sábado, 26 de outubro de 2024

João 16.8

  

João 16.8 “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. ”

 

“E, quando ele vier, ”

Os discípulos estavam afligidos e angustiados pela dor. A única coisa que sabiam era que perderiam a Jesus. Entretanto, Jesus lhes disse que isso era o melhor que lhes podia suceder porque quando Ele fosse embora viria o Espírito Santo, o Consolador (v.7).

Enquanto Ele tivesse corpo não podiam levá-lo a todas partes, sempre deveriam despedir-se; enquanto tivesse corpo não podia chegar à mente, ao coração, convencer os homens do mundo inteiro, estava confinado pelas limitações humanas do espaço e do tempo. Pelo contrário, no Espírito não existiam as limitações. Em qualquer lugar que vá o homem, o Espírito o acompanha; o Espírito chama os homens em toda parte do mundo. A vinda do Espírito seria o cumprimento da promessa: “Eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mateus 28:20).

O Espírito seria uma companhia ininterrupta aos homens, e o seria para sempre. Daria ao pregador cristão poder e efetividade em qualquer lugar que falasse.

A razão por que o Espírito tinha de ser enviado após a partida de Jesus não é explicada. A resposta não é que fosse metafisicamente impossível Jesus e o Espírito Santo ministrarem aos discípulos ao mesmo tempo. Mas, João explicou em 7:39 que “o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.

 

“... convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. ”

A tarefa do Consolador será “convencer” ou expor essa verdade a respeito do mundo, é difícil condensar o significado total de (paraklētos) em uma única palavra, pois esse termo tem uma variedade de usos. Embora o Espírito Santo devesse ser um Consolador para os apóstolos, sua função mais evidente é descrita aqui: a de um advogado de acusação que convenceria o mundo.

O ministério do Espírito como um advogado de acusação é expresso na palavra grega (elenchō) traduzida por “convencer”. O verbo tem a ver com mostrar ao indivíduo seu próprio pecado, geralmente como um chamado ao arrependimento. O Espírito iria “convencer o mundo”, isto é, expor a real situação do mundo claramente (demonstrando que o mundo é culpa do – independentemente de o indivíduo admitir a sua culpa).

O Espírito realizaria a sua obra por meio das palavras dos apóstolos, daqueles sobre quem os apóstolos impusessem as mãos e por meio das palavras registradas nas Escrituras até o fim dos tempos. Um exemplo da obra convincente do Espírito foi visto na pregação de Pedro no Pentecostes. Naquele dia, depois de ouvir a mensagem, “compungiu-se-lhes o coração” (Atos 2:37). O papel do Espírito de convencer o mundo diz respeito ao pecado, à justiça e ao juízo. Será comentado nos versos posteriores por sua ordem. Essas categorias incluem todos os elementos que determinam a condição espiritual de uma pessoa.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

BARCLAY, William. The Gospel of John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_02.pdf

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