quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

2 Coríntios 7:1

Coríntios 7:1 “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”

 

“Ora, amados, pois que temos tais promessas”

Esta declaração está intimamente relacionada aos trechos do Antigo Testamento citados em 2 Coríntios 6:16-18. Esses trechos refere-se à profecia mencionada em Levitico 26:11-12: “Estabelecerei minha habitação no meio de vós e não vos rejeitarei jamais. Estarei no meio de vós, serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”. Profecia essa que foram renovadas pelos profetas Jeremias (31.1) e Ezequiel (37.26-28).

Paulo declarou que as promessas de Deus ao Seu povo e a reivindicação do cristão a essas promessas são incompatíveis com a idolatria (6:16). A idolatria geralmente vinha acompanhada de imoralidade.

A exortação paulina misturava palavras amáveis e afetuosas com as exigências de uma vida santa apregoadas pelo evangelho. Os crentes coríntios eram “amados” por Paulo. Porque os amava, ele se recusou a ser condescendente com a atitude deles. Em vez de dar uma ordem direta, o apóstolo incluiu-se na exortação à purificação.

 

“... purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”

Estas promessas os incentivariam a livrar-se de tudo o que contamina o homem, inclusive atitudes, desejos e hábitos da velha vida e as influências das idéias e cultos pagãos (Romanos 8.12,13; Gálatas 5.16). Praticar idolatria não só desonrava a Deus, mas também contaminava “a carne e o espírito”.

Para os cristãos, livrar-se de “toda impureza, tanto da carne como do espírito” é parar de fazer concessões ao pecado, pois a “pessoa toda” pode ficar adversamente poluída pelas práticas idólatras ou, de modo mais específico, que tanto o corpo da pessoa (exterior) como o espírito (interior) podem degenerar.

Se valorizarmos as promessas seremos capazes de aperfeiçoar-nos em santificação. E isso faremos se verdadeiramente reverenciamos o Deus que disse “Sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44) e “Eu sou o Senhor que vos santifico” (Lv 22.32). Santidade ou santificação é o objetivo final da exortação de Paulo: essa purificação aperfeiçoará a nossa santidade no temor de Deus.

O temor de Deus significa o reconhecimento de que Ele é o soberano Senhor e Juiz. Temer a Deus é ver nEle a inspiração para ser santo. O devido temor a Deus é um fator determinante para se ter a vida santa que Deus planejou para os Seus filhos. “Temor”, neste caso, não é um pavor terrível; é uma reverência santa, um senso de dependência e pequenez diante daquele que inspira arrependimento.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da igreja e suas soluções.Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202108_01.pdf

Colossenses 1:2

Colossenses 1:2 “Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”

 

“Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos:”

Nenhuma razão significativa é dada por Paulo para ter usado termos diferentes quando escreveu às igrejas. Ele se dirigiu aos irmãos tessalonicenses, coríntios e gálatas como “igrejas”. Nessa carta, como nas cartas aos romanos, filipenses e efésios, Paulo dirigiu-se a eles como “santos”. O termo “igreja” significa um grupo organizado de cristãos, enquanto “santos” aplica-se aos indivíduos que formam esse grupo. Ele pode ter usado “santos” a fim de dar um toque mais pessoal às suas cartas.

Santos significa “separado” para um propósito especial. Com referência a cristãos, significa ser separado das práticas malignas do mundo para servir os propósitos de Deus. Santos não são pessoas especiais dentro da comunidade cristã que foram canonizadas, mas todos os seguidores de Jesus (Atos 26:10; Romanos 8:27; 12:13; 2 Coríntios 13:13; 16:2; 2 Coríntios 1:1; Efésios 1:1).

O uso da palavra “santos” refere-se ao chamado, e não à ausência de pecado em seu comportamento. Paulo referiu-se aos membros da congregação em Corinto como “santos” (1 Coríntios 1:2), apesar do fato de alguns membros dessa igreja serem espiritualmente complicados, doutrinariamente equivocados e moralmente corruptos.

