Isaías 7.14 “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”.
“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal:”
O contexto
imediato do texto está descrevendo a ameaça dos Reis da Síria (Rezim) e do Rei
de ISrael (Peca) contra o reino de Judá (Acaz).
O Senhor diz a
Isaías e seu filho (Sear-Jasube) saí ao
encontro de Acaz (7.3-4) “E dize-lhe: Acautela-te, e aquieta-te; não temas,
nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições
fumegantes” (Isaías 7:4); “Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá”
(Isaías 7:7).
Após transmitir
essa mensagem a Acaz o Senhor acrescenta: “Pede para ti ao Senhor teu Deus
um sinal; pede-o, ou em baixo nas profundezas, ou em cima nas alturas”
(Isaías 7:11). Acaz se nega a exigir um sinal de Deus, diferentemente dos
fariseus e seguidores da época de Jesus: "Uma geração má e adúltera
pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta
Jonas” (Mateus 12:39). Como nessa passagem o Senhor transmite o sinal para
as gerações futuras. Isaías, então, profetiza aos descendentes de Davi (Judá).
“...eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho,”
Eis a profecia
do nascimento virginal do nosso Senhor. Lucas e Mateus descrevem o cumprimento
dessa profecia aproximadamente 700 anos após: “Ora, o nascimento de Jesus
Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se
ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mateus 1:18).
Lucas nos relata
mais detalhadamente que “foi o anjo
Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem
desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem
era Maria” (Lucas 1:26,27). O anjo a disse: “Eis que em teu ventre
conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus” (Lucas
1:31). A resposta de Maria foi: “Como se fará isto, visto que não conheço
homem algum?” (Lucas 1:34). A tréplica do Anjo foi: ”Descerá sobre ti o
Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso
também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas
1:35).
Esse fato
sobrenatural é o sinal de Deus para toda a humanidade: “Mas, vindo a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos” (Gálatas 4:4,5).
“...e será o seu nome Emanuel”.
Todavia o noivo de Maria que sabia
que não havia ainda consumado seu casamento duvidou quando Maria descreveu essa
fato sobrenatural: “Então José, seu marido, como era justo, e a não queria
infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19). E quando ele vai
dormir um anjo lhe aparece em Sonho e confirma o testemunho de Maria: “não
temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito
Santo;
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque
ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus
1:20,21). Quem nos narra esse fato é Mateus, e ele associa o avento a profecia
de Isaías: “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da
parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à
luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco”
(Mateus 1:22,23)
Emanuel, no
hebraico, é a junção de dois termos — immánu, que significa “conosco”, e El,
que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. Jesus não
somente foi homem, mas estabeleceu morada entre os homens: “E o Verbo se fez
carne, e habitou entre nós...” (João 1:14).
Essa atitude de
Jesus demonstra o imenso amor de Deus para com a humanidade perdida, que de
outra forma jamais entenderia esse amor. Ele se tornou como um de nós e nos
amou para que nós o amassemos e fôssemos definitivamente dEle.
Jesus não se
chamava Emanuel como nome próprio, mas vários textos bíblicos apontam para Ele
como sendo designado por esse nome como aquilo que Ele de fato é: Deus Conosco.
Esse nome designa sua missão entre a humanidade de fazer Deus estar com a
humanidade, de habitar entre os homens.
Mostra a
natureza divina do Filho de Deus como sua obra messiânica da graça, habitando
entre os homens e ao mesmo tempo significando que “porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9).
Mateus aplicou
corretamente esta profecia a Jesus, o Messias (Mateus 1.23).” Note também que
Mateus termina o seu livro com Jesus dizendo: “E eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (28.20). Ele continua
sendo o Emanuel, “Deus conosco”.
Escatologicamente
todos os que nele creem habitarão com Ele: “E ouvi uma grande voz do céu,
que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu
Deus” (Apocalipse 21.3)
DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando
desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD,
2023.
HORTON, Stanley. Isaías - O profeta messiânico. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
POMMERENING, Clayton Ivan. Lições Bíblicas Jovens - Lição
9: O sinal do Emanuel. CPAD, 3º Trimestre de 2016.
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