terça-feira, 5 de agosto de 2025

Atos 6:9

    

Atos 6:9 “E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.”

 

“E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia,”

O diácono Estevão muito contribuiu para o crescimento da Palavra de Deus em Jerusalém e para a multiplicação do número de discípulos (v.7). Através dele Deus fazia muitos sinais e prodígios entre o povo (v.8). Os sinais operados por Estevão atraíram as multidões. Não demorou para que opositores se apresentassem. Os que se levantaram contra Estevão eram da sinagoga chamado dos libertinos (ou libertos). Esta é a primeira menção da sinagoga em Atos. A sinagoga teve seu início durante o cativeiro babilônico, quando os judeus não podiam adorar no templo. No tempo dos apóstolos, havia sinagogas espalhadas por todo o Império Romano. Jerusalém tinha centenas delas. Alguns acreditam que eles formavam quatro sinagogas diferentes, com os Libertos formando a quinta. Outros pensam que duas, três ou quatro sinagogas estão em mente. Mas talvez seja mais plausível entender que Lucas se refere a apenas uma sinagoga (pois a palavra está no singular).

Essa sinagoga constituía-se de homens que tinham sido libertos da escravidão. Alguns eram de Cirene ou Alexandria, que localizavam-se no norte da África, ao sul do mar  Mediterrâneo. Outros eram da Cilícia ou Ásia, que localizavam-se na Ásia Menor, ao norte do mar. Ninguém era da Palestina; todos eram judeus helenistas, assim como Estevão. Este provavelmente freqüentara essa sinagoga antes de tornar-se cristão.

Talvez Lucas tenha mencionado Cirene, Alexandria, Cilícia e Ásia porque pessoas procedentes desses lugares teriam, mais tarde, uma proeminência no Livro de Atos. O local mais significativo nomeado por Lucas é a Cilícia. A capital da Cilícia era Tarso e um jovem de Tarso, chamado Saulo, residia então em Jerusalém (Atos 7:58; 22:3). É provável que Saulo tenha freqüentado a sinagoga onde outros cilicianos vinham para adorar. Ele pode ter estado presente quando Estevão veio lhes falar de Jesus.

 

“... e disputavam com Estêvão.”

Qualquer que tenha sido a mensagem de Estêvão, ela despertou muita raiva sinagoga nos membros dessa sinagoga. Eles “Levantaram-se... e discutiam com Estêvão”. Estêvão, porém, não recuou; manteve os pés no chão e mesmo sendo um só disputou com eles. Existe uma diferença entre provocar contendas (1 Coríntios 1:11; Tito 3:9) e contender pelo que realmente importa.

Paulo escreveu a Tito que ele devia reter “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tito 1:9). Judas escreveu que devemos “batalhar, diligentemente, pela fé” (Judas 3). Pedro escreveu: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15). Alguns dizem que já passou o tempo de se discutir sobre religião. Já acabaram as discussões sem polidez, sem cordialidade e sem espírito cristão. Mas as discussões “com integridade e reverência” (Tito 2:7) nunca estarão fora de moda.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/08/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

STOTT, John. A Mensagem de Atos - Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 1994.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200111_03.pdf

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