Paulo não estava se dirigindo a dois grupos separados, um de “santos” e outros de “irmãos fiéis”. No grego é usado apenas um artigo (tois) com as duas expressões. O que significa que não se tratavam de dois grupos, mas do mesmo grupo descrito de duas maneiras diferentes. Sobre isso Robert G. Bratcher e Eugene A. Nida escreveram: A forma do texto grego parece impor que se considere “santos” como um adjetivo, que modifica irmãos, assim como fieis, pois há um só artigo antecedendo a frase: “santos e fiéis irmãos em Cristo”.

Esses santos fiéis moravam na cidade de Colossos, cidade da Ásia menor. Paulo nunca havia estado nesta igreja: “Porque quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne” (Colossenses 2:1). O evangelho cristão foi introduzido em Colossos durante o ministério de Paulo baseado em Éfeso. Segundo Atos 19.10, Paulo exerceu um ministério de pregação na cidade capital da Ásia proconsular com o resultado que “todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos”.

É provável que a igreja de Colossos se reunia na casa de Filemom: “e à igreja que está em tua casa” (Filemom vv.1 e 2). Era costume, e às vezes necessário, que as igrejas locais se reunissem na casa de um dos membros: “Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa” (Colossenses 4:15).

 

“Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”

Essa forma de saudação encontrada na maioria das cartas de Paulo (Romanos 1.7; 1 Coríntios 1.3; 2 Coríntios 1.2; Gálatas 1.3; Efésios 1.2; Filipenses 1.2; 2 Tessalonicenses 1.2). O apóstolo Pedro cumprimenta os dispersos em sua epístola de forma semelhante: “Graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pedro 1:2), e João em Apocalipse cumprimenta as igrejas da Ásia menor de uma forma mais eloquente incluindo aqui as três pessoas da Trindade: “Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém” (Apocalipse 1:4-6).

A frase busca invocar todas as bênçãos associadas à antiga e à nova aliança na comunidade da fé, reunida em Colossos. O termo “paz” recorda a bênção de Arão em Números 6.26, enquanto “graça” se tomou a palavra escolhida por Paulo para expressar a extensão do amoroso favor de Deus para com seu povo através de Cristo. Paulo sempre quis o melhor para seus convertidos, individual e coletivamente. Também lhes desejava as mesmas bênçãos que havia experimentado em seu encontro com Deus, através de Cristo. Deste modo, até dentro da estrutura bastante previsível de uma abertura epistolar, Paulo é um exemplo do cuidado e do generoso amor pastoral.

Apesar de ser a saudação preferida de alguns apóstolos, não devemos considerar como ela uma fórmula oficial para todas as igrejas. Entre os judeus, a principal palavra usada para saudação é "Shalom" ("Paz"). Desejar "Shalom" a alguém implicava uma bênção (2 Samuel 15.27). Aos setenta discípulos comissionados, o Senhor Jesus ordenou que partissem de dois em dois a todas as cidades e lugares. Ao chegarem a uma casa, eles deveriam dizer: "Paz seja nesta casa". Se ali estivesse um filho da paz, sobre este a paz repousaria; caso contrário, a paz voltaria aos discípulos (Lucas 10.1-6; Mateus 10.12,13).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/11/filemom-3.html

ARAÚJOIsael de AraújoDicionário do movimento pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 2007

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201309_02.pdf

https://novavidaemamor.blogspot.com/2022/02/a-paz-do-senhor-saudacao-crista-mais.html

1 João 3:3

1 João 3:3 ’E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.”

 

’E qualquer que nele tem esta esperança”

A revelação de que os cristãos, como filhos de Deus, serão semelhantes a ele, quando ele se manifestar (v.2), é descrita como a esperança do cristão. O autor sagrado apega-se à idéia que o segundo advento de Cristo poderia ter lugar durante seu próprio período de Vida, como também esperavam Pedro e Paulo (1 Coríntios 15:51). O trecho de 1 João 2:18: "Filhinhos, esta é a última hora” mostra que o autor sagrado pensava viver na última hora.

A igreja cristã. Em todas as suas gerações, deverá caracterizar-se por essa esperança da vinda de Cristo para breve. Mas, visto que somente Deus sabe em que tempo isso sucederá (Mateus 24.36), todas as gerações, potencialmente, podem ver esse acontecimento. E óbvio, pois, que a espera pela possibilidade da parousia para nossos próprios dias de vida é uma esperança purificadora para todos os remidos.

 

“... purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.”

A gratificação que a promessa dá que somos de fato filhos de Deus e que seremos transformados à imagem de Cristo em sua vinda não deve levar os crentes a uma falsa sensação de tranqüilidade. Se alguém tem a esperança de finalmente ser semelhante a Cristo, deve, então, a si mesmo se purificar… assim como ele (Cristo) é puro.

Sem a purificação (que é a transformação moral), não poderemos ser metafisicamente transformados. Notemos, pois, a extrema importância da santificação. Não podemos fazer a escolha se nos santificaremos ou não. Trata-se de um imperativo absoluto, para que se participe da vida eterna: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).

Somente a santidade pode preparar um crente para aquele evento, pois, de outra maneira, não poderemos ter confiança·, que nos fará ir ao encontro dele corajosamente. Se não tivermos vivido corretamente, cumprindo nossa missão, ficaremos envergonhados quando ele vier para revelar em nós aquilo que seremos: “E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda” (1 João 2:28).

João já acentuou que, desde que Cristo é justo, devemos praticar a justiça, se não quisermos ficar envergonhados em Sua vinda (1 João 2:29). Semelhantemente, desde que Ele é puro, e quando O virmos seremos semelhantes a Ele, temos que assegurar-nos de que o processo de purificação tem-se iniciado agora e começa a purificar-nos. Certo, somente o sangue de Cristo pode limpar-nos da corrupção e da culpa do pecado (1 João 1:7), mas temos um papel a desempenhar na purificação de nós mesmos do poder do pecado: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” ( 2 Coríntios 7:1).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

STOTT, John. I, II, III João: Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1982.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202212_05.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 17 DE DEZEMBRO DE 2025 (1 Coríntios 6:17)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
17 DE DEZEMBRO DE 2025
UM MESMO ESPÍRITO COM O SENHOR

1 Coríntios 6:17 “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.”

 

“Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.”

Paulo usou a mesma palavra grega “kollaomai” para designar tanto a junção de um homem com uma prostituta quanto à união de um cristão com Cristo. No versículo anterior Paulo pensara no vínculo físico, da união com uma meretriz: “Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela?” (v.16). Agora ele se refere ao laço espiritual que liga o verdadeiro crente ao Senhor.

Assim como os que participam do ato sexual tornam-se “um corpo”. Os que se unem pelo laço espiritual tornam-se “um espírito”. Os que se unem ao Senhor se tornam um só espírito com Ele, ou seja, o crente é um com o seu Senhor. Por outro lado se o seu corpo é membro de Cristo e se você se entrega à impureza e à prostituição, você está juntando Cristo à prostituição. Isso seria uma blasfêmia. Uma vez que os nossos corpos são membros de Cristo não podemos unir o corpo de Cristo à impureza.

O verdadeiro homem espiritual, nascido de novo, é aquele em quem não somente o Espírito Santo habita, mas o que o Espírito Santo governa e rege sem reservas o seu espírito, e alma e corpo. Nele o Espírito não é apenas residente, mas presidente em tudo.

Uma das expressões mais fortes sobre a união com Cristo foi escrita por Arthur T. Pierson. Esse autor expôs, "As ovelhas podem se afastar do pastor, o ramo pode ser cortado da videira; o membro pode ser separado do corpo . . , mas quando dois espíritos se unem em um só, quem os separará?" (Knowing the Scriptures).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos,2008.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201702_03.pdf