sábado, 10 de agosto de 2024

1 Pedro 5.3

 

1 Pedro 5.3 “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.”

 

“Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,”

Quando se deposita autoridade na mão de um indivíduo com cargo político, empresarial ou na igreja, existe potencial para ocorrer abusos. É impossível haver liderança sem a delegação de autoridade. A autoridade pode ser, e às vezes é, usada pelo indivíduo para servir a seus próprios propósitos. É por isso que a advertência de Pedro era necessária.

Os presbíteros não devem também usar de sua liderança para se assenhorearem da herança de Deus, ou seja: da porção que pertence realmente a Deus, mas que Cristo de boa mente lhes confiou.

O apóstolo João teve um problema com um obreiro que segundo ele procurava ter entre eles o primado: “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja” (3 João 9-10).

Outro obreiro, porém na mesma carta recebeu louvor dele: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade.  Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (3 João 2-4).

Em vez de procurar ter o primado com Diótrefes devem os Presbíteros serem exemplos para todo o rebanho como Gaio.

 

“... mas servindo de exemplo ao rebanho.”

O ensinamento de Pedro é semelhante ao de Jesus que, ao perceber que seus discípulos começavam a demonstrar ciúmes sobre quem deveria sentar-se à sua direita ou à sua esquerda no Reino, afirmou-lhes: “Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém para aqueles a quem está preparado por meu Pai. Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos. Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.23-28). Para a liderança cristã, “autoridade” não é uma palavra prática; a palavra prática é “servir”.

O exemplo de Cristo é a chave para o preenchimento de tais requisitos. Os pastores que agirem como o Senhor Jesus agiu podem não receber uma coroa na terra, mas quando Jesus, nosso Sumo Pastor, vier, dar-lhes-á a recompensa - uma coroa de glória que, ao contrário das grinaldas postas sobre as cabeças dos atletas, há de durar eternamente. A glória que Ele conferirá com o seu “missão cumprida!” será uma coroa que nem o tempo, nem a eternidade ofuscará (1 Pedro 5.4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201411_02.pdf

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