2 Coríntios 4.9 “Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. “
Nesta seção da carta Paulo se expressa numa série de quatro declarações paradoxais. Elas refletem, de um lado, a vulnerabilidade de Paulo e de seus companheiros, e por outro lado, o poder de Deus que os sustenta. Esse versículo contém as duas últimas declarações paradoxais.
“...perseguidos, mas não desamparados; “
A palavra grega para
“perseguidos”, traz a ideia de perseguir e caçar como a um animal, enquanto a
palavra para “desamparados”, significa desertar, abandonar alguém em
dificuldades. Paulo se descreve como um fugitivo caçado por seus adversários,
contudo, na última hora Deus lhe dava um escape.201 Paulo sofreu duras
perseguições desde o começo de sua conversão até o último dia da sua vida na
terra. Não teve folga nem alívio. Foi perseguido pelos judeus e pelos gentios,
pelo poder religioso e pelo poder civil. No entanto, jamais se sentiu
desamparado. Quando foi apedrejado em Listra, levantou-se para prosseguir o
projeto missionário. Quando foi preso em Filipos, cantou e orou à meia-noite.
Quando foi preso em Jerusalém, deu testemunho diante do Sinédrio. Quando foi
levado para Roma como prisioneiro de Cristo, testemunhou ousadamente aos
membros da guarda pretoriana. Mesmo quando ficou só em sua primeira defesa, em
Roma, foi assistido pelo Senhor (2 Timoteo 4.16-18).
“...abatidos, mas não destruídos; “
A palavra grega para
“abatidos”, significa lançar abaixo, derrubar violentamente. A palavra era
usada para falar da derrubada de um oponente na luta ou de derrubar uma pessoa
com a espada ou qualquer outra arma. Já a palavra para “destruídos”, significa
destruir e perecer. Paulo enfrentou circunstâncias desesperadoras, acima de
suas forças (1.8). Foi acusado, perseguido, açoitado, aprisionado, mas jamais
sucumbiu. Mesmo quando foi levado à guilhotina romana e teve seu pescoço
decepado pelo verdugo, não foi destruído (2 Timóteo 4.17,18), porque sabia que
sua morte não era uma derrota, mas uma vitória, uma vez que morrer é lucro, é
deixar o corpo e habitar com o Senhor, o que é incomparavelmente melhor. Na
fraqueza de Paulo, Jesus o tornou forte. O apóstolo parecia nunca esquecer que
estava seguindo os passos de Jesus. O próprio Senhor foi crucificado de um modo
vergonhoso, mas, por meio de Sua morte, Ele derrotou Satanás. A glória do
ministério de Paulo estava no fato de que ele transmitia os ensinamentos de
Jesus, mas também participara dos sofrimentos de Cristo. Ele jamais pensou em
abandonar seu ministério. Naquilo o mundo viu como fraqueza, o apóstolo encontrou
força.
DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em
Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_02.pdf
KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São
Paulo: Vida Nova, 1984.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios:
o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008.
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