sábado, 3 de agosto de 2024

Ester 1.9

 

Ester 1.9 “Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres, na casa real do rei Assuero.”

 

Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres,”

Ao mesmo tempo do banquete de sete dias que Assuero ofereceu a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã (v.5), a rainha Vasti entreteve as mulheres oferecendo seu próprio banquete.

A história secular não sabe nada sobre uma rainha chamada Vasti ou Ester no reinado de Xerxes, mas sim sobre sua esposa Amestris, a filha de um general persa, de acordo com Heródoto. Assuero se casou com Amestris antes de se tornar Rei. Vasti pode ter sido uma das outras esposas de Xerxes, desconhecida dos registros extra bíblicos. Segundo a bíblia Sheed: Vasti era um título dado a Amestris.

O nome Vasti que é escrito de sete maneiras diferentes em outras tantas versões, tem sido associado com as palavras persas que significam “melhor" ou “a amada”, “a desejada”, belos significados para o nome de uma rainha.

 

“... na casa real do rei Assuero.”

Diferentemente, portanto, da festa de Belsazar, cuja mulher e concubinas beberam com ele (Daniel 5.2); ou da de Herodes, cuja filha dançou diante dele. Os homens e as mulheres nem sempre se dividiam em festas persas: “E disse Ester: Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que lhe tenho preparado (Ester 5:4), mas, nessa ocasião, a rainha ofereceu sua própria celebração.

Vasti recepcionou as mulheres em seu próprio apartamento; não na corte ou no jardim, ao ar livre, mas na casa real. Assim, enquanto o rei demonstrou a honra de sua majestade no pátio do palácio rel, ela e suas damas de companhia demonstraram a honra de sua majestade na casa real.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_02.pdf

Biblía de estudo Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1998.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

 BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

Ester 1.5

 

Ester 1.5 “E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.”

 

E, acabados aqueles dias,”

Quais os dias foram acabados? Os dias do banquete que o rei Assuero ofereceu aos líderes do seu Reino. Esse reino consistia de cento e vinte e sete províncias desde a India a Etiópia (v.1).

O banquete aconteceu no terceiro ano do seu reinado. O objetivo do rei era ter êxito onde Dario, seu pai, fracassou, Assuero passou metade de um ano (cento e oitenta dias) recebendo líderes de todo o império, em busca do apoio deles para o que ele esperava ser a conquista da Grécia.

Para isso exibiu suas riquezas a fim de impressionar seus convidados com as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza (v.4) com a intenção de impressionar quem tivesse relutante a se unir a ele nesse projeto.

 

 “... fez o rei um banquete a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã,”

O rei Assuero concluiu seus seis meses de festividade oferecendo uma festa a todo o povo que trabalhava na fortaleza de Susã. Portanto, esse banquete foi a culminação das festividades.

Susã era uma das principais capitais do Império Persa, era capital de Elão e residência d e inverno dos reis persas. Sendo as outras Ecbatana (Esdras 6:1-2) e Persépolis. Daniel foi, certa vez, transportado em visão para esta cidade (Esdras. 8:2); e, mais tarde, Neemias serviu ali como mordomo de Artaxerxes (Neemias 1:1, 2:1).

 

“... desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.”

Evidentemente, todos os habitantes da cidadela de Susã compareceram ao banquete. Isto é, o séquito do rei, oficiais e visitantes, assim para os maiores como para os menores, de todas as classes.

O banquete devia realizar-se ao ar livre, e durou uma semana no pátio do jardim do palácio real, ou melhor, no “pavilhão”, segundo Oppenheim: “o pavilhão do palácio era uma pequena estrutura de luxo, uma unidade arquitetônica independente para o uso do rei ou do herdeiro aparente... uma estrutura aberta, provavelmente um salão aberto com colunatas”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_02.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

A.L. Oppenheim: “On Royal Gardens in Mesopotamia”, JNES 24 (1965).

