(2 Coríntios 9:6) “E
digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em
abundância, em abundância ceifará.”
Muitos dos preceitos éticos e morais do Novo Testamento foram prefigurados na lei mosaica. O próprio Jesus sinalizou que Sua intenção era expandir os princípios morais estabelecidos na lei, e não aboli-los: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir” (Mateus 5:17).
A generosidade é um preceito ético do Antigo Testamento: “Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória” (Salmos 112:9). Nos cristãos devemos exercê-la com piedade: “E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (Atos 4:35)
Em algum ponto, a generosidade pode fomentar a dependência irresponsável de outras pessoas “Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs” (2 Tessalonicenses 3:11). Devemos sempre julgar, se uma pessoa realmente precisa ou apenas se beneficiará de nossa ajuda.
Se um irmão se recusa a trabalhar para sustentar a si mesmo e a sua família, devemos repreendê-lo e até evitar nos associarmos com ele: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (1 Coríntios 5:11).
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.”
Conceitos semelhantes ao que Paulo expressou nesse versículo são encontrados no Antigo Testamento: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmos 1:3). A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido”(Provérbios 11:25).
Para incentivar a generosidade, Paulo lembra-lhes um princípio que todo agricultor sabe. “Havia um fazendeiro no norte da Califórnia que reclamava porque as suas colheitas não davam tanto quanto as de seus vizinhos. Ele testou o solo e comprovou que era do mesmo tipo dos vizinhos. Então descobriu a diferença. Ele semeava a metade da quantidade de sementes que os vizinhos”.
Se os agricultores precisam ser lembrados deste princípio, nós ainda mais. Deus, ao fim, com a mesma medida da nossa generosidade, nos recompensará (cf. Provérbios 11.18,25; 22.8; Gl 6.7-9). O apóstolo havia admoestado os cristãos da Galácia com as seguintes palavras: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).
Duas vezes no contexto Paulo se referiu à generosidade. Os coríntios haviam prometido uma “dádiva” e o apóstolo os exortou a concretizar essa “expressão de generosidade”.
Ele falou de semear “com fartura” e de colher “com abundância”. Apesar de Deus abençoar o cristão generoso, Paulo não tinha a intenção de enunciar uma regra invariável que abrange todos os aspectos da vida. Nem todo sofrimento e nem toda bênção é a resposta direta de Deus a algum ato particular na vida de uma pessoa; no entanto, tanto a bondade quanto a impiedade produzem frutos nesta vida e na vida futura.
A bondade é recompensada em algum grau neste mundo. A pessoa que tende a ser generosa e bondosa, disse Paulo, colhe o que ceifou ou semeou. Ainda que Paulo estivesse discorrendo acerca da “semeadura” dos coríntios na oferta para os irmãos pobres da Judéia, o princípio que ele apresentou tem uma aplicação abrangente. A colheita de recompensas espirituais das sementes espirituais ocorre nesta vida e no mundo vindouro: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmos 126:6)
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
23/11/2023
FONTES:
GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202108_03.pdf
HORTON, Stanley. I e II Corintios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
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