2 Coríntios 13.13 “A graça do Senhor Jesus
Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. “
Paulo
conclui sua segunda epístola aos coríntios com uma benção trinitária. Essa
benção se tornou padrão na maioria das igrejas pentecostais. Embora Paulo
expresse em outras passagens a obra da redenção sob uma perspectiva trina (Romanos
5 .1 -8; 1 Coríntios 1 2.4- 6; Efésios 1 .3 -1 4; 4 .3 -6), somente aqui encontramos
esta perspectiva em uma bênção.
Este
versículo concorda notavelmente e condensa o entendimento que Paulo tem da
salvação de Deus em Cristo. Gordon Fee o chama de "o momento teológico
mais profundo no corpo Paulino”.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, “
A
"graça do Senhor Jesus Cristo" expressa o favor imerecido de
Deus por nós e é visto na morte de Cristo, que remove a inimizade entre nós e
Deus por causa do pecado, nos reconcilia com Ele, e nos concede o direito de
estarmos em sua presença (Romanos 5.9-11; 2 Coríntios 5.16-6.1). Foi através da
morte de Cristo que a “graça” alcançou a humanidade.
Em 2
Coríntios 8:9, Paulo escreveu: “conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua
pobreza vos tomásseis ricos”. Esta é a natureza da graça de nosso Senhor Jesus
Cristo que Paulo invoca sobre seus leitores, graça totalmente imerecida e, no
entanto, maravilhosamente generosa e espantosamente voltada para o bem-estar de
seres humanos pecadores.
“... e o amor de Deus, ”
O
amor de Deus, ou seja, Seu amor pelas pessoas, é a constante da vida. O amor de
Deus abre o caminho para todas as bênçãos espirituais. Ele é o tema de maior
importância na teologia de Paulo. Esse amor ficou superlativamente demonstrado
quando Deus providenciou a grande reconciliação efetuada por Cristo, e nela se
envolveu, de tal modo que os seres humanos pudessem viver em paz com Ele (Romanos
5:6-8; 2 Coríntios 5:18-21), para que nós que cremos não pereçamos, mas
tenhamos a vida eterna (João 3-16; Romanos 5.1,7,8). Esta é a natureza do amor
de Deus, que Paulo invoca sobre os seus leitores.
Convém
que a graça seja associada ao nome de Cristo e o amor ao nome de Deus, mas Paulo
provavelmente não fazia distinção entre esses dois elementos. Ele não hesitou
em falar do amor de Cristo (Romanos 8:35) ou do amor de Deus. Em certo sentido,
tanto a graça quanto o amor fluem igualmente de Deus Filho e de Deus Pai.
“... e a comunhão do Espírito Santo seja
com todos vós. “
A “comunhão
do Espírito Santo”. A palavra comunhão é tradução de koinõnia, que
significa essencialmente “participação”. A expressão comunhão do Espírito Santo
pode ser interpretada como sendo nossa participação do Espírito Santo; nesse
caso, Espírito Santo é a Pessoa da qual os cristãos participam da comunhão com
o Pai e com o Filho.
Pode-se
também entender que essa expressão significa comunhão criada pelo Espírito
Santo que abrange a comunhão uns com os outros e também todas as bênçãos do
Espírito (1 João 1.3,7). É igualmente experienciada pelos dons do Espírito
expressados no amor mútuo (1 Coríntios 13).
Paulo
queria ver essa comunhão restaurada entre os crentes coríntios. Este
relacionamento maravilhoso, ainda é acessível a todos os crentes, um
relacionamento com o nosso Deus Trino e entre uns com os outros.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/1/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas
heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e
suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São
Paulo: Vida Nova, 1984.
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202109_03.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário