sábado, 13 de janeiro de 2024

2 Crônicas 36.16

2 Crônicas 36.16 “Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”.


“Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, ”

Os profetas tinham um caráter de denúncia da injustiça, da opressão e do pecado e apelavam à consciência do povo, mas especialmente aos líderes, indicando que os fatos denunciados, bem como a idolatria, estavam chegando na medida de Deus enviar o seu juízo, o que, de fato, aconteceu com o cativeiro babilônico. Vários profetas haviam predito a ruína de Jerusalém, incitando o povo ao arrependimento para que a justiça divina não agisse contra o povo, a Cidade Santa e o Templo, mas todos os avisos foram em vão. Dentre os profetas pré-exílicos do Reino do Sul, podemos citar Miqueias, Sofonias, Naum e Habacuque. Joel e Obadias profetizaram bem antes do exílio. Isaías foi o maior profeta em período anterior ao exílico de Judá, e Jeremias anunciou, acompanhou e relatou todas as atrocidades dos cercos babilônicos e da sorte dos cativos. Ezequiel e Daniel atuaram no exílio. O ministério de Jeremias foi o mais importante desse período. Ele iniciou suas atividades proféticas no reinado de Josias e deu continuidade durante os quatro reinos seguintes (Jeremias 1.1-3).No tempo desse grande profeta, havia muita discórdia e confusão sobre o que era a verdadeira e a falsa palavra de Deus:  Assim diz o Senhor dos exércitos: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós”(Jeremias 23.16,17). Eles zombaram dos mensageiros de Deus (o que era uma grande afronta para Aquele que os enviou), desprezaram as suas palavras, e não só isso, mas escarneceram dos Seus profetas, tratando-os como seus inimigos. O mau tratamento que eles deram a Jeremias que viveu nesta época, sobre o qual lemos em detalhes no livro da sua profecia, é um exemplo disso. Esta foi uma evidência de uma inimizade implacável a Deus, e uma resolução invencível para continuarem nos pecados que praticavam. Isto trouxe sobre eles uma ira irremediável, pois pecavam contra aquilo que seria o seu remédio.


“...até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”

O autor de Reis afirma: “O Senhor não o quis perdoar” (II Reis 24.4), porque já havia chegado a um tal nível de deterioração que seria impossível o povo voltar-se novamente para Deus, a não ser que fossem severamente castigados para refletirem sobre o mal cometido. Outra afirmação forte de Reis é que o Senhor rejeitou-os da sua presença (II Reis 24.20), o que também é corroborado pelo profeta Jeremias (6.20). Deus chegou a chamar Jerusalém de Gomorra (Jeremias 23.14; Isaías 1.9,10)! Se Ele chamou assim a sua cidade escolhida, então vale a pena atentarmos para nossa situação de enxertados na oliveira e vivermos uma vida digna da glória de Deus (Romanos 11.17,18,21).Havendo rejeitado a postura de filhos da aliança servos de Yahweh, a comunidade judaica espalhada pelo cativeiro agora cumpriria o papel de escravos em terra estranha. Somente quando se cumprisse o tempo da disciplina, o povo poderia sonhar com o retorno à sua terra. Então reassumiria a responsabilidade de ser verdadeiramente a nação santa e o povo de Deus.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/09/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel.Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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