sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária - 8 de dezembro de 2023 - Efésios 6.19-20


 (Efésios 6:19,20) “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. “


Após instruir apresentar aos efésios a armadura de deus para que eles possam resistir as astutas ciladas do diabo. Paulo apresenta a última parte da estratégia divina para vencermos a guerra contra Satanás e participarmos do ataque contra o inimigo. Essa estratégia é a oração (v.18).

A palavra "orando" está no gerúndio, o que dá a ideia de continuidade da ação. Podemos concluir que a oração faz parte permanente de todo o equipamento de guerra exposto nos versículos precedentes (vv. 14-17).

Orar não é preparar-se para a batalha; orar é justamente onde a batalha começa! Depois de nos vestirmos para a luta, de sabermos quem é o adversário e de conhecer nossos aliados, estamos prontos para prosseguir ao ataque. O exército do Senhor marcha de joelhos no chão!

O diabo não quer que os cristãos orem. Ele não se importa com outras coisas que venhamos a fazer. Ele não se impressiona com a beleza de nossas vozes ao louvar a Deus nem com o poder da nossa pregação. O diabo zomba de nossos planos, mas ele tem medo das nossas orações.

Ele sabe que é aí que o cristão ganha ou perde a guerra. Jamais seremos mais fortes do que nossas orações. Nenhuma igreja jamais será mais poderosa do que a vida de oração de seus membros. Jesus advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...” (Mateus 26:41).

A igreja precisa de uma coisa: mais guerreiros de oração! São soldados que clamam pela bênção de Deus, que clamam por Sua força e que clamam por recursos divinos contra o adversário. Paulo ensina a igreja a “orar por todos os santos


“E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, ”

Aqui Paulo solicita a intercessão em seu favor. A lição oferecida aqui é que nenhuma pessoa viva pode dispensar a ajuda intercessora dos santos a seu próprio favor. Paulo era exemplo em tudo quanto ensinava. Ele orava incessantemente por todos e carecia da mesma ajuda. Sua batalha era ferrenha contra as forças do mal, e ele sabia que sozinho não podia vencer. Ele precisava de força espiritual e sabia que as intercessões a seu favor muito o ajudariam. A intercessão sincera anula qualquer presunção diante de Deus e nos torna acessíveis às bênçãos que pedimos.

Paulo pede "para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança". Paulo não queria "abrir a boca" para falar de si mesmo ou para falar de vãs filosofias, como os gregos, senão de Jesus Cristo, o Salvador e Senhor. Ele precisava de coragem moral e espiritual para que, ao "abrir a boca", a palavra saísse com segurança e confiança.

Nessa batalha espiritual, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, precisava movimentar-se com firmeza, e Paulo deseja usá-la "com confiança" e ter golpes certeiros contra o pecado.

Segundo, pede "para fazer notório o mistério do evangelho" Esse mistério já foi revelado aos "santos", mas aos que estão em trevas lhes é desconhecido. Por isso, precisamos notificá-lo a todos os homens. E o mistério do poder transformador (Romanos 1.16) que o Evangelho realiza na vida dos pecadores. Para "fazer notório" esse mistério é preciso poder espiritual.


“Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. ”

Anteriormente na carta Paulo se designara tanto “prisioneiro... por amor de vós, gentios” quanto “prisioneiro no Senhor” (3:1; 4:1). Consequentemente, ele está dizendo que o evangelho, o Senhor e os gentios são três razões para a sua prisão.Era, então um prisioneiro por causa desses três fatores.

Mas mesmo nessa condição Paulo recebeu graça para resistir. Paulo pensa em si mesmo como sendo o embaixador de Jesus Cristo, devidamente acreditado para representar o seu Senhor na corte imperial em Roma! O embaixador é aquele que representa os interesses de um governo e os do seu dirigente máximo.

Nas ocasiões festivas, os embaixadores usavam correntes a fim de revelarem riqueza, poder e dignidade do governo que representavam. E Paulo, servindo a Cristo crucificado, consideraria as cadeias dolorosas de ferro que o prendiam como as insígnias mais apropriadas para a representação do seu Senhor!

Como poderia ter vergonha do seu falar no nome dele? Pelo contrário, orgulhava-se de ser o embaixador de Cristo, ainda que estivesse passando pela anomalia de ser “embaixador em cadeias”.

O que mais preocupava Paulo não era, no entanto, que os seus pulsos fossem libertos das cadeias, mas, sim, que a sua boca fosse aberta em testemunho. Não que ele fosse libertado, mas, sim, que o evangelho viesse a ser difundido livremente e sem impedimento. É por isto, pois, que ele orou, e que pediu que os efésios orassem também. Contra esta oração, os principados e as potestades não teriam qualquer poder.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201308_12.pdf

Cabral, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios - 3a Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1999

Stott, John R. W. A mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus [tradução de Gordon Chown] - 6.a ed. - São Paulo: ABU Editora, 2001.