26,27).

Muitas vezes a lógica do reino se apresenta totalmente invertida. Por exemplo, quem não está disposto a perder também não ganha (Filipenses 3.7-8); quem não dá também não recebe (Atos 20.35); quem não perdoa também não é perdoado (Mateus 6.13); quem não se humilha também não é exaltado (Lucas 14.1); quem busca primeiramente as coisas secundárias não receberá as primárias (Mateus 6.33); quem quiser ser o maior então deverá se tornar pequeno (Lucas 22.26).

Querer ser o primeiro, o maior, o chefe ainda continua sendo uma poderosa tentação para muitos cristãos. Quando acontece no meio da liderança então, os seus efeitos são muito mais catastróficos. Hoje estamos vivenciando uma verdadeira fragmentação da igreja evangélica no Brasil e a causa principal é a disputa pela liderança. Ninguém quer mais ser índio, todos querem virar cacique.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

GONÇALVES, José. Lucas – O evangelho de Jesus o homem perfeito. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

João 13.10

João 13.10 “Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.”

 

“Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo.”

Jesus após a recusa de Pedro em deixar-lhe lavar os pés, havia lhe dito que se não lavasse seus pés não teria parte com ele. Pedro então cedeu e disse que nesse caso poderia lavar-lhe a cabeça e também as mãos. Então Jesus lhe disse: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo.”

A imagem empregada por Jesus poderia ser a de um homem indo a uma festa, o qual, tendo se banhado em casa e vestido da melhor maneira possível, sujaria os pés pelo caminho, mas, ao chegar á casa do hospedeiro, antes de sentar-se à mesa somente precisaria lavar os pés, e não de um banho completo. Essa narrativa pode delinear três aplicações espirituais:

1) O banho corporal simboliza a purificação do indivíduo por conta de sua resposta ao sacrifício de Jesus na cruz. Essa purificação da culpa do pecado ocorre quando o crente confessa sua fé em Cristo e é batizado em Cristo (Gálatas 3:26, 27) – um ato único. Aqueles que foram assim purificados têm parte com Jesus; isto é, têm comunhão com ele.

2) A lavagem dos pés significa que aqueles que já foram purificados só precisam lavar os pecados que vierem a cometer. O crente se mantém limpo andando “na luz” e confessando seus pecados (1 João 1:7, 9). Pessoas salvas “limpas”  podem colher várias formas de imundícias do mundo por onde vão passando; portanto, precisam da lavagem diária dos pés, ou seja, precisam do perdão de Cristo pelas atitudes e ações mundanas que praticam no ambiente do maligno.

3) A última aplicação envolve uma lição de humildade. Jesus sabia que seus discípulos estavam espiritualmente limpos mediante seu ministério: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (João 15.3) e que, nos seus corações, amavam-no. No entanto, a ambição apegara-se a eles pelo caminho e se perguntavam quem era o maior. Cristo, tomando a bacia com a toalha, estava mais interessado em limpar do coração deles os sentimentos de orgulho do que em lavar os pés.

 

“Ora vós estais limpos, mas não todos.”

Mais uma vez, o conhecimento perfeito de Jesus é evidenciado. Aquele que sabia o que havia no homem (João 2:25) percebeu que nem todos os discípulos estavam limpos e fez uma ressalva: “Nem todos estais limpos”, porque Judas, por mais limpos que seus pés estivessem após a lavagem, não tinha deixado Cristo limpar seu coração.

 

Por causa do seu amor insondável, Jesus lavou os pés de Judas; mas Judas não estava limpo. Nesse momento do ministério de Jesus, os discípulos não sabiam quem era o traidor; somente na hora em que Jesus foi preso revelou-se ao grupo a identidade do traidor

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/5/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202203_01.pdf

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 10 DE MAIO DE 2025 (João 10.2)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
10 DE MAIO DE 2025
JESUS É O BOM PASTOR QUE ORIENTA SUAS OVELHAS

João 10.2 “Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.”

 

“Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.”

Jesus faz um contraste entre os ladrões e salteadores e o pastor de ovelhas. Enquanto os salteadores sobem ao curral por outra parte, por não terem causa legítima para entrar, o pastor das ovelhas entra pela porta demonstrando o seu caráter que o distingue como proprietário legítimo.

Ele “entra pela porta”, como alguém que tem autoridade e vem para lhes fazer algo de bom, para ligar a que está quebrada, e fortalecer a que está enferma, (Ezequiel 34.16). As ovelhas precisam dos cuidados do homem, e, em troca, são úteis a ele (1 Coríntios 9.7). Elas vestem e alimentam aqueles que as abrigam e alimentam.

Deus havia confiado aos líderes religiosos, chamados de “pastores de Israel”, a responsabilidade de cuidarem do seu rebanho (Ezequiel 34:2). Eles falharam nesse aspecto porque foram pastores maus. Esses pastores (como o “pastor inútil” de Zacarias 11.17) são denunciados por estarem mais preocupados em se alimentar do que em fornecer alimento para as ovelhas confiadas ao seu cuidado. O profeta Jeremias escreveu: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! – diz o Senhor…” (Jeremias 23:1–4).

Deus iria então realizar a sua obra em relação ao seu rebanho através do seu “servo Davi”, uma referência ao Messias. Ele disse: “Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse” (Ezequiel 34:23, 24). Este é o pastor retratado em João 10. Jesus é “o bom pastor” (o verdadeiro pastor), muitos ladrões e salteadores haviam tentado destruir as ovelhas, mas o bom pastor as guiará para fora do aprisco e para dentro do seu próprio rebanho (João 10:1–16).

O homem curado de sua cegueira esperou em vão o cuidado que pastores deveriam lhe dar; na verdade eles o expulsaram do rebanho pelo qual eram responsáveis. Porém, depois disto, ele encontrou em Jesus o pastor de verdade que disse: “Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores” (v.8).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
7/5/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_04.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.