2 Coríntios 4.16 "Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.”
"Por isso não desfalecemos; “
Pela segunda vez, o apóstolo
assegurou a si mesmo e aos seus leitores: “não desfalecemos”
(desanimamos). “Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que
nos foi feita, não desfalecemos; “ (2 Coríntios 4:1). Por causa da luz
divina e da esperança da ressurreição e estar com Cristo, Paulo não permite que
as limitações humanas o levem a perder a coragem (ou “acovardar-se”). Ele sabe
que a presença de Cristo em sua vida é a “esperança da glória”
(Colossenses 1.27). Além disso, as
aflições são leves e momentâneas, comparadas com o peso e o caráter eterno da
glória que ele vai experimentar um dia. Paulo suporta as aflições da era
presente, neste mundo visível, porque mantém diante de seus olhos as glórias do
mundo a ser desvendado.
“..., mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, “
Se corrompa ou desgaste. Ou seja, o corpo
físico pode se desgastar, importunado pela oposição do mundo. A expressão “homem
exterior” equivale a “vasos de barro” em 4:7 e a “carne mortal”
em 4:11. A intensidade do esforço físico (veja 11:23–27) e o esgotamento
emocional das adversidades nas igrejas (veja 11:28, 29) desgastaram o apóstolo.
Mesmo assim, em face das contínuas tribulações, Paulo jamais se desanimava: “Eu
de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda
que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12:15. Ele
extraia motivação da missão como um herói da fé “...da fraqueza tiraram
forças, na batalha se esforçaram...” (Hebreus 11:34) Porém, Paulo também
sabe que nesta vida presente nada pode parar o processo de envelhecimento.
Nosso corpo está definhando pouco a pouco, morrendo. Os sofrimentos físicos que
Paulo suportou por Cristo podem ter diminuído a velocidade desse processo. Mas
ele não deixava que isso o desencorajasse.
“... o interior, contudo, se renova de dia em dia.”
O nosso homem exterior é o nosso corpo; o nosso
homem interior é o nosso espírito. O corpo fica cansado, doente e envelhecido,
mas o espírito mais maduro, mais forte, mais renovado. O corpo enfraquece, mas
o espírito renova-se. O tempo vai esculpindo em nossa face rugas profundas.
Cada fio branco de cabelo em nossa cabeça é a morte nos chamando para um duelo.
Os nossos olhos ficam embaçados, as nossas pernas ficam bambas, os nossos
joelhos ficam trôpegos e as nossas mãos ficam descaídas. Mas não há rugas em
nosso espírito. Não há fraqueza em nossa alma. Enquanto o homem exterior se
corrompe, o nosso homem interior se renova. Enquanto o homem exterior está
perdendo a batalha, o homem interior está crescendo em direção à luz,
aumentando em força e beleza.
William Barclay diz que os mesmos
sofrimentos que podem debilitar o corpo do homem, fortalecem as fibras da sua
alma. Certa feita, um pastor foi visitar um crente piedoso no seu leito de
morte. Perguntou-lhe: “Como você vai irmão? ”. Ele respondeu: “Eu estou indo
muito bem. A casa onde moro está desmoronando, mas já estou de malas prontas
para me mudar para uma mansão, casa não feita por mãos, eterna nos céus”.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
17/7/2023
FONTES:
BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal –
Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro:
CPAD, 2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_02.pdf
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e
suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BARCLAY, William. I y II Coríntios. 1973
Lopes, Hernandes Dias. 2 Coríntios: o triunfo de um homem de
Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008.
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