sábado, 19 de abril de 2025

João 7.6

João 7.6 “Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto. ”

 

“Disse-lhes, pois, Jesus: ”

Os irmãos de Jesus sabendo da proximidade da festa dos tabernáculos insistiram que Jesus deixasse a Galileia e fosse para a Judéia. A melhor maneira de entender “seus irmãos” é que se tratavam dos filhos de José e Maria; nada no Evangelho sugere o contrário. Marcos 6:3 (Mateus 13:55, 56) menciona quatro filhos – Tiago, José, Judas e Simão – e menciona “irmãs” (plural). Incluindo Jesus eram ao todo, pelo menos, sete os filhos de José e Maria.

Eles viam nessa festa uma oportunidade para Jesus ser fazer mais conhecido. Para os irmãos parece inacreditável que alguém que tinha certeza de ser o Messias evitasse intencionalmente a publicidade. Ninguém que deseja ser um personagem público permanece na obscuridade de um lugarejo do interior, como Jesus.

Todas as pessoas importantes em Israel, em casa ou fora de casa, provavelmente poderiam ser encontradas em Jerusalém durante as grandes celebrações da colheita e da família. Indo a Jerusalém, Jesus realmente se mostraria ao mundo no sentido mais amplo; Jerusalém é o lugar onde ele precisa “ser levantado", para que todos sem distinção sejam atraídos a ele.

Embora os judeus em geral cressem que a vinda do Messias seria, de alguma forma, notória, Jesus rejeitou a notoriedade. A natureza do desafio dos irmãos de Jesus é semelhante ao conselho do diabo para Jesus se atirar do pináculo do templo (Mateus 4:5, 6). Jesus então respondeu:

 

“Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto. ”

Por causa da incredulidade de seus irmãos, Jesus explicou o motivo que o fez recusar o conselho deles de subir à festa. Assim como Jesus dissera a sua mãe em Caná da Galiléia: “Ainda não é chegada a minha hora" (João 2.4), ele dá uma resposta semelhante a seus irmãos.

Jesus, que veio para fazer a vontade do Pai, tomou suas decisões com base no cronograma de Deus. Por esse motivo, Jesus só iria à festa no tempo adequado determinado pelo Pai. Quando chegasse a hora ele iria a Jerusalém para “manifestar-se ao mundo”.

Em contrapartida a si mesmo ele acrescentou: “o vosso tempo está sempre presente”. A situação dos irmãos de Jesus era bem diferente da dele. Embora, assim como todos os demais homens judeus, tivessem o dever de comparecer à festa, o dia exato em que chegariam tinha pouca relevância; qualquer hora era oportuna, mas não era assim com Jesus.

William Barclay disse que “chegar com multidões já reunidas e expectantes proporcionarias uma oportunidade muito melhor do que chegar logo no início da festa. Jesus não subiria a Jerusalém “Até que o Pai me mostre sua vontade” Até lá o tempo de Jesus ainda não estaria cumprido.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_03.pdf

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.


João 6.41

João 6.41 “Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.”

 

“Murmuravam, pois, dele os judeus, ”

Os oponentes de Jesus são frequentemente identificados como judeus. Embora a expressão “os judeus” geralmente signifique as autoridades religiosas em Jerusalém (João 5:18), a referência aqui é à congregação da sinagoga em Cafarnaum ou a seus líderes. O versículo 59 diz que Jesus falou essas coisas na sinagoga, embora não saibamos exatamente quando ele mudou de local.

Assim como seus pais reclamaram no deserto:  “Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos” (Números 11:4-6), esses judeus murmuravam ao ouvirem as palavras de Jesus. Em Jerusalém, os judeus da Judéia se queixaram quando Jesus se igualou a Deus (João 5:18), e, agora, esses judeus galileus também se queixaram – não tanto porque Jesus afirmou ser “pão”, mas porque ele disse: “Eu sou o pão que desceu do céu”.

 

 “... porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. ”

Essa autodeclaração fazia de Jesus não só um profeta semelhante a Moisés, mas um profeta muito maior do que Moisés. Os judeus simplesmente não podiam aceitar essa alegação. Em Jerusalém, ele era um visitante, mas na Galileia ele era um cidadão; isto que chocou seus ouvintes.

Como um homem, cuja família todos conheciam bem, podia dizer uma coisa destas? Como ele poderia fornecer e até ser o alimento da imortalidade? Como ele poderia ser o elo de ligação entre céu e terra. Em outras palavras, estavam dizendo: “Nós sabemos quem são seus pais, então que direito ele tem de dizer que é do céu?” Os judeus pensavam que sabiam quem era Jesus, mas desconheciam sua verdadeira identidade: “E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?”  (v.42).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_02.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 6.30

João 6.30 “Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? ”

 

“Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? ”

Com toda probabilidade, a multidão estava começando a entender que Jesus com suas palavras estava alegando ser o Messias; por esse motivo, pediram-lhe um sinal como prova dessa alegação. Os judeus, através de toda a sua história, sempre tiveram a tendência de procurar um sinal sobrenatural, desejando alguma irresistível prova que despertaria neles a fé invencível, assim como o grego sempre procurava o raciocínio irrefutável: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria” (1 Coríntios 1.22).

Quando Moisés se apresentou ao povo como libertador apresentou os sinais que Deus lhe dera “E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram” (Êxodo 4.31). Com a notável multiplicação dos pães e peixes eles já haviam especulado que Jesus poderia ser “o profeta” semelhante a Moisés: “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o Profeta que devia vir ao mundo” (João 6:14)

Embora tivessem visto a multiplicação dos pães, eles queriam um sinal ainda mais espetacular, menosprezando o milagre operado por Jesus e dando a entender que, se Jesus quisesse que eles o seguissem como sendo maior do que Moisés, teria de fazer algo comparável ao milagre de alimentar um a nação inteira durante 40 anos, considerado o maior milagre da história dos judeus, o qual o Messias deveria repetir (v.31).

