domingo, 21 de janeiro de 2024

Mateus 5:13

Mateus 5:13 “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 


“Vós sois o sal da terra; “ 

O sal é ingrediente necessário em nossos alimentos, e nossa saúde depende de um consumo adequado de sal. Adicionamos este elemento à alimentação não só para tomá-la mais saborosa, mas também para manter o correto equilíbrio do organismo, tão necessário à saúde. A dosagem excessiva ou deficiente de sal pode causar distúrbios indesejáveis a o nosso bem-estar físico. O valor do sal tem sido estimado desde tempos imemoriais. Os soldados romanos eram pagos com sal e, se algum deles era desleixado no cumprimento dos deveres, dizia-se que "não valia o seu sal". Antes dos tempos de os tabeliães poderem autenticar a legalidade de um documento, quando duas partes chegavam a um acordo. Juntos comiam sal ou porções de alimento: o ato de comer o sal sujeitava-os àquilo que chamavam pacto de sal. Este pacto ou aliança estabelecia um contrato inviolável(Números 18.19),).Deus prescreveu o sal como parte necessária dos sacrifícios.(Levítico 2:13). Deus disse que se não adicionassem sal à oferta, ela seria inaceitável. Quando o Senhor disse aos discípulos "Vós sois o sal da terra" não estava pregando um novo pensamento aos judeus, para eles os profetas, que tinham vindo antes deles, eram o sal da terra de Israel. Em nossa sociedade, empregamos o sal para dar sabor e também como conservante. Antes de haver refrigeração, preservava-se a carne imergindo-a em salmoura ou esfregando-a com sal, e então levando-a ao sol para secar. Nossos antepassados, viajando através dos prados, dependiam de carne salgada para seu sustento. Devido a este conceito comum, consideramos esta passagem como ensino do Senhor de que os crentes são conservadores.

“...e se o sal for insípido, com que se há de salgar?

A palavra “insípido” significa destituído de qualquer sabor. Por isso Jó formula a pergunta: "Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?"(Jó6:6).  Se não formos como devemos ser, seremos como o sal que perdeu o seu sabor. Se nós, que devem temperar os outros, não temos sabor, somos vazios de vida espiritual, de tempero e de vigor. Se um cristão é assim, especialmente se um ministro é assim, a sua condição é muito triste, pois: (1) Ele é irrecuperável: de que maneira ele poderá ser temperado? O sal é um remédio para a comida sem sabor, mas não existe remédio para o sal insípido. O cristianismo dá um gosto especial ao homem. Mas se o homem o absorver e continuar a professá-lo, e ainda assim permanecer vivendo do mesmo modo como um tolo, sem graça e insípido, nenhuma outra doutrina, nenhum outro meio poderá ser aplicado para dar-lhe sabor. Se o cristianismo não puder fazê-lo, nada o fará.


Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. “ 

Se formos infrutíferos: consequentemente, não serviremos para mais nada. Para que poderemos ser usados, em que não cause mais mal que bem? Assim como um homem sem razão, é um cristão sem a graça. Um homem mau é a pior das criaturas, um cristão mau é o pior dos homens; e um ministro mau é o pior dos cristãos. Estaremos condenados à ruína e à rejeição. Seremos hora ou outra expulsos da igreja e da comunhão de fé, para as quais estaremos representando um peso e uma mancha; sendo assim, pisados pelos pés dos homens. Que Deus seja glorificado através da vergonha e da rejeição daqueles por quem Ele foi rejeitado, e que não se fizeram adequados para nada, exceto para serem pisados.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/03/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

PENTECOST, Dwight. O sermão da montanha. Trad. Luiz Aparecido Caruso. São Paulo: Vida, 1984.

CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte - A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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