Ezequiel 34:6 “As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.”
“As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; ”
Os líderes não foram pastores, mas tiranos. Não protegeram o rebanho, mas o exploraram. Seus atos violentos espalharam as ovelhas, deixando-as desprotegidas. Perdidas nos campos, elas se tornaram alimento para as feras que vigiavam aqueles lugares, sempre famintas, sempre matando, sempre esperando para devorar mais uma vítima.
Os vs. 5-6 mencionam três vezes a dispersão das ovelhas, ressaltando que aquela ação figurava entre suas ofensas principais. O dever do pastor era o de não permitir justamente aquilo. Mas os falsos pastores tinham uma regra só: servir a si mesmos.
As ovelhas fracas, doentes, quebradas, desgarradas e perdidas precisavam de cuidados especiais, mas a realidade era diferente: “A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza” (v.4). Essa linguagem metafórica revela o estado de miséria da população de Jerusalém.
O povo de Deus se espalhou por toda parte as nações como resultado da liderança fraca. Eles tornaram-se presa fácil para todos as feras do campo (v. 5), as nações cruéis. Algumas poucas ovelhas que sobreviveram aos ataques das feras esconderam-se nas ravinas das colinas, em cavernas, em câmaras secretas.
Algumas fugiram para países vizinhos e sofreram exílio permanente. A maioria dos sobreviventes foi levada cativa para a Babilônia, onde a miséria continuou. “Lá fora” não houve ninguém que cuidasse das ovelhas perdidas e doentes. Nenhum homem se preocupava com as suas almas. A profecia parece implicar não apenas no exílio babilônico, mas em uma dispersão mundial.
“... sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.”
Note-se que Yahweh as chama de “minhas ovelhas”, isso demonstra que a liderança falhou não com a sua própria posse, mas com a posse do Senhor. Ele era o Pastor, mas aqueles designados subpastores foram negligentes e abusaram de seus deveres, descumprindo sua missão: “Portanto assim diz o Senhor Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes...” (Jeremias 23:2)
Foram espalhadas sobre toda a face da terra. Ninguém se preocupou em procurá-las. (NCV). Por contraste, o Verdadeiro Pastor veio para procurar e salvar o que foi perdido (Lucas 19.10).
Deus sempre espera que em todas as épocas que busquemos os desgarrados. Exemplificando esse sentimento Jesus nos contou a parábola da ovelha perdida (Lucas 15), em que o pastor deixou 99 ovelhas e foi em busca da que se perdeu. Aqueles que entrarão no Reino Milenial terão essa preocupação: “Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes me ver” (Mateus 25.36).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/5/25
FONTES:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201910_06.pdf
CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
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