Mateus 10.22

 

Mateus 10.22 “E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”

 

“E odiados de todos sereis por causa do meu nome;”

Neste caso, “todos” não deve ser interpretado literalmente. É um exemplo de hipérbole e pode incluir todos os tipos, raças e classes de pessoas. “Por causa do meu nome” ou “por amor ao meu nome” poderia significar que eles seriam odiados porque o próprio Cristo foi odiado (João 15:18–25) ou que eles seriam odiados porque levavam o nome dEle – ou seja, “cristãos” (1 Pedro 4:14–16).

Jesus já havia dito algo semelhante aos seus discípulos no sermão do monte: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa“ (Mateus 5.11). A palavra “quando” deixa claro que a injúria e a perseguição vão ocorrer na vida cristã, afinal ela não é condicional. Lembra-nos das palavras de Jesus antes da oração sacerdotal: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).

Agora aos doze especificamente ele diz: “odiados de todos por causa do meu nome”. Por que o cristão é odiado pela causa de Cristo? Porque o verdadeiro cristão deve se tornar para este mundo o sal da terra, ou seja, são conservadores e também a luz do mundo, ou melhor, exemplo para o mundo. A cultura da pós-modernidade em que vivemos anda segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, segundo a eficácia de satanás.

Essa eficácia tem relativizado os valores e princípios judaico-cristãos cumprindo a profecia de Isaías: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5:20). Quando nos movimentamos contra essas transformações modernas somos taxados como retrógrados, patriarcais e acusados de dividir a sociedade.

Quando resplandecemos a luz do mundo para aqueles que amam as trevas não é diferente. A bíblia diz que aquele que está em trevas odeia a luz: “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (João 3:20).

 

“... mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”

A despeito dos dissabores que Seus seguidores pudessem enfrentar no mundo, Jesus fez uma promessa encorajadora: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo”.

A palavra grega para “fim” (telos) tem gerado especulações precipitadas sobre o fim dos tempos. No entanto, Telos não vem acompanhado de artigo aqui. O vocábulo não significa “até o fim dos tempos” (Mateus 24:13; 1 Coríntios 13:7; Apocalipse 3:11). Poderia significar “até o fim da missão deles”, porém é mais provável que se refira ao “fim da vida”: Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Apocalipse 2:10).

Perseverar aqui é permanecer na posição em que fomos chamados. Esse zelo por nós mesmos e o da doutrina deve ser constante: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Eclesiastes 9:8); “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho” (2 João 1:9).

Paulo motivou o jovem Timóteo para perseverar na Doutrina e disse o motivo “porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem  (1 Timóteo 4.16)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/08/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/mateus-511.html

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201206_04.pdf

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 

 

Ester 2.17

 

Ester 2.17 “E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.”

 

“E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens;”

No mês de dezembro de 479 A.C., exatamente quatro anos depois do seu divórcio com Vasti, Xerxes fez de Ester a sua rainha. Ester conquistou o coração do rei. Ele a amou mais do que a todas as mulheres e mostrou-lhe mais benevolência do que a todas as virgens do concurso. Assim, ela obteve graça e favor aos olhos do rei, como havia acontecido com Hegai e outras pessoas: “e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam (V.15).

Quem pensaria que uma judia, uma cativa, uma órfã, teria nascido para ser uma rainha, uma imperatriz! Mas foi assim que ocorreu. A Providência às vezes levanta o pobre do pó, para fazê-lo assentar entre os príncipes: “Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo” (1 Samuel 2.8). Aqueles que buscam agradar a Deus estarão nas graças dos homens também: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2.52).

 

“... e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.”

Assuero pôs uma coroa real na cabeça de Ester e a fez rainha no lugar de Vasti. A escolha da nova rainha requeria novo banquete, desta vez em honra a Ester.

O rei Assuero então agraciou a solenidade de sua coroação com uma festa, em que talvez Ester, em acordo com o rei, fez uma aparição pública, o que Vasti se negara a fazer, para que tivesse a honra da obediência, na mesma situação em que a outra incorreu na mácula da desobediência.

