segunda-feira, 9 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 9 DE JUNHO DE 2025 (João 17.3-4)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
9 DE JUNHO DE 2025
UMA ORAÇÃO QUE REVELOU O CORAÇÃO DO PAI

João 17.3-4 “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer."

 

“E a vida eterna é esta:”

Quando as Escrituras falam em vida como galardão da justiça, isto significa algo muito mais importante do que a continuada existência, porque até os ímpios existirão, mas no inferno. A vida verdadeira significa viver em comunhão com Deus, uma comunhão que a morte não poderá interromper ou destruir.

Para muitas pessoas, a idéia de meramente existir para sempre é terrível. Realmente, viver para sempre, sem Deus, é a vida no inferno. Viver para sempre em comunhão com Deus, entretanto, é a bem-aventurança sem fim; é o Céu; é a vida eterna. A comunhão consciente com Deus, já aqui na terra, por si só é um a garantia e um antegozo da vida eterna: “E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá” (João 11.26).

A vida eterna diz respeito primariamente à alma, e passa a pertencer à pessoa do momento da conversão cm diante. Agora mesmo, nós, que somos filhos de Deus, temos a vida eterna; na vinda do Senhor, teremos imortalidade.

 

 “... que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

A vida física é resultado do contato vital com o ambiente físico; com o dano de algum órgão vital, rompe-se tal contato, e segue-se a morte. A vida eterna provém do contato com o ambiente espiritual. Noutras palavras, decorre da comunhão com Deus e com Cristo.

A vida eterna, então, consiste no conhecimento de Deus. Já que tal conhecimento é concedido pelo revelador que Deus enviou (Jesus Cristo), e na verdade é personificado nele, o conhecimento do revelador é a mesma coisa que o conhecimento do Deus que é revelado. Este conhecimento também não é uma simples questão de compreensão intelectual; ele envolve um relacionamento pessoal.

O Pai e o Filho se conhecem em amor mútuo, e através do conhecimento de Deus as pessoas são admitidas ao mistério deste amor divino, amando a Deus, sendo amadas por ele e, em resposta, amando umas às outras. Esta é a base da unidade pela qual Jesus ora nos versículos 20-23: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;. Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.”

 

"Eu glorifiquei-te na terra,"

O objetivo de Jesus ao passar pela terra foi glorificar a Deus. Isso acontece quando realizamos a sua vontade. Deus é glorificado quando manifestamos frutos de arrependimento mediante a boas obras: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5.16), quando isso acontece até os gentios glorificam a Deus: "E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia" (Romanos 15.9). Deus é glorificado quando concordamos na terra: "Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 15.6). Deus é glorificado quando sofremos por causa da justiça: "Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (1 Pedro 4.16).

Jesus havia manifestado as obras de Deus. Quando estava a caminho de Emaús ouviu o testemunho de um dos seus discípulos que não o houvera reconhecido: "És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" (Lucas 24.18-19).

Demonstrou misericórdia a uma mulher siro-fenícia na questão da sua filha atormentada. Após isso: "a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel" (Mateus 15.31). Pregou sobre acordo entre irmãos: "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus" (Mateus 18.19).

E padeceu por causa da justiça: "pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pedro 2.21-24).


"... tendo consumado a obra que me deste a fazer."

Aqui Jesus disse que havia completado a missão para a qual Deus o enviara: Mais do que nunca, o fato de Jesus se fazer carne revelou a natureza do próprio Deus. Este foi o seu propósito ao vir à terra. Ele anunciou  que tinha vindo para fazer a vontade daquele que o enviara e para realizar a obra do Pai:  "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (João 4.34).

A obra que o Pai lhe havia confiado tinha como foco a cruz, como revelou Jesus na primeira vez em que anunciou que era chegada a sua hora: "É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado" (João 12.23)

Embora Jesus falasse como se a sua obra na terra já tivesse sido consumada, morrer na cruz era o único ato de obediência que lhe faltava realizar. Um dia antes de fazer seu sacrifício, ao se consagrar para isso em oração, ele antecipou a conclusão da obra da cruz. O fato de falar disso como se já o tivesse consumado mostra seu total comprometimento com a maior obra que Deus lhe confiara.

No outro dia a hora nona ele gritaria na cruz: "Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19.30)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/4/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

PEARLMAN, Myer. João o Evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.