João 6.30 “Disseram-lhe, pois: Que sinal,
pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? ”
“Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes
tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? ”
Com
toda probabilidade, a multidão estava começando a entender que Jesus com suas palavras
estava alegando ser o Messias; por esse motivo, pediram-lhe um sinal como prova
dessa alegação. Os judeus, através de toda a sua história, sempre tiveram a
tendência de procurar um sinal sobrenatural, desejando alguma irresistível
prova que despertaria neles a fé invencível, assim como o grego sempre
procurava o raciocínio irrefutável: “Porque os judeus pedem sinal, e os
gregos buscam sabedoria” (1 Coríntios 1.22).
Quando
Moisés se apresentou ao povo como libertador apresentou os sinais que Deus lhe
dera “E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de
Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram” (Êxodo 4.31). Com
a notável multiplicação dos pães e peixes eles já haviam especulado que Jesus
poderia ser “o profeta” semelhante a Moisés: “Vendo, pois, aqueles homens o
milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o Profeta que
devia vir ao mundo” (João 6:14)
Embora
tivessem visto a multiplicação dos pães, eles queriam um sinal ainda mais
espetacular, menosprezando o milagre operado por Jesus e dando a entender que,
se Jesus quisesse que eles o seguissem como sendo maior do que Moisés, teria de
fazer algo comparável ao milagre de alimentar um a nação inteira durante 40
anos, considerado o maior milagre da história dos judeus, o qual o Messias
deveria repetir (v.31).
“Que operas tu?”
No
entanto Jesus entendeu que para esses incrédulos nenhum sinal seria suficiente.
Eles os havia repreendido: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais,
não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (João
6:26). E por isso negou um novo sinal.
Jesus
prometeu que os sinais seguiriam aos que nele cressem. Os sinais servem para
levar o povo a glorificar a Deus e não para os convence-los sobre Deus. Jesus
negou apresentar sinal à Herodes na sua audiência com ele (Lucas 23.8). Fariseus
e saduceus também haviam lhe pedido sinal e Ele respondeu: “Uma geração má e
adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta
Jonas” (Mateus 16:4). Está implícito que para crer, Deus nos deixou as Escrituras
e não os sinais.
Quando
o homem rico pediu que Lázaro voltasse dos mortos para converter sua família.
Recebeu de Abraão a seguinte resposta: “Eles têm Moisés e os profetas: que
os ouçam” (Lucas 16,29). A resposta de Abraão refere-se à Revelação especial
de Deus, as Escrituras. Moisés morreu, os profetas também. Jesus se referiu as
escrituras de Lei, Profetas e Salmos (Lucas 24.44). Moisés e os profetas é uma
forma resumida a ser referir a elas.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/04/2025
FONTES:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar
do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202112_02.pdf
PEARMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de
Janeiro: CPAD.
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