sábado, 4 de janeiro de 2025

Hebreus 4.15


FHebreus 4.15 “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. “

 

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;

A imagem aqui é extraída do sistema sacerdotal no qual o sacerdote intercedia pelas fraquezas do povo. Na seção posterior de Hebreus 5.1-10, o autor sacro apresenta de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações do sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior e perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele recorrem

A palavra compadecer ou socorrer é muito expressiva significa “correr em atendimento a um grito”. O crente clama a Deus pedindo socorro, e Deus atende “correndo para nos socorrer! ” Portanto, clamemos por socorro na hora da necessidade, esperando que nos atenda!

A capacidade que Cristo tem para nos socorrer é devido não somente à sua divindade como Filho de Deus, mas também à sua humanidade, pela qual obteve a condição de condoer-se de nós. Afinal, Cristo compartilhou as demais “fraquezas” da nossa carne, pelo que sentiu cansaço, fome, sede e necessidade de habitação, entre outras e triunfou para quem nos espelhemo-nos nele: “Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos” (Hebreus 12.3).

Jesus ao mesmo tempo que é humano é divino. Ele é o perfeito Sumo Sacerdote que representa o homem perante Deus e é o Filho de Deus que representa Deus perante o homem. Essa condição especial o torna apto para ser o nosso único mediador: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5).

 

“... porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. “

Mesmo com a natureza divina, Jesus “em tudo foi tentado”, diz a palavra de Deus. Só conhece o que é tentação quem já passou por ela. As tentações de Jesus não partiam do seu íntimo, como ocorre com o homem natural. Tiago disse que “cada um é tentado pelos desejos que estão dentro de si” (Tiago 1:14). Elas foram provações e provocações externas advindas do tentador e de seus agentes.

Richard S. Taylor observa oportunamente que Jesus não foi tentado em todas as particularidades ou em cada situação possível. Por exemplo, Ele não foi tentado como marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado porque não exerceu nenhuma dessas funções.

Mas Jesus foi tentado nas três áreas básicas da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. Dessa forma, Jesus conhecia a tentação no campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos relacionamentos espirituais. O Eu, os outros e Deus: É exatamente nessas áreas onde ocorre o campo de batalha de todo cristão.

Para nós é muito significativo saber que Jesus, como homem foi tentado em todas as coisas, “mas sem pecado”. A Bíblia assegura: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21). Diante disso compreendemos que ele pode nos socorrer nas nossas fraquezas: “Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hebreus 2.18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SILVA, Severino Pedro da. Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

GUTHRIE, Donald. Hebreus- Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Lições Bíblicas 2001 - 3 Trimestre - Hebreus - Elinaldo Renovato de Lima

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