 

“Que operas tu?”

No entanto Jesus entendeu que para esses incrédulos nenhum sinal seria suficiente. Eles os havia repreendido: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (João 6:26). E por isso negou um novo sinal.

Jesus prometeu que os sinais seguiriam aos que nele cressem. Os sinais servem para levar o povo a glorificar a Deus e não para os convence-los sobre Deus. Jesus negou apresentar sinal à Herodes na sua audiência com ele (Lucas 23.8). Fariseus e saduceus também haviam lhe pedido sinal e Ele respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas” (Mateus 16:4). Está implícito que para crer, Deus nos deixou as Escrituras e não os sinais.

Quando o homem rico pediu que Lázaro voltasse dos mortos para converter sua família. Recebeu de Abraão a seguinte resposta: “Eles têm Moisés e os profetas: que os ouçam” (Lucas 16,29). A resposta de Abraão refere-se à Revelação especial de Deus, as Escrituras. Moisés morreu, os profetas também. Jesus se referiu as escrituras de Lei, Profetas e Salmos (Lucas 24.44). Moisés e os profetas é uma forma resumida a ser referir a elas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_02.pdf

PEARMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD.


João 6:52

João 6:52 “Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer? ”

 

“Disputavam, pois, os judeus entre si, ”

O ensino de Jesus, especialmente o verso 51, provocou uma discussão entre os judeus. A discussão que se levantou entre os membros da congregação foi acalorada e tumultuada. João diz que eles “disputavam” ou “lutavam entre si” (Atos 7:26). Eles não estavam zangados um com o outro, mas com Jesus por causa da declaração que acabara de fazer. Eles sabiam que Jesus não estava sendo literal; não pensaram que ele estivesse falando seriamente de canibalismo. Mas este era o sentido natural das suas palavras.

Para eles era uma maneira ofensiva de falar mesmo em termos figurados, era escandaloso (1 Coríntios 1:23). E se ele estava mesmo falando figuradamente, não conseguiam entender qual era o sentido figurado das suas palavras.

 

 “... dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer? ”

Defendendo variados pontos de vista, pois, uns davam uma interpretação, outros davam outra provavelmente disseram com desdém: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?

Será que é forçado ver nesta discussão uma antecipação das controvérsias perenes nas quais os cristãos se envolveram em relação ao significado das palavras do Senhor: “ Isto é o meu corpo, que é dado por vós” (1 Coríntios 11.24)?

A igreja católica até hoje prega a doutrina da Transubstanciação que afirma a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. Sendo literal assim, os crentes seriam então canibais? E quanto ao sangue, seremos “vampiros”? Os judeus eram proibidos de comer carne com sangue, pois Deus escolheu o sangue para expiação dos pecados: "A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis" (Genesis 9.4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_02.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 19 DE ABRIL DE 2025 (João 4.24)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
19 DE ABRIL DE 2025
O ENSINAMENTO DE JESUS SOBRE A ADORAÇÃO

João 4.24 “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. ” 


“Deus é Espírito, "

A afirmação Deus é Espírito diz respeito a sua essência e substancia, porém, neste texto se refere ao fato de ele não habitar em templos feitos por mãos humanas, conforme as pregações de Estevão, “Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens...” (Atos 7:48) e de Paulo, “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; ” (Atos 17:24) ambos fazem referência a profecia do profeta Isaías que diz: “Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? ” (Isaías 66:1) e antes disso as palavras do Rei Salomão em (I Reis 8:27) Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado. (1 Reis 8:27).  Essa afirmação responde a mulher samaritana que se preocupava quanto ao lugar certo que se devia adorar a Deus (Monte Gerizim ou Jerusalém?). Sendo assim, se Deus é Espírito e não pode ser contido por templos humanos, significa que ele está em todos os lugares. No Salmo 139 o salmista afirma que mesmo no Sheol Deus está presente, Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno (Sheol) a minha cama, eis que tu ali estás também. (Salmos 139:7,8).


"... e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. ” 

Após essa afirmação ele esclarece acerca do que importa pra Deus e o importante é que ele seja adorado. (Salmos 96:9) ” Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra. ’ (Romanos 14:11) “ Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim...”

Por último Jesus revela as maneiras que espera que o adorador adore: “em espírito e em verdade”. Mas o que significa adorar em espírito? Adorar em espírito quer dizer que não é necessário nenhum templo físico para entrarmos em contato com Deus. O próprio Espírito Santo está dentro de nós, pois nos tornarmos morada e templo do espírito santo. Sendo assim somos capazes de ter comunhão com ele independente do lugar. (Romanos 8:16) ”O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. ” Adorar no Espírito é uma parte muito importante dessa vida. A humanidade começou seu fracasso através da adoração (Romanos 1.21), e essa continua sendo o lugar onde começa a apostasia. Os verdadeiros adoradores não são os que vão até os lugares exatos e proferem as orações certas.

E o que significa adorar em verdade? Adorar em verdade diz respeito a não adorar em ignorância, como os samaritanos, assim como os saduceus reconheciam apenas o pentateuco de Moisés como palavra inspirada de Deus. Por isso Cristo afirmou “nós adoramos o que sabemos” Os verdadeiros adoradores sãoos que reconhecem a natureza de Deus. Pela sua própria natureza, Ele é Espírito, e se o adorarmos em verdade, devemos não somente reconhecer a sua natureza, mas harmonizar a nossa adoração com a sua natureza.

Adorando em Espírito e em Verdade


Deivy Ferreira Paniago Junior
13/02/2021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

PEARMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD.

HORTON, Stanley. A Doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD.