quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

2 Coríntios 4.9

2 Coríntios 4.9 “Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. “


Nesta seção da carta Paulo se expressa numa série de quatro declarações paradoxais. Elas refletem, de um lado, a vulnerabilidade de Paulo e de seus companheiros, e por outro lado, o poder de Deus que os sustenta. Esse versículo contém as duas últimas declarações paradoxais.


“...perseguidos, mas não desamparados; “ 

A palavra grega para “perseguidos”, traz a ideia de perseguir e caçar como a um animal, enquanto a palavra para “desamparados”, significa desertar, abandonar alguém em dificuldades. Paulo se descreve como um fugitivo caçado por seus adversários, contudo, na última hora Deus lhe dava um escape.201 Paulo sofreu duras perseguições desde o começo de sua conversão até o último dia da sua vida na terra. Não teve folga nem alívio. Foi perseguido pelos judeus e pelos gentios, pelo poder religioso e pelo poder civil. No entanto, jamais se sentiu desamparado. Quando foi apedrejado em Listra, levantou-se para prosseguir o projeto missionário. Quando foi preso em Filipos, cantou e orou à meia-noite. Quando foi preso em Jerusalém, deu testemunho diante do Sinédrio. Quando foi levado para Roma como prisioneiro de Cristo, testemunhou ousadamente aos membros da guarda pretoriana. Mesmo quando ficou só em sua primeira defesa, em Roma, foi assistido pelo Senhor (2 Timoteo 4.16-18).


“...abatidos, mas não destruídos; “ 

A palavra grega para “abatidos”, significa lançar abaixo, derrubar violentamente. A palavra era usada para falar da derrubada de um oponente na luta ou de derrubar uma pessoa com a espada ou qualquer outra arma. Já a palavra para “destruídos”, significa destruir e perecer. Paulo enfrentou circunstâncias desesperadoras, acima de suas forças (1.8). Foi acusado, perseguido, açoitado, aprisionado, mas jamais sucumbiu. Mesmo quando foi levado à guilhotina romana e teve seu pescoço decepado pelo verdugo, não foi destruído (2 Timóteo 4.17,18), porque sabia que sua morte não era uma derrota, mas uma vitória, uma vez que morrer é lucro, é deixar o corpo e habitar com o Senhor, o que é incomparavelmente melhor. Na fraqueza de Paulo, Jesus o tornou forte. O apóstolo parecia nunca esquecer que estava seguindo os passos de Jesus. O próprio Senhor foi crucificado de um modo vergonhoso, mas, por meio de Sua morte, Ele derrotou Satanás. A glória do ministério de Paulo estava no fato de que ele transmitia os ensinamentos de Jesus, mas também participara dos sofrimentos de Cristo. Ele jamais pensou em abandonar seu ministério. Naquilo o mundo viu como fraqueza, o apóstolo encontrou força.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_02.pdf

KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios: o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008.

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