Todo o povo se alegrou com a coroação. Pois o rei deu “alívio as províncias” (v.18). O alívio às províncias era em termos de isenção de impostos, que embora pareça improvável ao leitor ocidental, é bem atestada na antiga Pérsia.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_03.pdf

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

Ester 2.4

 

Ester 2.4 “E a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em lugar de Vasti. E isto pareceu bem aos olhos do rei, e ele assim fez.”

 

E a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em lugar de Vasti.”

Após algum tempo da deposição da rainha Vasti quando já havia apaziguado o furor do rei Assuero. Lembrou-se o rei do que tinha decretado sobre ela (v.1). Então seus servos lhe orientaram a fazer algo para que o rei se consolasse.

O rei deveria por oficiais em todas as províncias para ajuntarem moças virgens na fortaleza de Susã, ao harém do rei, a casa das mulheres, elas seriam tratadas com unguentos, arrumadas e preparadas para o deleite do rei sob os cuidados de Hegai, camareiro do rei (v.3)  a fim de ser escolhida pelo rei uma nova rainha em lugar de Vasti.

As semelhanças entre As Mil e Uma Noites e este incidente do livro de Ester são  freqüentemente ressaltadas, mas é impossível verificar-se a data da lenda árabe, e portanto fazer qualquer comparação significativa. R. Ringgren argumenta que o “concurso de beleza” no contexto real é “um tema permanente e talvez um tema inconstante”. “Pelo menos pode-se dizer que este livro não apresenta algo de que nunca se ouviu falar no ambiente em que ele foi formado.”

 

“E isto pareceu bem aos olhos do rei, e ele assim fez.”

Escolhendo outra rainha, a saudade do rei seria apaziguada. Os servos estavam bem conscientes da fraqueza do caráter de Xerxes e se aproveitaram totalmente disso para atingir seus propósitos que deveriam incluir suas próprias filhas no concurso.

Assuero aceitou o conselho dos seus servos para substituir Vasti. Ele concordou com a sugestão e assim se fez; deu ordens para que a sugestão deles fosse levada a cabo.

Certamente, nada desse plano coincide com a lei de Deus expressa no Antigo ou Novo Testamento. Entretanto, a maioria das pessoas envolvidas no plano era pagã e as práticas retratadas no texto, muito provavelmente, eram comuns naquela cultura.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_03.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Ester 1.15

 

Ester 1.15 “O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti, por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros.”

 

O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti,”

Embora estivesse grandemente irado, o rei nada faria antes de consultar seus conselheiros privados. O rei tinha sete príncipes que compunham sua equipe de conselheiros mais íntimos: “Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã” (V.14).

Esse conselho de sete homens era comum a todos os reis da Pérsia: “Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão (Esdras 7:14).

Quanto maior o poder de um homem, maior sua necessidade de conselhos, para que não abuse de seu poder. Desses conselheiros diz-se que eram homens cultos, sabiam a lei e o direito, e que eram sábios, entendiam dos tempos, e que grande confiança tinha o rei neles, e grande honra a eles conferia, pois viam a face do rei e se assentavam os primeiros no reino (1.13,14). Na multidão de tais conselheiros há segurança.

Observe que embora fosse a rainha a culpada, a lei deveria ser cumprida, embora o rei estivesse irado, ele nada faria que seus conselheiros não assegurassem estar de acordo com a lei.

 

“... por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros.”

O rei não havia falado diretamente com Vasti, mas através dos sete camareiros cujos nomes são dados “Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas” (1.10). Todos eles foram testemunhas da não obediencia da rainha Vasti e foram consultados pelos sete sábios.

Após essa oitiva os sábios discutiriam acerca das implicações da desobediência pública na presença dos camareiros, do povo e dos príncipes e se decidiria o destino da rainha Vasti.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_02.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Ester 1.12

 

Ester 1.12 “Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei, por meio dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu nele a sua ira.”

 

Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei, por meio dos camareiros;”

No último dia da festa no pátio do palácio real, o rei Assuero com seu coração já alegre do seu vinho solicitou aoss camareiros que buscassem a rainha Vasti e colocassem nela sua coroa para mostrar tanto ao povo quanto aos príncipes sua beleza. Considerando Vasti como seu tesouro mais precioso, o rei queria levar a sua grande exibição a um climax, mostrando a sua beleza.

A afirmação de que o rei mandou chamar Vasti quando [seu] coração... já estava alegre do vinho (1:10) é simplesmente uma forma de se dizer “quando ele estava bêbado”. Porém a rainha Vasti não se submeteu a ordem do Rei.

Ninguém sabe por que Vasti não obedeceu à ordem de seu marido. Alguns sugeriram que comparecer perante uma multidão sem um véu seria uma ofensa ao senso de propriedade da rainha. Outra idéia é que essas apresentações fossem feitas tipicamente por concubinas, e que a rainha entendeu que tal exigência estivesse abaixo de sua posição e dignidade.

Independentemente dos motivos da rainha, no que diz respeito ao rei e seus conselheiros, tal recusa significava uma inadmissível desobediência ao marido!

 

“... assim o rei muito se enfureceu, e acendeu nele a sua ira.”

A impertinência dela em recusar-se a aparecer, humilhou muito o rei da Pérsia. Enquanto exibia a glória de seu reino, exibiu a vergonha da família, uma esposa que agia como bem lhe aprouvesse. Desentendimentos entre parceiros de jugo são sempre ruins, mas em público constituem um grande escândalo, ocasionando embaraço e desconforto.

O rei muito se enfureceu com a recusa da esposa e se inflamou de ira. A reação dele é compreensível: diante de uma multidão de homens poderosos a quem ele estava tentando impressionar com sua majestade, o governante que controlava o mundo não podia controlar a própria esposa.

O ressentimento abrasador do rei deveria certamente encontrou nisso expressão, para prejuízo de Vasti que posteriormente será deposta.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_02.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Ester 9.28

 

Ester 9.28 “E que estes dias seriam lembrados e guardados em cada geração, família, província e cidade, e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua descendência.”

 

“E que estes dias seriam lembrados e guardados em cada geração, família, província e cidade,”

Mardoqueu para comemorar a preservação dos judeus da Pérsia da destruição que lhes sobreviria por intermédio da conspiração de Hamã, enviou cartas a todos os judeus que se achavam nas províncias do rei Assuero para que guardassem esses dias. Eles deveriam ainda dar banquetes de alegria, presentes uns aos outros e dádivas aos pobres (v.22).

Esses dias se refém aos dias catorze e quinze do mês de Adar (v.21). Dias estes que os judeus tiveram livramento dos seus inimigos. Pois, nesses dias Deus havia transformado tristeza em alegria (v.22). Esses dois dias deveriam ser lembrados e comemorados em cada geração independente do lugar em que os judeus habitassem.

 

“... e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua descendência.”

Esses dias ficaram conhecidos como Purim pelo fato de Hamã ter lançado “Pur”, ou seja, sortes para determinar o dia do extermínio dos judeus. O livro de Ester que se encontra entre os livros chamados “Megilloth” (Cinco rolos) na Bíblia hebraica é lido todos os anos por ocasião dessa festa.

Mardoqueu escreveu ainda para que esses dias não fossem revogados ou esquecidos entre os judeus para que jamais fossem esquecidos. Habacuque orou a Deus para que as próximas gerações não esquecessem da sua obra: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida” (Habacuque 3.2).

Era necessário o aviso, pois acontecia das gerações desprezarem as obras passadas: “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel” (Juízes 2.10).

O verso 27 acrescenta que naqueles dias a ordem de Mardoqueu foi cumprida cabalmente: “Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si, e sobre a sua descendência, e sobre todos os que se achegassem a eles, que não se deixaria de guardar estes dois dias conforme ao que se escrevera deles, e segundo o seu tempo determinado, todos os anos”.

