sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Apocalipse 17.5

Apocalipse 17.5 “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra. ” 


Após descrever a grande prostituta: “...e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação” (Apocalipse 17:3,4). João desvenda o nome dessa meretriz:


“E, na sua testa, estava escrito o nome: “   

O Apocalipse em sua magnitude é um livro de selo e assinalação. Não é a primeira vez que nos deparamos com nomes escritos na testa. Os santos de Deus foram selados na testa com o nome divino (7:3; 9:4; 14:1). Os seguidores da besta também foram selados na testa e na mão com o nome dela e o número do seu nome (13:17). Na nova terra os redimidos terão o nome de Deus escrito na testa (3:12; 22:4). Isto também pode ser um reflexo do costume romano de prender na cabeça das meretrizes um tipo de pequena faixa ao redor da cabeça que continha seu nome, num tipo de exibição de sua própria desonra. O nome "na sua fronte" indica o seu caráter.


 “ Mistério, a Grande Babilônia, ” 

A palavra grega mysterion, utilizada por João, significa segredo ou doutrina secreta. Esse termo assinala alguma verdade divina que esteve oculta e passou a ser conhecida. Assim sendo, o termo “mistério” indica que o nome Babilônia não é meramente um local geográfico, mas, sim, um simbolismo. O nome "Babilônia" é a forma grega da palavra hebraica Babel, derivada do vocábulo Balai, "confundir", que resultou, por sua vez, no substantivo Babel (Gn 11.9). Os gregos costumavam colocar letras no fim dos nomes, dando assim a Babel a conhecida forma Babilônia. Portanto, Babilônia, está relacionada com Babel, e simboliza o orgulho humano e a rebelião contra o único e verdadeiro Deus (Genesis 11.3,4). O sistema religioso babilônio dominou a Mesopotâmia nos tempos do Antigo Testamento. Até a Assíria adotou a adoração aos deuses babilônios. Aqui, o termo Babilônia é dado a todo o sistema religioso anti-Deus, cujo ápice dar-se-á quando o Anticristo e o seu Falso Profeta implantarem o seu governo após o arrebatamento da Igreja.


“...a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra. ” 

Além de trazer a taça cheia de abominações (v.4), a mulher é também a mãe das prostituições e das abominações da terra. Essa grande meretriz, o falso sistema religioso, corrompe a terra com a sua prostituição. Ela leva as nações a se curvarem diante de ídolos. Ela desvia as pessoas do Deus verdadeiro. Ela ensinou falsas doutrinas. Ela se esforça para produzir apóstatas em vez de discípulos de Cristo. Ela vem gerando todas as falsas religiões e seitas desde os dias da torre de Babel até hoje. A palavra "abominação" é usada para tudo o que é detestável aos olhos de Deus, especialmente o que está ligado à idolatria, astrologia, adivinhações, luxúria, magia, e experiências ligadas às drogas e ao ocultismo. Tal sistema religioso pode ser aplicado ainda ao secularismo humanístico, práticas satânicas, filosofias da Nova Era e outros ensinos que rebaixem o nível moral da humanidade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/6/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. Apocalipse – as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

LADD, George Eldon. Apocalipse - introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1986.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse – versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário