sábado, 27 de julho de 2024

Ezequiel 16.8

 

Ezequiel 16.8 “E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

 

“E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores;”

Na segunda vez que o viajante (Deus) passa por ali (cidade de Jerusalém), descobre que a criança abandonada, por ele salva, já chegara à idade do casamento.

Desta vez, ela estava no tempo de amores – uma expressão que significa que ela estava pronta para um relacionamento maduro: “Então vieram a ela os filhos de babilônia para o leito dos amores, e a contaminaram com as suas impudicícias; e ela se contaminou com eles; então a sua alma apartou-se deles (Ezequiel 23:17).

 

“... e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez;”

A declaração estendi sobre ti as abas do meu manto faz alusão a um ato simbólico em que o futuro marido colocava a parte inferior de seu manto sobre a noiva, pedindo-a em casamento: “E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor (Rute 3:9).

Esse gesto de estender o manto tinha um segundo propósito: cobrir-lhe a nudez. Embora ela tivesse se transformado numa linda mulher, ainda estava nua e suja (indefesa). Passa, então, a lavá-la e purificá-la, porque seu estado externo não melhorou com o decorrer do tempo e ela ainda estava nua e manchada de sangue.

Mas com as atenções do seu benfeitor, e com seus presentes de roupas e jóias, veio a ser uma rainha entre as nações, e sua beleza se tomou renomada por toda a parte.

 

“... e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

Deus desejou torná-la Sua, então jurou-lhe fidelidade e entrou em aliança com ela. John B. Taylor escreveu: A expressão entrar em aliança contigo, embora seja uma expressão legítima para o contrato do casamento (Provérbios 2:17; Malaquias 2:14), dá um indício da realidade histórica da qual esta história é apenas a alegoria.

Parece, portanto, perfeitamente legítimo ver aliança do casamento como sendo uma referência à aliança do Sinai, o momento em que Israel, no propósito de Deus, atingira a maioridade como nação. Nessa aliança, assim como em qualquer contrato de casamento, o marido deveria ser fiel e prover os devidos cuidados e proteção à esposa.

 

Deus na realidade não entrou em aliança com a cidade, e sim com o povo de Israel; ainda que a narrativa se baseie fortemente na história da própria cidade. Ao tentar equacionar fatos históricos com essa ilustração, parece melhor visualizar a jovem e desprovida mulher como sendo Israel na escravidão egípcia. Então, imediatamente antes das dez pragas, Deus adotou Israel para ser o Seu povo.

A adoção ocorreu em Êxodo 6:6, embora o versículo 5 diga que Deus se lembrou da Sua aliança. Essa aliança era a que Ele firmara com Abraão, Isaque e Jacó. De certo modo, quando Deus disse pela primeira vez: “Viva”, Ele entrou em aliança. Entretanto, Ele só agiu diretamente com base nessa aliança a partir da libertação de Israel do Egito (Gênesis 15:8–18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

TAYLOR, John B. Ezequiel introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201908_02.pdf

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