Mateus 6.12 “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;”.
“E perdoa-nos as
nossas dívidas,”
Segue aqui mais uma cláusula da Oração do Pai nosso. Devemos nos dirigir a Deus para pedirmos perdão, pois ele sempre está pronto a perdoar: “Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam” (Salmo 86.5).
A palavra para dívidas é uma das palavras gregas para “pecado”: “E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve” (Lucas 11:4) e é usada pouquíssimas vezes no Novo Testamento.
Na língua aramaica, que era a língua comum da Palestina na época de Jesus, era costume se referir a pecado como uma “dívida”. Esta é uma palavra apropriada para usarmos quando nos achegamos ao trono da graça de Deus, pois somos todos devedores.
“... assim como nós
perdoamos aos nossos devedores;”
A parábola de Jesus sobre o credor incompassivo (Mateus 18:23–35) foi contada para nos ensinar essa verdade: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas” (Mateus 18:35).
Quem não perdoa não será perdoado por Deus. Jesus deixou isso claro aqui em Sua oração modelo e depois aprofundou-se no assunto em 6:14, 15: ”Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” .
O perdão de Deus para conosco depende da nossa disposição para perdoar quem peca contra nós, independentemente da pessoa merecer ou não o nosso perdão. Temos que perdoar assim como Jesus perdoou a todos – até aos que o crucificaram: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
Um jornalista inglês cita o seguinte incidente: “Conta o bispo Taylor que, num culto da Santa Ceia, na África, celebrado entre cristãos nativos de diferentes vilas, um negro, recém-convertido, ajoelhou-se com os outros irmãos. De repente, olhou de modo intenso e desvairado para o homem ao seu lado; depois levantou-se, saiu da igreja e correu para a floresta. Dias depois, assentava-se ele ao lado do mesmo homem. Perguntado sobre seu comportamento, explicou que, numa luta entre tribos vizinhas, aquele homem matara o seu pai e ainda ajudara a devorar-lhe o corpo numa festa de canibais. Havia jurado vingança e, quando viu o inimigo ao seu lado, aquele sentimento voltou-lhe à alma. Fugiu, entrando na floresta para orar. Lembrou-se, então, de como Jesus o perdoara e ressentimento saiu-lhe do coração.”
Se lembrarmos sempre a grande dívida que nos foi perdoada, não teremos dificuldade em perdoar às ofensas de nosso irmão. Precisamos exercitar a misericórdia se esperamos recebê-la: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4.32).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2024
FONTES:
PEARLMAN, Myer.
Mateus: O evangelho do grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201205_02.pdf
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