sábado, 29 de março de 2025

Filipenses 2:6

Filipenses 2:6 "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,"


"Que, sendo em forma de Deus,"

O texto destaca a palavra “forma”, sugerindo ser aquilo que tem uma configuração, uma semelhança. Porém, em relação a Deus, o seu significado, de fato, refere-se à forma essencial da divindade. A forma de Deus em Jesus é inalterável, porque a sua essência pertence à divindade e é imutável. 

A forma verbal da palavra “sendo” aparece em outras versões como subsistir, ou existir, ser por natureza ou pela própria constituição: “subsistia em forma de Deus”. Paulo estava se referindo ao estado de Cristo antes de vir a este mundo e assumir sua humanidade. Vários textos bíblicos comprovam a pré-existência de Cristo (João 1.1-3; 3.13; 17.5; 2 Coríntios 8.9; Colossenses 1.15-17; Hebreus 1.1-3).

Esta “forma de Deus” pressupõe sua deidade, existindo ou subsistindo, original e eternamente como Deus. Ele subsiste eternamente em forma de Deus e, temporariamente, assumiu a “forma de servo” (Filipenses 2.7).


"... não teve por usurpação ser igual a Deus,"

Quando Jesus estava na terra, não se apegou às prerrogativas da divindade para vencer o Diabo, mas fez-se semelhante aos homens. Como homem, tinha certa limitação em tempo e espaço e, portanto, submisso ao Pai. Eis a razão de Ele ter dito em João 14.28: ‘O Pai é maior do que eu” (p. 49).

Em sua encarnação, Jesus conservou todos os seus atributos. Ele não abandonou seu direito de divindade, mas não usou completamente seus atributos de divindade enquanto “filho do homem”. Cristo era, e ainda é, igual a Deus, o Pai, não no sentido de ser a mesma pessoa, mas o de ter a mesma natureza e a mesma glória (João 17.5). 

O texto diz que “ele não julgou como usurpação ser igual a Deus”. Significa que Ele não considerou a sua igualdade divina com o Pai como algo que quisesse reter para si. Ele não agiu egoisticamente, pensando apenas em si mesmo. Ele preferiu esvaziar-se de sua glória divina para assumir a natureza humana a fim de salvar a todos. 

Os religiosos radicais de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele se identificou como “sendo igual a Deus”. Ao seu discípulo Filipe, Jesus afirmou a sua igualdade ao Pai (João 14.9-11). Jesus é chamado Deus em vários textos, como: João 1.1; 20.28; Hebreus 1.8; Tito 2.13; Apocalipse 21.7.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
1/4/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2008

Filipenses 2:5

Filipenses 2:5 "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,"



"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento..."

Esse versículo expõe de modo especial e apropriado a encarnação de Cristo como a manifestação do amor divino pela humanidade.

As admoestações de caráter pastoral destacam o amor misericordioso de Cristo manifestado em sua encarnação. No versículo 2, por exemplo, lê-se a exortação paulina : “tendo o mesmo amor”, referindo-se ao amor manifestado em e por Cristo.

O texto grego destaca a palavra phroneo, referindo-se a “sentimento, pensamento”. A exortação paulina é para que a igreja tenha “o mesmo sentimento” ou que tenha a mesma “atitude” de Cristo Jesus.

Na verdade, essa exortação é para que a igreja desenvolva uma relação de comunhão entre os irmãos. Esse sentimento equivale a mais que uma atitude individual que possamos ter. E mais que uma imposição. É um estado de vida, ou seja, uma maneira nova de viver em Cristo participando do seu corpo, a Igreja.

O apóstolo Paulo apela a que os filipenses tenham o mesmo sentimento demonstrado por Jesus. O sentimento de tudo fazer por amor a Deus e ao mundo das criaturas na terra.


"... que houve também em Cristo Jesus,"

Qual é o sentimento demonstrado por Jesus? Ele o demonstrou mediante a sua encarnação (Jo 1.14). Ora, sua encarnação representou seu esvaziamento de divindade para assumir 100% a humanidade. Foi por essa demonstração que constatamos a sua humildade.

Ele é o modelo perfeito de humildade. Ele mesmo disse certa feita: “Aprendei de mim, que sou manso humilde de coração” (Mt 11.29).

Ele havia se humilhado, revestindo-se de nossa natureza humana e, também, humilhando-se ao papel de servo nesta natureza.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
1/4/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 29 DE MARÇO DE 2025 (2 Pedro 1.21)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
29 DE MARÇO DE 2025
A BÍBLIA SAGRADA FOI PRODUZIDA POR HOMENS MOVIDOS PELO ESPÍRITO SANTO


2 Pedro 1.21 “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”

 

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,

Neste ponto, Pedro tinha em mente o Antigo Testamento quando diz “profecia”, mas podemos fazer a mesma aplicação ao Novo (2 Pedro 1.19). A mensagem dos profetas não se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é algo artificialmente construído. Nenhuma parte dessa revelação “é de particular interpretação” (v.20). As experiências dos profetas, como as do próprio Pedro no monte da transfiguração, provam a iniciativa divina em comunicar seus oráculos à humanidade.

A Palavra de Deus tem sua origem no céu, e não na terra. Ela procede de Deus, e não do homem. John Wesley disse que a Bíblia só poderia ter três origens: anjos e homens bons; demônios e homens maus; ou Deus. Não poderia ser escrita por anjos e homens bons, pois repetidamente se registra: Assim diz o Senhor. Não poderia ter sido escrita por demônios e homens maus, porque seu conteúdo exalta a santidade e reprova o pecado. Só nos resta uma opção: a Bíblia foi ideia de Deus.

 

“... mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”

Podemos acreditar realmente na Palavra de Deus, pois nenhuma profecia jamais foi entregue porque alguns homens decidiram produzi-la por si mesmos. A Bíblia nunca registrou nenhuma interpretação ou ideias pessoais de quem quer que seja como regra de fé e conduta, mas homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo, ou falaram da parte de Deus, sendo sustentados pelo Espírito Santo.

Os escritores não eram a fonte da mensagem, mas seus portadores. As Escrituras não são palavras de homens, mas a Palavra de Deus enviada por intermédio de homens santos. O Espírito Santo não usava instrumentos; usava homens. O modo de Deus sempre é o da verdade através da personalidade, conforme foi perfeitamente demonstrado na encarnação. Chamamos isso de inspiração dinâmica. Além disto, não fez uso de quaisquer homens, mas, sim, de homens santos, os que estavam dedicados ao Seu serviço e plenamente comprometidos.

Os papéis relativos desempenhados pelos autores humanos e divino não são mencionados, mas, sim, apenas o fato da sua cooperação. Existe implícita nesse verso uma metáfora marítima. Os profetas içaram suas velas, por assim dizer (eram obedientes e receptivos), e o Espírito Santo as enfunou e levou seu barco na direção por Ele desejada. Os homens falavam: Deus falava. Qualquer doutrina correta da Escritura não negligenciará qualquer parte desta verdade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

GREEN, Michael. II Pedro e Judas: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.

Lopes, Hernandes Dias. 2 Pedro e Judas : quando os falsos profetas atacam a Igreja. São Paulo: Hagnos, 2013