A festa sempre foi popular entre os judeus, como Flavio Josefo atesta, e a sua celebração continua até o presente. Gerações posteriores começaram a observar apenas um dia (14). O dia anterior (13) é conhecido como o Jejum de Ester em comemoração ao jejum de Ester antes de comparecer à audiência com o rei em favor dos judeus (Ester 4,15,16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

JOSEFO, F. História dos hebreus. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 03 DE AGOSTO DE 2024 (João 3.16)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
03 DE AGOSTO DE 2024
JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR, COMO REDENTOR ETERNO

João 3.16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. "


O novo nascimento é possível graças ao amor de Deus. João 3:16 tem sido devidamente chamado de “o texto áureo” das Escrituras. Se algum versículo resume o amor insondável de Deus, é este.


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,

“Porque” conecta esta declaração com o pensamento anterior, apresentando o motivo pelo qual o Filho do Homem seria “levantado”: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3:14) para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Deus amou o mundo. Pode-se imaginar os judeus pensando que o amor de Deus se restringia a Israel, mas essa passagem deixa claro que o amor de Deus não se restringe a nenhuma raça. Ele é universal, abrange a todos. Seu amor pelo mundo não é porque o mundo é amável; pelo contrário, o mundo é detestável. A humanidade é composta de ímpios, pecadores e inimigos de Deus: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).

“De tal maneira” indica o grau ou a intensidade do amor de Deus. Seu amor pela humanidade custou-lhe a morte de seu próprio Filho “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? “ (Romanos 8:32) Assim como o amor de Deus por Israel moveu-o a salvar o povo da morte física através das instruções que ele deu a respeito da serpente de bronze, seu amor o motiva a salvar da morte espiritual todos que olham para Jesus, seu Filho, o qual foi levantado.

O Termo Filho Unigênito termo aparece cinco vezes nos escritos de João, todas relacionadas a Jesus (1.14,18; 3.16,18; 1 João 4.9). Isso revela claramente sua divindade. “Unigênito”, na Bíblia, conduz a idéia de natureza, caráter, tipo, e não de geração. Jesus é o “unigênito do Pai” no sentido do seu relacionamento exclusivo com Ele. Cristo não foi criado por Deus, Ele preexiste eternamente, por isso é chamado de Pai da Eternidade (Isaías 9.6). Ele já era chamado Filho mesmo antes da sua encarnação, como vemos em 1 João 4.9: “Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos


 “... para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ”

Deus não só deu o Seu Filho unigênito ao enviá-lo ao mundo, mas também O deu para ser levantado – para morrer na cruz – por todas as pessoas “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim” (João 12:32)

O amor de Deus espera uma resposta de fé. Ele quer que cada pessoa creia nele. O novo nascimento requer fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Sem fé “nascer da água e do Espírito” não faria sentido, ou até seria impossível. Essa fé deve levar o crente a se submeter humildemente à vontade de Deus e fazer o que ele ordena em sua Palavra. O contexto dessa passagem ensina que essa fé é obediente. Assim como os israelitas tiveram que crer e olhar para a serpente de bronze para viver, hoje temos que crer em Jesus com uma fé obediente. A fé que salva é a fé que obedece “Se me amais, guardai os meus mandamentos “ (João 14:15)

O propósito do dom [dádiva] do Filho de Deus é declarado com uma negação e uma afirmação (veja 1:3): “para que todo o que crê em Jesus não pereça, mas tenha a vida eterna”. “Perecer” contrasta fortemente com ter “a vida eterna”.

João não oferece nenhum meio termo entre crer e se negar a crer em Jesus. Crer no Filho resulta em vida, ao passo que se negar a crer no Filho resulta em perdição. Dado o contraste entre “perecer” e “ter a vida eterna”, é razoável concluir que perecer também é por toda a eternidade. A perdição e punição dos que se negarem a crer é ensinada explicitamente em outras passagens “ E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 26.46). Este “perecer” não significa ser aniquilado, e sim passar a eternidade no inferno, separado de Deus e de Cristo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_01.pdf

CARSON, D. A. A difícil doutrina do amor de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.