Coríntios 7:1 “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”
“Ora, amados, pois que temos tais promessas”
Esta declaração está intimamente relacionada aos trechos do Antigo Testamento citados em 2 Coríntios 6:16-18. Esses trechos refere-se à profecia mencionada em Levitico 26:11-12: “Estabelecerei minha habitação no meio de vós e não vos rejeitarei jamais. Estarei no meio de vós, serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”. Profecia essa que foram renovadas pelos profetas Jeremias (31.1) e Ezequiel (37.26-28).
Paulo declarou que as promessas de Deus ao Seu povo e a reivindicação do cristão a essas promessas são incompatíveis com a idolatria (6:16). A idolatria geralmente vinha acompanhada de imoralidade.
A exortação paulina misturava palavras amáveis e afetuosas com as exigências de uma vida santa apregoadas pelo evangelho. Os crentes coríntios eram “amados” por Paulo. Porque os amava, ele se recusou a ser condescendente com a atitude deles. Em vez de dar uma ordem direta, o apóstolo incluiu-se na exortação à purificação.
“... purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”
Estas promessas os incentivariam a livrar-se de tudo o que contamina o homem, inclusive atitudes, desejos e hábitos da velha vida e as influências das idéias e cultos pagãos (Romanos 8.12,13; Gálatas 5.16). Praticar idolatria não só desonrava a Deus, mas também contaminava “a carne e o espírito”.
Para os cristãos, livrar-se de “toda impureza, tanto da carne como do espírito” é parar de fazer concessões ao pecado, pois a “pessoa toda” pode ficar adversamente poluída pelas práticas idólatras ou, de modo mais específico, que tanto o corpo da pessoa (exterior) como o espírito (interior) podem degenerar.
Se valorizarmos as promessas seremos capazes de aperfeiçoar-nos em santificação. E isso faremos se verdadeiramente reverenciamos o Deus que disse “Sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44) e “Eu sou o Senhor que vos santifico” (Lv 22.32). Santidade ou santificação é o objetivo final da exortação de Paulo: essa purificação aperfeiçoará a nossa santidade no temor de Deus.
O temor de Deus significa o reconhecimento de que Ele é o soberano Senhor e Juiz. Temer a Deus é ver nEle a inspiração para ser santo. O devido temor a Deus é um fator determinante para se ter a vida santa que Deus planejou para os Seus filhos. “Temor”, neste caso, não é um pavor terrível; é uma reverência santa, um senso de dependência e pequenez diante daquele que inspira arrependimento.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
17/12/2025
FONTES:
QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da igreja e suas soluções.Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202108_01.pdf
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