1 Tessalonicenses 5.8 “Mas nos, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação."
“Mas nos, que somos do dia, sejamos sóbrios, ”
Paulo identifica os cristãos gentios como a expressão “nós, que somos do dia” afinal outrora éramos trevas como os demais que não tem esperança, mas Deus nos resgatou desta posição de escuridão: “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor ” (Colossenses 1:12,13). Sendo assim, agora somos do dia e não podemos, mas nos relacionarmos com as obras das trevas: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Efésios 5:11). Pois somos agora como uma carta aberta que pode ser lida e conhecida por todos (2 Coríntios 3:2), afinal, as obras que praticamos na luz glorificam o Deus que nos resgatou: “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus “ (João 3:21). Devemos ser sóbrios, temperantes, possuirmos domínio próprio, exercitarmos o autocontrole. Devemos resistiras seduções do mundo. E elevar nossos pensamentos às coisas do alto (Cl 3:1,2) e procurar priorizar o serviço ao reino de Deus (Mateus 6.33).
“...vestindo-nos da couraça da fé e do amor. ”
O apóstolo então oferece um projeto para esses exercícios de autocontrole: os tessalonicenses são encorajados a desenvolver as três virtudes cardeais que são a fé, o amor e a esperança (1 Tessalonicenses 1.3). Lembrando-nos de sua descrição mais extensiva da armadura de Deus em Efésios 6.13-18, o apóstolo descreve estas três virtudes em termos de duas partes da armadura com que os cristãos precisam estar equipados. A Couraça diz respeito a proteção ao coração: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida “ (Provérbios 4:23). Jesus disse que onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração (Lucas 12:34). 1. Devemos viver pela fé, e isso nos manterá vigilantes e sóbrios. Se cremos que os olhos de Deus (que é um Espírito) estão sempre sobre nós, que temos inimigos espirituais com os quais devemos lutar, que existe um mundo de espíritos que devemos enfrentar, veremos motivos para vigiar e estar sóbrios. A fé será nossa melhor defesa contra os assaltos dos nossos inimigos. 2. Devemos ter um coração inflamado de amor; e essa também será a nossa defesa. Um amor verdadeiro e fervoroso por Deus e pelas coisas de Deus nos manterá vigilantes e sóbrios e impedirá a nossa apostasia em tempos de dificuldades e tentações.
“...e tendo por capacete a esperança da salvação. ”
Capacete fala de proteção a nossa cabeça “Tomai também o capacete da salvação...” (Efésios 6:17), o cristão deve ter convicção quanto a sua fé em Deus e a certeza da sua salvação, pois, “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus “ (Romanos 8:16). Possuindo essa certeza temos esperança real em Cristo. Tanto no Antigo como no Novo Testamento Deus é a esperança dos justos, porque suas promessas garantem tudo quanto tem prometido. A esperança cristã inclui a fé em Deus e no ato salvífico de Cristo no calvário e percebe-se também que a esperança tem um caráter escatológico. Em meio ao sofrimento, o crente precisa apegar-se à esperança das promessas das Escrituras. A esperança é a fonte da força presente para os fiéis que creem no que Deus realizou em Cristo, e a garantia dessa esperança está no fato de que o Espírito Santo fortalece a nossa fé e que, se morrermos, temos uma herança eterna com Deus em sua glória. Quando foi para Roma, ele sabia que enfrentaria o espectro da morte, mas não se deixou esmorecer pela certeza íntima de algo superior na eternidade.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/12/2021
Fontes:
CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
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