segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Lição 8: Naamã é curado da Lepra - 3 Trimestre de 2021.


(Texto Áureo) “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado”. (2 Reis 5:14)

Naamã: um nome comum na Síria, significa “benevolente”. Ele é descrito como um grande (importante) homem, muito respeitado, um homem consistente. Era um homem muito importante (V.1) ocupava uma posição elevada que lhe permitiu associar ao rei; como tidos em alta estima (v.1) foi influente e respeitado por todos, até mesmo o rei; como bravo guerreiro (v.1) que possuía terras e propriedades cujo comportamento, a riqueza pessoal e do valor é destinado a um alto cargo no serviço militar de seu país. Como chefe do exército (v.1) levou a Síria de vitória em vitória sob a soberania de Jeová. Porém, em meio toda à grandiosidade de Naamã, esse homem possuía um infortúnio, era leproso.

Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; ” Naamã não recebeu do profeta a atenção que acreditava que merecia devido a sua posição social. Ele chega a dizer: “Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. ” (V.11). Não há quem goste de descer, todos gostam de subir. Ninguém será restaurado se não descer! A cura somente aconteceu porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tiago 4.6). Somente obedece por conta da sugestão dos seus próprios servos: “Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado ” (V.13). A reprovação dos seus servos foi muito modesta e respeitosa. Eles o chamam de Pai. Pois os servos devem honrar e obedecer a seus senhores com um tipo de afeição filial. Ao reprovarmos ou aconselharmos, nós devemos fazer com que pareça que isso venha do amor e da verdadeira honra, e que pretendemos não a repreensão, mas a restauração. A insatisfação de Naamã também se deu sobre o local que ele iria mergulhar, o rio Jordão. Sobre isso ele menciona: “Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado” (V.12). Abana e Farpar são rios que regavam Damasco, os quais logo depois formam um, chamado pelos geógrafos de rio dourado. De que maneira desprezível ele fala de todas as águas de Israel, embora Deus tenha chamado a terra de Israel de a glória de todas as terras, e especificamente por seus rios de água (Deuteronômio 8.7). Observamos que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã, mas apenas em sua obediência. Ele teria que mergulhar sete vezes, Sete possui na bíblia um simbolismo de um número perfeito. A cura aconteceu conforme a palavra do homem de Deus inspirado. “Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade. ” (1 Reis 17:24)

“...e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado”. Considerando que o profeta lhe ordenara que se lavasse no Jordão sete vezes, ele mergulhou, tão ligeiramente quanto pôde. Deus se agradou de honrar a si mesmo e à sua palavra ao fazer com que aquilo se tornasse eficaz. E a sua carne tornou, como a carne de um menino, para a sua grande surpresa e alegria. Sua purificação pela água coloca uma honra na lei que se refere à limpeza de leprosos. Deus engrandecerá a sua palavra e, sobretudo, o seu nome: ‘’...louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome” (Salmos 138:2). Para Naamã, a cura foi possível porque ele, embora contrariado, agiu com obediência em fé ao que o profeta havia-lhe falado. Eliseu discerniu a necessidade do comandante para além da cura física. Ele precisava ir ao rio Jordão e dar um mergulho de humildade em obediência e fé. Tanto que, após a cura, ele prometeu que nunca mais ofereceria culto a nenhum outro deus, senão ao Senhor Todo-poderoso (2 Rs 5.17). 

Esse milagre de Eliseu foi ratificado por Jesus num dos seus discursos, quando explicou por que não faria milagres na sua terra. Diante dos olhos estupefatos das autoridades religiosas que duvidavam da sua messianidade, Jesus disse: “E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lucas 4.27).

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

16/08/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

WISEMAN, Donald J. I e II Reis Introdução e Comentário- Serie Cultura Biblica. Vida Nova, 2006.

CEVALLOS, Juan Carlos; ZORZOLI, Rubén O. Comentário Bíblico Mundo Hispano. El Paso, Texas: Mundo Hispano, 2005.